quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O plano de Deus para o sexo: no namoro, no noivado e no casamento.


O plano de Deus para o sexo: no namoro, no noivado e no casamento.

Vivemos em uma era de liberdade de expressão e de um estilo "livre" de vida. Hoje vemos nos filmes, nas novelas, nas músicas, nas danças, nas roupas da moda, nas publicidades, etc…, uma comercialização do sexo. Em Gênesis 1:28, Deus disse ao homem: "E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra". Ou seja, o sexo tinha uma função procriativa e de prazer entre o casal. “E fez Deus uma mulher idônea para Adão para que, dela, ele desfrutasse e, com ela, enchesse a terra.” Gên 2:18.

Hoje em dia o sexo está tão banalizado que não há mais aquela expectativa dos noivos em se descobrirem aos poucos, em maravilharem-se um com o outro, vivendo a novidade de um toque, de uma fragrância, de surpresas que fortalecem o casamento e o amor. Com tamanha sobrecarga de "normal" e “relativismo”, as pessoas dizem: sexo antes do casamento é normal, homossexualismo é normal, filhos sendo pais prematuramente é normal, masturbar-se é normal. Normal?


“Certo homem que havia sido sexualmente ativo fora do casamento disse a um pastor: Quando jovem, aprendi a ver o sexo e o amor como uma e a mesma coisa. Quando me casei, no entanto, descobri que sexo antes do casamento destrói não somente o corpo (eu contraí uma doença venérea), mas também a mente. Embora sejamos cristãos, eu e minha esposa tivemos que lutar com os comportamentos mentais e emocionais que eu trouxe do passado para nosso casamento.”

As restrições da Bíblia não estão ali porque Deus quer nos impedir de sentir prazer. Em vez disso, elas nos protegem dos danos físicos, emocionais e espirituais que ocorrem como resultado da imoralidade sexual. Em última análise, o sexo afeta nosso relacionamento com Deus. São os gentios, que não conhecem a Deus, que vivem “com o desejo de lascívia”.  É a ignorância de Deus que produz comportamento imoral. Os que ignoram os ensinamentos da Bíblia sobre esse assunto rejeitam não apenas esses ensinamentos, mas também o chamado de Deus, e até mesmo o próprio Deus.

Por outro lado, quando seguimos o plano de Deus, o sexo se torna uma bela ilustração do amor abnegado que Ele derramou sobre nós em Cristo.

A batalha pela pureza sexual sempre começa na mente. Aquilo em que pensamos constantemente, acabamos fazendo. Enchemos nossa mente com o bem ou o mal, o puro ou o impuro, o certo ou o errado. Muitos crentes tentam abrigar ambas as tendências em seus pensamentos.

O pecado sexual declarado é concebido na mente, desenvolvido em várias experiências pré-sexuais, e finalmente torna-se realidade, quando a oportunidade aparece. Não somente a imoralidade resultante é pecado; os pensamentos impuros também o são. As palavras de Jesus, no sermão da montanha, são frequentemente citadas a este respeito: "Ouvistes o que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." Mat. 5:27,28. Não se confunda, a ponto de dizer: "Visto que já pequei em meu coração, posso também pecar com o corpo".

Estes pecados não são os mesmos! Um é o pecado da mente, e em pensamento apenas uma pessoa peca. O outro é um pecado da mente e do corpo, e, com o corpo, duas pessoas pecam. Na mente, não há união física. Com o corpo, os dois chegam a se conhecer um ao outro de maneira irreversível. Note que, em Mat 5:28, Jesus menciona não apenas olhar, mas olhar para cobiçar. Isto implica um desejo ativo, imaginando uma união ou contato sexual.

O Pr. José Carlos Ebling - Doutor em Educação Religiosa e Aconselhamento Matrimonial pela Andrews University descreve alguns prejuízos que moças e rapazes sofrem ao entregar-se a intimidades sexuais antes do casamento:

Prejuízos para as moças:

1. Em praticamente todas as culturas, os rapazes gabam-se de suas conquistas sexuais, enquanto as garotas geralmente sofrem a perda do respeito próprio e sentem ansiedade e culpa. A sociedade está tentando mudar esse conceito, mas ainda não o mudou completamente.

2. A moça se desqualifica para o casamento. Ainda hoje, os rapazes consideram a virgindade como característica importante na garota com quem pretendem casar. Em 1970, Bell publicou um trabalho afirmando como o rapaz, em geral, quer que a garota com a qual vai casar-se seja de boa reputação, “uma boa moça”, sendo capaz de redefini-la como “má” se o relacionamento com ela envolver sexo.

3. O escândalo social e o vexame quando há gravidez. Isso tem ocorrido com certa frequência. Os pais ficam envergonhados, a Igreja procura disciplinar o casal envolvido. Observa-se um mal-estar muito grande e a própria gestação agitada e tensa compromete a saúde e o bem-estar da criança.

4. O relacionamento da moça com o rapaz é afetado mesmo depois do casamento. Muitos maridos acabam questionando a fidelidade e sinceridade da esposa, usando como argumento, pretexto e razão para duvidar dela, o fato de ela ter permitido certas intimidades sexuais antes do casamento. O relacionamento entre os dois pode ficar afetado, tenso, ou pelo menos empobrecido, devido às intimidades sexuais antes do casamento.

5. A castidade é algo importante para o auto conceito, o auto respeito e a saúde mental de toda moça.

Prejuízos para os rapazes:

1. Intimidades sexuais antes do casamento desenvolvem no rapaz uma atitude de exploração, auto centrismo e egoísmo, gerando desrespeito pela felicidade e o bem-estar das pessoas do sexo oposto, desde que seus desejos sejam satisfeitos.

2. Seu relacionamento futuro com a esposa é afetado. Torna-se dominador e desconfiado.

3. Ninguém pode explorar os outros e submetê-los a sofrimentos sem afetar sua própria integridade e saúde mental.

4. O moço que usa de suas habilidades para destruir a resistência moral de uma garota está desenvolvendo um padrão de atitudes e 
valores que o prejudicarão em todas as suas relações sociais com todos os seres humanos. Ele se tornará manipulador.

O indivíduo que leva uma moça a intimidades sexuais, depois a abandona, escolhe outra, leva-a a intimidades físicas, abandona-a, e finalmente se casa com um terceira, quarta ou quinta namorada, tem um problema de estrutura moral. Seu caráter está mal formado. No contexto cristão isso é pecado. Pode ser curado e restaurado pela graça de Deus, como qualquer pecado; mas há problemas e marcas que permanecem.

O indivíduo que se torna manipulador passa a ver as pessoas do sexo oposto como objeto a ser utilizado para satisfação de seus apetites egoístas, em vez de uma pessoa sensível, com sonhos e temores, uma pessoa capaz de sorrir e alegrar-se ou de sofrer e sentir dor.
Grande parte dos homens volúveis, e até mesmo alguns que se dizem cristãos, sofrem a tentação de verem todas as pessoas do sexo oposto como objetos sexuais. É lastimável. É um defeito de personalidade sobre o qual é necessário muito trabalho.

Por essa e por outras razões, os efeitos das intimidades físicas precoces são ainda mais marcantes e mais violentos para o rapaz do que para a moça.

Veja alguns pensamentos de Ellen G. White sobre a responsabilidade sexual de jovens cristãos:

“A entrega de todas as faculdades a Deus, simplifica grandemente o problema da vida. Enfraquece e abrevia milhares de lutas com as paixões do coração natural.” Mensagens aos Jovens, 30.

“As afeições juvenis devem ser refreadas, até chegar o período em que a idade suficiente e a experiência tornarão honrosa e segura a sua manifestação.” Mensagens aos Jovens, 452.

“Um pouco de tempo passado a semear joio, queridos amigos jovens, produzirá uma colheita que lhes fará amarga a vida inteira; uma hora de irreflexão - o ceder uma vez à tentação - pode lhes desviar todo o curso da vida para uma direção errada. Não podem ser jovens senão uma vez; tornem útil essa juventude. Uma vez passado o caminho, não poderão retroceder para retificar os erros cometidos. Aquele que se recusa a ligar-se a Deus, colocando-se no caminho da tentação, há de infalivelmente cair. Deus está provando cada jovem.” Mensagens aos Jovens, 429.

“A sensualidade é o pecado da época. A religião de Cristo, porém, manterá as linhas de controle sobre todas as espécies de liberdade ilegal; os poderes morais manterão as linhas de controle sobre cada pensamento, palavra e ato. O engano não será encontrado nos lábios do verdadeiro cristão. Não condescenderá com nenhum pensamento impuro, palavra alguma pronunciada que se aproxime da sensualidade, nenhum ato que tenha a menor aparência do mal. Não procurem saber quão perto podem andar à beira do precipício e todavia estar seguros. Evitem a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses da alma. Seu capital é seu caráter. Acariciem-no, como fariam a um áureo tesouro. A pureza moral, o respeito próprio, o forte poder da resistência têm de ser acariciado firme e constantemente.” Medicina e Salvação, págs. 142 e 143.

“Toda paixão não santificada deve ser mantida sob o domínio da razão santificada através da graça que Deus outorga abundantemente em cada emergência. Porém, que não se crie uma emergência, que não haja ato voluntário que coloque alguém onde será assaltado pela tentação, nem dê o menor motivo para que outros o achem culpado de imprudência.” Carta 18, 1891.

“Enquanto a vida durar, há necessidade de resguardar as afeições e paixões com firme propósito. Há corrupção interior, há tentações exteriores, e sempre que a obra de Deus deve avançar, Satanás traça um plano para dispor das circunstâncias para que a tentação venha com força opressora sobre a alma. Em nenhum momento podemos estar seguros, a menos que confiemos em Deus, e nossa vida esteja oculta com Cristo em Deus.” The Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 2,  1.032.

Guarde bem este princípio: “O sexo deve ser praticado entre duas pessoas, não mais que duas e não menos que duas. Apenas entre um homem e uma mulher, e dentro do matrimônio. Fora disso é fugir do plano original de Deus.”

Que Deus ajude a todos, juvenis, jovens e adultos a fazerem a melhores escolhas para honra e glória de Jesus.

Abraços

Luís Carlos Fonseca.

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