2 Samuel 12:1-13
Introdução
1. Existem basicamente três tipos de confissão:
a) Voluntária.
b) Compulsória – arrancada à força.
c) Auricular – O faltoso confessa ao sacerdote que se esconde num vestíbulo para não ser visto.
2. A confissão de Davi – 2 Sam. 12:13.
3. A palavra “pequei” ocorre 22 vezes no Antigo Testamento e no Novo Testamento.
4. A confissão pode ocorrer por diversas motivações, mas só há uma motivação que pode resultar em perdão dos pecados: o arrependimento sincero e genuíno.
I. Confissões que não denotam arrependimento genuíno
1. Quando não há mais para esconder o pecado:
a) Acã – “Respondeu Acã a Josué: Verdadeiramente, pequei contra o Senhor, Deus de Israel” (Jos. 7:20).
b) Ilustração: Um fiscal da saúde, ao ser flagrado aceitando suborno. Havia duas testemunhas, uma fita gravada e algumas notas marcadas. Acabou confessando o crime. Não havia mais como negar.
2. Motivada pelas consequências do erro:
a) Saul – “Então disse Saul a Samuel: “Pequei, pois transgredi o mandamento do Senhor e as tuas palavras; porque temi o povo, e dei ouvidos à sua voz” (1 Sam. 15:24).
b) Balaão – “Então, Balaão disse ao anjo do Senhor: Pequei, porque não soube que estavas neste caminho para te opores a mim; agora, se parece mal aos teus olhos, voltarei” (num. 22:34).
c) Alguns garotos roubando frutas no quintal do vizinho foram acossados por cães. O proprietário disse-lhes: Vocês vão se arrepender por terem entrado aqui. Um deles respondeu: Eu já estou arrependido!
d) Fumante inveterado descobre que está com câncer: “arrependo-me amargamente de ter fumado tanto!”
3. Remorso:
a) Judas – “Então Judas, o que traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente” (Mat. 27:3,4). Judas teve seus planos frustrados. Ele pretendia “ajudar” Jesus a estabelecer o reino e obter Seu reconhecimento.
b) Medo de sofrer as consequências do pecado.
II. As características do verdadeiro arrependimento
1. Há contrição e humilhação perante Deus.
a) Acabe – I Reis 21:27: “Tendo Acabe ouvido estas palavras, rasgou as suas vestes, cobriu de pano de saco o seu corpo e jejuou; dormia em panos de saco e andava cabisbaixo.”
b) Jó – Jó 42:6 - “por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.”
c) Pedro – Marcos 14:72: “E logo cantou o galo pela segunda vez. Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes. E, caindo em si, desatou a chorar.”
2. A confissão é voluntária (Davi em II Samuel 12:13).
3. Há disposição de assumir as consequências do erro.
a) Davi não implorou que a ameaça feita por Natã não se cumprisse.
b) O filho pródigo estava disposto a não ser aceito como filho de seu pai: “Não sou digno de ser chamado teu filho [...] faze-me como um dos teus jornaleiros.”
4. Reconhece que o pecado é antes de tudo uma ofensa a Deus.
a) O filho pródigo: “Pequei contra o Céu e perante ti” (Luc. 15:18).
b) José: “Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gen. 39:9).
c) Ao pecar contra alguém, você está pecando contra Deus.
1. Ao mentir para alguém, está mentindo a Deus.
2. Ao falar mal de alguém, Deus é ofendido.
3. Ao ser desonesto com alguém, Deus é roubado.
5. É motivado pelo senso da malignidade do pecado.
a) Lucas 5:8 – “vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-Te de mim, porque sou pecador.”
1. Pedro sentia-se merecedor de desprezo divino e estava disposto a recebê-lo.
6. Ampara-se na misericórdia divina e não nos próprios méritos.
a) Lucas 18:11-13 – O fariseu e o publicano:
1. Fariseu: “Ó Deus, graças Te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.”
2. “O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo; Ó Deus, sê propício a mim, pecador!”
7. Abandona o pecado.
a) Jonas 3:8 “Sejam cobertos de pano de saco, tanto os homens como os animais, e clamarão fortemente a Deus; e se converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos.”
b) Saulo – De perseguidor a apóstolo.
III. As características do verdadeiro arrependimento
1. Perdão dos pecados: 1 João 1:9.
2. Resposta à oração: II Cron. 7:14.
3. Vida: Ezequiel 18:21.
4. Consolo: Lucas 15:7.
5. O dom do Epírito Santo: Atos 2:38.
Conclusão
1. Características do verdadeiro arrependimento:
a) Contrição e humilhação perante Deus.
b) Confissão voluntária.
c) Disposição para assumir as consequências.
d) Reconhecimento do pecado como ofensa a Deus.
e) Motivado pelo senso de malignidade do pecado.
f) Ampara-se na misericórdia divina, e não nos próprios méritos.
g) Abandona o pecado.
2. Os benefícios:
a) Perdão dos pecados.
b) Resposta às orações.
c) Vida.
d) Consolo.
e) Dom do Espírito Santo.
3. Apelo
Pr. Ranieri Sales
Revista do Ancião - out-dez 2007
Oferecimento do Dpto de comunicações da UCB
Luís Carlos Fonseca
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