quinta-feira, 17 de novembro de 2011

ESBOÇO DE SERMÃO: A Conversão Verdadeira e a Falsa


A Conversão Verdadeira e a Falsa
Isaías 50:11

Introdução
   1.       O profeta Isaias se dirige àqueles que professam ser religiosos, que se dizem salvos, mas que, na realidade, sua esperança era um fogo que eles mesmos tinham acendido, e as faíscas, criadas por esse fogo. Estavam enganados com relação à sua própria espiritualidade.

   2.       A questão para nossa consideração é como podemos fazer um autoexame e identificar se nossa conversão é verdadeira ou falsa.

I.          O estado do homem antes da conversão é de egoísmo
1.       Egoísmo é considerar a felicidade própria como objetivo supremo, e buscar o bem próprio pelo fato de ser seu. O que é egoísta coloca os interesses pessoais acima de tudo. Sempre está competindo para ser o melhor, sem levar em conta os valores morais e espirituais que deixa de lado para alcançar seus objetivos. É evidente que a humanidade se encontra nesse estado.

II.        O estado do homem convertido é de benevolência
1.     Um indivíduo convertido é benevolente, e não egoísta. Benevolente significa desejar o bem, ou seja, escolher a felicidade dos outros. É-nos dito que Deus é amor; isto é, que é benevolente. Um indivíduo convertido se assemelha a Deus nesse aspecto.




III.      A verdadeira conversão
1.       É uma mudança no objetivo da atividade, não uma mera mudança como meio de alcançar o fim. O verdadeiro convertido e o falso diferem nisso. O verdadeiro convertido escolhe a glória de Deus e o bem de Seu reino como o objetivo de seus esforços, como um bem maior que sua própria felicidade.

IV.      O verdadeiro convertido e o falso
1.       Ambos se esforçam por uma conduta aprovada pela Bíblia. A diferença está nos motivos. O verdadeiro santo leva uma vida ética e moral por respeito ao Criador e à vida criada por Ele; o falso convertido, se coloca ao lado da moral por considerações egoístas.

2.       Os dois podem orar igualmente, pelo menos quanto à forma. A diferença está nos motivos. O verdadeiro convertido ama a oração, ou seja, sente prazer na comunhão com Deus; o outro, ora porque espera conseguir prosperidade material.

3.       Os dois podem ser conscientes no cumprimento do dever. O verdadeiro convertido, porque quer e ama praticar esse dever; o outro, porque não se atreve a descuidar das obrigações.

4.       Os dois estão preocupados em fazer o que é certo. O verdadeiro convertido, porque ama fazer o que é certo; o outro, porque pensa que não pode ser salvo a menos que faça o que é certo.

5.       Ambos podem ter o desejo de servir a Deus. O verdadeiro convertido, porque ama o serviço de Deus; e o falso, pela recompensa, como o servo assalariado serve ao seu senhor.


6.       Ambos podem se esforçar pela salvação de pessoas. O verdadeiro convertido, porque quer glorificar a Deus; o falso, para ganhar o favor de Deus.

7.       Com respeito ao arrependimento. O verdadeiro convertido aborrece o pecado por sua natureza odiosa, porque desonra a Deus. O outro, porque sabe que sem o arrependimento vai ser condenado.

8.       Os dois podem amar a Bíblia. O verdadeiro convertido, porque é a verdade de Deus, se deleita nela e a leitura da Bíblia é um banquete para sua alma; o outro, porque crê que a leitura da Bíblia traz a ele alguma recompensa e fomenta suas esperanças.

9.       Os dois odeiam o pecado. O verdadeiro convertido porque o pecado é odioso a Deus; o falso convertido porque o pecado prejudica sua reputação.

10.    Os dois podem ser generosos em suas contribuições para a causa dos pobres. O verdadeiro convertido, porque ama fazer o bem; o outro, para conseguir um mérito diante das pessoas e diante de Deus.

11.    Em todos esses casos, os motivos de uma classe de pessoas estão em direta oposição aos da outra. A diferença está nos objetivos. O primeiro faz de seu objetivo supremo o interesse de Deus; o outro dá prioridade ao interesse pessoal.

V.        Avaliando minha conversão
1.       A verdadeira conversão se manifesta no relacionamento diário com as pessoas. A vida do cristão é um reflexo da vida do próprio Jesus, e as pessoas percebem a diferença.

2.       O estudo da Bíblia deixa de ser uma obrigação e passa a ser uma necessidade (ler I Ped. 2:2). Como uma pessoa faminta deseja o alimento, o verdadeiro cristão deseja a Palavra de Deus.

3.       A oração deixa de ser uma formalidade para se transformar no momento mais importante do dia. Encontrar-se com Deus é a experiência mais maravilhosa que o cristão pode ter.

4.       E a outra grande evidência da conversão é o intenso desejo de compartilhar Jesus com outras pessoas. “Tão depressa uma pessoa se chegue para Cristo, nasce-lhe no coração o desejo de revelar aos outros que precioso amigo encontrou em Jesus. ... Se nos achamos revestidos da justiça de Cristo, não nos será possível calar-nos.” Caminho a Cristo, pág. 78.

Conclusão
1.       Precisamos ter cuidado para que nossa religião não seja apenas uma formalidade.

2.       Procuremos desenvolver em nossa vida estas características da verdadeira conversão:
a)       Bom testemunho no relacionamento com as pessoas;
b)       Estudo diário da Bíblia com uma fonte de alimento espiritual;
c)       A oração como um encontro com o Rei do Universo;
d)       Falar de Jesus e da Palavra de Deus às pessoas com quem temos entrado em contato.

         Revista do Ancião  /  Out-Dez 2006- Depto de comunicações UCB

Luís Carlos Fonseca


1 comentário:

  1. Já que a "inspiração" para esse esboço veio tão obviamente do sermão de Charlles Finney, seria interessante citar o nome dele.

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