VERSO ÁUREO: “Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes.” Gálatas 3:22
OBJETIVOS DESTA LIÇÃO: Lembrar que a letra da lei, mesmo sendo sem vida, nos protege e aponta para Cristo. Sentir amor e respeito pela lei dos 10 mandamentos, pois ela serve de espelho para mostrar os nossos pecados. Estar escondidos em Cristo para que Ele nos dê forças para obedecermos a lei.
INTRODUÇÃO: Para que as pessoas iniciem no caminho espiritual, devem percorrer alguns caminhos específicos. Por exemplo, para obtermos o perdão, precisamos percorrer o caminho do arrependimento. Como resultado, somos lavados e remidos pelo sangue de Cristo, o que torna nossas vestes espirituais alvas como a neve. O caminho que devemos percorrer para que nossa fé seja ativada no mundo espiritual é o caminho do amor. Como consequência, temos a graça de Deus transbordando abundantemente em nossas vidas. Mas, antes da fé e do amor vem o conhecimento da Palavra de Deus. A Palavra é que que suscita a fé como vemos no texto a seguir: “Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” Romanos 10:16-17. Após este lindo relacionamento de fé e amor com Deus, somos incluidos na família de Deus: “Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor.“ Gálatas 5:6.
Algumas pessoas, possuem uma fé pequena, mas obtém maravilhosos resultados espirituais. Outras pessoas tem uma fé sobrenatural, mas lutam o tempo todo e o dia inteiro, e vivem uma vida de tensão espiritual. Muitas vezes, recebem pouco de Deus. Muitos podem pensar que Deus os está colocando à prova. Outros, que há um pecado oculto. E muitas outras teorias. Mas não é nada disso! O que determina a felicidade gerada pela fé, é a comunhão com Deus.
DOMINGO(6 de Novembro) - A LEI E A PROMESSA – “É a lei, então, contra as promessas de Deus? De modo nenhum; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei.” Gálatas 3:21
Os israelitas, infelizmente acostumados aos ásperos conceitos religiosos dos egípcios, unicamente podiam compreender que eram pecadores, e que tanto necessitavam da salvação, mas com uma condição, se chegassem a ter uma clara visão da Lei Moral de Deus, e também através das leis cerimoniais. E como lhes foram apresentados detalhadamente os estatutos cerimoniais, puderam ver a forma que Deus tinha idealizado à salvação dos seus filhos como vemos em Filipenses 2: 15: “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo.” Mas, mesmo no Sinai, Deus já havia publicado a lei moral em tábuas de pedras para que se lembrassem de guardar a lei moral que sempre esteve em vigor, desde o jardim do Éden.
Paulo sempre teve o cuidado de nunca diminuir a lei de Deus. Apercebendo-se de que os seus escritos poderiam levar os leitores a terem uma visão distorcida da lei em relação a promessa, o apóstolo faz a pergunta e ele mesmo responde: “É a lei, então, contra as promessas de Deus? De modo nenhum...” A lei de Deus nunca se choca com a promessa. As duas tem apenas propósitos e funções diferentes no plano geral traçado por Deus para salvar a humanidade.
Alguns judeus pensavam que a lei podia dar vida espiritual como vemos no verso para hoje. Esses religiosos interpretaram mal algumas promessas de Deus, onde a lei apenas nos mostra o caminho para alcançarmos a fé e a promessa. A lei apenas regula a vida do crente, mas quem dá vida é Deus, e a atuação do Espírito Santo na nossa vida. Paulo procurou provar a incapacidade da lei em dar vida quando escreveu o verso áureo desta semana: “Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado...”
Embora a lei não nos possa salvar, o que seria de nós, se vivéssemos em plena desobediência?
SEGUNDA-FEIRA(7 de Novembro) – “GUARDADOS DEBAIXO DA LEI” O que significa estar guardado sob a lei? É o mesmo que estar sob a sua condenação: “Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.” Gálatas 3:23
A lei expõe e revela nossa incapacidade de atender às exigências divinas, pois ela nos confronta com o padrão de Deus. Ela nos mostra a verdadeira maneira de adorá-lo, estabelece as diretrizes segundo as quais devemos viver e regulamenta nossas relações com nosso próximo. Além disso, a lei é o fundamento que um dia norteará a sentença que receberemos quando nossa vida for julgada por Deus. Pela lei, reconhecemos quem é Deus e como nós devemos ser e nos portar. Mas existe uma coisa que a lei não pode: ela não consegue nos salvar. Ela nos expõe diante de Deus e mostra que somos pecadores culpados. Essa é sua função. As pessoas que viveram antes de Cristo, estavam debaixo dos rudimentos da lei, Pois se Cristo não tivesse vindo, todos estariam perdidos para sempre.
Graças a Deus, Cristo cumpriu o pacto e morreu pela humanidade; e a ética espiritual estabelecida por Jesus Cristo supera tudo que já houve em matéria de lei moral e toda e qualquer possibilidade dentro da ética humana. Jesus exige que cumpramos normas diametralmente opostas ao nosso comportamento natural. Essa ética estabelecida por Jesus só pode ser seguida por pessoas que nasceram de novo, que entregaram todo o seu ser ao Senhor: “Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei” Hb 10:16. A Bíblia diz, ainda, acerca dos renascidos: Deus “...nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica” II Co 3.6.
Alguns judaizantes, que ainda insistiam em ficar debaixo da lei, estavam como que dizendo que o sacrifício de Cristo não era importante. Hoje, quando alguns, inconscientemente, enaltecem o dízimo, a frequência aos cultos e os seus cargos na igreja relacionados com as suas capacidades pessoais; acima da comunhão com Jesus, estão como que dizendo que ainda permanecem “debaixo da lei” É a tal tentativa de salvação pelas boas obras.
TERÇA-FEIRA(8de Novembro) – A LEI COMO NOSSA “GUARDA” – É bom lembrarmos que Paulo, em Gálatas, trata com os judaizantes, por isso ele dizia que estar sob a lei era uma espécie de condenação, mas uma outra ênfase dada à lei muda totalmente de significado. A lição de hoje mostra outros significados de estar sob a lei:
A palavra grega traduzida por “guardados” sob a lei, significa literalmente “protegidos” A lei nunca pode ser comparada à maldição, ao contrário; ela sempre foi uma bênção, como vemos no texto a seguir: “E será que, se ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor teu Deus.” Deuteronômio 28:1-2
“Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados = protegidos debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.” Gálatas 3:23. Encarando desta maneira, fica fácil entendermos que estava longe de Paulo dizer que a lei dos 10 mandamentos não precisa mais de ser guardada. O próprio Paulo enalteceu o valor da lei quando diz: “ E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.” Romanos 7:12
Que benefícios trouxe a lei moral e cerimonial para o povo de Israel? “Qual é pois, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas.” Romanos 3:1-2. Eles foram guiados pela existencia das referidas leis.
Pense em uma coisa boa que é mal usada. Um medicamento para tratar uma certa doença só pode ser usado para aquela doença. Toda a problemática criada em torno de Gálatas era porque Paulo estava usando o evangelho puro de Cristo para tratar o problema dos judaizantes que queriam ser salvos pela lei.
QUARTA-FEIRA –(9 de Novembro) – A LEI COMO O NOSSO AIO – O que significa aio? Deriva da palavra grega “Paidagogos” que para o português é pedagogo. Paidagogos era um escravo na sociedade romana, colocado numa posição de autoridade sobre os filhos do seu dono e senhor; a partir da idade dos 7 anos até a maturidade da criança. O aio ficava responsável pela criança, desde de dar banho, servir refeições , levar e buscar à escola, até a segurança e integridade física dos filhos do seu senhor. E, esses paidagogos exerciam o papel com muita rigidez. Não eram os professores, nem os pais, mas serviam para cuidar da criança. É claro que esta função era temporária. Quando o filho chegava à maioridade já não estava mais sujeito ao aio. Quando Cristo chegou a lei deixou de exercer a mesma autoridade que exercia!
Em Gálatas, Paulo mostra que as pessoas que estavam sujeitas à dos mandamentos no passado não permanecem subordinadas a este "aio". Ele afirma que a lei cumpriu sua função temporária. Por isso, ela não tem o mesmo domínio depois da chegada da fé em Cristo. Ele disse: "Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio" Gálatas 3:23-25. O aio representa a lei revelada através dos dez mandamentos e diversas outras regras dadas aos judeus. As cerimoniais foram abolidas na cruz, a lei moral continua em vigor, mas não tem a força que tinha do que antes de Jesus. A fé representa o evangelho de Jesus Cristo. As boas novas de salvação em Cristo já foram reveladas, e ninguém precisa guardar as leis cerimoniais do Velho Testamento.
No primeiro século, houve muitos problemas entre cristãos porque alguns não entenderam este fato. Continuaram guardando a lei de Moisés, insistindo, por exemplo, que a circuncisão era necessária para ter comunhão com Deus. Paulo procurou corrigir este erro. Mas os 10 mandamentos continuam em vigor!
Espírito de Profecia: “Nesta passagem(Gálatas 3:24), o Espírito Santo, através do apóstolo, refere-se especialmente à lei moral. A lei revela-nos o pecado, levando-nos a sentir a nossa necessidade de Cristo.” M.E. Vol 1, 234
QUINTA-FEIRA(10 de Novembro) – A LEI E O CRENTE – “ Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio.” Gálatas 3:25.
Agora fica fácil entender a lição de hoje. Já que fomos salvos por Cristo através do Seu sangue, torna-se diferente o nosso relacionamento com a lei. Antes, o povo de Deus guardava a lei das ordenanças para alcançar o tipo, que é Cristo. Aquelas leis foram abolidas. O povo guardava os 10 mandamentos para obter favor perante Deus; depois de Cristo, os verdadeiros cristãos guardam a lei porque foram resgatados e salvos do poder do pecado. Guardam como forma de gratidão. Fácil não é?
O texto de hoje mostra a bênção que Cristo proporcionou na vida dos seus filhos:
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne. Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Romanos 8:1-4
Como vive e anda um crente carnal e um espiritual? “Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?” I Coríntios 3:3
Na visão de Deus, e inspirada pelo Espírito Santo nas Escrituras, o crente carnal, anda em inveja, ciúmes e contendas. O nome carnal, já identifica qual a situação deste crente diante de Deus, isto é: aquele que anda na carne, mesmo dizendo-se um crente. O apóstolo Paulo, testemunha na Palavra de Deus, da sua situação quando vivia neste tipo de vida: "Pois, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, suscitadas pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte" Romanos 7.5. Paulo aprovava a lei de Deus, e considerava-a espiritual; mas sendo carnal, estava vendido sob o pecado. Nesta situação, ele não conseguia fazer o bem que queria, mas o mal que não queria, isto é o que fazia, pois ele disse: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Pois o que faço, não o entendo; porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim” Romanos 7.14-17. Nesta passagem o apóstolo Paulo mostra claramente qual a situação de um crente carnal. Todo crente carnal não consegue fazer o bem que quer, mas somente o mal que não quer, por causa do pecado que habita nele.
Qual tem sido a sua situação, carnal ou espiritual? Jesus nos disse que “pelos seus frutos os conhecereis”. Não existe ninguém que esteja na carne, e que não manifeste pelas suas obras. “Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus” Gálatas 5.19-21.
O meu desejo é que produzamos os frutos espirituais para termos prazer na obediência aos mandamentos.
Luís Carlos Fonseca
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