A profecia mais longa da Bíblia – Os 2300 anos
Em Daniel 8:14 declara: “Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e o santuário será purificado.”. Ou seja, ao término das 2.300 tardes e manhãs deveria ocorrer um evento de purificação do Santuário. No cerimonial típico do Antigo Testamento, isso acontecia no décimo dia do sétimo mês, quando o sumo sacerdote israelita entrava no lugar santíssimo do santuário para purificá-lo de todos os pecados dos filhos de Israel. Ver Levítico 16:29; 23:27 e 32; 25:9; e Números 29:7. Esse evento era conhecido como o “dia da expiação”, é o tal “Yom Kippur” que os judeus ortodoxos ainda observam.
De acordo com Números 14:34 e Ezequiel 4:6 e 7, as 2.300 tardes e manhãs equivalem a 2.300 dias. Ver Gênesis 1:5, que por sua vez representam 2.300 anos. Fixando o término do período no Dia da Expiação, basta retroceder 2.300 anos para se localizar o ponto de partida exato do mesmo período. Mas isso deve tomar como base o calendário judaico, lunissolar, no qual a data do Dia da Expiação era fixada.
1) Qual foi o início e o fim das 2.300 tardes e manhãs? - O profeta Daniel não conseguiu entender bem o que estava ouvindo, e Alguém providenciou o esclarecimento, Alguém maior do que o anjo Gabriel; vejamos no capítulo 8: 15-17: “Havendo eu, Daniel, tido a visão, procurei entendê-la, e eis que se me apresentou diante uma como aparência de homem. E ouvi uma voz de homem de entre as margens do Ulai, a qual gritou e disse: Gabriel, dá a entender a este a visão. Veio, pois, para perto donde eu estava; ao chegar ele, fiquei amedrontado e prostrei-me com o rosto em terra; mas ele me disse: Entende, filho do homem, pois esta visão se refere ao tempo do fim. Falava ele comigo quando caí sem sentidos, rosto em terra; ele, porém, me tocou e me pôs em pé no lugar onde eu me achava; e disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira, porque esta visão se refere ao tempo determinado do fim”. Daniel estava confuso porque sabia que a Palavra de Deus não falha, e sabia que o cativeiro babilônico deveria durar 70 anos. Agora que esse tempo já estava se findando, Deus lhe manda uma mensagem dizendo que o santuário deveria ser purificado depois de 2300 anos. Alguma coisa não se encaixava na sua compreensão.
Aqui está o início da contagem do tempo: a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém. Isso ocorreu na primavera do ano 457 AC, por ordem de Artaxerxes . Veja seu decreto em Esdras 7.
Mas a profecia declara: “Até 2300 tardes e manhãs e o santuário será purificado”. Mas, e agora, como ficamos? Se somarmos 2300 anos a partir da primavera de 457 a.C, chegaremos ao ano de 1844, época que não há mais santuário na terra, pois o último existente foi destruído pelos romanos, no ano 70 d.C. Hoje não há um santuário na terra, mas a profecia, que não falha, é bem clara: “Até 2300 tardes e manhãs e o Santuário será purificado”. Mas, note, que a profecia não diz que seria o santuário que existiu em Israel, não diz onde estaria esse Santuário mas, graças a Deus, a Bíblia tem a resposta. Vejamos Hebreus 9:24: “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus”
2) Se o Santuário a ser purificado está no Céu, como então podemos saber que isso realmente ocorreu? - As setenta semanas de Daniel 9 estão incluídas no período dos 2300 anos. E podemos saber que a profecia se refere ao santuário do céu; pela bondade e pela providência de Deus, pois isso também está esclarecido. Essa profecia de Daniel é especial: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo... para selar a visão e a profecia...”. Ela tem um selo para que nós tenhamos certeza de que, assim como a sua primeira parte se cumpriu aqui na terra, fiel e exatamente como predita; onde a história comprova, a segunda parte também se cumprirá no céu com idêntica precisão e certeza.
A primeira parte da profecia anunciou. A) A reconstrução de Jerusalém e do templo, e aconteceu. B) A unção do Messias na primavera do ano 27d.C , e aconteceu. C) A morte do Messias no outono do ano 31 d.C, e aconteceu. D) A rejeição dos judeus como povo escolhido de Deus ao fim das 70 semanas: no ano 34 d.C quando os líderes judeus decretaram a morte de Estevão, rejeitando o evangelho, que passou a ser pregado à todas as nações, e o povo de Deus no Novo Testamento é a Sua igreja. E) A destruição de Jerusalém e do santuário de seu templo ocorreu no ano 70 d.C, pelos romanos, e aconteceu.
Se tudo quanto foi anunciado na primeira parte da profecia ocorreu conforme predito, então podemos ter plena certeza de que a segunda parte dela também se cumprirá com a mesma exatidão - Sabemos que o santuário de Daniel 8:14 está no céu, e que, por Hebreus 9:24, Jesus entrou nesse santuário. Sabemos, também, que o Santuário terrestre construído por Moisés era uma cópia do santuário celestial, onde a antiga aliança se baseava em sangue de animais. Ver Hebreus 9:11-23. Sabemos, ainda, que a nova aliança se baseia no sangue de Cristo, derramado por nós pecadores. Ver Hebreus 9:24-28.
3) O que tem a ver a entrada de Cristo no santuário celestial com a sua purificação e o juízo?
Estudando o ritual do santuário terrestre, podemos entender o santuário celestial. Em Levítico 16:29-34 é dito que a cada ano, no décimo dia do sétimo mês, todo o povo deveria comparecer diante do santuário para que fossem purificados dos seus pecados. Nesse dia, o sumo-sacerdote entrava no lugar santíssimo, onde estava o propiciatório com a arca da Aliança contendo os dez mandamentos, para fazer a purificação do santuário; era um dia de juízo, símbolo do juízo de Deus. No capítulo 7 de Daniel, após descrever as ações de poderes perseguidores do povo de Deus, ele descreve nos versos 9 a 13 uma cena incomum, nunca vista antes; Daniel viu uma cena de juízo: “Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou; sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã; o seu trono eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros. Então, estive olhando, por causa da voz das insolentes palavras que o chifre proferia; estive olhando e vi que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito e entregue para ser queimado. Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia, foi-lhes dada prolongação de vida por um prazo e um tempo. Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele”.
Quando Jesus foi para o céu, Ele assumiu a função de Sacerdote e ficou no lugar santo do santuário. Só depois de 1844 é que Ele passou para o lugar santíssimo para dar início ao juizo de investigação.
Este juízo se dará antes da volta de Jesus, pois é mais do que justo, Deus já ter decidido, com antecedência, o destino daqueles que serão salvos, e aqueles que se perderão. A palavra menciona: “Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” Apoc. 22:12. Quando Jesus retornar, tudo já estará definido. Os bodes estarão do lado esquerdo e as ovelhas do lado direito. Alguém pode dizer que Deus pode realizar o juízo num estalar de dedos, e não precisa de um julgamento de tantos anos, como sugerido, desde 1844 em diante. É verdade, Deus pode; mas, se temos as profecias bíblicas tão bem explicadas, para alguma coisa serve, que é para serem estudadas, compreendidas e obedecidas. Sem contar que Deus gosta de deixar tudo explicadinho para que ninguém tenha de queO acusar.
4) Qual deve ser a nossa responsabilidade diante do juízo que já começou em 1844? - Deus espera que bem compreendamos a época em que vivemos, e que cumpramos a nossa missão como outros antes de nós cumpriram a sua. João Batista preparou um povo para receber a mensagem do Evangelho. Cabe-nos advertir o mundo com as três mensagens de Apocalipse 14, enquanto temos tempo para isso. Cabe-nos advertir a quantos sinceros ainda estão em Babilônia para que se separem dela antes que seja tarde. A cada um de nós cumpre levar o convite de salvação à pessoas que conosco convivem em casa; no trabalho, na rua, na escola, em todos os lugares em que nos relacionamos com nossos semelhantes. Cabe-nos também o doce privilégio de estarmos preparados para o juízo.
“Enquanto os homens ainda estão sobre a terra, é que a obra do juízo investigativo se efetua nas cortes celestes. A vida de todos os Seus professos seguidores é passada em revista perante Deus; todos são examinados de conformidade com os relatórios nos livros do Céu, e o destino de cada um é fixado para sempre de acordo com seus atos. Pela veste nupcial da parábola é representado o caráter puro e imaculado, que os verdadeiros seguidores de Cristo possuirão. Foi dado à igreja "que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente" (Apoc. 19:8), "sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante". Efés. 5:27. O linho fino, diz a Escritura, "é a justiça dos santos". Apoc. 19:8. A justiça de Cristo e Seu caráter imaculado, é, pela fé, comunicada a todos os que O aceitam como Salvador pessoal.” Parábolas de Jesus, 311
Luís Carlos Fonseca
Olá pr Luis Fonseca. Este é um dos tema mais complexos e de grande importância. Obrigado pela paciência, compreensão, disponibilidade de instrução dos temas bíblicos que nos tem vindo a apresentar.
ResponderEliminarse me permite irei ver um pouco mais do seu blog
ate domingo a 8 dias
abraços Lino e Leticia
Abraços Lino.
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