O Cristão e Suas Finanças Pessoais
Introdução
1. O assunto das
finanças domésticas tem alcançado dimensão significativa no contexto da
felicidade familiar e espiritual. A instabilidade financeira, além de afetar a
questão material, tem atingido outras áreas da vida da família:
a) Relacionamento
conjugal;
b) Relacionamento
com os filhos;
c) Saúde física e
emocional;
d) A produtividade
no trabalho;
e) O
relacionamento e fidelidade com Deus.
2. A principal
razão que tem conduzido famílias à instabilidade financeira é o consumismo
(Ageu 1:6). Aspectos que promovem o consumismo:
a) Aumento
significativo dos bens de consumo e serviços;
b) A forte
influência da mídia e seus comerciais;
c) A influência da
televisão, das novelas, dos filmes, da moda;
d) O fácil acesso
ao crédito, etc.
3. O que define um
consumista não é o volume de suas compras, mas sim suas prioridades materiais.
Até o pobre pode ser mais consumista que o rico.
I. Passos para uma
vida financeira estável
1. Orçamento,
planejamento e controle (Ler Luc. 14:28-30).
a) O orçamento é a
principal ferramenta na gestão financeira familiar. Deve ser feito numa base
mensal;
b) Junto ao
orçamento deve ser feito um planejamento das despesas e investimentos futuros:
pagamento de impostos, compra e troca de carro, móveis, utensílios,
equipamentos, terrenos, construções, etc.
c) Envolver toda a
família: cônjuge e filhos;
d) As despesas
devem ser compatíveis com a receita;
e) Separar as
despesas necessárias das supérfluas;
f) Provisionar
mensalmente um valor para fazer frente ao planejamento de investimentos;
g) O resultado
entre a receita e despesa deve ser sempre positivo;
2. O orçamento e
planejamento só produzirão os resultados se forem acompanhados de um rigoroso
controle. Pelo menos, a cada seis meses todas as despesas grandes e pequenas da
família devem ser anotadas com exatidão. Fazer um comparativo entre o realizado
e o orçado. Fazer os ajustes nas despesas onde houver necessidade, mesmo que
isto signifique uma mudança no passado de vida da família.
II. Alicerces que
garantem estabilidade no futuro
1. Não gastar
antes de receber – não dar cheque pré-datado, não usar especial, não fazer
crediário, não antecipar restituição de Imposto de Renda ou décimo terceiro;
Não gastar tudo que recebe – o resultado entre as receitas e
despesas deve ser sempre positivo;
Ter uma reserva – o resultado positivo de cada mês deve ser
destinado para o fundo de reserva (poupança). Para:
a) Cobrir os
imprevistos (despesas que não estão previstas no orçamento. Ex: materiais
escolares; consertos de um eletrodoméstico, conserto do carro, etc);
b) Pagamento dos
impostos (IPVA, IPTU, etc);
c) Cumprir o
planejamento de investimentos: férias da família; aquisição de terreno, móveis
e equipamentos; compra ou troca de carro, etc.
d) Fazer uma
provisão para atender às necessidades de nosso próximo o que pode ser feito em
donativos de alimentos, medicamentos, vestuário, etc.
2. Importante:
qualidade de vida não está associada ao tamanho do salário, mas sim à forma
como se administra aquilo que se ganha.
III. O
relacionamento com Deus
1. Se existe uma
área da vida em que o relacionamento com Deus se torna o grande diferencial, é
a área financeira – Malaquias 3:10;
a) Há promessas
materiais e espirituais para aqueles que guardam os mandamentos de Deus – Dt
28:1-13.
2. Existem duas
dimensões no relacionamento com Deus na questão financeira:
a) Obediência:
devolução do santo dízimo – Lev. 27:30; Mal. 3:10.
b) Gratidão:
entrega de ofertas – Dt 16:16.
3. A motivação
para dizimarmos, sendo obedientes a Deus, é o amor. A motivação para ofertarmos
também o amor. Essa foi a motivação de Deus ao dar Sua Oferta por nós – João
3:16.
a) Na questão do
dízimo, Deus determinou quanto devemos Lhe devolver: 10% (dízimo quer dizer a
décima parte). Mas, na questão da oferta, Deus não disse quanto temos que
ofertar, apenas que a forma seria a mesma, ou seja, na “proporção” (%) de nossa
renda.
4. Quanto mais
formos desprendidos das coisas materiais maior será nossa probabilidade de ter
a vida financeira estável. Ao ofertarmos, não apenas estamos determinando o
“tamanho” de nossa gratidão a Deus, mas o quanto estamos dispostos a nos
desligar das coisas desta vida em favor da causa de Deus. Talvez seja essa uma
das razões de Deus não ter determinado o quanto ofertar.
IV. Ensinando as
crianças a serem fiéis
1. Temos ainda uma
solene responsabilidade para com nossos filhos: ensiná-los a administrar suas
finanças e a se relacionar com Deus. Desde pequenos eles devem ter sua mesada e
juntamente com a mesada receber seu envelope de dízimo. Benefícios:
a) Vão aprender
que dinheiro acaba. Assim como a mesada em algum momento vai acabar, aprenderão
que o dinheiro dos pais também acaba e entenderão melhor um “não” ou um “espere
um pouco”;
b) Aprenderão a
desenvolver a arte de ficar dentro dos limites;
c) Exercerão seu
relacionamento com Deus: obediência na devolução do dízimo e gratidão, ao
doarem suas ofertas. A “ofertinha” não será tão pequena para eles, pois estarão
ofertando na proporção de suas rendas (mesada).
Conclusão
1. Um cristão que
tem uma vida financeira estável é uma poderosa ferramenta da pregação do
Evangelho através do seu testemunho.
2. Devemos
aprender a administrar nossas finanças pessoais e glorificar a Deus em tudo que
somos e temos.
Autor: Pr. Antonio Tostes -Revista do Ancião - jan – mar 2008
Luís Carlos Fonseca
Importantíssimo o cristão cuidar da sua vida financeira.
ResponderEliminarTambém uma forma de honrar a Deus.
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