domingo, 30 de setembro de 2012

Educação Cristã


Educação Cristã
Genesis 18:19

Introdução
   1.    Deus chamou Abraão com um propósito especial, isto é, ser pai de uma grande nação (ver Gn 12:2).

2.    O cumprimento desse propósito esta­va diretamente relacionado à sua vida familiar no contexto educacional (ver Gn 18:19).


3.    A principal função de Abraão era con­duzir seus filhos de modo coerente e sábio. O estilo de vida de sua poste­ridade estaria relacionado com a filo­sofia de educação que ele haveria de ministrar a seus filhos.

I.       O conceito de Educação Cristã
1.    Russel Champlim, teólogo norte-americano especialista em Teologia do Novo Testamento, escreveu: “Educação é o desenvolvimento e o cultivo siste­mático das capacidades naturais, por meio do ensino, do exemplo e da práti­ca. Inclui tanto o conhecimento teórico quanto a experiência no desenvolvi­mento de habilidades diversas” (Enci­clopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, v. 2, p. 268).
a)    Nessa definição três aspectos são re­levantes: ensino, exemplo e prática.

2.    O conceito secular de educação busca apenas alcançar o aspecto intelectual do homem. Assim, o homem é infor­mado, mas não transformado, como escreveu Ellen G. White: “Nossas ideias acerca da educação têm sido dema­siadamente acanhadas. Há a necessi­dade de ter um objetivo mais amplo e mais elevado. A verdadeira educação significa mais do que avançar em cer­to ramo de estudos. É muito mais do que a preparação para a vida presen­te. Visa ao ser todo, e a todo o perío­do da existência possível ao homem” (Educação, p. 13).
a)    A verdadeira educação é aquela que transforma o ser humano em todas as suas dimensões.

II.      Trinômio da Educação Cristã
1.    A família
a)    O processo educacional tem início no seio da família.

b)    Ellen G. White escreveu: “É no lar que a educação da criança deve ser iniciada. Ali está sua primeira escola. Ali, tendo seus pais como instrutores, a criança terá de aprender as lições que a devem guiar por toda a vida - lições de res­peito, obediência, reverência, domínio próprio. As influências educativas do lar são uma força decisiva para o bem ou para o mal. São, em muitos sentidos, si­lenciosas e graduais, mas sendo exerci­das na direção devida, tornam-se fator de grande alcance em prol da verdade e justiça” (Orientação da Criança, p. 17).

c)    A família é o cenário em que os valo­res religiosos, morais, intelectuais e sociais são desenvolvidos e cultivados.

2.    A igreja.
a)    A igreja é um centro educativo. O culto em sua liturgia contribui para o conhecimento de Deus como Criador, Redentor e Mantenedor.

b)    Ellen G. White afirma: “Os cânticos de louvor, a oração, a palavra ministrada pelos embaixadores do Senhor, são os meios que Deus proveu para preparar um povo para a assembleia lá do alto, para aquela reunião sublime à qual coisa nenhuma que contamine poderá ser ad­mitida” (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 193).

c)    Os pais devem instruir os filhos em to­dos os aspectos da vida espiritual.

3.    A Escola.
a)    Atualmente, a sociedade promove uma educação meramente acadêmica tendo como pressuposto a competi­ção no mercado de trabalho.

b)    Da perspectiva divina, a educação que transforma o ser humano vai além do aspecto acadêmico. 

c)    Deus tinha isso em mente quando orien­tou o estabelecimento das escolas dos profetas: “Essas escolas se destinavam a servir de barreira contra a corrupção prevalecente, a fim de prover à neces­sidade intelectual e espiritual da juven­tude, e promover a prosperidade da nação, dotando-a de homens habilitados para agir no temor de Deus como di­rigentes e conselheiros. Para tal fim, Sa­muel reuniu grupos de rapazes piedosos, inteligentes e estudiosos. Eles foram cha­mados os filhos dos profetas. Enquanto estudavam a Palavra e as obras de Deus, Seu poder vivificante despertava neles as energias da mente e do coração, e os es­tudantes recebiam sabedoria do alto. Os instrutores não só eram versados na ver­dade divina, mas tinham pessoalmente experimentado comunhão com Deus, e obtido concessão especial de Seu Espíri­to. Desfrutavam o respeito e a confiança do povo, tanto pelo seu saber como pela sua piedade” (Educação, p. 46).

III.    Resultados da Educação Cristã
1.    A educação cristã, através de princí­pios morais e espirituais fundamenta­dos na Bíblia:
a)    Habilita o homem para boa conduta (ver 2Tm 3:16,17).

b)    Transforma o senso de valor do ho­mem, transferindo-o daquilo que é transitório para aquilo que é perma­nente (ver Fp 3:7,8; Hb 11:24-27).

c)    Desenvolve no educando a consciên­cia de exercer a cidadania com direitos e deveres na sociedade em que ele es­tá inserido (ver Mt 22:21; Lc 2:1-4).

2.    Estatutos e orientações divinas manti­das na vida humana têm reflexos na vi­da social (Dt 6:6,7; Dn 1:8; Rm 13:1 -7).

Conclusão
1.    O significado do chamado de Deus a Abraão estava associado à educação que ele daria aos filhos.

2.    Entre as três instituições educacio­nais (a família, igreja e escola), é o lar que desempenha papel fundamental. Conclui Ellen G. White: “A sociedade compõe-se de famílias, [...] do coração ‘procedem as saídas da vida’ (Pv. 4:23), e o coração da sociedade, da igreja e da nação, é o lar. A felicidade da socie­dade, o êxito da igreja, a prosperidade da nação, dependem das influências domésticas” (O Lar Adventista, p. 15).
 Revista do AnciãoAbr - jun 2012. Of. Depto da Comunicações da UCB

Luís Carlos Fonseca

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