Mudança Radical
Hebreus 11:33, 34
Introdução
1.
A humanidade
necessita de uma radical transformação espiritual. Deus Se propõe a realizar
essa transformação colocando em cada um de nós novo coração e novo espírito.
Ele fará isso a todo aquele que se submeter à Sua vontade.
2.
Por
meio do profeta Ezequiel Deus faz essa promessa ao povo.
I.
A Promessa de um Novo Coração
1.
Ler
Ezequiel 11:19.
a)
Deus
prometeu ao povo que esse viveria uma experiência transformadora através da
ação do Espírito em sua vida.
1. Ellen G.
White escreveu: “Os tenebrosos anos de destruição e morte que assinalaram o
fim do reino de Judá teriam levado desespero ao mais resoluto coração, não
fosse o encorajamento das predições proféticas dos mensageiros de Deus. Por
intermédio de Jeremias em Jerusalém, de Daniel na corte de Babilônia, de
Ezequiel junto às barrancas do Quebar, o Senhor em misericórdia tornou claro
Seu eterno propósito, e deu certeza de Sua disposição de cumprir para com Seu
povo escolhido as promessas registradas nos escritos de Moisés. Aquilo que tinha
prometido fazer pelos que se Lhe mostrassem fiéis, certamente haveria de
realizar-se” (Profetas e Reis, p. 464).
2.
O
exílio babilônico foi uma tragédia na vida de Israel como consequência da
quebra da aliança com Deus (ver Jr 21:10; 22:7-9).
a)
Samuel
Schultz escreveu: “Jerusalém foi destruída em 586 a.C. O templo foi reduzido a
cinzas e os judeus foram levados em cativeiro. O território conhecido como
reino de Judá foi absorvido pelos edomitas, ao sul, e pela província babilônica
de Samaria, ao norte. Demolida e desolada, Jerusalém se tornou um provérbio
entre a nações” (A História de Israel, p. 219).
b)
Em
meio ao sofrimento de Israel no exílio, Deus prometeu que haveria de operar,
mediante Sua graça e poder, a mudança de coração no povo.
1. “O coração, em seu significado moral no
Antigo Testamento, inclui as emoções, a razão e a vontade” (ver Dicionário
Vine, p. 509).
II.
O Procedimento da Mudança
1.
O
sofrimento do povo durante o cativeiro despertou nos corações sinceros a
necessidade de arrependimento.
a)
John
B. Taylor comenta: “A preparação para a obra de Deus no homem devia ser a
disposição do homem para se arrepender e para dar passos práticos a fim de
demonstrar seu arrependimento. Isso não significa que os seres humanos devem
purificar sua vida em prontidão para que Deus neles habite, mas certamente
significa que Deus nada pode fazer pelo homem que não quer reconhecer seus
pecados e se converter” (Ezequiel - lntrodução e Comentário, p. 103).
2.
O profeta Jeremias, já em seu tempo (6º século a.C), prevendo a invasão
babilônica em Jerusalém, conclamou Israel a um arrependimento e reforma (ver Jr
3:14,15).
3.
A característica mais importante dessa restauração nacional foi o
reavivamento espiritual (ver Ez 36:26,27).
4.
O processo de restauração da nação de Israel à sua condição anterior
envolvia o restabelecimento de sua terra (ver Ez 11:17).
III.
A Mudança em Nossa Vida
1.
A
natureza humana é pecaminosa e impotente, por si só, para buscar uma vida
transformada (ver SI 51:5).
a)
Ellen
G. White confirma: “É-nos impossível, por nós mesmos, escapar ao abismo do
pecado em que estamos mergulhados. Nosso coração é ímpio e não o podemos
transformar. Educação, cultura, exercício da vontade, esforço humano, todos
têm sua devida esfera de ação, mas neste caso são impotentes. Poderão levar a
um procedimento exteriormente correto, mas não podem mudar o coração. São
incapazes de purificar as fontes da vida. É preciso um poder que opere
interiormente, uma vida nova que proceda do alto, antes que os homens possam
substituir o pecado pela santidade. Esse poder é Cristo. Unicamente Sua graça
pode avivar as amortecidas faculdades da mente, e atraí-la a Deus, à santidade”
(Caminho a Cristo, p. 18).
2.
A
promessa de Deus para Israel e para nós é que todo pecador arrependido tenha a
presença do Espírito Santo em seu coração a fim de capacitá-lo para andar nos
preceitos do Senhor (ver Ez 36:27).
a)
Ellen
G. White faz o seguinte comentário: “Um reavivamento da verdadeira piedade
entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades.
Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação. Nosso Pai celeste está mais
disposto a dar Seu Espírito Santo àqueles que O peçam, do que pais terrenos o
estão a dar boas dádivas a seus filhos. Cumpre-nos, porém, mediante confissão,
humilhação, arrependimento e fervorosa oração, corresponder às condições
estipuladas por Deus em Sua promessa para conceder-nos Sua bênção”
[Reavivamento Verdadeiro, p. 9)
Conclusão
1.
A
promessa divina de um novo coração para Israel, e também para nós, é o alvorecer
de um novo tempo em nossa vida.
2.
Que
esta seja a nossa prece: “Senhor, toma meu coração, pois não o posso dar. É Tua
propriedade. Conserva-o puro; pois não posso conservá-lo para Ti. Salva-me a
despeito de mim mesmo, tão fraco e tão dessemelhante de Cristo! Molda-me,
forma-me e eleva-me a uma atmosfera pura e santa, onde a rica corrente de Teu
amor possa fluir por meu ser” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 159).
Revista do Ancião - abr - jun 2012 - Oferecido por Depto de Comunicações da UCB.
Luís Carlos Fonseca
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