Na Presença de Deus
Introdução
1. Conta-se que, num dia
de culto, o pastor de uma grande igreja olhou para os bancos quase
vazios e viu apenas quatro solitárias pessoas na congregação - um jovem e três velhinhas. Ele então começou a falar: “Graças Te dou, ó Deus, porque ao menos algumas pessoas se esforçaram para vir Te adorar e se alimentar da Tua Palavra, crendo que não és menos importante do que a partida de futebol que
está sendo transmitida pela televisão.”
De repente, o jovem que estava assentado no último banco deu um pulo. “Puxa! Eu me esqueci do jogo!”, exclamou,
saindo em disparada. Adaptado de Jonais Arrais, “Por que Adoramos”, Revista Adventista, outubro de 2002, pág. 8.
2.
Adorar é uma prioridade em sua vida, ou você tem coisas mais importantes para fazer? Numa pesquisa realizada entre frequentadores de igrejas nos Estados Unidos, indagou-se qual dos seis fundamentos da
prática religiosa - adoração, evangelismo, discipulado, fraternidade,
mordomia e assistência social - deveria ser considerado o mais importante. Para 92% dos entrevistados, a resposta óbvia era a adoração. De fato, adorar é o centro da religião. Fomos feitos para adorar.
3.
Vamos focalizar
alguns conceitos básicos sobre a
adoração encontrados na Palavra de Deus, especialmente no Salmo 95.
I.
O que significa Adorar
1.
No hebraico, a
palavra “adoração” (sha-kah) significa “inclinar-se”, “prostrar-se”, “ajoelhar-se”. Essa ideia aparece claramente no Salmo 95:6: “Vinde, adoremos e prostremo-nos;
ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou.”
2.
Adorar
é reconhecer o valor supremo de alguma coisa ou alguém. É expressar um amor sem medida. É dar a glória que alguém merece.
É aplaudir com a mente, o coração e o
corpo. É afirmar que Deus é o máximo.
II.
A Quem Adorar
1.
O
único ser digno de adoração é o Deus Criador. “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos
criou” (Salmo 95:6).
2.
O mesmo pensamento de que devemos adorar
o Deus Criador aparece em Apocalipse 14:6 e 7, uma passagem muito valorizada
pela Igreja Adventista.
III.
Por que Adorar
1.
Adoramos
a Deus por Ele ser quem é. “Vinde, adoremos... porque Ele é o nosso Deus” (Salmo 95:6 e 7).
2.
Adoramos a Deus por
Ele fazer o que faz. “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos
diante do Senhor, que nos criou.” (Salmo 95:6).
3.
Adoramos a Deus por reconhecermos que
Ele é santo. Deus é o Santo, o totalmente outro, o ser que fascina e causa temor. “Adorai o Senhor na beleza
da Sua santidade; tremei diante dEle, todas as Terras”
(Salmo 96:9).
4.
Adoramos a Deus por reconhecermos que Ele é amor. O convite para louvar ao Senhor por Sua bondade e Seu amor aparece muitas vezes nos Salmos.
IV.
Como Adorar
1.
Adore com louvor. “Cantemos ao Senhor, com júbilo” (Salmo
95:1).
2.
Adore com gratidão. “Saiamos ao Seu encontro, com ações de graças” (Salmo
95:2). Como sugeriu alguém, reduza seu índice de RPH e aumente o de GPH.
RPH = reclamação por hora.
GPH = gratidão por hora.
3.
Adore com humildade.
“Ajoelhemos diante do Senhor, que
nos criou” (Salmo 95:6).
4.
Adore com
sensibilidade. “Se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o coração”
(Salmo 95:7
e 8).
5.
A adoração verdadeira é centralizada em Deus, mediada por Cristo e orientada pela
Palavra; ela deve envolver toda a pessoa,
ser renovável e expressar exteriormente o que está no interior.
V.
O resultado de Adorar
1.
Na
adoração, temos uma nova visão de
Deus e de nós mesmos. “Então, disse
eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios
impuros, habito no meio de
um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos
Exércitos!” (Isaías 6:5).
2.
Na adoração, nós somos perdoados, purificados
e transformados. “Então, um dos serafins
voou para mim, trazendo na mão uma
brasa viva, ... tocou a minha boca e
disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado” (Isaías 6:6 e 7).
3.
Na adoração,
aceitamos a missão de Deus para a nossa vida. “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por Nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim”
(Isaías 6:8).
Conclusão
1.
“David
James Randolph, em
seu livro God’s
Party (A Festa de Deus), fala
de um desfile festivo de um circo
que percorria alegremente as ruas de
Milão, Itália. As multidões aclamavam, os palhaços riam, os animais rugiam.
Repentinamente, sem aviso, uma das enormes atrações do circo, um gigantesco e pesado elefante afastou-se do desfile e caminhou diretamente para
a catedral. Antes que seus domadores
pudessem reagir, o elefante trotou através
das portas abertas da igreja, caminhou
pelo corredor, soltou alguns barritos com voz de trombeta, então virou a cabeça enrugada e caminhou de volta para o desfile.
“Randolph pergunta: em assuntos de
adoração, será que somos semelhantes a
paquidermes piedosos - elefantes na igreja?
Desabamos através das portas da igreja no sábado de manhã, fazemos alguns barulhos, agitamos a cabeça sobre os bancos a fim de observar a congregação, e quando tudo acaba, nos arrastamos de volta para nosso lugar no desfile barulhento da vida?” - Dwight Nelson, “Uma Igreja em Adoração”, Revista Adventista, outubro de 2002, págs. 14 e 15.
2.
Lembre-se de que a
adoração não é algo que fazemos uma vez por semana na igreja, mas sim algo que praticamos todos os momentos e em todos os lugares.
Marcos De Benedicto - Revista do Ancião out – dez / 2006. Oferecido por Depto de Comunicações da UCB
Luís Carlos Fonseca.
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