Genesis 5:21-24
Introdução
Havia dois grupos e pessoas naquele tempo: os fiéis e os infiéis.
a) Durante algum tempo, os fiéis e os infiéis permaneceram separados. Os fiéis habitavam as montanhas, e os infiéis fiavam nos vales. Enquanto se mantiveram separados, os fiéis adoravam a Deus corretamente. Mas, com o passar do tempo, desceram das montanhas e começaram a se misturar com infiéis.
b) “Esta associação produziu os piores resultados... misturando-se com os depravados, [os fiéis] tornaram-se semelhantes a eles [infiéis] no espírito e nas ações; as restrições ao sétimo mandamento eram desatendidas e ‘tomaram para si mulheres de todas que escolheram’.” – Patriarcas e Profetas, pág. 81.
c) Os mandamentos de Deus foram esquecidos. Passaram a buscar os prazeres mundanos. O pecado espalhou-se pelo mundo como praga.
I. O Caráter de Enoque
1. Apesar da infidelidade que prevalecia e crescia, havia um grupo de homens fiéis e santos que vivia em companhia de seres celestiais. Esses homens, além de terem um sólido intelecto, levavam a sério a missão de ensinar lições de lealdade para a sua geração.
2. Enoque era um deles. Ele amava a Deus e guardava Seus mandamentos. Mas, após o nascimento de seu filho, Matusalém, tudo mudou. Enoque aprendeu a preciosa lição do cuidado e do amor de Deus pelo homem.
a) O andar de Enoque com Deus não foi em arrebatamento de sentidos ou visão, mas envolvia todos os afazeres diários.
b) Enoque não se tornou eremita, excluindo-se inteiramente do relacionamento com pessoas. Ele tinha uma missão a realizar no mundo.
c) Enoque foi esposo, pai e chefe de família exemplar. Mantinha um estilo de vida constante e inabalável.
d) Enoque desenvolveu uma vida de oração bastante intensa. “Angustiado pela crescente iniquidade dos ímpios, e temendo que a deslealdade deles pudesse diminuir sua reverência para com Deus, Enoque evitava a associação constante com os mesmos, e passava muito tempo na solidão, entregando-se à meditação e oração. ... Para ele a oração era como a respiração da alma; vivia na própria atmosfera do céu”. – Patriarcas e Profetas, pág, 82.
3. Deus deu a Enoque o privilégio de receber revelações sobre muitos fatos do futuro; Deus lhe concedeu o dom de profecia.
a) Falou a ele sobre a destruição do mundo pelo dilúvio.
b) Mostrou-lhe a segunda vinda de Cristo, e a destruição final do mundo.
c) Mostrou-lhe a ressurreição dos justos, sua gloriosa coroação e a destruição dos ímpios.
4. Enoque foi um destemido reprovador do pecado e grande pregador da justiça. Os homens daquela geração zombavam daquele que não procurava juntar ouro ou prata, ou adquirir posses neste mundo. O coração de Enoque estava nas coisas eternas. Ele olhava para a Cidade Eterna. Seu espírito, coração e conversação eram sobre coisas eternas. Mesmo estando na Terra, habitou pela fé o reino celestial.
II. Deus o Tomou Para Si
1. “Durante três séculos, Enoque andara com Deus. Dia após dia, almejava uma união mais íntima. Cada vez mais estreita se tornara a comunhão até que Deus o tomou para Si. Estivera no limiar do mundo eterno, havendo apenas um passo entre ele e o país da bem-aventurança; e, agora abriram-se os portais; o andar com Deus durante tanto tempo praticado em Terra continuou, e ele passou pelas portas da santa cidade – o primeiro dentre os homens a entrar ali.” – Patriarcas e Profetas, pág. 87.
2. Foi sentida sua falta na Terra. “Notava-se a ausência daquela voz que fora ouvida dia após dia em advertência e instrução. Alguns houve, tanto dos justos como dos ímpios, que testemunharam sua partida; e, esperando que pudesse ter sido transportado para algum de seus lugares de retiro, aqueles que o amavam fizeram diligentes pesquisas para o encontrar... Referiram que não mais era encontrado, pois que Deus o tomara.” – Patriarcas e Profetas, pag. 88.
3. Com a transladação de Enoque, Deus tencionava ensinar uma lição importante: que há proveito em servir a Deus, visto que uma pesada maldição repousa sobre o ser humano e a morte é o fim de todos. Levando Enoque para o Céu, Deus mostrou o que fará com todos aqueles que forem fiéis a Ele.
a) O caráter desse profeta representa o estado de comunhão que todos aqueles que hão de ser comprados da Terra deverão manter com Deus por ocasião do segundo advento de Cristo.
Conclusão
1. No fim da história do mundo, assim como ocorreu antes do dilúvio, o caráter de cristãos fiéis também se contrastará com a iniquidade prevalecente.
2. “Seguindo os impulsos de seu coração corrompido e os ensinos de uma filosofia enganadora, os homens rebelar-se-ão contra a autoridade do Céu. Mas, como Enoque, o povo de Deus procurará pureza de coração, e conformidade com Sua vontade, até que reflitam a semelhança de Cristo.
Como Enoque, advertirão o mundo da segunda vinda do Senhor, e dos juízos que cairão sobre os transgressores; e pela sua santa conversação e exemplo condenarão os pecados dos ímpios. Assim como Enoque foi transladado para o Céu antes da destruição do mundo pela água, assim os justos vivos serão transladados da Terra antes da destruição desta pelo fogo.” – Patriarcas e Profetas, pág. 86.
Pr. Carlos Enoc Pollheim
Revista do Ancião - jan-mar 2006 - Gentileza do Dpto de Comunicações da UCB
Luís Carlos Fonseca
Amei o sermão
ResponderEliminarQue exemplo de lealdade e comunhão com Deus nos deixou o patriarca Enoc. Gostei da forma objetiva com que o senhor expôs o sermão
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