Fazendo a Oração de Jesus
Ler Mateus 6:10
Introdução
“Venha o Teu reino, faça-se a Tua vontade, assim na Terra como no Céu” (Mat. 6:10).
Um correto entendimento sobre o tema da oração contribui para que tenhamos uma correta compreensão de Deus e da maneira como Ele se relaciona conosco.
Não há dúvida de que Deus tem muitas bênçãos para compartilhar. O problema é que muitas vezes não sabemos como obter essas bênçãos.
Quando Jesus diz: “Venha o Teu reino”, está fazendo referência ao reino da glória e, ao orarmos, devemos incluir nossa maior esperança: a de vê-Lo voltando nas nuvens do céu. É também uma lembrança de que os princípios do Céu devem fazer parte de nossa vida.
Quando Jesus diz: “Faça-se a Tua vontade”, está reforçando a necessidade de nossa submissão e obediência a Deus.
Por que alguns são abençoados e outros não?
Ser ou não ser abençoado não resulta da relutância divina em nos abençoar, mas de nossa relutância em andar no caminho da obediência, que é o caminho da bênção.
Não há necessidade de alguém implorar nem rastejar diante de Deus para ser abençoado por Ele. Não há necessidade de tentar convencer Deus a reconhecer nossas necessidades. Ele bem as conhece.
Jesus ensinou os discípulos a orar: “Venha o Teu reino” Posteriormente, Ele disse: “O reino de Deus está dentro de vós.” Jesus queria dizer que a verdadeira essência do reino de Deus não é apenas sua localização física ou seu aspecto escatológico, mas os ideais e valores do Céu pelo qual nós vivemos hoje.
Orar a oração de Jesus é permitir que nossa mente e nossos valores sejam colocados em harmonia com a mente e os valores do Céu. Isto é submissão no mais alto grau.
Dentro deste prisma, passamos a entender que a bênção para Deus pode ter um significado bem diferente daquilo que consideramos ser bênção. Para Deus, o que vale mais: uma casa ou um lar harmonioso? Um automóvel para fazer trabalho missionário ou disposição para tratar com amor pelas pessoas necessitadas?
Mudando o foco da oração
Em vez de orar: “Senhor, abençoa-me! Passaremos a orar: “Senhor, dirige-me pelos caminhos das Tuas bênçãos.”
Deus não pode abençoar aqueles que escolhem andar pelos caminhos da desobediência e não tem como não abençoar os que andam pelo caminho da obediência. As bênçãos e as maldições são inerentes às nossas escolhas.
Ilustração: Um cristão vai à casa de um não cristão para almoçar. O não cristão convida o cristão para orar pedindo as bênçãos de Deus para o alimento. Sobre a mesa tem um “pernil assado”. O cristão, então, ora: “Senhor, abençoa estes alimentos que estão sobre a mesa, se é que Tu podes abençoar aquilo que já amaldiçoaste.”
Quando compreendemos como Deus concede Sua bênção, nosso modo de orar muda. Haverá menos mendicância e pedidos por bênçãos e mais alinhamento da nossa vontade com a vontade de Deus.
O propósito da oração não é mudar a atitude de Deus em relação a nós, mas mudar nossa postura em relação a Deus.
Como obter as bênçãos de Deus
No mundo religioso, há pelo menos três conceitos de como recebemos as bênçãos de Deus:
As bênçãos são merecidas. Por sermos cristãos, Deus é obrigado a nos abençoar. Esse conceito é falso, pois tenta fazer de Deus nosso servo ou empregado. Além disso, achamos que temos o direito de impor a Ele a “bênção” que desejamos.
As bênçãos são conquistadas. Precisamos implorar e orar repetidamente para conquistá-las. Esse conceito também é falso, pois tenta tornar Deus alguém manipulável pelos nossos esforços e rogos.
As bênçãos são inerentes. Aqueles que obedecem ao Senhor são abençoados em virtude do caminho que escolheram andar. Esse conceito está em harmonia com os ensinos e experiências da Bíblia.
Daniel é um desses exemplos. Ele pôs no seu coração não se contaminar com as iguarias do rei, e orava três vezes ao dia. Foi obediente a Deus quanto ao regime alimentar, e Deus o tornou um dos moços mais formosos e sábios de Babilônia. Outra prova difícil foi quando o lançaram na cova dos leões. Ele preferiu ser obediente e fiel a Deus, e o Senhor o livrou da boca daquelas feras.
A obediência traz seu próprio galardão. A desobediência produz seus trágicos frutos. Qual é o melhor caminho para nossa vida?
Ao orar, em lugar de vermos Deus apenas como um distribuidor de bênçãos, devemos vê-Lo como um comunicador de sabedoria, planejador de padrões e ideias. Ele tem planos maravilhosos para nós. Em nossa oração devemos pedir que nos revele a Sua vontade e Ele nos ajude a colocá-la em prática.
Conclusão
Que possamos ter alcançado a compreensão de que nem as bênçãos nem as maldições são atos e dádivas de um Deus arbitrário, mas frutos de nossas próprias escolhas.
Façamos mais vezes a oração de Jesus e permitamos que o Senhor nos conduza pelos caminhos das Suas bênçãos. Desse modo, seremos realizados e vitoriosos, e todos notarão que temos estado com o Senhor em uma vida de íntima comunhão.
Pr.Jonas Arrais - Revista do Ancião / out – dez 2008 - Dpto Comunicações UCB
Luís Carlos Fonseca
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