RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 2 – NO PRINCÍPIO
VERSO ÁUREO: “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.” Colossenses 1:16
OBJETIVOS DA LIÇÃO: Aprender a analisar até que ponto a crença em Deus como Criador afeta a maneira como compreendemos outros ensinos bíblicos, como a Cruz, a Salvação e a Nova Terra. Aquele que elimina Deus como Criador, logo não aceita as doutrinas bíblicas. Sentir a diferença que faz na vida das pessoas crer em um Deus de amor que Se interessa por nós. Aceitar Deus como Criador, mantenedor e Redentor.
INTRODUÇÃO: Há dois pontos de vista relacionados com a origem do universo: a) O modelo bíblico da criação e b) O modelo evolucionista ateu.
Em qual modelo é mais difícil de acreditar? Nos dois, pois ninguém esteve presente no momento em que o universo veio a existência, ou para chegar no patamar em que se encontra hoje. Para aceitar, tanto um como outro modelo, a pessoa tem que exercer muita fé. O evolucionista acredita que tudo veio do acaso. A partir de uma minúscula poeira cósmica que explodiu; é o tal Big Bag, o mundo começou a evoluir e chegou até hoje, mas ainda continuará a evoluir até o infinito no tempo. O modelo evolucionista atua com base na premissa de que não há nenhum objetivo final. Os evolucionistas aceitam que as mutações e a seleção natural operam cegamente em conjunto, mantendo aquilo que funciona, e eliminando aquilo que não serve. Já o modelo bíblico da criação ensina que o mundo veio a existência através do ato criador de Deus, e que o homem e a mulher “foram feitos à imagem do próprio Deus.”
Entre os que aceitam a criação, há grupos religiosos que acham que o mundo foi criado em longos milênios, cada dia 7 mil anos. Mas, de acordo com a própria bíblia “houve tarde e manhã “ cada dia. Seria impossível haver tarde e manhã em cada milênio, por exemplo, além de outros fatores que vamos analisar na lição de Domingo. A doutrina da criação, e criação em sete dias literais, é fundamental para tudo aquilo que acreditamos.
Esta semana vamos olhar para a doutrina bíblica da criação e ver como ela constitui o fundamento para as outras doutrinas bíblicas. Não aceitar a criação; é rejeitar o estado pecaminoso do homem, e não aceitar a segunda volta de Cristo e o céu como literal e certos.
DOMINGO(8 de Janeiro) – A SEMANA DA CRIAÇÃO – O mundo veio a existência em seis dias literais ou em vários milênios, como alguns pretendem?
Quando abrimos a Bíblia para ler o primeiro versículo encontramos: "No princípio criou Deus os céus e a terra" Gênesis 1:1.
O testemunho bíblico acerca da criação é grandioso. Há numerosas expressões que enaltecem o poder criador de Deus desde o Gênesis até o Apocalipse.
No livro dos Salmos lemos da excelência da criação descrita numa das mais lindas poesias bíblicas: "Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das Suas mãos. Um dia faz declaração ao outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto por toda a terra se faz ouvir a Sua voz, e Suas palavras até aos confins do mundo." Salmo 19:1-4
No Salmo 33:6 lemos: "Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da Sua boca."
Vários são os versos que enaltecem o Deus Criador; e todos os que acreditam na criação ficam felizes com estas lindas declarações; mas é bom explicarmos um pouco, a nível científico, o ato da criação:
Diz a Bíblia, na sua linguagem cristalina, que houve “tarde” e “manhã” em cada dia da Criação. No hebraico, manhã é a parte clara do dia propriamente dito, ao passo que a “tarde” é a parte escura, noturna. Se num único dia houve tarde e manhã, então, a hipótese jeovista levar-nos-ia fatalmente a admitir que essas 24 horas tiveram uma extensão ininterrupta correspondente a um tempo longuíssimo de 7.000 anos, sendo 3.500 anos de parte clara, e 3.500 de uma noite interminável. Isto não tem sentido. Imagine-se, o Sol com a sua intensidade durante um espaço de 3.500 anos! Teria queimado tudo. Ou então, se começou pelas 3.500 noites, o mundo vegetal teria perecido na escuridão.
O fato de as plantas, a relva, a forragem terem surgido no terceiro dia, e continuaram a viver nos dias subsequentes da Criação, sendo de alimento para os animais, comprova que este dias eram, e sem dúvida dias solares, literais. Primeiro, porque no dia imediato surgiu o Sol; segundo, porque os animais criados no quinto e sexto dias precisavam de vegetação para sobreviverem.
O homem foi feito no sexto dia, e no sétimo descansou como Deus mesmo o fez. Como explicar este verso? Teria Deus ainda trabalhado no sábado? “E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.” Gênesis 2:2. Deus criou o próprio tempo do sábado. As 24 horas santas deste dia. Felizes são aqueles que, também, obedecem este mandamento.
SEGUNDA-FEIRA(9 de Janeiro) – O CORAÇÃO DO CRIADOR – Como Jó descreveu a criação? “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?” Jó 38:4-7
Deus criou o mundo com muito amor e de forma muito ordenada, como vemos na sequência dos dias da criação, conforme Gênesis 1 e 2: Atente para o fato dos dois relatos da criação. A descrição abaixo está no primeiro relato. O segundo relato tem o seu início à partir de Gên 2:4-25
O Primeiro Dia - As primeiras palavras gravadas de Deus que nós temos são: "Haja luz” havia uma luz opaca, e Deus tornou clara a terra. Ver Gênesis 1:3-5
Segundo Dia – Deus fez a separação entre as águas. Gên. 1:6 e 7
Terceiro Dia – Houve a aparição da terra seca. Com terra seca disponível, as primeiras plantas foram criadas e começaram a crescer e desenvolver em grande abundância. Ver Gênesis 1:9-13
O Quarto Dia - Com o céu claro agora, o sol, a lua e as estrelas eram visíveis. Eles foram feitos para "servir como sinais para marcar estações, dias e anos." O Sol marcou o dia, a lua a noite e as estações do mês. Ver Gênesis 1:14-19
O Quinto Dia - Um grande número de pássaros e criaturas do mar foram criados. Deus os abençoou e disse: "Sede fecundos e multiplicai e enchei as águas nos mares..." Ver Gênesis 1:20-23
O Sexto Dia - Um grande número de animais terrestres foram criados. O homem e a mulher, obra prima da criação, também foram criados. Ver Gên. 1:24-31
Sétimo Dia - O Dia do Senhor. “E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.” Gênesis 2:2-3
TERÇA-FEIRA(10 de Janeiro)- OS CÉUS DECLARAM – Estes são os textos para hoje: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das Suas mãos. Um dia faz declaração ao outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto por toda a terra se faz ouvir a Sua voz, e Suas palavras até aos confins do mundo.” Salmo 19:1-4
“Bom é louvar ao Senhor, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo; para de manhã anunciar a tua benignidade, e todas as noites a tua fidelidade; sobre um instrumento de dez cordas, e sobre o saltério; sobre a harpa com som solene. Pois tu, Senhor, me alegraste pelos teus feitos; exultarei nas obras das tuas mãos. Quão grandes são, Senhor, as tuas obras! Mui profundos são os teus pensamentos.” Salmos 92:1-5
Assim diz Ellen White sobre o jardim do Edén: “Neste jardim havia árvores de toda variedade, muitas delas carregadas com lindos frutos. Havia lindas trepadeiras apresentando um graciosíssimo aspecto com seus ramos prendendo e colorindo o ambiente com variados tons. Era o trabalho de Adão e Eva moldar os ramos da trepadeira de maneira a formar caramanchéis, fazendo assim para si, com as árvores vivas, abrigos cobertos com folhagens e frutos. Havia ainda perfumadas flores de toda cor e bem no meio do jardim a árvore da vida sobrepujando todas as demais. Seu fruto reluzia e tinha a propriedade de perpetuar a vida.” Patriarcas e Profetas, pág 30.
A terra ainda é muito linda, mas hoje está manchada com os resultados do pecado e a consequente destruição do homem, sem contar os desastres naturais que tem contribuído para deslustrar a beleza do planeta azul. São as pestes e pragas que atacam a vegetação, e as tentativas da ciência para neutralizar com os agrotóxicos e venenos; e são os gases emitidos para a atmosfera, rompendo a camada de ozônio. Tudo isso provoca os desastres da natureza.
QUARTA-FEIRA (11 de Janeiro) – A CRUZ E A CRIAÇÃO – “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.” Rom. 8:19-22.
Quando Jesus morreu, a natureza resolveu esconder o seu rosto para não contemplar a cena de horror. Mas mesmo antes da morte de Cristo, já com a entrada do pecado, a natureza sofreu uma drástica transformação como vemos nos seguintes textos:
"Sob a maldição do pecado, a natureza toda devia testemunhar ao homem o caráter e resultado da rebelião contra Deus. Quando Deus fez o homem, Ele o fez governador sobre a Terra e todas as criaturas viventes. Enquanto Adão permanecesse fiel ao Céu, toda a natureza estaria sob a sua sujeição. Quando, porém, se rebelou contra a lei divina, as criaturas inferiores ficaram em rebelião contra o seu domínio." Patriarcas e Profetas, pág. 59.
"É por causa do pecado do homem que ‘toda a Criação geme e está juntamente com dores de parto’. Rom. 8:22. O sofrimento e a morte foram assim impostos não somente ao gênero humano, mas aos animais." Patriarcas e Profetas, pág. 443.
Quando Jesus veio ao mundo, Ele fez o favor de conjugar a desafeição para com a natureza que a humanidade revelava. Ao Se encarnar, Ele tornou-se em uma linda criança, depois em um homem, e não em um macaco. Conforme João 1:1-3 sabemos que Jesus esteve na criação, por ser ele o próprio Deus. E como no início Ele criou o ser humano, ele Se encarnou também em um ser humano. Interessante não é?
Como o seguinte texto é importante para compreendermos o processo da redenção relacionado com a criação? “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Romanos 5:12
QUINTA-FEIRA(12 de Janeiro) – CRIAÇÃO E RECRIAÇÃO – Em Romanos 8:22 encontramos este texto: “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.”
A despeito da realidade presente, do planeta estar sob a ação destruidora do tempo, pois o princípio da entropia é uma realidade no mundo de pecados; temos também a própria ação desgovernada do homem, em destruir as florestas e em criar artifícios como a emissão de Co2 na atmosfera.
Mas nem tudo está perdido! Os cientistas tem procurado mostrar às autoridades, as consequências da ação destruidora do homem, e os governantes tem procurado amenizar estes prejuízos criando leis, mas isso é pouco. E, já é consenso de todos, que a situação já é irreversível. Jesus prometeu, em Sua palavra, resolver esse problema de uma vez por todas. Veja estes textos:
“Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.” Isaías 65:17
“Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o SENHOR, assim também há de estar a vossa posteridade e o vosso nome.” Isaías 66:22
“Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.” II Pedro 3:13
“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21:4
Tendo em vista que toda a esperança do cristão se assenta na promessa de uma vida restaurada, qual deve ser a nossa decisão e atitude?
“A queda do homem encheu o Céu todo de tristeza. O mundo que Deus fizera estava manchado pela maldição do pecado, e habitado por seres condenados à miséria e morte. Não parecia haver meio pelo qual pudessem escapar os que tinham transgredido a lei. Os anjos cessaram os seus cânticos de louvor. Por toda a corte celestial havia pranto pela ruína que o pecado ocasionara.” Patriarcas e Prof, 19
“Mas o plano da redenção tinha um propósito ainda mais vasto e profundo do que a salvação do homem. Não foi para isto apenas que Cristo veio à Terra; não foi simplesmente para que os habitantes deste pequeno mundo pudessem considerar a lei de Deus como devia ela ser considerada; mas foi para reivindicar o caráter de Deus perante o Universo. Para este resultado de Seu grande sacrifício, ou seja, a influência do mesmo sobre os entes de outros mundos, bem como sobre o homem, olhou antecipadamente o Salvador quando precisamente antes de Sua crucifixão disse: "Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. E Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim." João 12:31 e 32. O ato de Cristo ao morrer pela salvação do homem, não somente tornaria o Céu acessível à humanidade, mas perante todo o Universo justificaria a Deus e Seu Filho, em Seu trato com a rebelião de Satanás. Estabeleceria a perpetuidade da lei de Deus, e revelaria a natureza e os resultados do pecado.” Patriarcas e Prof. 69
Luís Carlos Fonseca
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