terça-feira, 29 de maio de 2012

DO QUE AS PESSOAS MAIS SE ARREPENDEM NA HORA DA MORTE?


Do que as pessoas mais se arrependem na hora da morte?

Roberta Ávila escreveu, no diário Catarinense de maio de 2012, sobre o que os pacientes, em fase terminal, sentem. Ela conta que a enfermeira australiana Bronnie Ware trabalhou por muitos anos com pacientes terminais que eram mandados para casa para morrer. 

Apesar da situação difícil, ela afirma que todos os seus pacientes cresceram muito quando tiveram de enfrentar sua própria mortalidade e Bronnie foi capaz de encontrar na trajetória desses casos de arrependimentos de seus pacientes. É difícil não refletir se teríamos ou não os mesmos arrependimentos. Vamos a eles:

1) - “Eu queria ter tido coragem de viver a vida de maneira verdadeira para comigo mesmo, não a vida que os outros esperavam de mim.” - Realmente, viver de forma autêntica não é uma tarefa fácil. Somente um íntimo relacionamento com Cristo permite-nos esta realidade. 


Segundo Bronnie, esse é o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que sua vida chegou ao fim, elas olham para trás e percebem os sonhos não realizados. Diz Bronnie: “Muita gente não honrou nem a metade de seus sonhos e teve que morrer sabendo que isso aconteceu devido a escolhas que eles mesmos fizeram ou não fizeram”

2) – “Eu queria não ter trabalhado tanto.” - É pena que muita gente só pensa em trabalhar, guardar dinheiro e angariar bens. Isso não é mal, mas quando atropela outras prioridades, aí torna-se prejudicial. 

Esse foi o arrependimento que Bronnie percebeu mais nos pacientes homens. De acordo com a enfermeira, eles se arrependiam de não ter aproveitado mais a infância dos filhos e a companhia da parceira. As mulheres também têm esse arrependimento, mas como a maior parte das pacientes era de uma geração em que as mulheres ainda não tinham o trabalho como principal em suas vidas, o arrependimento parece ser menor. “Todos os homens de quem eu cuidei se arrependiam de terem gasto tanto de suas vidas em uma existência voltada para o mercado de trabalho”, conta Bronnie.

3) – “ Eu queria ter tido a coragem de exprimir meus sentimentos.” – Quando a minha mãe faleceu, e no dia do seu funeral um irmão chegou para mim e disse: - "eu me arrependo de nunca ter dito para a mãe que a amava, embora sentisse muita vontade de o dizer". 

Muitas pessoas reprimem os seus sentimentos para evitar confronto ou mesmo porque foram educadas para fazê-lo. O resultado é que elas se contentam com uma existência que, segundo a enfermeira Bonnie, é medíocre, porque impede que as pessoas aproveitem seu verdadeiro potencial. Para Bronnie, a honestidade eleva os relacionamentos a um novo patamar, mais saudável, ou vai acabar fazendo com que relacionamentos que não fazem bem para as pessoas acabem sendo eliminados da vida delas.

4) – “Eu queria ter permanecido em contato com meus amigos.” Com a chegada da internet e das novas tecnologias, as distâncias ficaram diminuídas. As redes sociais permitem reconquistarmos amizades perdidas há muito tempo. 

Bronnie presenciou muitas pessoas se queixarem do quanto se arrependiam de não ter dedicado mais tempo às suas amizades. “Muitas pessoas acabam tão envolvidas com suas próprias vidas que deixam amizades de ouro acabar”, relatou. Para Bronnie, na hora da morte as pessoas tentam, sim, deixar o plano financeiro em ordem, se possível, mas não é isso que mais conta, mas sim as pessoas que elas amam.

5)- “Eu queria ter me permitido ser mais feliz.” – A verdadeira felicidade está em colocarmos Deus em primeiro plano, como lemos em Salmo 37: “Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia.” Salmos 37:3-6.

Segundo Bronnie essa é muito comum. “Muitos não percebem até o fim que felicidade é uma escolha”, relata a enfermeira. As pessoas ficam presas em velhos padrões e hábitos e se acomodam no que é familiar e seguro. Segundo Bronnie, muita gente passa a vida fingindo que é feliz para os outros e para si mesmo por medo de mudar. “Quando você está no seu leito de morte o que os outros pensam de você nem passa pela sua mente”, conclui Bronnie.

A dica final da enfermeira: “A vida é uma escolha. É a sua vida. Escolha com consciência, sabedoria e honestidade. Escolha a felicidade.”

Disse Jesus: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” João 10:10. Não é curioso, o fato de que, quando vivemos uma relação de intimidade com Jesus, todos esses arrependimentos acima podem ser eliminados e tornar o ser humano capaz de dizer como Paulo, pouco antes de sua morte: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” II Timóteo 4:7?

De fato, como diz Bronnie, a vida é uma escolha. Mas vida em abundância deriva apenas da escolha de andar com Jesus, o doador da vida, aquele que confere sentido à nossa existência.

Que Deus nos dê condições de fazermos lindas escolhas.

Luís Carlos Fonseca.

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