REGRAS PARA
INTERPRETAÇÃO DOS ESCRITOS DE ELLEN WHITE POR JEROME JUSTESEN
Apresento
aqui (Michelson - Blog Missão Profeta) seis regras para interpretação do
Espírito de Profecia, extraídas de uma apostila do professor Jerome Justesen,
ex-professor de Teologia, Hebraico e História na Faculdade de Teologia do
Instituto Adventista de Ensino (hoje Unasp, campus São Paulo:
I Regra:
Confirmar a fonte exata de cada trecho antes de usá-lo.
II Regra: Uma
vez confirmado o trecho, ter certeza do contexto histórico. Estudar a Bíblia
sem examinar o contexto em Lucas 16:19-31, Filipenses 1:23 e Romanos 10:4, por
exemplo, originaria conclusões erradas. Assim é com o Espírito de Profecia.
“Quanto aos testemunhos, coisa alguma é ignorada; coisa alguma é rejeitada; o
tempo e o lugar, porém, têm que ser considerados” (Mensagens Escolhidas, vol.
1, pág. 57).
• Exemplo A:
“Não posso comer feijão, pois é para mim um veneno” (Conselhos Sobre o Regime
Alimentar, pág. 494). A Sra. White não estava fazendo de seu estômago regra de
fé para todos. No mesmo livro, págs. 491 a 494, é indicado que sua família
comia feijão.
• Exemplo B:
“Em vossa mesa não se deveria servir ovos” (Testimonies, vol. 2, pág. 400).
Isso era um testemunho particular, não aplicável a todos. O livro A Ciência do
Bom Viver indica o lugar certo dos ovos na mesa.
• Exemplo C:
Muitos usam Ellen White para legislar a moda moderna de vestuário. “Eu diria
que na parte do Estado de Michigan onde moramos, temos adotado o comprimento
uniforme de nove polegadas acima do assoalho” (Testimonies, vol. 1, pág.5 21).
“Minhas visões têm a finalidade de corrigir a moda atual, os vestidos compridos
em extremo, arrastando-se sobre o chão, bem como corrigir os vestidos
extremamente curtos, à altura dos joelhos, que são usados por certa classe.
Foi-me mostrado que devemos evitar ambos os extremos. Se adotarmos uma
vestimenta que alcance o cano da bota feminina, escaparemos aos males e a
notoriedade de um vestido exageradamente curto” (Testimonies, vol. 1, pág. 464).
“Ninguém
deveria ser compelido a adotar o vestuário da reforma” (Ibidem, vol.4,
pág.636). Obviamente o conselho literal desses trechos não é mais aplicável.
Somente o princípio básico permanece: o vestuário deve ser decente. Temos um
paralelo bíblico em Números 15:38-41, conforme Mensagens Escolhidas, vol. 2,
pág. 473.
III Regra: O
Espírito de Profecia não é uma vara para oprimir o povo de Deus. Testimonies,
vol. 1, pág. 369: “Os Testemunhos não devem ser utilizados como vara de ferro
ou cacetete”; Testimonies, vol. 1, pág. 382: “Não se deve usar as visões de
Ellen White como regra para medir tudo.” Aqueles que duvidam do Espírito de
Profecia “não deveriam ser destituídos dos benefícios e privilégios da igreja,
se sua conduta cristã for, no entanto, correta e se têm formado um bom caráter
cristão” (Testimonies, vol. 1, pág. 328).
Deve-se
trabalhar com os irmãos mais fracos, no espírito de amor e mansidão. “Podemos
ser tão severos quanto quisermos ao nos disciplinar-mos a nós mesmos, mas
devemos ser bastante corteses para não impelirmos as almas ao desespero”
(Testimonies, vol. 3, pág. 507).
Nunca se deve
usar o Espírito de Profecia de maneira dogmática, porque Ellen White não era
dogmática. “Não devemos ir mais rápido do que podemos levar conosco aqueles
cuja consciência e intelecto está convencido das verdades por nós advogadas.
Devemos procurar o povo onde este se encontra. Alguns de nós temos levado anos
para chegar até nossa presente posição na reforma pró-saúde... Se concedermos
ao povo tanto tempo quanto de nós foi requerido para alcançarmos o presente
estado avançado na reforma, seríamos muito pacientes com eles e permitiríamos
que avançassem degrau após degrau, como nós o fizemos, até que seus passos se
estabelecessem firmemente sobre a plataforma da reforma pró-saúde. Mas
precisamos ser muito cautelosos para não avançarmos com muita rapidez, não
aconteça termos de refazer nossos passos. Em reformas é preferível nos
mantermos a um passo aquém do marco do que avançar um passo além. E se houver algum
erro qualquer, que seja para o lado em que estiver o povo" (Testimonies,
vol. 3, págs. 20 e 21).
IV Regra: Não
buscar novas doutrinas no Espírito de Profecia.
Algumas
pessoas passam mais tempo estudando os escritos do Espírito de Profecia do que
a própria Bíblia. “Nossa atitude e crença têm por base a Bíblia. E nunca
queremos que alma nenhuma faça prevalecer os Testemunhos sobre a Bíblia”
(Evangelismo, pág. 256). As visões de Ellen White nunca foram dadas para
usurpar o lugar certo da Bíblia. Como Martinho Lutero, podemos dizer: “A
Bíblia, e a Bíblia somente.”
“Constituem
os escritos da Sra. E. G. White para a igreja de Cristo uma nova Bíblia?
Positivamente, respondemos: Não. Constituem eles um acréscimo ao Cânon Sagrado?
Respondemos outra vez sem reservas: Não” (F. M. Wilcox, O Testemunho de Jesus,
pág. 67). “Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para
levar homens e mulheres à luz maior” (O Colportor-Evangelista, pág. 37).
“Na visão que
me foi dada em 12 de junho de 1868, foi-me mostrado o perigo do povo de Deus
olhar para o irmão e a irmã White pensando que devem trazer-lhes suas cargas, e
deles buscar conselho. Isto não deveria acontecer... Muitos vêm a nós com a
pergunta: Deverei fazer tal coisa? Devo envolver-me em tal negócio? Ou, com
respeito ao vestuário, devo vestir este ou aquele artigo? A tais eu respondo:
Vós professais ser discípulos de Cristo; estudai vossas Bíblias.
Lede
cuidadosamente e com oração o relato de vida de nosso querido Salvador ao viver
entre os homens sobre a Terra. Imitai Seu viver, e não vos encontrareis
desviados do caminho estreito. Nós recusamos veementemente servir como
consciência para vós. Se vos dissermos justamente o que deveis fazer, olhareis
para nós a fim de que vos guiemos, em vez de olhardes a Jesus diretamente por
vós mesmos.
Vossa
experiência estará alicerçada em nós. Precisais adquirir uma experiência por
vós mesmos, a qual deverá estar fundamentada em Deus” (Testimonies, vol. 2,
págs. 118 e 119).
Nunca na
história da Igreja as visões da Sra. White foram dadas para ocupar o lugar do
estudo sincero da Bíblia. As doutrinas adventistas foram estabelecidas numa
série de reuniões em 1848 (os Congressos do Sábado). Nesses congressos, a Sra.
White não fez nenhuma contribuição significativa. Ela recebeu visões sobre
esses pontos doutrinários somente depois dos congressos, para confirmar as
decisões já tomadas.
“Durante todo
o tempo eu não compreendia o raciocínio dos irmãos. Minha mente estava como que
bloqueada, e eu não podia entender o significado das Escrituras que nos
dedicávamos a estudar. Isto era um dos maiores sofrimentos da minha vida.
Permaneci em tal condição mental até que todos os principais pontos de nossa fé
foram feitos claros para nossas mentes em harmonia com a Palavra de Deus”
(Special Testimony, Série B, nº 2, págs. 56 e 57).
“Deve ser
esclarecido que todas estas opiniões sustentadas pelo corpo de observadores do
sábado foram extraídas das Escrituras, antes que a Sra. White tivesse qualquer
visão com respeito a elas. Estes sentimentos estão fundados sobre as Escrituras
como sua única base” (Tiago White, em Review and Herald, 16 de outubro de
1855).
Por isso, o
verdadeiro propósito do Espírito de Profecia é:
1. Conduzir
os homens à Bíblia, que eles têm negligenciado (Testimonies, vol. 2, pág. 455);
2. Corrigir
aqueles que se desviam da Verdade da Bíblia (Ibidem);
3.
Simplificar a Bíblia e esclarecer sua mensagem.
“O irmão R. confundiria
a mente, querendo fazer parecer que a luz dada por Deus mediante os Testemunhos
seja uma adição à Palavra de Deus; mas nisso ele apresenta o assunto sob falsa
luz.... Os Testemunhos escritos não têm por objetivo acrescentar nova luz, mas
impressionar vividamente o coração com as verdades da inspiração, já reveladas.
Nenhuma verdade adicional é apresentada; porém, mediante os Testemunhos, Deus
tem simplificado as grandiosas verdades já concedidas... Os Testemunhos não são
dados para diminuir a Palavra de Deus, mas para exaltá-la e atrair para ela as
mentes” (Testimonies, vol. 5, págs. 663-665).
V Regra:
Distinguir entre a aplicação literal e a aplicação espiritual dos textos
bíblicos. Uma regra fundamental de exegese bíblica é a seguinte: “Cada texto
tem somente uma aplicação literal.” Mas escritores inspirados mais tarde fazem
freqüentemente uma aplicação espiritual de textos nos quais essa aplicação não
era evidente para os escritores originais. Desde que essas aplicações
espirituais se baseiem numa interpretação mística, não têm valor para uma
exegese literal. Como ilustrações bíblicas deste ponto, comparar Oséias 11:1 e
Mateus 2:15; Isaías 52:7 e Romanos 15:10; Isaías 2:19-21 e Apocalipse 6:15;
Jeremias 50 e 51; e Apocalipse 16 a 19. A Sra. White interpreta do mesmo modo
milhares de textos do Antigo e do Novo Testamentos.
• Exemplo A:
Levítico 22:19-25. Ela faz as seguintes aplicações:
1. Por meio
de intemperança, apresentamos a Deus “um sacrifício imperfeito” (Conselhos
Sobre o Regime Alimentar, págs. 20 e 21).
2. Aqueles
que não devolvem o dízimo honestamente, apresentam uma “oferta defeituosa, um
sacrifício maculado” (Testimonies, vol. 1, pág. 194).
3. A igreja
egoísta que recusa sacrificar os seus meios para levar avante a causa de Deus,
apresenta um sacrifício “defeituoso” (Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 31).
4. Cristãos
orgulhosos e não consagrados levam a Deus “um sacrifício imperfeito” (Obreiros
Evangélicos, pág. 114).
5. Pregadores
preguiçosos que não estudam para preparar os seus sermões apresentam a Deus “um
sacrifício maculado” (Testimonies, vol. 6, pág. 412).
6. Obreiros
que não se preparam espiritualmente para as suas responsabilidades oferecem a
Deus “um sacrifício maculado” (Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 178).
• Exemplo B: I
Coríntios 2:9. A Sra. White interpreta “as coisas que nem olhos viram, nem
ouvidos ouviram”, como:
1. As glórias
do Céu (Educação, pág. 301; O Grande Conflito, pág. 675;Conselhos aos Pais,
Professores e Estudantes, pág. 168).
2. As belezas
da natureza, neste mundo, como símbolo do lar celestial (O Lar Adventista, pág.
548; Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 49).
3. “As
glórias do Céu e os preciosos tesouros da Palavra de Deus” (The SDA Bible
Commentary, vol.6, pág. 1.107).
4. A incompreensível
natureza de Deus (O Desejado de Todas as Nações, pág. 412).
5. As
riquezas eternas do cristão (Conselhos Sobre Mordomia, pág. 84).
6. Os grandes
temas de salvação que devemos considerar no sábado - a encarnação, a Bíblia, a
santificação, a verdade, a graça (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes,
pág. 342).
7. O efeito
da redenção no coração - o glorioso destino do homem (O Maior Discurso de
Cristo, págs. 61 e 62).
8. As nobres
realizações intelectuais do homem (Testimonies, vol. 4, pág. 446).
Obviamente
para usar qualquer desses trechos numa exegese literal, precisamos fazer um
estudo profundo do texto bíblico na linguagem original, antes de citar do
Espírito de Profecia.
VI Regra:
Lembrar que o Espírito de Profecia não foi dado como um guia infalível para
informações na periferia.
Não podemos
crer na posição da inspiração verbal. Os fundamentalistas ensinam que as cópias
originais dos escritos de qualquer profeta eram sem erro, porque foram
inspirados verbalmente. A Sra. White rejeitou tais idéias, ensinando que Deus
deu ao profeta a idéia básica em visão, deixando-o livre para escolher as
palavras apropriadas. “Os escritores da Bíblia tiveram de exprimir suas idéias
em linguagem humana. Ela foi escrita por seres humanos” (Mensagens Escolhidas,
vol. 1, pág. 19).
“A Bíblia não
nos é dada em elevada linguagem sobre-humana. A fim de chegar aos homens onde
eles se encontram, Jesus revestiu-Se da humanidade. A Bíblia precisa ser dada
na linguagem dos homens. Tudo quanto é humano é imperfeito” (Mensagens
Escolhidas, vol. 1, pág. 20). “Não são as palavras da Bíblia que são
inspiradas, mas os homens é que o foram. A inspiração não atua nas palavras do
homem ou em suas expressões, mas no próprio homem que, sob a influência do
Espírito Santo, é possuído de pensamentos” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág.
21).
A respeito de
seus próprios escritos, ela escreveu: “Se bem que eu dependa tanto do Espírito
do Senhor para escrever minhas visões como para recebê-las, todavia as palavras
que emprego ao descrever o que vi são minhas, a menos que sejam as que me foram
ditas por um anjo, as quais eu sempre ponho entre aspas” (Mensagens Escolhidas,
vol. 1, pág. 37).
Estes fatores
são evidentes no auxílio que Tiago White deu à esposa: “Enquanto meu esposo vivia,
ele servia de auxiliar e conselheiro no envio das mensagens que me eram
apresentadas... A instrução que eu recebia em visão era fielmente escrita por
mim, conforme tivesse tempo e forças para a tarefa. Posteriormente examinávamos
juntos a matéria, corrigindo o meu esposo os erros gramaticais e eliminando
repetições desnecessárias. Então era copiada cuidadosamente (e enviada) para as
pessoas às quais se dirigia, ou para publicação" (The Writing and Sending
Out of the Testimonies to the Church, págs. 4-6).
A Review and
Herald de 27 de novembro de 1883 publicou esta decisão da Associação Geral
(feita numa comissão, em 20 de novembro):
“33.
Considerando que muitos desses Testemunhos foram escritos sob as mais
desfavoráveis circunstâncias, achando-se a escritora demasiado premida pela
ansiedade e o labor para dedicar atenção crítica à perfeição gramatical dos
escritos, e eles foram impressos em tal pressa que permitiu que essas
imperfeições passassem sem correção; e "Considerando que acreditamos que a
luz dada por Deus a Seus servos é pela iluminação da mente, comunicando assim
pensamentos, e não (exceto em raros casos) as próprias palavras em que as
idéias devem ser expressas;
"Fica
resolvido: Que na publicação desses volumes, sejam feitas as correções verbais
necessárias para remover as mencionadas imperfeições, o quanto possível sem
qualquer mudança do pensamento" (Actions of the General Conference, 20 de
novembro de 1883).
"Por
isso concluímos: a mensagem central do profeta (verdadeiro) é infalível. Não
pode errar. Mas assuntos na periferia podem conter erros, que, no entanto, são
inconseqüentes. “As Escrituras Sagradas devem ser aceitas como uma revelação
autoritária e infalível de Sua vontade” (Introdução de O Grande Conflito).
Arthur White,
numa pesquisa intitulada Toward a Factual Concept of Inspiration, págs. 8 e 9,
declara o seguinte: “Ela não disse que o fraseado das Escrituras é infalível,
mas que as Escrituras provêm de uma revelação infalível.” A revelação da
vontade de Deus é autoritária e infalível, mas a linguagem usada em comunicá-la
aos homens não é infalível.
Por isso,
essa “periferia” inclui:
1. As
palavras, a lógica e a retórica do profeta. “A Bíblia é escrita por homens
inspirados, mas não é a maneira de pensar e exprimir-se de Deus. Esta é a da
humanidade. Deus, como escritor, não Se acha representado. Os homens dirão
muitas vezes que tal expressão não é própria de Deus. Ele, porém, não Se pôs à
prova na Bíblia em palavras, em lógica, em retórica” (Mensagens Escolhidas,
vol. 1, pág. 21).
2. Erros
devido à memória defeituosa do profeta. Conforme I Coríntios 1:14-16, onde
Paulo esqueceu quantos havia batizado em Corinto.
3. Às vezes,
o profeta pode depender de fontes humanas para informação inconseqüente. “Um
profeta está de posse de muitos ramos do conhecimento comum, e sua mente tem
sido iluminada pelas revelações recebidas de Deus. Ele leva, em grande
proporção, a responsabilidade para escolher o tempo, lugar e conteúdo da
apresentação sob influência do Espírito Santo. Embora deva exercer grande
cuidado para que sua mensagem não seja influenciada em seus conceitos básicos
por suas próprias opiniões ou pelo pensamento de seus contemporâneos, em sua
apresentação poderá usar, porém, alguns itens de informação que constituem
objeto de conhecimento comum, tais como a distância entre lugares, o local de
um dado acontecimento ou o tempo de um evento comumente conhecido” (Arthur
White, op. cit., pág. 9).
4. A
informação pode ser retida do profeta, pelo Senhor. “Tenho ainda muito a vos
dizer, mas vós não o podeis suportar agora” (João 16:12). “Não é necessário
saber tudo para ser um profeta verdadeiro... ‘Vêem’ os profetas sempre toda a
verdade duma vez? O estudo da Bíblia nos permite responder: Não” (F. D. Nichol,
em Ellen G. White and Her Critics, pág. 98).
Em conclusão,
a Sra. White nunca teve a pretensão de ser infalível. “Com relação à
infalibilidade, nunca a pretendi; unicamente Deus é infalível” (Mensagens
Escolhidas, vol. 1, pág.37).
(Nota
Adicional: Tive o privilegio de ter o pastor Jerome Justesen como professor,
diretor e paraninfo - Hanni).
Extraído de: http://breakthrucounseling.blogspot.pt/ - http://breakthrucounseling.blogspot.pt/2012/06/regras-para-interpretacao-dos-escritos.html
Luís Carlos
Fonseca
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