segunda-feira, 17 de setembro de 2012

COMENTÁRIOS E RESUMO DA LIÇÃO 13 – MANTER A IGREJA FIEL


COMENTÁRIOS E RESUMO DA LIÇÃO 13 – MANTER A IGREJA FIEL

VERSO ÁUREO: “Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.” II Tes. 2:15.

INTRODUÇÃO: Chegamos ao fim de mais um ciclo de lições maravilhosas das cartas de Paulo aos Tessalonicenses. Nesta semana vamos estudar a partir de Tessalonicenses 2:13 até o final da 2ª carta. E a essência do estudo é que mesmo tendo as promessas da volta de Cristo como certas, não estamos isentos dos problemas, desafios e conflitos; que podem aparecer na nossa vida e na igreja.

Diante dos problemas insistentes, geralmente, os cristãos fazem duas escolhas: Ou buscam a Deus em comunhão, ou O abandonam. 

Paulo está mostrando aos Tessalonicenses que eles deviam buscar a face de Deus, em constante comunhão e humildade, para se tornarem vitoriosos.


Necessitamos manter o canal da comunhão com Deus sempre livre para não estorvar a operação do Espírito Santo em nossa vida, para não mantermos alguns vícios ou tradições perniciosas. Qualquer pecado conservado no coração pode levar-nos à bancarrota espiritual. A operação do erro é o efeito do pecado contra o Espírito Santo. Leva ao caminho de não se conseguir mais desenvolver interesse por mudar de vida, acomodando-se aos velhos pecados e arriscando a perda da vida eterna. E muitas vezes, leva a se rebelar contra a igreja, e até a combatê-la. E alguns, infelizmente, necessitam de receber disciplina da igreja.

DOMINGO (23 de setembro) – FIÉIS POR VONTADE DE DEUS – “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade; para o que pelo nosso evangelho vos chamou, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.” II Tessalonicenses 2:13-14.

Os versos para hoje mostram claramente que todos fomos chamados para a salvação, contudo, a oferta de salvação não é suficiente para que a escolha divina se complete e que produza os resultados desejados por Deus. O ser humano deve corresponder por meio de uma atitude positiva. O ser humano deve também escolher Deus.

No verso 15 Paulo chama os crentes à responsabilidade para guardarem e cumprirem a Palavra de Deus: “Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.” II Tessalonicenses 2:15.

Cuidado para não confundir as boas com as más tradições. Aqui Paulo está falando das tradições cristãs e saudáveis que os crentes haviam recebido de forma oral dos seus pais e líderes tementes a Deus, e que constavam na Palavra de Deus. Nos primeiros tempos a igreja até preferia a tradição oral em lugar da escrita. Os bereanos são um exemplo de pessoas que se ativeram às tradições, mas que compararam com os escritos da Palavra recebida “para ver se as coisas eram de fato assim.” Atos 17:11.

Até que ponto estamos preferindo as tradições humanas que são contrárias a Palavra de Deus?
Temos respondido ao chamado que Deus nos fez para a luz do evangelho e salvação?

SEGUNDA-FEIRA (24 de setembro) – CONFIANÇA PERANTE O MAL – “No demais, irmãos, rogai por nós, para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja glorificada, como também o é entre vós; e para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos. Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará, e guardará do maligno.” II Tessalonicenses 3:1-3.

Em toda a bíblia temos provas claras da existência do diabo. E, mesmo se não houvesse a descrição de um diabo a tentar-nos e a causar danos no mundo, não seria difícil perceber a sua existência. Este ser maligno está a destruir amizades, casamentos e vidas.

Hoje o diabo está jogando com todas as armas que pode. 1) De um lado há as igrejas satanistas, que de forma declarada têm difundido o evangelho do mal através de suas práticas como; feitiços, maldições, e pragas. E muita gente é adepta destas práticas de terreiro e de salões. 2) Por outro lado o próprio diabo diz que ele não existe. E se as pessoas acreditam nisso, logo deixarão de acreditar em Deus e na Sua Palavra. Mas a Bíblia fala que ele é um ser real. Ele mesmo criou essa ideia e se infiltra através de filosofias, aparentemente inofensivas, e leva as pessoas a acreditarem em contos de fadas como o espiritismo, espiritualismo, religiões orientais, nova era, sociedades secretas e muito mais.

Mas as tentações contra os filhos de Deus é a arma mais poderosa do inimigo. Supostamente, os filhos das trevas já pertencem ao seu reino. Se nada fizerem para mudar de atitudes, dentro da luz recebida, serão destruídos no fogo do inferno depois do período do milênio. 

A gerra direta é contra os filhos de Deus. Satanás “sabe que tem pouco tempo”, por isso engendra as mais perniciosas tentações para tentar desviar os filhos de Deus dos caminhos da salvação.

Juntamente com a promessa do verso para hoje encontramos esta outra linda promessa de proteção: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” I Coríntios 10:13. Amém?

TERÇA-FEIRA (25 de setembro) – A ESCRITURA E A TRADIÇÃO – No passado a tradição religiosa oral tinha mais valor do que hoje. Com o passar dos tempos, erros foram sendo incorporados nas tradições de modo que a tradição deve ser sempre comparada com a Bíblia. Hoje não podemos aceitar textos ou pronunciamentos feitos como de igual autoridade com as Escrituras. O que podemos, e devemos fazer é; ouvir, ler e verificar. 

Cito alguns exemplos: Os mórmons colocam a sua tradição acima da Bíblia, os católicos também o fazem, e assim a maioria das religiões incorporaram as tradições humanas acima da Palavra de Deus.

Alguns podem perguntar, mas e os escritos de Ellen White também não são tradição da igreja Adventista? Sim é. É uma tradição relativamente recente, mas é. Agora resta perguntar: Os escritos de Ellen White estão acima da Bíblia? Não estão. Eles existem, dentro do plano divino para ajudar a explicar a bíblia. 

Cito alguns exemplos: Quando a bíblia menciona sobre o mandamento do sábado, a tradição(inspiração) de Ellen White não elimina e nem troca o dia de santificação; mas enfatiza a necessidade que temos, ainda nos dias de hoje, em guardar o sábado. 

No tocante ao estado do homem após a morte, Ellen White apenas ratifica aquilo que está na bíblia. 

Em Apocalipse 13 a Bíblia menciona sobre as bestas, uma que emerge da terra e a outra que emerge do mar. A interpretação, tanto dos evangélicos em geral como a nossa, é de que a besta se refere ao papado, e Ellen White, por inspiração divina(tradição) também tem a mesma interpretação. A inspiração nunca diz aquilo que lhe convém e sim o que Deus ordena.

A que tradição Paulo se referia? Os membros da igreja bem como seus líderes aceitavam como guia seguro os escritos do Antigo Testamento, os textos já escritos do Novo Testamento e o que Jesus havia falado junto com o que os apóstolos falavam. Essas duas últimas eram tradição, ou seja, transmissão oral. Todas essas fontes eram tidas como de igual credibilidade.

As Escrituras devem ser respeitadas como um todo. Elas devem nos servir como mapa para mostrar o caminho da vida eterna. Assim como os cristãos dos tempos dos apóstolos aceitavam as Escrituras do Velho Testamento, as palavras dos apóstolos e de Jesus, Hoje os que se dizem cristãos também devem fazê-lo.

QUARTA-FEIRA (26 de setembro) – COMER E TRABALHAR – “Não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes. Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também. Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs. A esses tais, porém, mandamos, e exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão.” II Tessalonicenses 3:9-12.

Na primeira carta, Paulo já tinha exortado aqueles que não gostavam de trabalhar, e agora o assunto volta outra vez.

Por que alguns não trabalhavam? Como vimos numa lição anterior, esses crentes que não trabalhavam eram aqueles que aguardavam a volta de Cristo para os seus dias, como os pré-mileritas, lembra-se? Como Jesus não veio, e juntando a preguiça deles; eles não trabalhavam, e isso causou um problema para o departamento de Dorcas da igreja de Tessalônica.

Cuidado! Aqui Paulo não esta criticando os irmãos que não trabalhavam. Ele estava exortando. Muito provavelmente havia pessoas naquele grupo que não tinham condições de sustento próprio, e Paulo demostrou que aqueles que podem trabalhar que o façam, mas que a igreja deve auxiliar aqueles que necessitam. Cuidado para você não institucionalizar aquilo que Deus disse para você fazer. Alguns dizem assim:Se trabalhasse não pediria para a igreja ou pra mim.” Antes de falar devemos visitar o necessitado, e além de orientá-lo, devemos ajudá-lo a procurar um emprego, ou encaminhar para uma instituição de ajuda.

Até que ponto estamos colocando a religião que Cristo nos deixou em prática? “Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” Mateus 25:34-40

QUINTA-FEIRA ( 27 de setembro) – AMOR FIRME – Se a Bíblia fala de um amor firme é porque há um amor fraco.

“E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem. Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão.” II Tessalonicenses 3:13-15.

Disciplinar membros é uma tarefa muito difícil, mas também é necessária. A situação ainda fica pior se o membro faltoso for um membro da nossa família. Sempre que vamos resolver um problema relacionado com disciplina devemos seguir os passos que Jesus nos deixou em Mateus capítulo 18.

Embora a igreja deva agir para tirar o problema do seu meio, nunca deve esquecer o membro que cometeu falta. A pessoa deve ser visitada, amada e, na medida do possível,  restaurada ao convívio dos santos.

A mesma disciplina pode ter efeitos diferentes nas pessoas. O mesmo sol que derrete a cera ou a neve, endurece o barro. Por isso muito cuidado a liderança e igreja devem tomar no tratamento com os membros que cometem erros.

Paulo não deixa dúvidas que devemos agir com irmãos problemáticos e que são insubordinados às doutrinas e autoridades da igreja.  Lembrando que o amor firme sugerido por Deus não nos dá autorização para arbitrariedades.

Que experiências relacionadas com a disciplina eclesiástica você já teve? Você foi o agente disciplinador ou quem recebeu disciplina? Você teve reações de humildade e paciência ou de rebeldia?

SEXTA-FEIRA (28 de setembro) – As duas cartas do apóstolo Paulo aos Tessalonicenses ensinam-nos bastante sobre como ser uma igreja inserida num ambiente difícil. Embora o contexto imediato com o que ele teve de lidar foi diferente do nosso, os princípios que ele defendeu são duradouros e eternos, porque são inspirados pelo próprio Senhor.

“Os crentes de Tessalônica foram muito incomodados por homens que chegaram junto deles com opiniões e doutrinas fanáticas. Alguns andavam sem fazer nada…ocupando-se com ninharias.” II Tes. 3:11. A igreja tinha sido devidamente organizada, com os seus oficiais designados para atuarem como pastores e diáconos. Mas havia alguns, rebeldes e impetuosos, que recusavam sujeitar-se aos que exerciam os cargos de autoridade da igreja.” Atos dos Apóstolos, 187.

Luís Carlos Fonseca. 

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