RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 11 – PROMESSA AOS PERSEGUIDOS

RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 11 – PROMESSA AOS PERSEGUIDOS

VERSO ÁUREO: “Por isso também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra todo o desejo da sua bondade, e a obra da fé com poder.” II Tessalonicenses 1:11

INTRODUÇÃO: A lição desta semana trata da segunda volta de Cristo como o ponto central da esperança de todos os crentes. Na segunda carta de Paulo à igreja de Tessalônica encontramos a atuação do apóstolo em ajudar a igreja a resolver alguns problemas que haviam surgido entre a primeira e a segunda epístola.

Diante do sofrimento que os membros passavam, com as perseguições e problemas internos, Paulo mostrou que Jesus retornaria, em breve, para aliviar a dor dos crentes, e resolver de uma vez por todas a situação do pecado.

Uma vez que as provações são uma parte inevitável da vida, o que podemos fazer enquanto as coisas vão bem conosco, para termos melhores condições em tempos de crise?

DOMINGO - (9 de Setembro) – NOVAS SAUDAÇÕES – Estas são as saudações dos apóstolos: “Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo: Graça e paz a vós da parte de Deus nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo.” II Tessalonicenses 1:1-2.

Estes versículos apresentam duas das cinco palavras favoritas das saudações, da primeira carta de Paulo: graça, paz, fé, amor e esperança.

Graça – A palavra graça literalmente quer dizer; “curvar-se” e transmite a ideia de alguém que se curva para levantar alguém que esteja caído. Qual uma mãe que se curva para cuidar do seu bebê, Deus se curva para salvar o pecador. Esta imagem leva-me para Lamentações de Jeremias 3:22 que diz: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim.”

Paz – No hebraico a palavra é shalom e tem uma conotação muito positiva e significa a pessoa estar sã e completa. Só em Deus o pecador encontra essa paz. Ver Salmo 85:8

Estas duas palavras estão intimamente relacionadas. O pecador quando recebe a atuação da graça salvadora de Deus na vida, recebe a doce paz de ver e sentir o perdão dos seus pecados.

Na segunda saudação Paulo ele começou: “Deus nosso Pai”. Temos um relacionamento amoroso e de confiança com Jesus?

SEGUNDA-FEIRA (10 de setembo) – A GRATIDÃO DE PAULO – “Sempre devemos, irmãos, dar graças a Deus por vós, como é justo, porque a vossa fé cresce muitíssimo e o amor de cada um de vós aumenta de uns para com os outros. De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais.” II Tessalonicenses 1:3-4

Nem tudo eram problemas naquela igreja. Aqui Paulo expressa gratidão por três qualidades encontradas nos crentes de Tessalônica:

1) Amor – Esta palavra é muito cantado e falada hoje em dia; mas está um tanto desvirtuada do seu verdadeiro sentido. É mencionado que o amor entre os membros da igreja de Tessalônica tinha aumentado muitíssimo. Não é bom recebermos um elogio tão especial como este?

2) Fé – Fé viva, e seguida de boas obras, é o resultado de um excelente relacionamento com Cristo; através da oração e estudo da bíblia. Aquela igreja, por passar por vários problemas, viu a sua fé mais vigorosa.Com certeza, a maioria dos tessalonicenses entenderam este ponto importante da vida cristã, por isso receberam este elogio.

3) Paciência - Margaret Thatcher uma vez disse: “Eu sou extremamente paciente contanto que consiga o que queira no final”.

 Quando tudo está indo do jeito que queremos, é fácil demonstrar paciência. O verdadeiro teste de paciência aparece quando nossos direitos são violados; quando o carro esporte nos corta no trânsito; quando um grupo de adolescentes estão se portando de forma inadequada; quando o nosso colega de trabalho ridiculariza a nossa fé mais uma vez. Algumas pessoas acham que têm o direito de ficar chateadas quando enfrentam irritações e provações. Impaciência é quase como uma ira justa. A Bíblia, no entanto, fala de paciência como um fruto do Espírito. Ver Gálatas 5:22, o qual deve ser produzido por todos os Cristãos, assunto já tratado nestas lições conforme I Tessalonicenses 5:14. Paciência revela nossa fé no fato de que Deus sabe qual o melhor tempo para tudo e que Ele é;  Onipotente e amoroso.

TERÇA-FEIRA – (11 de setembro) – O SOFRIMENTO COMO SINAL DO FIM – “Prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis. Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam.” II Tessalonicenses 1:5-6.

A ideia do sofrimento tem duas principais vertentes:

1) No pensamento judaico, a doença era o efeito e o castigo do pecado individual. Com efeito, todo desastre, toda aflição e toda enfermidade eram um resultado direto de alguma transgressão, e o sofrimento conseqüente daí, era causado pela mão vingadora de Deus.

Mas Jesus desmistificou este pensamento quando disse: "Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus." João 9:3. Este pensamento era falso

2) O sofrimento é provocado devido a existência do pecado. Existe uma relação de causa e efeito. A doença e o sofrimento são os resultados do pecado. Aprendemos nas Palavra de Deus que toda causa real está no mundo espiritual, e que o mal é a causa real da doença. Se o homem não tivesse originado o mal, não existiria a doença física nem mental, tampouco o sofrimento e a morte que ela traz.

A medida que o tempo passa o sofrimento vai aumentado, mas Jesus deixou-nos a promessa de que está conosco em todos os momentos da nossa vida: e com a Sua segunda volta o sofrimento será totalmente erradicado da vida dos Seus filhos.

QUARTA-FEIRA (12 de setembro) – FOGO E DESTRUIÇÃO – “E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder; como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder.” II Tessalonicenses 1:7-9

Há alguma diferença entre conhecer e obedecer a Deus conforme sugere o texto?

As imagens presentes no texto de hoje não são agradáveis, mas asseguram-nos que Deus fará o que for preciso para colocar fim à violência e a opressão.

O texto acima fala qual será a condição dos salvos e dos perdidos, aquando da volta de Cristo:

1) Os salvos serão recebidos na glória do Pai. Receberão o descanso prometido das tribulações. Aqui está revelada a justiça de Deus. Todos os que conheceram e aceitaram Jesus como o salvador pessoal receberão a boa recompensa.

2) Os perdidos receberão a má recompensa. Serão queimados “como labareda de fogo.” Este texto é muito forte e muita gente não gosta dele, pois acham que Deus não poderia “tomar vingança.” Aqui entra o amor de Deus em favor dos perdidos. Caso Deus aceitasse os perdidos no paraíso, eles não se adaptariam lá, e Deus terá apenas um mundo; que será o universo restaurado.

Que Deus nos dê a graça de pertencermos à classe dos salvos.

QUINTA-FEIRA (13 de setembro) – GLORIFICANDO A CRISTO – “Quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós). Por isso também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra todo o desejo da sua bondade, e a obra da fé com poder; para que o nome de nosso Senhor Jesus Cristo seja em vós glorificado, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.” II Tessalonicenses 1:10-12.

Dar glória a Cristo demanda uma concentração espiritual incrível, envolve uma entrega total à Deus. Ficamos satisfeitos muito facilmente com poucas coisas.

Quando se trata de viver para a glória de Deus ou para nossa felicidade, tendemos a buscar a felicidade passageira, e é aí que pecamos.

C.S. Lewis, em “O Peso de Glória”, escreve sobre isso. Posso glorificar a Deus ou escolher o que acho que preciso para ser feliz. Vou comer um bolo de chocolate inteiro. Vou beber cerveja e vou ficar nu, e com isso vou ser feliz. Não vou glorificar a Deus. Eu vou ser feliz com um bolo de chocolate, com passeios, bebidas e com pessoas nuas. Isso vai me fazer feliz. Onde fica o louvor a Deus? Glorificar a Deus é que dá sentido na vida.

Nosso Senhor não acha que nossos desejos são muito fortes, mas muito fracos. Somos criaturas que se entregam pela metade, perdendo nosso tempo com ambições terrenas, quando nos é ofertada a alegria infinita. Somos como crianças ignorantes que querem persistir na brincadeira de fazer bolos de lama, porque não podem imaginar o significado de terem recebido o convite para passar uma temporada num maravilhoso hotel à beira mar. Nós nos satisfazemos com muito pouco.

SEXTA-FEIRA (14 de setembro) – No primeiro capítulo de II Tessalonicenses, Paulo regozijou-se pela forma como os crentes permaneceram fiéis apesar da perseguição. Ele encorajou-os apontando a grande mudança aquando da segunda vinda de Cristo. O que quer que aconteça agora, temos a promessa de que Deus vai exercer a justiça divina. É só confiar.

Veja estes textos: “Os homens e mulheres que através dos longos séculos de perseguição e prova desfrutaram, em larga escala, a presença do Espírito em sua vida, permaneceram como sinais e maravilhas no mundo. Revelaram, diante dos anjos e dos homens, o transformador poder do amor que redime.” Atos dos Apóstolos, 49

“A alma, provada pela tempestade, é mais encarecidamente amada por seu Salvador do que quando sofre a perseguição por amor à verdade. “Eu o amarei”, disse Cristo, “e Me manifestarei a ele.” João 14:21. Quando, por causa da verdade, o crente se acha perante os tribunais terrestres, Cristo Se acha a seu lado. Quando é encerrado entre as paredes da prisão, Cristo Se lhe manifesta e com Seu amor lhe anima o coração. Quando sofre a morte por amor a Cristo, o Salvador lhe diz: Eles podem matar o corpo, mas não podem matar a alma. “Tende bom ânimo, Eu venci o mundo.” João 16:33.” Atos dos Apóstolos, 86

Luís Carlos Fonseca.