sexta-feira, 10 de novembro de 2017

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 11 (4º trimestre de 2017) OS ELEITOS

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 11 (4º trimestre de 2017) OS ELEITOS
VERSO ÁUREO: “Porventura rejeitou Deus o Seu povo? De modo nenhum; porque eu também sou israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.” Rom. 11:1
INTRODUÇÃO (sábado 9 de dezembro) A lição desta semana está baseada em Romanos 10 e 11, e Paulo prossegue demonstrando a rejeição à verdade dos seus compatriotas e fica muito triste com a situação espiritual dos judeus, como nação que rejeitaram Jesus. 
Após o apedrejamento de Estêvão, que marcou a rejeição do povo de Israel, Deus ofereceu a receção da salvação a todas as nações e indivíduos: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Vós, que noutro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus...” I Ped. 2:9 e 10
Eis um texto inspirado: "Vi que Deus havia abandonado os judeus como nação; mas os indivíduos entre eles seriam, contudo, convertidos e habilitados a rasgar o véu de seus corações e ver que a profecia em relação a eles tinha-se cumprido. Eles receberão Jesus como Salvador do mundo e verão o grande pecado de sua nação em tê-Lo rejeitado e crucificado” Primeiros Escritos, 213.

Somente a graça de Deus pode convencer e converter o coração caído do ser humano; somente aqui podem os escravos dos velhos hábitos obter poder para quebrar as algemas que os mantém presos. A condescendência no pecado pode ser levada a ver e sentir que uma grande renovação moral é necessária para recebermos poder a fim de obedecermos os mandamentos da lei de Deus.

Antes de serem lançados os fundamentos da Terra, foi feito o concerto de que todos os que fossem obedientes, todos os que, por meio da abundante graça provida, se tornassem santos no caráter e sem culpa diante de Deus, apropriando-se dessa graça, seriam filhos de Deus. Este concerto, feito desde a eternidade, foi dado a Abraão centenas de anos antes da vinda de Cristo. Com que interesse e com que ardor Cristo na humanidade estudava os seres humanos para ver se eles se apoderariam da provisão oferecida!” Fundamentos da Educação Cristã, 403.

Graça é concessão de bondade  à alguém que não tinha direito. Graça é um favor imerecido. Nós não tínhamos direito à vida eterna, mas Deus enviou o Seu filho Jesus. No grego “charis”,  palavra traduzida por “graça” e envolve muitos sentidos, mas o principal é a nossa salvação. 

Quando Adão e Eva pecaram, tornaram-se réus da punição eterna e da separação de Deusver Gênesis 2:17, do mesmo modo, hoje, quando os seres humanos pecam, eles se tornam sujeito à ira de Deus e à punição eterna: “o salário do pecado é a morte.” Romanos 6:23.

Isso significa que, uma vez que as pessoas pecam, a justiça de Deus requer somente uma coisa; que sejam eternamente separadas de Deus, alienadas da possibilidade de experimentar qualquer bem da parte de Deus e que sejam separadas dos salvos. De fato, foi isso o que aconteceu aos anjos que pecaram e poderia ter acontecido exatamente conosco também:

"Pois Deus não poupou aos anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo.” II Pedro 2:4.

Adão e Eva não morreram imediatamente, embora a sentença de morte começasse a ser aplicada na vida deles no dia em que pecaram. A execução plena da sentença de morte foi retardada por muitos anos, assim será com todos os que rejeitam a graça de Deus, Vivem apenas esta vida, mas serão finalmente separados de Deus e sofrerão a morte e separação eternas. Não estou falando do fogo eterno, mas sim da separação eterna, são coisas distintas.

A graça e eleição de Deus apontam para a fonte suprema do ato de Deus em justificar o pecador mediante Sua absoluta boa vontade e misericórdia. A fé, como resposta do homem ao ato de Deus em Cristo, é uma obra divina em nós, e ela mesma é um presente gracioso e gratuito de Deus. Do início até o final, a justificação do pecador é uma questão da graça: “E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” Romanos 11:6. Amém?
DOMINGO (10 de dezembro) CRISTO E A LEI - “Porque o fim da lei é Cristo, para a justiça de todo aquele que crê.” Rom. 10:4. A palavra grega télos para “fim” pode ser perfeitamente traduzida para “objetivo”, “finalidade”. A melhor tradução seria. “Cristo é o propósito final da lei”. Posto desta maneira tudo vai convergir para a validade da lei. Cristo é o “fim” da lei, no sentido de que a lei nos conduz a Ele e Sua à justiça. A palavra grega traduzida aqui como fim é teloes, que também pode ser traduzida como objetivo ou propósito. Cristo é o propósito final da lei, no sentido de que a lei deve nos levar a Jesus. Amém?
Aqueles que não gostam de guardar o sábado, maldosamente, apoiam neste texto e dizem que não é mais necessário guardar a lei, pois quando Cristo chegou, pôs fim a lei. É pena! Ao afirmarem assim estão a dizer que podem matar, roubar e maltratar os pais; pois Cristo permitiria isso. Cristo é o fim da lei como meio de salvação. Após a morte de Jesus, todos podem ser salvos pela fé e graça e não precisam mais olhar para a lei, como meio de salvação, como muitos judeus faziam. Ver Rom 10:3 e 5. Estamos entendidos?
Cito também o 5º mandamento. Alguns judeus tinham muita ortodoxia e pouca afetividade. Eram zelosos por Deus, pela lei, pela ortodoxia. Jesus mostra que muitos estavam omitindo o cuidado com seus pais, que em muitos casos dependiam da ajuda dos filhos, justificando o fato de estarem envolvidos na obra do Senhor. Ver Marcos 7:11-12. “Aquilo que poderias aproveitar de mim é corbã” Marcos 7:11. Corbã é um tipo de oferta religiosa. Pessoas que se julgavam muito espirituais, eximiam-se de cuidar de seus pais. Justificando seu desprezo por causa da fé. Se nossa fé tem algum problema com espiritualidade, ela é doentia. “Se alguém não cuida dos seus, especialmente dos de sua própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente.” I Tm 5:8.
A lei de Deus é tão sagrada como Ele próprio. É uma revelação de Sua vontade, uma transcrição de Seu caráter, expressão do amor e sabedoria divinos. A harmonia da criação depende da perfeita conformidade de todos os seres, de todas as coisas, animadas e inanimadas, com a lei do Criador.” Patriarcas e Profetas, 52.
Este é o mais um texto para hoje: “Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra”. Mat. 5:18.
A palavra cumprir “plero” tem a conotação de encher até a boca ou completar. Aqui mostra que Jesus cumpriu e foi obediente à todas as leis. Alguns dizem que este texto não pode se referir aos 10 mandamentos da lei de Deus porque dá ênfase às leis do Antigo Testamento. O contexto imediato mostra que Jesus veio para cumprir toda a Escritura, na sua essência interior, inclusive Ele obedeceu aos 10 Mandamentos. “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” João 5:39.
Assim como Deus é eterno, a Sua Lei também é eterna. A lei de Deus permanece inalterável como o trono de Deus, e a salvação de cada pessoa é determinada pela obediência ou desobediência. Jesus advertiu seus seguidores contra o perigo de menosprezar a obediência aos Seus mandamentos. Disse Ele: "Nem todo o que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino do Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus". Mateus 7:21. Não basta, para entrar no reino do céu, a confissão verbal. É necessário que se cumpra, que se faça a vontade de Deus revelada.
E Jesus deixou isso bem claro. A verdadeira obediência é fruto do amor. Paulo escrevendo aos Romanos 13:10, assim afirmou: "de sorte que o cumprimento da lei é o amor". Jesus relacionou de forma muito clara a ligação do amor e da obediência. Em suas orientações finais aos discípulos, pouco antes de Sua morte, Ele disse: "Se me amais guardareis os meus mandamentos". São João 14:15. "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço". João 15:10. Com estas colocações, Jesus não deixa dúvidas algumas com respeito a esse assunto. A obediência genuína, tem como fonte geradora, o amor. O amor verdadeiro manifesta-se através de atos de amor, através da obediência. João, o apóstolo do amor, em I João 5:2 e 3 escreveu: "Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são pesados".
SEGUNDA-FEIRA (11 de dezembro) A ELEIÇÃO DA GRAÇA - Rejeitou Deus o Seu povo? De maneira nenhuma. Todos são eleitos para a salvação da Graça. Temos que considerar, para esse estudo, a profecia dos 490 anos dadas ao povo de Deus. Ela diz que esse é um tempo dado ao povo escolhido para se definir, se querem ou se não querem ser fiéis a Deus. Como nação, escolheram, por meio de seus líderes maiores, seguir a César, e quanto a Jesus, disseram, crucifica-O.
Então, diante desses fatos, terá Deus rejeitado esse povo? Deus não rejeitou Israel. Deus não rejeita ninguém. Ele é sinonimo de amor, misericórdia e perdão. O que Ele estava fazendo era organizar a igreja. Agora a igreja de Deus seria mais poética e ao mesmo tempo mais exigente. Pois Cristo já havia chegado e trazido o sentido para a fé de todos. O tipo tinha encontrado o antitipo. A sombra tinha encontrado o original. Todos os que aceitam a salvação, como Deus oferece, são “o resto que foram eleitos pela graça.” Romanos 11:5. Todos são destinados para a graça e para a salvação. Aceita quem quer. Em I Tess. 5:9 encontramos: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo.”
A Bíblia não ensina a doutrina de predestinação calvinista. Disse o apóstolo Paulo que “Deus, nosso Salvador... deseja que todos os homens sejam salvos.” I Tim 2:3,4. Ora, se Deus deseja que todos sejam salvos, como poderia Ele destinar alguns para a salvação e outros para a perdição?
Fomos destinados para a Salvação. A Bíblia ensina que Deus nos predestinou para a salvação. Mas como isso acontece? Será que Ele é arbitrário e obriga a todos para que todos sejam salvos contra a sua própria vontade? Não, Deus respeita o nosso livre arbítrio e as nossas escolhas, e predestina para a salvação a todos os que estão “em Cristo” Efésios 1:3. Antes de termos sido eleitos de Deus, Ele escolheu Jesus. Deus escolheu a Cristo, como o nosso representante. Ele disse: “Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo.” Mat. 3:17. Jesus Cristo é o Filho de Deus. E todos os que O aceitam, tornam-se também filhos de Deus.

"Há uma eleição de indivíduos e de um povo, a única eleição encontrada na Palavra de Deus, em que um homem é escolhido para a salvação. Muitos têm olhado para o fim, pensando terem sido certamente eleitos para a glória celestial; mas não é esta a eleição que a Bíblia revela. O homem é escolhido para operar a sua salvação com temor e tremor. É escolhido para envergar a armadura, para pelejar a boa peleja da fé. É escolhido para usar os meios que Deus colocou ao seu alcance para lutar contra todo o desejo profano, enquanto Satanás executa o jogo da vida pela sua alma. É escolhido para vigiar em oração, para examinar as Escrituras, e evitar entrar em tentação. É eleito para ter fé continuamente, é eleito para ser obediente a cada palavra que procede da boca de Deus, para que não seja apenas ouvinte, mas praticante da Palavra. Essa é a eleição bíblica.” Testemunhos para Ministros, 453 e 454.
TERÇA-FEIRA (12 de dezembro) O RAMO NATURALEste é o texto principal para hoje: “Digo, pois: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!
Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, exalto o meu ministério; para ver se de alguma maneira posso incitar à emulação os da minha carne e salvar alguns deles. Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? Rom, 11:11-15


Não era necessário que os judeus rejeitassem o evangelho para que este passasse a ser pregado aos gentios. Paulo, todavia, afirma que o tropeço deles proporcionou uma oportunidade de serem levados através da pregação estendida aos gentios Rom 11:11. Tanto judeus como gentios, se quisessem a salvação, tinham que deixar o estilo natural das coisas e serem enxertados em Cristo. Em Romanos 11:21 e 22 mostra que os judeus não foram poupados e que aqueles que não desejam seguir Cristo, também não serão poupados. “porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não te poupe a ti também."

Há, todavia, um detalhe que deve ser notado. A colocação de Paulo inverte o processo natural do enxerto. Habitualmente, para que a produção do fruto seja assegurada, é o ramo da boa planta que é enxertado na planta brava, não o contrário. Acho que essa inversão foi propositada da parte do apóstolo, pois a conversão do pecador é um dos maiores milagres que Deus opera, o que extrapola à mera expectativa natural. Os gentios foram enxertados nos judeus e ambos em Cristo.

Em Romanos 11:16-24 Paulo compara o remanescente fiel de Israel a uma nobre oliveira, da qual alguns ramos foram partidos, no caso os gentios, essa é uma ilustração para mostrar que Deus não rejeitou o Seu povo. A raiz e o tronco ainda permanecem ali, e quem quiser pode receber a nutrição espiritual a partir de Cristo. Aqui aprendemos também que o os crentes devem estar sempre ligados em Cristo para serem salvos. Ninguém tem a garantia da salvação, se estiver separado de Jesus. Outro ponto importante a considerar é que não temos nada em nos de podemos dizer que somos bons. Tudo vem de Cristo, que é a Videira que transmite-nos a seiva espiritual. Amém?

Paulo relaciona o remanescente de Israel a uma boa oliveira de que alguns galhos foram quebrados. E compara os gentios aos ramos de uma oliveira silvestre, enxertados no tronco da oliveira-mãe. 

"Devido à incredulidade e à rejeição do propósito do Céu para eles, Israel como nação perdera sua ligação com Deus. Mas os ramos que haviam sido cortados do tronco, Deus podia ligar ao verdadeiro tronco de Israel — o remanescente que havia permanecido fiel ao Deus de seus pais. “E também eles”, declara o apóstolo, falando dos ramos cortados, “se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar” “Se tu”, escreve aos gentios, “foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira! Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. Atos dos Apóstolos, 210.

Onde quer que haja união com Cristo, aí há amor. Quaisquer outros frutos que produzamos, se faltar o amor, de nada aproveitarão. O amor a Deus e ao próximo é a própria essência de nossa religião. Ninguém pode amar a Cristo sem amar a Seus filhos. Quando estamos unidos a Cristo, temos a mente de Cristo. A pureza e o amor resplandecem no caráter, a mansidão e a verdade controlam a vida. A própria expressão de nosso semblante se transforma. Cristo, habitando na alma, exerce um poder transformador, e o aspecto exterior testifica da paz e alegria que reinam no interior. Fruímos o amor de Cristo, como a vara tira alimento da videira. Se somos enxertados em Cristo, se fibra por fibra somos unidos à Videira Viva, traremos prova desse fato, produzindo ricos cachos de fruto vivo. Se estamos ligados à Luz, seremos condutos de luz, e em nossas palavras e atos refletiremos luz ao mundo. Os que são verdadeiramente cristãos são ligados com a cadeia de amor que une Terra e Céu, que liga o homem finito ao infinito Deus. A luz que resplandece na face de Jesus Cristo brilha no coração de Seus seguidores, para glória de Deus.” Mensagens Escolhidas vol 1, 337
QUARTA-FEIRA (13 de dezembro) TODO ISRAEL SERÁ SALVOEste é o texto para hoje: “Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades. E esta será a minha aliança com eles, Quando eu tirar os seus pecados. Rom. 11:25-27.

Aqui Paulo explica que os judeus serão restabelecidos um dia desses. Não como nação e nem todos eles, assim como nem todos os gentios irão aceitar o evangelho, e nem todos os cristãos e nem todos os adventistas vão se salvar. Isso que Paulo está falando aqui é para futuro próximo. A palavra mistério na Bíblia quer dizer algo que já foi revelado através de Jesus.

Ellen White também fala sobre os judeus: “Há uma poderosa obra a ser feita no mundo... Há entre os judeus muitos que serão convertidos...Há entre eles muitos que virão para a luz e que proclamarão a imutabilidade da lei de Deus com admirável poder.” Evangelismo. 578. Interessante não é?

Esta declaração do apóstolo Paulo deve ser entendida não apenas em seu contexto imediato, como também, à luz de textos como os seguintes: "E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus. Gálatas 6:16.

"E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas; nem por serem descendentes de Abraão são todos seus filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da carne, mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa. Rom. 9:6-8.

Na volta de Jesus o Israel de Deus terá a vitória final sobre o pecado como descrito em Rom. 11:26 como sendo Jacó, porque foi ele que teve o seu nome mudado para Israel, que significa Príncipe de Deus. Há assim uma nação espiritual eleita, além daquela que foi eleita na descendência natural de Jacó. E esta é o Israel formado pela igreja de Cristo, que somos nós, composta por todos os que foram lavados e remidos pelo sangue de Cristo. Amém?

QUINTA-FEIRA (14 de dezembro) A SALVAÇÃO DOS PECADORES.“Assim, também, estes, agora, foram desobedientes, para também alcançarem misericórdia, pela misericórdia a vós demonstrada.” Rom 11:31.

Assim como Deus demonstrou misericórdia para com nossos amigos, parentes e vizinhos que viveram muito tempo longe de Deus e agora aceitaram; assim Deus demonstra o mesmo amor por nós. Tudo terá um fim. Lúcifer e seus anjos foram tolerados por certo tempo ainda no céu para ver se havia arrependimento sincero. A humanidade está tendo a sua oportunidade de salvação também, mas chegará o tempo que Jesus voltará para conceder a salvação plena apenas aos Seus filhos.

O Evangelho é para os pecadores; é a revelação da justiça providenciada por Deus, através de Cristo, aos injustos: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé. Romanos 1:16, 17. O Evangelho são as boas novas sobre uma pessoa, o Senhor Jesus Cristo: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. Atos 4:12.

Os homens não são salvos por fazerem isto ou aquilo, nem por irem aqui ou ali. Eles são salvos quando vão ao Senhor Jesus Cristo, que graciosamente disse: “O que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. João 6:37. Salvação não é questão de geografia. Não existe lugar seguro, para se escapar da ira de Deus, em canto nenhum do mundo. Também não é uma atitude corporal, mas sim atitude do coração de confiança e sinceridade em Jesus que foi sacrificado por nós.

Romanos 1:16 é usado frequentemente para dizer que a pregação do Evangelho tem o poder de converter os pecadores. Mas não é isto que este versículo está dizendo. Ele é o poder de Deus para os crentes. Ele pressupõe que haja um crente. O Evangelho salva os crentes, mas não tem poder de fazer crentes. Paulo pregou Cristo crucificado aos judeus e gregos. Ao judeu, tal evangelho era uma pedra de tropeço; ao grego, uma loucura; mas para o chamado, tanto judeu quanto grego, era a sabedoria e poder de Deus no plano da salvação no Senhor Jesus Cristo crucificado. “A morte de Cristo não vai fazer nenhum bem para quem zomba ou se recusa a confiar nela. “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” João 3:36.

E para nos o que é o evangelho de Cristo e o que realiza em nós?

Como pode alguém ser considerado justo diante de Deus? Como pode o pecador ser justificado? Somente por meio de Cristo podemos ter harmonia com Deus e com a santidade; mas como chegar a Cristo? Muitos fazem a mesma pergunta que outros fizeram no dia do Pentecostes, quando, convencidos do pecado, exclamaram: “Que faremos?” A primeira palavra da resposta dada por Pedro foi: “Arrependei-vos”. Em outra ocasião, logo depois disso, ele disse: “Arrependei-vos [...] para serem cancelados os vossos pecados”. Caminho a Cristo, 17.

SEXTA-FEIRA (15 de novembro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 11 (4º trimestre de 2017) OS ELEITOS – Eleição na bíblia é mencionada como sendo para salvação eterna: “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade.” II Tess. 2:13. É usado no sentido de salvação eterna em I Pedro 1:2: “Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicados.”

A salvação está disponível a todas as pessoas, independente da raça, religião e etnia, mas necessitam aceitar Deus como Criador e Jesus como Salvador. Isso mostra que todos somos parecidos nas nossas necessidades e carências pessoais. Quando entendemos essa questão ficamos mais abertos e sensíveis para partilharmos o evangelho com as pessoas que ainda não conhecem.

Embora Israel tenha rejeitado Jesus, Deus não os rejeitou. Note como Paulo continua a argumentar: "Digo pois: Porventura rejeitou Deus o Seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o Seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os Teus profetas, e derribaram os Teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma? Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil varões, que não dobraram os joelhos diante de Baal. Assim pois também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça." Rom. 11:1-5.

Israel tinha tropeçado e caído, mas isto não tornou impossível para eles se levantarem outra vez. Em resposta à pergunta: "Porventura tropeçaram, para que caíssem?" o apóstolo respondeu: "De modo nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E, se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude! Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, glorificarei o meu ministério; para ver se de alguma maneira posso incitar à emulação os da minha carne e salvar alguns deles. Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos?" Rom. 11:11-15.

Não obstante haver Israel falhado como nação, havia entre eles um considerável remanescente em condições de serem salvos. Ao tempo do advento do Salvador, houve homens e mulheres fiéis que receberam com alegria a mensagem de João Batista, e foram assim levados a estudar de novo as profecias referentes ao Messias. Quando a igreja cristã primitiva foi fundada, foi ela composta desses fiéis judeus que reconheceram Jesus de Nazaré como Aquele cujo advento haviam almejado.” Atos dos Apóstolos, 377.

"Quando o coração permite que o Espírito de Deus o influencie, a consciência é despertada, e o pecador começa a discernir a profundidade e santidade da lei de Deus, que é o alicerce do Seu governo no Céu e na Terra. A “luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem."chega também aos segredos do coração, e as coisas que estão escondidas são reveladas. Um senso de culpa apodera-se da mente e do coração dessa pessoa. Ela passa a sentir a justiça de Jeová, e experimenta um sentimento de horror, em sua própria culpa e impureza, diante do Deus que conhece tudo o que vai dentro do coração. Vê o amor de Deus, a beleza da santidade, a alegria da pureza, e deseja ser purificada e ver restaurada sua comunhão com o Céu..” Caminho a Cristo, 17.

Luís Fonseca 

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