quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (1º trimestre 2018) DEUS OU MAMON?

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (1º trimestre 2018) DEUS OU MAMON?

VERSO ÁUREO: "Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai." Filip 2:9-11.

INTRODUÇÃO (sábado 13 de janeiro) – A lição desta semana vai dar ênfase à divindade de Cristo como forma de mostrar que Deus, embora sendo muito rico, pede fidelidade de Seus filhos também no aspecto financeiro. Servir Deus e servir os bens materiais são coisas antagônicas entre si, e os crentes fiéis servem Deus apenas, e utilizam parte dos recursos materiais para promover a causa de Deus na terra. Veja este texto esclarecedor:Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.” Lucas 12:20,21

O cristão extrai a sua visão da riqueza das Escrituras Sagradas. O Antigo Testamento mostra Deus concedendo riquezas ao Seu povo. A Salomão foram prometidas riquezas, e ele tornou-se no homem mais rico de todos os reis da terra. Ver I Reis 3:11-13 e II Crônicas 9:22; Davi disse em I Crônicas 29:12: "Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força." Veja outros exemplos: Abraão, ver Gênesis 17-20, Jacó, ver Gênesis 30-31, José, ver Gênesis 41, o rei Josafá, ver II Crônicas 17:5, e muitos outros foram abençoados por Deus com riquezas. Inclusive os judeus eram um povo escolhido com promessas e recompensas terrenas. Eles receberam uma terra e todas as riquezas nela contidas.

Já no novo Testamento a riqueza é vista através de padrões diferentes. Nunca foi dada uma terra ou a promessa de riquezas à igreja cristã, mas em contrapartida foram prometidas as riquezas celestiais.  Efésios 1:3 nos diz: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo." Cristo falou em Mateus 13:22 sobre a semente da Palavra de Deus caindo entre os espinhos e "a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera." Esta é a primeira referência às riquezas terrenas no Novo Testamento. Claramente, essa não é uma imagem positiva sobre o dinheiro!

Deus fala das verdadeiras riquezas que Ele dá-nos hoje em Romanos 2:4: "Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?" Estas são as riquezas que levam à vida eterna. Novamente, isso é explicado em Romanos 9:23: "a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão…" Além disso, Efésios 1:7 diz: "no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça…"

Deus não condena ninguém por ter riquezas. As riquezas vêm para as pessoas através de muitas fontes, mas a Bíblia dá sérias advertências àqueles que as buscam mais do que a Deus e confiam nelas mais do que nele e em Sua palavra. O Seu maior desejo é que firmemos o nosso coração nas coisas do alto e não nas coisas desta terra. Isto pode parecer muito alto, mas Paulo escreveu: "tudo posso naquele que me fortalece.” Filipenses 4:13. Devemos ter comunhão íntima com Cristo e permitir que o Espírito Santo nos conduza às riquezas eternas, que juntamente com elas os filhos de Deus vivem de forma protegida e confortável aqui na terra.

Há o perigo de tudo perder, na perseguição do ganho deste mundo, pois na ânsia febril de alcançar os tesouros terrenos, são esquecidos interesses mais elevados. O cuidado e a perplexidade envolvidos em ajuntar tesouros na Terra, não deixam tempo para aquilatar o valor das riquezas eternas nem o desejo de fazê-lo. [...] “Onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” Vossos pensamentos, vossos planos, vossos motivos terão uma feição terrena, e vossa vida será contaminada com a cobiça e o egoísmo. “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?” Cons. S. Mordomia, 133.

DOMINGO (14 de janeiro) CRISTO, O CRIADOR - Em João 1:1-3 e 14 é-nos dito que Jesus era Deus desde o princípio, Ele estava com Deus e criou todas as coisas com Deus. Também é-nos apresentado que este Deus, que esteve com o Pai desde o princípio, encarnou para salvar-nos. Em João 1:15 mostra a Sua pré-existência. Em João 1:18 Jesus é descrito como o “Deus Unigênito” que torna o Pai conhecido. Em João 1:29 e 30, Cristo é o Cordeiro que tira o pecado do mundo e que já existia antes de vir a este mundo. Em João 1:34 o apóstolo dá testemunho de que Cristo é o Filho de Deus. E é bom lembrarmos que “Filho”, na linguagem de João, significa igualdade. Ver João 5:18; 19:7. Em João 1:47-49 Natanael claramente reconhece que Jesus é o “Filho de Deus”, indicando assim que acreditava ser Ele Deus e em João 1:50 Jesus afirma que os discípulos verão os anjos voltando a este mundo com Ele, o criador dos anjos. É confortador saber que o próprio Deus veio a este mundo para salvar-nos.

No princípio, Deus Se manifestava em todas as obras da criação. Foi Cristo que estendeu os céus, e lançou os fundamentos da Terra. Foi Sua mão que suspendeu os mundos no espaço e deu forma às flores do campo. “Ele converteu o mar em terra firme”. Isaías 66:6 “Seu é o mar, pois Ele o fez”. Salmos 95:5 Foi Ele quem encheu a Terra de beleza, e de cânticos o ar. E sobre todas as coisas na terra, no ar e no firmamento, escreveu a mensagem do amor do Pai.” O Desejado de Todas as Nações, 9.

Como foi Cristo que criou todas as coisas, inclusive você é Sua criatura, então você deve fidelidade ao seu Criador, também no aspecto financeiro. Deus pede fidelidade em vários aspectos incluindo no lado material: “Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” Prov 3.9 e 10.

Encontramos neste texto uma promessa de Deus… que tem o Seu Sim e o Seu Amém. Ver II Cor.1.21. O texto de Provérbios fala de Deus suprindo abundantemente as necessidades do Seu povo com a Sua provisão. Isto não se aplica somente a celeiros e lagares hoje, de forma literal, como no caso dos judeus daquela época, mas também  entendemos que Deus está referindo-Se a uma provisão abundante, nos vários aspectos da vida.

A vontade de Deus é suprir as necessidades materiais dos Seus filhos. Há diversas promessas na Bíblia que referem-se a isto, ver Sal 23.1 e Filip 4.19, contudo, isto não acontece de forma automática. Esta promessa é condicional, ou seja, não se cumpre por si só, mas depende de cada um de nós para que possa ser concretizada. O texto bíblico acima pode ser dividido em duas partes: o que nós temos que fazer, e o que Deus fará depois que fizermos a nossa parte. Aqui não existe uma moeda de troca, existe sim uma bênção acrescida de Deus para os que lhe são fiéis. Esta promessa divina é sobre provisão e prosperidade e não entenda como riqueza, e revela a vontade do próprio Deus para Seus filhos. Contudo, muitos crentes sinceros não a experimentam. Acredito que isto tem ocorrido justamente porque há uma dimensão de entendimento por trás desta promessa que ainda não foi alcançada pela maioria dos crentes. O seguinte texto esclarece o que estou dizendo: Pedis e não recebeis, porque pedis mal.” Tig 4:3. Logo, precisamos aprender a pedir, mas também precisamos aprender a forma correta de fazê-lo! Amém?

SEGUNDA-FEIRA (15 de janeiro) FILHO DE DEUS/FILHO DO HOMEM - O que significa dizer que Jesus era o Filho de Deus se Ele também é Deus? Jesus não é Filho de Deus no sentido como concebemos um pai e um filho carnais. Deus não Se casou e teve um filho. Jesus é Filho de Deus no sentido que Ele é Deus manifestado em forma humana. Ver João 1:1,14. Jesus é Filho de Deus porque Ele foi concebido pelo Santo Espírito. Lucas 1:35 declara: “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há-de nascer, será chamado Filho de Deus.” No tempo em que foi escrita a Bíblia, a expressão “filho do homem” era usada para descrever um ser humano. O filho do homem é um homem.

Durante o Seu julgamento perante os líderes judeus, o Sumo Sacerdote ordenou a Jesus: “Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.” Mateus 26:63. Jesus respondeu: “Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu”. Mateus 26:64. Os líderes judeus responderam acusando Jesus de blasfémia. Ver Mateus 26:65-66. Mais tarde, perante Pôncio Pilatos: “Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus.”João 19:7.

Por que o fato de se afirmar como “Filho de Deus” seria considerado blasfêmia e digno de uma sentença de morte? Os líderes judeus entenderam exatamente o que Jesus quis dizer com a expressão: “Filho de Deus”. Ser “Filho de Deus” é ser da mesma natureza de Deus. O “Filho de Deus” é “de Deus”. A afirmação em ser da mesma natureza de Deus, e de fato “ser Deus” era blasfêmia para os líderes judeus; então exigiram a morte de Jesus. Hebreus 1:3 expressa isto muito claramente: “O qual, o Filho, sendo o resplendor da Sua glória, e a expressa imagem da Sua pessoa...” 

Filho do Homem. Jesus gostava muito de usar o título: “o Filho do homem” quando referia-Se a Si mesmo. Embora Jesus sempre foi Deus, quando esteve na terra, Ele revestiu-Se da humanidade para poder viver entre os homens e cumprir a Sua missão de morrer e ressuscitar para salvar a humanidade dos seus pecados. “O filho do homem” era uma expressão idiomática muito usada no Velho Testamento; e Cristo a usava para realçar a Sua humanidade.

O que significa dizer que Jesus é o Filho do homem? O Novo Testamento refere-se a Jesus como o “Filho do homem” 88 vezes. O que isso significa? A Bíblia não diz que Jesus era o Filho de Deus? Então como Jesus também poderia ser o Filho do Homem?

O primeiro significado para o termo "Filho do homem" é usado em referência à profecia de Daniel 7:13-14: "Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído." O termo "Filho do homem" era um título messiânico. Jesus é o único a quem foi dado domínio, glória e o reino. Quando Jesus usou esse termo em referência a Si mesmo, Ele estava atribuindo a profecia do “Filho do homem” a Si mesmo. Os judeus daquela época, com certeza, estavam bem familiarizados com o termo e a quem se referia. Ele estava proclamando ser o Messias.

O segundo significado para o termo "Filho do homem" é que Jesus realmente era um ser humano. Deus chamou o profeta Ezequiel de "filho do homem" 93 vezes. Deus estava simplesmente chamando Ezequiel de um ser humano. Um filho do homem é um homem. Jesus era 100% Deus. Ver João 1:1, mas Ele também era um ser humano Ver João 1:14. Em I João 4:2 nos diz: "Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus." Sim, Jesus era o Filho de Deus. Ele era Deus em Sua essência. Sim, Jesus também era o Filho do Homem. Ele também era um ser humano em Sua essência. Em resumo, a frase "Filho do homem" indica que Jesus é o Messias e que Ele realmente foi um ser humano.

Por que Jesus foi humano, temos um sumo-sacerdote capaz de Se relacionar conosco em todas as nossas debilidades e fraquezas. Ver Hebreus 4:15, pois Ele mesmo foi tentado em todos os pontos nos quais também somos. A natureza humana do nosso Senhor permite que Ele compreenda as nossas próprias fraquezas por ter sido submetido à fraqueza também.Veja este texto: "Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados.” Hebreus 2:18.

Jesus como Deus pede a nossa fidelidade e como homem deixou-nos o exemplo de fidelidade e compaixão. Ver a história do jovem rico em Mateus 19:16-22 e os seguintes textos: “Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” Mateus 22:21

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.” Mateus 23:23.

TERÇA-FEIRA (16 de janeiro) CRISTO O REDENTOR - A morte substitutiva de Cristo na cruz providencia a resposta final a todas as questões relacionadas com o sofrimento humano. A palavra goel, no original hebraico, significa o redentor, aquele que tem direito de redimir e aquele que pode tirar alguém de situações de dificuldades. Boaz foi o redentor ou remidor de Rute.Rute disse à Boaz: “estende pois tua capa sobre a tua serva, porque tu és o remidor.” Rute 3:9. Significa que Boaz tinha a autoridade e o direito de redimir Rute.

O homem natural não é filho de Deus, pois o pecado nos separou dele. O remidor Boaz é um tipo de Jesus, que veio nos resgatar, nos libertar do jugo do pecado e nos readquirir como propriedade exclusiva de Deus. Através de Jesus somos adotados como Seus filhos, por isso não há salvação em nenhum outro, porque somente Jesus é o nosso Redentor.

Como o nosso redentor está vivo, não podemos aceitar o fracasso de forma passiva. Muitas vezes olhamos para a vida e nos rendemos ao desespero, sem lutarmos e nos entregamos sem esboçarmos uma reação de otimismo e vitória. Alguns não oram mais para que as coisas mudem e sejam diferentes. Presenciamos casamentos acabando e desistimos com facilidade, vemos pessoas doentes e não as ajudamos a mudarem os hábitos para terem saúde, vemos a corrupção e a imoralidade se tornando banais, e o que fazemos? Existe uma oração que diz assim:“Senhor, dá-me forças para mudar as coisas que precisam ser mudadas; paciência para suportar aquelas que não podem ser mudadas; e sabedoria para discernir entre elas”.

Mesmo diante de realidades que não podem ser mudadas, precisamos ter esperança. A morte é uma delas. A morte não é o ponto final para aqueles que crêem, mas um pequeno hiato até o dia da ressurreição. Até o ladrão na cruz, que via a morte chegar, esboçou esperança na ressurreição e na segunda volta de Cristo fazendo uma ousada oração de esperança: “Senhor, lembra-te de mim quando vieres no teu reino”, e Jesus lhe deu uma resposta encorajadora: “Em verdade te digo hoje, que estarás comigo no paraíso.” Lucas 23:43.

Foi para nos remir que Jesus viveu, sofreu e morreu. Tornou-Se um varão de dores, para que pudéssemos tornar-nos participantes das alegrias eternas. Deus permitiu que Seu Filho amado, cheio de graça e verdade, viesse de um mundo de indescritível glória para outro mareado e corrupto pelo pecado e obscurecido pela sombra da morte e da maldição. Consentiu em que Ele deixasse Seu amoroso seio e a adoração dos anjos, para sofrer a ignomínia, a injúria, a humilhação, o ódio e a morte. “O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e, pelas Suas pisaduras, fomos sarados.” Isa. 53:5.” Caminho a Cristo, 13.

Na Bíblia há dois pensamentos na palavra “redenção”: o pagamento de um resgate, e a consequente libertação; ou o fato de se ter sido libertado, e a condição em que somos colocados como resultado de termos sido redimidos. Sendo assim, antes de estarmos em condições de olhar para Cristo como nosso Redentor, devemos considerar o estado em que nos encontrávamos, éramos pecadores, mas agora somos libertos.

O resgate de Cristo significava o que o senhor fazia para um escravo, para depois conceder-lhe a carta de alforria, a liberdade. Temos um texto mais completo que explica perfeitamente: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.” I Pedro 1:18-19. Cristo nos libertou e nos capacitou, com o Seu sangue, para praticarmos as coisas espirituais e não para praticarmos as coisas da carne, voltando para os mesmos pecados. É claro, que é necessário vigiar e orar para que possamos produzir bons frutos. Cristo nos salvou para não mais retornarmos aos mesmos pecados de antigamente. Aqueles que já são batizados e nascidos de novo, já permanecem livres da licenciosidade.

Diante da liberdade que Cristo nos concedeu, somos-lhe fiéis?

QUARTA-FEIRA (17 de janeiro) UM DEUS CIUMENTOEste é o texto para hoje:Porque esta vez enviarei todas as minhas pragas sobre o teu coração, e sobre os teus servos, e sobre o teu povo, para que saibas que não há outro como eu em toda a terra. Êxodo 9:14.

É importante entender como a palavra ciumes é usada na bíblia. O seu uso em Êxodo 20:5 para descrever Deus é diferente de como é usada para descrever o pecado do ciúmes, ver Gálatas 5:20. Quando usamos a palavra ciumento ou zeloso, estamos referindo ao sentido de ter inveja de alguém por possuir algo que não possuímos. Uma pessoa pode estar com inveja ou ciúmes de outra pessoa por ter um melhor carro, casa ou coisas materiais. Ou uma pessoa pode estar com ciúmes ou inveja por causa de alguma habilidade ou talento que a outra pessoa tenha ou por causa de sua beleza.

Êxodo 20:5 não trata de Deus tendo ciúmes ou inveja porque alguém tem algo que Ele quer ou de que precisa. Êxodo 20:4-5 diz: "Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso..." Note que Deus é zeloso quando alguém dá a outra pessoa ou objeto algo que pertence apenas a Ele.

Nesses versículos, Deus está falando de pessoas fazendo imagens
de esculturas e adorando esses ídolos ao invés de darem a Deus o louvor que pertence somente a Ele. Deus é muito carente do louvor e culto que pertencem somente a Ele. É um pecado louvar e servir a qualquer outra coisa ou pessoa que não seja só a Ele. É um pecado quando desejamos, somos invejosos ou estamos com ciúmes de alguém por ter algo que não temos. É um uso diferente da palavra zeloso quando Deus diz que Ele é ciumento. Aquilo de que Ele tem ciúmes pertence a Ele; adoração e serviço pertencem somente a Ele e devem ser prestados a Ele. Deus pede nossa fidelidade e quando o deus Mamom interfere entre nós e o Criador, Ele sente ciúmes. Amém?

Veja os seguintes textos e perceba como Deus é diferente das Suas criaturas: I Samuel 2:2; Salmo 86:8; Isaías 55:8 e 9; Jeremias 10:10 e Tito 1:2

Embora o seguinte texto inspirado esteja relacionado com o 4º mandamento, enquadra-se perfeitamente na obediência a Deus, requerida por todos, em todos os níveis da nossa vida, inclusive o desprezo a mamom:

É a mais grosseira presunção aventurar-se o homem mortal a negociar com o Todo-poderoso, a fim de assegurar seus insignificantes interesses seculares. É tão cruel violação da lei servir-se ocasionalmente do sábado para negócios seculares, como seria rejeitá-lo completamente; pois isso é fazer dos mandamentos do Senhor uma questão de conveniência. “Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso” Exodo 20:5, vem-nos, forte, a voz do Sinai! Obediência parcial e interesse dividido não são aceitos por Aquele que declara que as iniqüidades dos pais serão visitadas nos filhos até à terceira e quarta geração dos que O aborrecem, e que Ele mostrará misericórdia, em milhares, aos que O amam e guardam os Seus mandamentos. Não é coisa de pouca importância roubar um vizinho, e grande é o estigma sofrido por aquele que é encontrado culpado de semelhante ato; entretanto, o que não se rebaixaria a defraudar seu semelhante, não tem vergonha de roubar a seu Pai celestial o tempo que Ele abençoou e pôs de parte para um fim especial.”

QUINTA-FEIRA (18 de janeiro) VERDADEIRA POSSE – Nós pertencemos a Deus pela criação e redenção. Nossas posses também pertencem a Deus. O secularismo atual ensina que somos livres para pensar, agir e usar as nossas posses como bem desejarmos, mas os crentes em Cristo pensam e agem diferente.

Pertencemos a Deus por dois motivos:

1) Primeiro pela criação, porque Deus nos criou, Ele nos formou com Suas próprias mãos, e tudo quanto Ele criou pertence a Ele; somos dele pela criação. Veja estes textos: "Ao Senhor pertence ... o mundo e os que nele habitam". "Sabei que o Senhor é Deus; foi Ele quem nos fez, e dele somos; somos o Seu povo e rebanho do Seu pastoreio.” Sal 24:1 e Sal 100:3.

2) Em segundo lugar pertencemos a Deus pela redenção . O apóstolo Paulo afirmou: "Porque fostes comprados por preço." I Cor 6:20, um preço infinito. E qual foi o preço? O sangue de Jesus Cristo. Ele mesmo é o nosso Criador e o nosso Redentor. Que grande Proprietário nós temos em Cristo! Ele nos criou, e quando nós nos perdemos pelo pecado, Ele nos comprou novamente. Amém? Se Ele é o Criador, Ele sabe o que é melhor para nós, e se Ele é o Redentor, Ele deseja o melhor para nós; Ele agora apenas faz um pedido: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração". Pertencemos a Deus pela criação, pela redenção; e Ele agora deseja que sejamos dele por opção livre.

Temos a capacidade de escolher servir o nosso Salvador. Ele conferiu-nos o livre arbítrio. Quando Ele nos faz o pedido: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração", devemos atender à Sua voz suplicante e amorosa, entregando-Lhe o coração, usando de livre vontade, a Jesus como o nosso grande Senhor. E se nós já pertencemos a Ele, o que nos custa entregar o coração?

Cristo nos comprou ao preço de Seu próprio sangue. Ele pagou o resgate necessário à nossa redenção, e se nos apropriarmos do tesouro, ele será nosso por dádiva gratuita de Deus. Quanto deves ao meu Senhor?” Lucas 16:5. É impossível calcular. Tudo o que temos vem de Deus. Ele coloca Suas mãos sobre as nossas posses, dizendo: “Sou o genuíno Proprietário de todo o Universo; estes bens são Meus. Consagrem para Mim os dízimos e as ofertas. Quando vocês trouxerem esses bens específicos como um sinal de lealdade e submissão à Minha soberania, a Minha bênção aumentará as posses de vocês, e assim terão em abundância.” Deus está provando cada pessoa que afirma crer nEle. Todos recebemos talentos. O Senhor deu aos homens os Seus bens, com os quais devem negociar. Tornou-os Seus mordomos, colocando em suas mãos dinheiro, casas e terras. Todos esses bens devem ser considerados como pertencendo ao Senhor, e destinados ao avanço de Sua causa, para a construção de Seu reino aqui no mundo. Ao negociarmos com os bens do Senhor, devemos buscar dEle a sabedoria, a fim de não utilizarmos o Seu sagrado encargo para a glorificação de nós mesmos e a condescendência com impulsos egoístas. O montante recebido varia, porém aqueles que menos receberam não devem sentir que, em virtude de terem poucos talentos, nada serão capazes de empreender com eles. Cada cristão é um mordomo de Deus, a quem foram confiados os Seus bens. Lembrem-se das palavras: “Requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel.” i cor. 4:2 Asseguremo-nos de que não estamos roubando a Deus em um jota sequer, pois muito se encontra envolvido nessa questão. Todas as coisas pertencem a Deus. Podem os homens ignorar Seus reclamos. Enquanto abundantemente derrama Suas bênçãos sobre eles, talvez estejam usando tais bênçãos para satisfação egoísta, mas por certo serão chamados a prestar contas de sua mordomia.” Testemunhos para a Igreja vol 9, 245 e 246.

SEXTA-FEIRA (19 de janeiro) LEITURA COMPLEMENTAR DA LIÇÃO 3 (1º trimestre 2018) DEUS OU MAMON? Jesus disse: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Mateus 6: 24 e 25

Nessa afirmação, Jesus compara o dinheiro a um  deus e sugere que ele tem a capacidade de ocupar o único lugar em nossas vidas. Mamon é o dinheiro personificado em Deus. Jesus também estabelece que é impossível amar ao dinheiro e a Deus, e deposita em nossos corações uma tranquilidade, dizendo: “Não fiquem preocupados”. Preocupação é característica de gente ansiosa, de gente que gosta de acumular para garantir, de gente que não descansa. Gente que vive com a ocupação adiantada, de gente que não confia na providencia de Deus!

Cristo complementa reforçando-nos a guardar em nosso coração a indagação: “Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” Marcos 8:36. Sei que dinheiro nos garante algumas coisas, mas se não for usado de acordo com os planos de Deus constitui-se em um deus. Acredito que o dinheiro nos dá a ilusão de estarmos mais seguros do dia de amanhã, fazendo uma oposição ao que Jesus nos ensinou. Acreditar mais no dinheiro é querer garantir a sobrevivência sem precisar do sustento do Pai dos Céus. E, infelizmente, o dinheiro tornou-se sim um deus, e que a cada dia mais tem forjado o caráter das pessoas. O dinheiro traz-nos seus benefícios, mas, ao contrário do Deus verdadeiro, rouba a alma para si, exaltando a avareza, a ganância e a arrogância. Sei que pode parecer exagero, mas se pegar o texto bíblico e analisa-lo na sua integra vamos notar que as afirmações de Jesus são categóricas em relação ao tema. Não fiquemos iludidos.

Alguns dos que professam crer na verdade têm pouco discernimento e não podem apreciar a dignidade moral. Pessoas que se gabam de sua fidelidade à causa e falam como se soubessem de tudo, não são humildes de coração. Eles têm dinheiro e propriedades e isso é suficiente para lhes dar influência sobre alguns, mas não os ergue nem um jota no favor de Deus. O dinheiro tem poder e exerce poderosa influência. Excelência de caráter e valor moral são freqüentemente passados por alto, se possuídos por um homem pobre. Que interesse tem Deus pelo dinheiro e pela propriedade? O gado sobre milhares de montanhas é Seu. Salmos 50:10. O mundo e tudo que nele há são Seus. Os moradores da Terra “são para Ele como gafanhotos”. Isaías 40:22. Homens e propriedades são semelhantes “ao pó miúdo das balanças”. Isaías 40:15. “Deus não faz acepção de pessoas.” Atos 10:34. Testemunhos para Igreja Vol 1; 536


Luís Fonseca

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