terça-feira, 18 de setembro de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 2 (4º trimestre 2018) CAUSAS DA DESUNIÃO


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 2 (4º trimestre 2018) CAUSAS DA DESUNIÃO


VERSO ÁUREO: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência.” Provérbios 9:10

INTRODUÇÃO (sábado 6 de outubro) – A lição desta semana vai tratar de alguns fatores que causaram divisão na igreja cristã primitiva e que devemos tirar lições para o nosso crescimento espiritual e para não praticarmos os mesmos erros. Ter opiniões diferentes uns dos outros não causam divisão, afinal somos seres diferentes uns dos outros e como tais, pensamos e agimos de forma diferente. Portanto isso não destrói uma doutrina verdadeira entre os crentes! Discutir sobre assuntos doutrinários e outros não causam divisão. Questionamentos honestos com bondade e respeito, quando são pautados na verdade, nunca destruirá uma comunhão verdadeira e sim nos levará ao crescimento.

Diferenças de pensamento no nível intelectual e de maturidade de consciência pessoal não causam divisão. Pois sempre haverá em nosso meio aqueles que estão começando a aprender, e, ainda não tiveram experiências suficientes para terem o amadurecimento doutrinário e de comunhão com os irmãos e com Deus. Quando há diferenças de opinião, aqueles que sentem uma liberdade maior por terem experimentado, deverão respeitar a consciência do irmão sincero que não reconhece essa mesma liberdade ou amadurecimento. Geralmente os jovens e adolescentes necessitam de um grau maior de paciência por parte dos mais maduros espiritualmente!

O que causa divisão, são as falsas doutrinas que contradizem as Escrituras, pregadas frequentemente por motivos egoístas, que promovem o “ego” de pessoas não santificadas e que não amam a Deus e a Sua palavra verdadeiramente, e querem se auto-promover a qualquer custo e querem a glória para si. Além do orgulho estão a inveja, os ciumes  que geram maledicência. Isso tudo são ferramentas terríveis na promoção da divisão, e é capaz de separar os melhores amigos.

Famílias inteiras e algumas igrejas tem sido afetadas por esta arma letal. Comportamentos carnais de pessoas que estão mais preocupadas com sua própria reputação e influência do que com a obra de Deus. Quando homens presunçosos e competidores tentam mostrar que seus projetos; igrejas, dons e capacidades pessoais são maiores ou melhores do que as demais pessoas, as contendas são inevitáveis. Se pensarmos que somos maiores e melhores, seremos dominados pelo orgulho. Se temermos que outros estejam ganhando a corrida, seremos dominados pela inveja e o ciúme. Cuidado!

O fator predominante para manter a união é acatar as doutrinas das Escrituras com humildade. A obediência une as partes diferentes. Quando deixamos as competições humanas e vamos à cruz de Cristo e somos obedientes, somos unidos no vínculo do amor: Veja estes textos inspirados: “E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. I Coríntios 2:1-5.

“Os fariseus procuravam distinção por meio de seu escrupuloso cerimonialismo, e pela ostentação de seu culto e suas caridades. Provavam o zelo que tinham pela religião tornando-a objeto de discussões. As disputas entre as seitas oponentes eram ruidosas e longas, e não raro se ouvia nas ruas o som de irritadas questões entre doutores da lei.” A Ciência do Bom Viver. 32

“Os que têm proclamado ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Babilônia, têm feito uso dos Testemunhos para dar à sua atitude um aparente apoio; mas por que é que não apresentaram aquilo que por anos tem sido a preocupação de minha mensagem - unidade da igreja? Por que não citaram as palavras do anjo: "Uni-vos, uni-vos, uni-vos"? Por que não repetiram a advertência nem declararam o princípio de que "na união há força, na divisão há fraqueza"? São mensagens como as que esses homens têm proclamado, que dividem a igreja e trazem sobre nós opróbrio perante os inimigos da verdade; e nessas mensagens se revela claramente a astuta atuação do grande enganador, que quer impedir a igreja de alcançar a perfeição na unidade. Esses mestres seguem as labaredas de seu fogo, agem segundo seu juízo independente, e embaraçam a verdade com falsas noções e teorias. Rejeitam o conselho de seus irmãos, e avançam em seu caminho até se tornarem justamente o que Satanás deseja - de espírito desequilibrado.” A Igreja Remanescente, 52

DOMINGO (7 de outubro) “VOLTEM. Ó FILHOS REBELDES”Desde o jardim do Éden Deus deixou instruções claras aos nossos pais sobre obediência. Deus disse: “E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Gênesis 2:15-17. Conhecemos, por experiência, o resto da história!

Após o Éden, Deus foi explícito em pedir obediência aos Seus filhos, prometendo-lhes bênçãos: “E será que, se ouvires a voz do SENHOR teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o SENHOR teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor teu Deus: Bendito serás na cidade, e bendito serás no campo. Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais; e as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas. Bendito o teu cesto e a tua amassadeira. Bendito serás ao entrares, e bendito serás ao saíres.” Deuteronômio 28:1-6.

No decorrer dos séculos e milênios o povo de Deus obedeceu, desobedeceu e voltou a obedecer. Mas, Deus sempre apelou para que Seu povo se arrependesse dos seus pecados e voltasse para Ele. Veja o apelo que Deus Fez ao povo de Israel quando este estava em plena apostasia: “Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o Senhor; pois eu vos desposei; e vos tomarei, a um de uma cidade, e a dois de uma família; e vos levarei a Sião. E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência. E sucederá que, quando vos multiplicardes e frutificardes na terra, naqueles dias, diz o Senhor, nunca mais se dirá: A arca da aliança do Senhor, nem lhes virá ao coração; nem dela se lembrarão, nem a visitarão; nem se fará outra. Naquele tempo chamarão a Jerusalém o trono do Senhor, e todas as nações se ajuntarão a ela, em nome do Senhor, em Jerusalém; e nunca mais andarão segundo o propósito do seu coração maligno. Naqueles dias andará a casa de Judá com a casa de Israel; e virão juntas da terra do norte, para a terra que dei em herança a vossos pais.” Jeremias 3:14-18.

Que tipos de pecados o povo de Israel praticava contra Deus e que necessitava de arrependimento?

1) Transgressão do sábado: Deus, por repetidas vezes, enviou profetas para lembrar o povo da necessidade que tinham de obedecer o mandamento do sábado: “Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras.” Isaías 58:13.

2) Desprezo das viúvas e órfãos: Este também era um mandamento do Senhor Deus que o povo devia seguir, mas desprezavam esta parte social da religião. Deus da mesma forma lembrou-lhes da necessidade de voltarem a praticar esta parte da fé Israelita: “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?” Isaías 58:6-7.

3) Retenção dos dízimos e ofertas: “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.” Malaquias 3:8.

4) Prostituição, adultério, assassínio e idolatria: “Vocês pensam que podem roubar e matar, cometer adultério e jurar falsamente, queimar incenso a Baal e seguir outros deuses que vocês não conheceram.” Jeremias 7:9.

A apostasia era quase que total, e à essa apostasia Deus chamou de adultério espiritual. Para o profeta, a prostituição de Israel tinha duplo sentido. Além de estar cometendo adultério espiritual contra Deus ao buscar a Baal, o povo também se prostituía nos atos sexuais associados aos ritos dos cultos de fertilidade dos cananeus.

Idolatria é uma espécie de ingratidão: Esta foi a conduta de Israel em seu relacionamento com Deus eterno. Deus libertou o povo da vergonha da opressão e da humilhação. Proveu-lhe uma terra produzindo em abundância as mais ricas colheitas para o seu sustento físico. Deu-lhe a mais preciosa orientação espiritual que envolveu o povo na verdadeira alegria da liberdade e da salvação. Porém, Israel traiu o seu amoroso benfeitor. Rejeitou-O como seu Deus e, com avidez, procurou assemelhar-se aos povos que praticavam coisas abomináveis e ofensivas a Deus.

Que cuidados devemos ter para não incorremos nos mesmos pecados de Israel, e como temos respondido aos apelos do Deus Espírito Santo?

SEGUNDA-FEIRA (8 de outubro) JUSTOS AOS SEUS PRÓPRIOS OLHOS – A lição de hoje mostra o povo de Israel entrando na terra prometida e, alguns, assimilando a idolatria do povo da região e caindo em apostasia. Veja este texto: “Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos.” Juízes 17:6. Ao longo do livro de juízes, geração após geração, Israel sofreu as consequências da sua própria incredulidade. Por não acreditarem na palavra de Deus sobre o perigo de se envolver com os povos idólatras que permaneciam na terra, criaram laços com esses povos e foram castigados, exatamente como o Senhor havia avisado.

A expressão que melhor trduz o período dos juízes é repetida algumas vezes no livro e serve como conclusão no último versículo: “Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto” Juízes 21:25; 18:1 e 19:1. Esta descrição da época não precisava ser negativa, pois o povo não ficou sem Deus nem sem lei. Se cada um tivesse achado reto fazer a vontade do Senhor, Israel teria evitado muitos sofrimentos. Mas quando acharam certo fazer o errado, trouxeram sobre si a ira de Deus. Que pena!

O livro de Juízes apresenta um quadro de cinco etapas repetidas nas várias gerações. 1) O povo caía na idolatria, 2) Deus mandava um castigo de repreensão, geralmente opressão por um povo inimigo, 3) O povo clamava ao Senhor pedindo livramento deste sofrimento, 4) Deus enviava um libertador, chamado juiz, para livrar o povo do castigo, Mas, 5) O povo continuava fiel até a morte daquele juiz. Depois, caia novamente na idolatria e o ciclo se repetia. Juízes é um livro cheio de exemplos da destruição e sofrimento causados pelo pecado de pessoas que desrespeitam a vontade do seu Criador.

Por toda a Bíblia, podemos ler sobre as consequências do orgulho. Prov 16:18-19 nos diz: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos.” Satanás foi expulso do céu por causa de seu orgulho. Ver Isaías 14:12-15. O orgulho já impediu que muitas pessoas aceitassem a Jesus como seu Salvador pessoal, já destruiu muitos casamentos e outros relacionamentos! Recusar a admitir o próprio pecado, e que não podemos fazer nada com nossos próprios esforços para merecer a vida eterna, tem sido uma pedra de tropeço para muitos crentes.

Não devemos ter orgulho de nós mesmos, mas se queremos nos gloriar, então devemos nos gloriar em Cristo, estando em comunhão plena com Ele. Assim Ele nos glorificará. O que dizemos sobre nós mesmos não significa nada no trabalho de Deus. É o que Deus diz sobre nós que faz a diferença: “Porém, não nos gloriaremos fora da medida, mas conforme a reta medida que Deus nos deu, para chegarmos até vós.” II Coríntios 10:13

“Aquele que contempla a Cristo em Sua abnegação, em Sua humildade de coração será constrangido a dizer, como o fez Daniel quando viu Alguém semelhante aos filhos dos homens: “Transmudou-se em mim a minha formosura em desmaio.” Daniel 10:8. A altivez e supremacia própria em que nos gloriamos, são vistas em sua verdadeira vileza, como testemunhos de servidão a Satanás. A natureza humana está sempre lutando por se manifestar, pronta para a disputa; mas aquele que aprende de Cristo, esvazia-se do próprio eu, do orgulho, do amor da supremacia, e há silêncio na alma. O próprio eu é colocado ao dispor do Espírito Santo. Não andamos então ansiosos de ocupar o primeiro lugar. Não ambicionamos comprimir e acotovelar para nos pôr em destaque; mas sentimos que nosso mais alto lugar é aos pés de nosso Salvador. Olhamos para Jesus, esperando que Sua mão nos conduza, escutando Sua voz, em busca de guia. O apóstolo Paulo teve essa experiência, e disse: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim.” Gálatas 2:20. O Maior Discurso de Cristo, 15

Como tem sido consigo; tem colocado as coisas de Deus em primeiro lugar e deixado Deus transformar a sua vida?

TERÇA-FEIRA (9 de outubro) A DIVISÃO DA NAÇÃO HEBREIA – A lição de hoje mostra a consequência do pecado do povo de Israel que foi a divisão do reino e o cativeiro de ambos os reinos. Após a morte de Salomão, o reino do Norte, que continuou com o nome de Israel, assumiu Jeroboão filho de Nabat, ver I Reis 15:1, a capital foi Samaria. O reino do Norte continha a maioria das tribos de Israel, 10 tribos, e também a maior população. Jeroboão, para impedir a ida ao templo em Jerusalém, mandou construir dois templos, um em Dã, e outro em Betel. Já, o reino do Sul passou a ser chamado Judá, e ficou com um filho de Salomão chamado  Roboão como rei, tendo a capital Jerusalém. Para o Sul permaneceram as tribos em torno a Jerusalém; Benjamin e Judá.  

Qual foi o principal motivo da divisão do reino? Salomão foi um rei de obras grandiosas, gerando também grandes despesas. Para pagamento destas despesas o povo teve que pagar mais impostos. Após a morte do rei o povo se dirigiu ao sucessor Roboão, pedindo a redução dos pesados encargos colocados sobre eles. Roboão seguindo o conselho de seus amigos jovens disse que em seu reino os impostos iam aumentar em vez de diminuir. Após essa decisão de Roboão o povo se negou a continuar sendo governado por ele. Levantaram como rei de Israel, Jeroboão, ficando Roboão responsável apenas com as tribos de Judá e Benjamim. Leia I Reis 12: 1-16. Sendo assim o reino de Israel ficou dividido, formando Judá e Benjamim o reino do Sul e o restante das dez tribos o reino do Norte.

Como consequência desta divisão, durante vários anos, o povo de Deus sofreu escárnios de povos inimigos até que finalmente ambos os reinos foram levados ao cativeiro por povos inimigos. O Reino do Norte lutou em várias ocasiões contra o domínio assírio, fazendo alianças com outros reinos, como por exemplo, o Egito, e formando uma liga de cidades que enfrentavam essa potência. Em 722 a.C., os líderes do Norte tentaram de algum modo forçar o Reino de Judá a participar de acordos e alianças contra a Assíria, mas foi levado cativo. O reino do Sul, reino de Judá, cuja capital era Jerusalém, sobreviveu ainda por cerca de 200 anos, quando em 587, na terceira deportação, a capital foi destruída e os moradores levados para o exílio em Babilônia.

Quem foi Jeroboão e o que ele fez de mal? Ele pertencia a tribo de Efraim, seu pai chamava-se Nebate e sua mãe Zeruá. Quando jovem trabalhou para Salomão, como chefe das obras. Quando ainda na época de Salomão, Jeroboão provocou uma revolta contra o reino, e como perdeu, fugiu para o Egito. Depois voltou, e reconquistou o seu espaço novamente.

Jeroboão, infelizmente, caiu em apostasia e levou o povo à idolatria. Qual foi sua estratégia política? Com a divisão do reino, ele criou dois centros de adoração; sendo um em Betel e o outro em Dã. De início, sua ideia era facilitar o povo do interior, para não precisar ir até Jerusalém para a adoração. Mas a apostasia foi visível. O que ele fez? Em I Reis 12:28 lemos: “pelo que o rei tomou conselho, e fez dois bezerros de ouro, e lhes disse: Muito trabalho será o subir à Jerusalém, vês aqui os teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito.”

Toda tentativa de inovar o culto já estabelecido por Deus, as vezes se torna necessário, mas muito cuidado deve ser tomado. As várias culturas ao redor do mundo tem procurado adaptar o estilo de adoração à sua gente; mas, quando os princípios são violados, acontece o afastamento de Deus; que se chama apostasia. No nosso contexto religioso, vemos a tradição do domingo tomando o lugar do sábado bíblico. A adoração direta à Deus tem sido substituída pela adoração de ídolos. A concessão do perdão dos pecados que é uma atribuição apenas de Deus, tem sido um atributo de homens, em algumas religiões. Jeroboão é um tipo que usou o nome de Deus para implantar as tradições humanas.

“Elevado ao trono pelas dez tribos de Israel que se haviam rebelado contra a casa de Davi, Jeroboão, outrora servo de Salomão, estava em posição de proceder a sábias reformas tanto nos negócios civis como nos religiosos. Sob o governo de Salomão havia ele mostrado aptidão e sadio discernimento; e o conhecimento que havia adquirido durante anos de fiel serviço capacitava-o a governar com prudência. Mas Jeroboão deixou de pôr em Deus sua confiança.” Profetas e Reis, 47

QUARTA-FEIRA (10 de outubro) CISMA EM CORINTO - A primeira carta aos coríntios combate as divisões que havia na igreja de Corinto e, Paulo fundador da igreja, confronta os problemas pelos quais os crentes de Corinto estavam passando. O primeiro problema abordado referia-se à divisão na igreja. Os crentes estavam divididos entre aqueles que eles achavam ser seus melhores líderes. O melhor líder para eles era quem os tinha levado a Cristo ou quem os tinha batizado: “Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo”. I Cor. 1:12. Mas Paulo tratou desses problemas de divisão fazendo uma pergunta básica: “Acaso, Cristo está dividido?” v. 13

Quando Paulo perguntou se Cristo estava dividido, foi direto à causa principal de toda a divisão na igreja. Se crermos na ressurreição de Jesus Cristo, creremos que Ele está vivo em nossos corações e, se Cristo vive nos corações dos crentes, então todos deveriam concordar a respeito de questões fundamentais referentes a Ele e deveriam saber que Cristo não pode ser dividido com essas questões.

Paulo começou seu combate às divisões dizendo: “Pois Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não com palavras de sabedoria humana, para que a cruz de Cristo não seja esvaziada”. I Cor. 1:17. O apóstolo fez aqui uma distinção bem clara entre o batismo e a pregação do evangelho. Enquanto os crentes debatem a ligação do batismo com nossa salvação, Paulo ensina que o batismo não salva ninguém. Caso salvasse, ele o teria incluído na mensagem do evangelho; mas ele deixou isso de lado, como algo que preferia não fazer. Ele justifica sua posição dizendo que se tivesse batizado muitos cristãos de Corinto, talvez eles tivessem se tornado seus seguidores ao invés de seguidores de Cristo.
  
A igreja de Corinto tinha muitas divisões sociais e espirituais. Os crentes de Corinto estavam se dividindo em grupos leais a determinados líderes espirituais, como já vimos; I Coríntios 1:12; 3:1-6. Paulo exortou os crentes de Corinto a permanecerem unidos por causa da sua devoção a Cristo; I Coríntios 3:21-23. Muitos na igreja estavam aprovando uma relação imoral¸ Ver I Coríntios 5:1-2. Paulo ordenou que esse homem perverso fosse expulso da igreja; I Coríntios 5:13. Os crentes de Corinto estavam levando  tribunais humanos uns aos outros; I Coríntios 6:1-2. Paulo ensinou aos coríntios que seria melhor sofrer uma ofensa do que danificar seu testemunho cristão; I Coríntios 6:3-8.

Paulo também instruiu à igreja de Corinto sobre o casamento e celibato; I Cor. 7, comida sacrificada a ídolos; I Cor. 8 e 10, a liberdade cristã; capítulo 9, o véu das mulheres; I Coríntios 11:1-16, a Santa Ceia; Coríntios 11:17-34, os dons espirituais; capítulos 12-14 e a ressurreição, capítulo 15. Paulo organizou o livro de I Coríntios para responder a perguntas que os crentes de Corinto tinham-lhe feito, e para exortá-los sobre a maneira correta de lidar com conduta imprópria e crenças errôneas que tinham previamente aceitado.

Alguns dos problemas e questões com os quais a igreja de Corinto estava lidando ainda estão presentes na igreja de hoje. As igrejas da atualidade ainda lutam com divisões, imoralidade e com o uso dos dons espirituais. Como Cristo, que vive em nós, vê a questão de diferença de raça ou classe social, como temos tolerado e ajudado as pessoas que pensam diferente das doutrinas já aceitas e estabelecidas por Deus e defendidas por nós e como temos eliminado preconceitos e pecados em nós? ?

QUINTA-FEIRA (11 de outubro) “LOBOS VIRÃO” – Na lição de hoje vamos ver as advertências de Paulo acerca dos falsos mestres que surgem no meio de nós. Veja o texto principal para hoje: “E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto. Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos. Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus. Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós. Atos 20:25-31

Através deste texto vemos que os inimigos da igreja surgem no meio de nós. Timóteo foi pastor da igreja de Éfeso e Paulo também advertiu o pastor Timóteo acerca dos falsos mestres. Ver II Timóteo 2:14-19 e 3:12-17.  A falsa doutrina confunde a verdade com o erro, enquanto que a sã doutrina salienta a verdade do erro. A falsa doutrina não consegue distinguir entre o que Deus revelou em Sua Palavra e o que foi produzido por homens ou demônios. Em Hebreus encontramos uma igreja que se desviou, a qual retrocedeu ao comportamento ímpio. Eles fizeram isso por causa de sua falha em dar ouvidos à sã doutrina: “Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido… Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.” Heb 5:12,14.

A sã doutrina que eles haviam recebido teria permitido que eles distinguissem a verdade do erro, se tivessem se apegado à verdade. A doutrina fraca deles os deixou vulneráveis ​​diante do erro.
A falsa doutrina compromete a piedade, enquanto que a sã doutrina promove a piedade. A falsa doutrina compromete a piedade promovendo o que é novo ou especulativo em lugar do que é verdadeiro, causando sensacionalismo e desviando a atenção da bíblia para o falso profeta. Enquanto Paulo ao escrever a Timóteo, diz: “Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé.” I Tim 1:3-4.

A falsa doutrina promove o pecado, enquanto que a sã doutrina combate o pecado. A falsa doutrina permite que o pecado crie raízes em nossos corações e mentes e opere em nossas vidas. A sã doutrina confronta a nossa pecaminosidade e nos motiva ao arrependimento. Como Paulo diz a Timóteo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” II Tm 3:16-17.

A falsa doutrina conduz à uma liderança ímpia, enquanto a sã doutrina qualifica a liderança piedosa. Posições de liderança dentro da igreja são reservadas para aqueles que conhecem e ensinam a sã doutrina. Quando Paulo escreve a Tito, ele o instrui a nomear presbíteros nas igrejas de Creta. Ele lembra Tito de uma qualificação fundamental que ele deve buscar antes de designar tais homens: “apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem” Tito 1:9. 

E mais; A falsa doutrina debilita a igreja em tempos de dificuldades, enquanto que a sã doutrina capacita a igreja para tempos de dificuldades. A falsa doutrina enfraquece a igreja futura, enquanto a sã doutrina fortalece a igreja futura. Tome muito cuidado com alguns falsos profetas modernos "lobos" que aparecem dizendo que Jesus foi criado em algum tempo na linda da eternidade e que o Espírito Santo é apenas um poder que sai de Deus ou de Jesus, que o Espírito Santo é o próprio Jesus ou Deus Pai, e que você já pode adquirir uma natureza espiritual glorificada aqui na terra. Deus pede para, nem sequer, receber essas pessoas em casa.

SEXTA-FEIRA (12 de outubro) COMENTÁRIOS E LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 2 (4º trimestre 2018) CAUSAS DA DESUNIÃO – “O Senhor deseja que Seus escolhidos servos aprendam a se unir num esforço harmônico. Talvez pareça a alguns que o contraste entre seus dons e os de seus coobreiros é demasiado grande para permitir que se unam em esforço assim harmônico; mas, ao lembrarem que há variedade de espíritos a serem atingidos, e que alguns rejeitarão a verdade apresentada por um obreiro, abrindo o coração à verdade de Deus ante o modo diferente de outro, eles hão de esforçar-se esperançosamente por trabalhar juntos, em união. Seus talentos, conquanto diversos, podem-se achar todos sob a direção do mesmo Espírito. Em toda palavra e ação, manifestar-se-ão bondade e amor; e ao ocupar cada obreiro fielmente o lugar que lhe é designado, a oração de Cristo em favor da unidade de Seus seguidores será atendida, e o mundo conhecerá que esses são Seus discípulos.” Obreiros Evangélicos. 483

“A falsa doutrina é uma das influências satânicas que atua na igreja, e para ela traz aqueles cujo coração não está convertido. Os homens não obedecem às palavras de Jesus Cristo, buscando assim a unidade na fé, no espírito e na doutrina. Não pelejam pela unidade do espírito pela qual Cristo orou e que tornaria o testemunho dos discípulos de Cristo eficiente em convencer o mundo de que Deus enviara Seu Filho ao mundo, "para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. Se entre os filhos de Deus houvesse a união por que Cristo orou, dariam eles um testemunho vivo, e irradiariam resplendente luz que brilhasse entre as trevas morais do mundo.
Em vez da unidade que devia existir entre os crentes, há desunião; pois a Satanás é permitido entrar e pelos seus enganos e ilusões leva ele, os que de Cristo não estão aprendendo a mansidão e humildade de coração, a seguir um rumo diferente da igreja, e, se possível, a quebrar-lhes a união. Levantam-se homens que falam coisas perversas para atrair discípulos para si. Pretendem que Deus lhes deu grande luz, mas como agem sob sua influência? Seguem eles a atitude assumida pelos dois discípulos na viagem para Emaús? Ao receberem a luz, voltaram e foram ao encontro daqueles a quem Deus guiara e ainda estava guiando, e lhes contaram como haviam visto a Jesus e com Ele tinham falado.” A igreja Remanescente, 45 e 46

Luís Fonseca

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