domingo, 3 de julho de 2011

HISTÓRIA REAL DE UM CRENTE NA ERA LAODICEANA (Parte VI)



Estamos próximos do final de nossa entrevista. O irmão “Z” prefere não se identificar, pois entende que o importante é a mensagem e não o mensageiro. O irmão “Z” gostaria de enfatizar que todas as experiências e testemunhos são reais e aconteceram em sua própria vida. Que Deus abençoe a você leitor querido. Se você tiver algum comentário sobre o conteúdo da entrevista, fique à vontade para enviar-nos. Críticas construtivas também são bem vindas, pois nosso desejo é fazer o melhor para Cristo e Sua Causa. Lembre-se que somos humanos e falíveis, portanto, seja um bereano.
Irmão “Z”, finalizando o bloco anterior, o irmão estava justamente na Alfândega, entregando ao fiscal sua declaração de imposto a pagar. O que aconteceu então?

Foi um momento interessante, pois eu estava convicto que deveria pagar o imposto das mercadorias dos meus amigos, mas não gostaria de fazê-lo, pelas razões que já apresentei anteriormente. Como disse, orei ao Senhor e agradeci por ter me dado forças para não mentir. O fiscal pegou o formulário de minha mão, olhou e disse: “esse valor você não precisa pagar” e me mandou para o local onde se faz a fiscalização de “nada a declarar”. Não entendi essa atitude do fiscal, pois os valores estavam ali, bem legíveis; mas como diz o meu amado irmão caçula, diante de autoridades responda somente o que lhe perguntam e nada mais. E lá fui eu, sem saber o porquê, nem o que sucederia. Entrei num grande salão onde várias pessoas estavam com malas abertas sendo vistoriadas sobre longos balcões de meia altura. Fiquei aguardando a minha vez, quando outro fiscal se aproximou e me perguntou: o que você está fazendo aqui? Antes que eu respondesse, apontou para uma passagem e me disse: a saída é por ali. Imediatamente segui pela passagem e quando me dei conta já estava do lado de fora da Alfândega sem ter mentido e sem pagar por algo que não gostaria.


Irmão “Z”, muito interessante mesmo. E o que se seguiu?
Nosso Deus é maravilhosamente misericordioso! Ele tem mais de mil soluções onde não vemos nenhuma. Assim que saí, agradeci a Deu pela Sua providência e cuidado mesmo nas pequeninas coisas, e principalmente por ter me dado forças para fazer a vontade dEle e não a
devo aceitar encomendas sem considerar a cota alfandegária e a obrigatoriedade de uma declaração verdadeira. Nosso Deus é maravilhoso, pois Ele mesmo diz que não leva em conta os tempos de ignorância. Você se lembra do que Jesus disse aos fariseus? “Se fosseis cegos não teríeis pecado”. Quando aceitei as encomendas de meus amigos, estava cego quanto ao fato de que uma “simples” omissão de declaração pudesse ser pecado; e Deus em Sua incompreensível misericórdia me livrou de pagar por isso. Pagar seria justo, não pagar foi misericórdia.

Interessante essa sua descoberta da profundidade do que é ser verdadeiro. Há algo mais que o irmão gostaria de dizer a respeito?
Primeiramente preciso corrigi-lo. Não atribuo a mim qualquer descoberta espiritual, mas à bênção da revelação do Espírito Santo, mediante a graça de Jesus Cristo. Nada que é de bom vem do homem, mas de Deus ao atuar em nós quando permitimos. Agora posso prosseguir. Vou dar um exemplo bem impopular. Esperava por essa oportunidade, mas temo que o número de leitores de sua entrevista diminua depois desse testemunho. O que me anima a testemunhar é crer que Deus está mais interessado em qualidade do que em quantidade, se assim não fosse, Jesus não teria feito o sermão que está no capítulo seis de João, onde reduziu de alguns milhares a doze o número de seus seguidores. A propósito, naquele sermão Jesus falou sobre comer a carne e beber o sangue do Filho do homem, que significa receber os elementos vivos das Escrituras e fazer a vontade de Deus. Fiquei impressionado quando li isso na Meditação Matinal de 1999. Essa é a meditação que o Pr. Ted Wilson, presidente da CG, indicou para que os adventistas do sétimo dia do mundo inteiro lessem durante este ano; tem sido uma benção em minha vida e de minha família. Aproveito para pedir que oremos diariamente por esse homem de Deus e por todos os líderes de nossa Igreja, pois diante deles há uma responsabilidade enorme e intransferível. Vamos agora ao testemunho.

Gostei de saber o significado de comer a carne e beber o sangue de Cristo, creio que esse tema deva ser mais estudado, mas vamos então ao testemunho e não se importe com popularidade.
Percebi em minha vida uma estreita relação entre atender às ordens de Deus quanto à saúde e o interesse por temas espirituais. Tudo que Deus fala é essencial para o crente. Também não sei precisar, depois de tantos anos de adventismo, exatamente a sequência de minha recente conversão; no entanto, uma afirmação posso fazer: aceitar a reforma de saúde e permitir que Deus mudasse em minha vida hábitos alimentares e outros necessários para que Ele pudesse se comunicar melhor comigo, precedeu o entendimento de temas espirituais que há muito eu
pensava que conhecia, mas na verdade estavam encobertos e sem conexão com o grande tema central da salvação. Note que nossos primeiros pais falharam quanto ao apetite. Jesus foi tentado primeiramente nesse ponto. O povo de Israel quando estava próximo de tomar posse da terra prometida também falhou na questão do apetite, e milhares caíram ali no deserto, com carne entre os dentes, bem pertinho do lar. Dar-se-á o mesmo com o povo do fim? Por que resistimos tanto em colocar em prática a reforma de saúde?

Irmão “Z”, sei que estou interrompendo seu testemunho, mas o irmão considera reforma de saúde como ponto de salvação?
Responda você mesmo. A Adão no Éden foi dada uma determinada dieta alimentar; depois da entrada do pecado foi dada outra; após o dilúvio foi dada outra ainda; aos judeus foram dadas as de Levítico capítulo 11; no primeiro Concílio de Jerusalém nova regra foi dada aos cristãos gentios; e aos Adventistas do Sétimo Dia, através das instruções dadas pelo Espírito Santo à mensageira do Senhor, em 1863, foi dada a primeira mensagem sobre saúde, a qual já excluía totalmente alimentos cárneos; outras mensagens se seguiram de forma gradual e crescente até que o Senhor revelou Sua vontade sobre a dieta do povo do fim. Veja Testemunhos para a Igreja, volume sete, capítulos 25 e 27. Seguir essa ordem de Deus não irá salvar ninguém, pois a salvação vem do Senhor, mas quem a rejeitar, isto é, quem escolher livremente fazer a própria vontade e não a vontade de Deus, a quem está adorando? Avalie isso em oração! Veja quais são seus motivos tanto para obedecer quanto para desobedecer. Releia I Coríntios 10:31. Você come e bebe para a glória de Deus? Isso é muito sério meu irmão. Lembre-se também de Mateus 7:21 a 23, quem será salvo é aquele que faz a vontade de Deus. Se você ou eu não estamos dispostos a fazer a vontade de Deus, então, não adianta pregar, trabalhar pela igreja, dizimar, ser generoso, nem mesmo fazer obras maravilhosas, pois Jesus chama isso de iniquidade. Agora, responda-me sinceramente, se eu sei qual é a vontade de Deus sobre a reforma de saúde, pois está revelada pelo Espírito Santo de forma expressa através de mensageira do Senhor, e mesmo assim decido agir de forma diferente da que está revelada, em qual grupo você crê que estarei no dia do juízo? Não se iluda, se eu continuar fazendo a minha própria vontade e negligenciar ou rejeitar a vontade de Deus, apesar dos apelos do Espírito Santo, significa que estou desprezando a graça santificadora de Cristo; sendo assim como poderei ser apontado como servo fiel pelo tribunal divino? Não se iluda, muitos perecerão no vale da decisão. O dia da entrega chama-se HOJE. Deus dá forças e poder para vencermos em Cristo, mas a escolha é do homem. Deus respeito nosso livre arbítrio, mas não salvará aquele que rejeita deliberadamente Sua graça. Deus procura por verdadeiros adoradores.

Mas Elias comeu carne envida por Deus, Jesus comeu peixe, e nossos pioneiros comiam porco. Como fica essa situação?
Meu amigo, durante anos usei essas e muitas outras justificativas para continuar atendendo ao meu paladar pervertido, mas nem Elias, nem Jesus, nem os pioneiros antes de 1863, tinham recebido a ordem que temos hoje de Deus, portanto não estavam sujeitos a ela, mas nós sim. Vou ilustrar com Davi, o homem segundo o coração de Deus. Ele teve muitas mulheres, porém Deus tolerou essa situação naquela época; isso significa que podemos imitá-lo nesse aspecto? Certamente que não, porque em algum momento da história, o conhecimento da vontade de Deus sobre um casamento monogâmico foi resgatado. Então por que querer imitar os que comiam carne no passado, se temos nova luz vinda do trono de Deus sobre esse assunto. A luz é dada de forma crescente. Deus em Seu amor infinito sabe o que é melhor e possível para cada fase da história do homem. Você acredita que Deus sabe o que é melhor? Você acredita que Deus revelou Sua vontade para o Seu povo que viveria no fim, através do ministério profético de Ellen White? Então, por que tanta resistência? Por que tanto argumento artificioso para fazer a própria vontade e não a de Deus?

O irmão, não estaria sendo um tanto radical nesse ponto?
Sem dúvida que sim, mas é isso mesmo que devemos ser. Na Meditação Matinal de 2009, Jesus Meu Modelo, no dia 14 de Junho está escrito que Deus quer que sejamos radicais reformadores de temperança assim como foi Daniel. Vou um pouco mais longe, o evangelho de Cristo é radical ou não? Analise você mesmo se na pregação de Cristo havia espaço para a mornidão? No passado, para desculpar minha mornidão dizia: o cristão deve ser equilibrado. Nunca vi essa expressão tão mal empregada como nos dias atuais. Equilíbrio por ventura seria fazer uma coisa certa e outra errada; ou fazer coisas mais ou menos certas? Vejamos o que diz a Bíblia: mandar Noé construir um enorme barco no seco; ordenar a Abraão que matasse seu filho; dar somente maná por 40 anos ao povo de Israel; não permitir que Moisés entrasse em Canaã por causa de um único pecado; reduzir de 32 mil para 300 o número de soldados para enfrentar um exército incontável; mandar que um coral se posicionasse na linha de frente de uma batalha; dizer para que Oséias se casasse com uma prostituta; essas ordens de Deus lhe parecem radicais ou não? Teria ainda dezenas de situações como essas para elencar, mas...

Desculpe interrompê-lo Irmão “Z”, mas tudo isso se deu no Velho Testamento!
Ok. Lembre-se: o que antes foi escrito para nosso ensino foi escrito, mas vejamos também no Novo Testamento. Jesus disse: que devemos devolver um dízimo corretíssimo, inclusive da
hortelã e do cominho; para andarmos a segunda milha; para darmos a capa quando nos pedem a túnica; para darmos a outra face quando agredidos; que devemos amar o inimigo; que somos homicidas se odiamos alguém; e que somos adúlteros se olharmos com malícia para uma mulher; etc. Esses conceitos lhe parecem radicais ou não? Depois de abraçar a reforma de saúde, graças ao nosso bom Deus, interessei-me em conhecer mais sobre a Sua vontade para minha vida, e o Senhor, em Sua misericórdia, tem me revelado na Bíblia e no Espírito de Profecia muitos assuntos que tem sido grande bênção para mim e para minha família, inclusive a definição de equilíbrio.

Irmão “Z”, e quanto aos que não aceitam a reforma de saúde?
Meu querido, Deus é o juiz. Não devemos julgar, criticar nem forçar ninguém. Entendo que devemos pregar sobre esse assunto com entendimento e amor que só o Espírito Santo pode conceder. Nosso exemplo falará muito a favor da mensagem, mais do que nossas palavras. Quando seguimos a vontade de Deus sobre a reforma de saúde, os resultados saltam aos olhos. Nem os inimigos da verdade conseguem contestá-los. Mas... àqueles que insistirem em rejeitar ou desprezar essa mensagem de Deus, temo que poderá ocorrer com eles o que Paulo escreve em Romanos 11:9, “torne-se-lhes sua mesa em laço, em armadilha, e em tropeço...”. Penso que nesse caso o melhor que podemos fazer é orar intercessoriamente por esses queridos irmãos e continuar tratando-os com amor.

Qual a dieta que o irmão acredita que devemos seguir?
Querido amigo, eu não gostaria de fazer aqui uma lista do que podemos ou não comer, ou fazer. Lembre-se que reforma de saúde vai muito além da comida. Cada um que deseja servir a Deus de todo o coração achará a verdade sobre esse assunto. Nossa Igreja possui farta literatura inspirada sobre o tema. Alerto apenas para que o leitor atente quanto à ordem cronológica das revelações. Às vezes, ao lermos sem preocupação com as datas, principalmente obras compiladas, podemos fazer confusão. Lembre-se que a mensageira de Deus foi inspirada pelo mesmo Espírito que inspirou os autores bíblicos, portanto não há contradição, contudo ela escreveu durante 70 anos, e a luz dada sobre saúde foi crescente e gradual.

O irmão tem alguma sugestão para os nossos leitores, de como começar?
É essencial ter uma experiência individual com Deus, por isso sugiro que cada um estude por si mesmo, diretamente de fonte segura - Bíblia e Espírito de Profecia, com oração e humildade, disposto a fazer a vontade de Deus incondicionalmente. Sugiro que medite no hino “Eis-nos
prontos”, número 299 do Hinário Adventista. Note que ao cantar esse hino dizemos a Deus que estamos prontos a morrer, e que vamos ser leais. Mas, se não estamos dispostos a sujeitar-nos à Deus e abandonar o chocolate, o queijo, o leite, o filé, o refrigerante, o açúcar, o dormir tarde, o sedentarismo, a crítica, a mágoa, novelas, esportes competitivos, a preguiça de estudar a Palavra, etc., como podemos cantar que estamos prontos a morrer? Você acredita que se falhamos, por negligência ou rebeldia, em provas tão pequenas, estaremos preparados para provas maiores? Lembre-se, meu amigo, os três “adventistas” que ficaram em pé diante da estátua de Nabucodonosor, de fato dispostos a morrer, tinham anteriormente entregado a vontade a Deus para vencer o apetite, e tinham se submetido ao poder Deus e sido leais em provas bem menores. Muito cuidado ao espelhar-se na maioria!

Na prática, o irmão sugere algum método?
O melhor é seguir o conselho de Maria, mãe de Jesus, quando disse: Fazei tudo o que Ele vos disser. Como já disse, nossa parte é dizer “sim” e “amém” ao que Deus nos ordena. No entanto, para aqueles que podem estar vacilantes ou temerosos em abandonar o que é prejudicial e usar moderadamente o que é saudável sugiro que comecem por algo bem simples. Se você não tem restrições médicas, faça exercício físico regularmente e regule o horário das refeições de tal maneira que haja um intervalo de cinco horas entre uma e outra, e que a última seja bem leve, composta por frutas e torradas de pão integral, e que esta seja quatro horas antes de dormir. A falsa ciência diz que devemos comer de três em três horas, mas se você crer em Deus e não em homens, não coma nada entre as refeições, nem chá, chiclete, bala, biscoitinho, fruta, ou suco. Uma hora antes ou duas depois de cada refeição beba água pura, sem gás ou sabor, e não beba durante as refeições. Somente essas pequenas mudanças darão resultados surpreendes. Louve ao Senhor pelas bênçãos!

O irmão tem alguma sugestão de cunho espiritual, para fortalecer aqueles que querem se empenhar em servir a Deus de todo o coração, inclusive no aspecto da saúde?
Tenho sim. Vou sugerir um método baseado em algo que vi ser uma bênção para todos que o seguiram...

Irmão “Z”, precisamos encerrar por aqui hoje, vamos ouvir sobre esse método no próximo bloco de nossa entrevista.
Que Deus abençoe nossos leitores. Peço que cada um dedique-se a orar por clareza de pensamento a fim de conhecer a vontade de Deus, e por forças para escolher servi-Lo de todo o coração.

Mauro Carnassalle.
Luís Carlos Fonseca

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