RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 - 3º TRIMESTRE/2014 – ENSINOS DE JESUS/O NOSSO
AMOROSO PAI CELESTIAL
VERSO ÁUREO: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai,
a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e de fato, somos filhos de Deus. Por
essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo”.
João 3:1
INTRODUÇÃO (sábado 28 de junho) – Durante este novo
trimestre vamos estudar sobre alguns ensinamentos que Cristo ministrou para os
discípulos e para todos quantos O aceitam como Salvador. Para mim, os
ensinamentos mais difíceis que Jesus nos deixou são os seguintes:
a) “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam,
assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas.” Mateus
7:12. Apesar de esse ensino ser muito “bonitinho” e ser chamado de “a regra de
ouro” por muitos, não é fácil colocá-lo em prática. O que torna esse ensino
difícil é que temos de passar por cima de nossos interesses particulares quando
decidimos agir com as pessoas da mesma forma que gostamos que elas ajam conosco.
O agravante é que nós somos muito interesseiros, não pensamos frequentemente no
próximo quando tomamos nossas atitudes, seja de cunho público ou no particular,
o que faz com que esse ensino seja um desafio para muitos de nós.
b) “Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e
ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão.” Mateus 18:15. Somos muito mais
inclinados à fofoca, e a não solução de demandas entre nós, do que na solução
delas. Esse ensino de Cristo é um dos mais difíceis porque exige uma atitude de
humildade e amor mesmo quando não fomos os agentes diretos de um erro.
Costumamos colocar a responsabilidade em cima de quem errou, assumindo apenas o
papel de críticos da questão e da pessoa e não os agentes da solução do
problema.
c) “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua
justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33. O ensino
de Cristo é claro quando nos mostra que devemos dar prioridade a Deus e Seu
reino. A dificuldade desse ensino é justamente, na prática, tomarmos atitudes
que demonstrem verdadeiramente que Deus é uma prioridade para nós. Tiramos ou
transferimos a prioridade de Deus em nossa vida por muito pouco.
d) “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai
pelos que vos perseguem.” Mateus 5.44. Apesar de sabermos o que devemos fazer,
frequentemente somos tentados a tratar inimigos como inimigos. Alguns chegam
até mesmo a justificar suas ações apoiando-se em seu temperamento mais
explosivo. Jesus, porém, inclui o amor e a oração pelos inimigos em seu ensino.
Esse ensino de Cristo é difícil porque exige algo que não é usual quando a
questão são os nossos inimigos: não tratá-los como inimigos.
e) “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra,
onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam.” Mateus 6:1.
Esse ensino de Cristo é difícil porque exige que valorizemos mais o que não é
palpável. Por natureza gostamos de ver para crer, gostamos do ter, do possuir,
e, por isso, colocamos a nossa energia nisso, deixando de acumular tesouros
preciosos diante de Deus e acumulando tesouros efêmeros nesse mundo.
f) “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida,
quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que
haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que
as vestes?” Mateus 6:25. Vivemos no mundo do estresse e da ansiedade. Nunca
houve tantas doenças advindas deles. Em nosso mundo, ter fé e entregar tudo que
temos e todo o nosso ser aos cuidados de Deus é um exercício difícil. A prática
desse ensino se torna ainda mais difícil quando estamos diante de necessidades
que escapam de nossas mãos e da nossa força para saná-las.
DOMINGO (29 de junho) O NOSSO PAI CELESTIAL - A lição de
hoje desenvolve a ideia do Deus provedor. Assim como os pais terrestres
preocupam-se em providenciar as coisas para os seus filhos, o nosso Pai
celestial está envolvido em dar-nos aquilo que necessitamos para o nosso
cuidado físico, emocional e espiritual. Veja
o seguinte texto:
“Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa
vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso
corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o
corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem
segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes
vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus
cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que
andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não
trabalham nem fiam; e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória,
se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que
hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós,
homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que
beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios
procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas
estas coisas; mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e
todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia
de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu
mal.” Mateus 6:25-34.
No sentido emocional Deus nos dá a família, familiares e
amigos para desenvolvermos as graças sociais, e no sentido espiritual a oração
do Pai-Nosso ensina-nos a relação que devemos ter com Jesus. É a mesma relação
que Ele tinha com o Pai que era de íntima comunhão e respeito.
A Bíblia ensina claramente que os cristãos devem evitar preocupar-se. Em Filipenses 4:6
encontramos: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas
petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com
ação de graças.” Nesta passagem, aprendemos que devemos entregar a Deus todas
as nossas necessidades e preocupações, ao invés de deixar que fiquem remoendo
em nossas mentes. Jesus também ensina os crentes a não se preocuparem.
Já que preocupação não deve fazer parte
da vida do cristão, como então podemos superá-la? Lemos em I Pedro 5:7:
"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de
vós." Deus não quer que carreguemos sobre nossas costas o peso de nossos
problemas e aflições. Nessa passagem, Deus está nos dizendo que devemos dar a
Ele todas os nossos problemas e preocupações.
Por que Deus quer carregar nossos problemas? Por que Ele é o nosso
Pai e quer o nosso melhor! A Bíblia diz que Ele Se importa com você. Isso
mesmo! Deus Se preocupa com tudo que acontece na sua vida. Nada é muito grande
ou pequeno para ter Sua atenção. Quando damos a Ele nossos problemas, Ele
promete nos dar paz que transcende todo entendimento, como vemos: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará
os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.” Filipenses 4:7
Claro que para as pessoas que não conhecem o Salvador,
preocupação e ansiedade vão fazer parte de suas vidas. Mas para aqueles que
entregaram suas vidas a Ele, Jesus prometeu: "Vinde a mim, todos os que
estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e
aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso
para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". Mateus
11:28-30.
SEGUNDA-FEIRA (30 de junho) REVELADO PELO FILHO – Estes são os textos principais para o
estudo de hoje: “Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e
estes conheceram que tu me enviaste a mim. E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e
lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e
eu neles esteja.” João 17:25-26
“Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e
como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e
a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também
conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.
Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus:
Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a
mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” João 14:5-9.
Os filhos de Deus sempre tiveram vontade de ver o rosto de
Deus ou de O conhecer fisicamente. Os servos, nos tempos bíblicos, tinham a
curiosidade e vontade de conviver com os seus senhores; e, de vez em quando, os
senhores misturavam-se com os escravos. Quando o senhor era bondoso os servos
tinham a maior alegria de permanecer na sua presença e contemplar o seu rosto.
Hoje, nos governos monárquicos ou representativos, através do governo
democrático, os cidadãos também gostam de apresentar-se diante de reis, rainhas
e governos.
Moisés certa vez desejou ver o rosto de Deus, mas este
privilégio lhe foi negado: “Farei passar toda a Minha bondade por diante de
ti.” Êxo. 33:19. Foi-lhe negado por duas
razões principais: A) Deus é santo e o homem é pecador. O homem não
consegue suportar a glória da Divindade. B) Jesus veio para, de forma humana,
mostrar o Pai. E os discípulos viram Deus, com a diferença de que Deus foi
revelado em forma humana, não Divina.
Moisés falava com Deus, face a face, mas dentro de uma
nuvem. Falava com Ele, O ouvia mas não O via. Cada vez mais o profeta amava a
Deus. Ele passou a conhecer o poder de Deus e a Sua glória que é o Seu carácter.
Quando Moisés recebeu a lei de Deus, no Sinai, e viu a transfiguração de Jesus,
no monte Hermom, ele ficou iluminado com a glória do Deus Pai.
Os salvos tem a
promessa de que contemplarão a face do Senhor Deus durante toda a eternidade:
“E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus
e do Cordeiro, e os seus servos o servirão. E verão o seu rosto, e nas
suas testas estará o seu nome.” Apocalipse 22:3-4.
Que características e
atributos Divinos são vistos em Deus e que também estão presentes em Jesus? Amor,
misericórdia, bondade, humildade, resignação, mansidão; Criador, Redentor,
Salvador, Onisciência, Onipresença, Onipotência, Imanência, Transcendência,
etc… Deus é capaz de realizar ações impressionantes com o Seu poder; como fez
com o dilúvio, ao derramar as pragas, ao transmitir os 10 mandamentos ao Moisés
no Sinai, e em outros momentos. Mas, para além do seu poder no mundo físico,
Deus é perdoador e restaurador dos pecadores arrependidos.
TERÇA-FEIRA (1º de julho) O AMOR DO NOSSO PAI CELESTIAL – O
amor do nosso Pai celestial foi revelado desde o céu, quando Lúcifer rebelou-se
contra Deus. Deus concedeu várias oportunidades para Lúcifer se arrepender,
mas, como ele não aceitou; então foi lançado para a terra. Já na terra, Deus
deixou orientações claras para Adão e Eva não caírem em pecados. Ver Gên. 2: 15
e 16. Entretanto, após o pecado, Deus tomou a iniciativa de amor para reatar a
ligação de amor, amizade e compromisso que se havia perdido com Eva e Adão. Deus disse: “E ouviram a voz do Senhor
Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua
mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o
Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?” Gênesis 3:8-9.
Ainda no
jardim do Éden, Deus deixou a promessa da vinda de Jesus para salvar a
humanidade dos seus pecados: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a
tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o
calcanhar.” Gênesis 3:15. Só Deus mesmo para demonstrar imenso amor!
Deus é amor: o que isto significa? Como a Bíblia descreve amor? “O amor é
sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade,
não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses,
não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a
verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha..”
I Coríntios 13:4-8.Esta é a descrição de Deus para o amor. Isto é como Ele é, e
os cristãos devem fazer disto sua meta, mesmo que sempre em crescimento
espiritual.
A maior expressão do amor de
Deus está comunicada em João 3:16 e Romanos 5:8: “Porque Deus amou o mundo
de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna.”
“Mas Deus prova o seu
amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”
Nestes versos podemos
ver que o maior desejo de Deus é que nos unamos a Ele, em Seu lar eterno, no
céu. Ele tornou isto possível pagando o preço por nossos pecados. Ele nos ama
por Sua própria escolha, um ato de Sua própria vontade. Veja estes textos: “Está comovido em mim o meu coração, as minhas
compaixões a uma se acendem”. Oséias 11: 8.
O amor perdoa. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e
justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. I João
1:9.
O amor, “Deus” não Se impõe a ninguém. Os que vêm à Ele, o
fazem em resposta ao Seu amor. Deus demonstra bondade a todos. Jesus, que é o
amor encarnado, andou espalhando o bem a todos, sem favoritismos. Jesus não
desejou o que pertencia a outros, vivendo uma vida humilde e sem reclamações.
Jesus não se vangloriou de quem Ele era em carne, mas poderia ter demonstrado
força a qualquer um com quem teve contato. Deus não impõe a obediência. Deus
não exigiu a obediência de Seu Filho, mas ao invés disso, Jesus voluntariamente
obedeceu a Seu Pai nos céus. Veja este
texto: “mas, assim como o Pai me ordenou, assim mesmo faço, para que o mundo
saiba que eu amo o Pai.” João 14:31
Embora não entendemos muito bem como e porquê o pecado
originou-se no céu, de uma coisa sabemos: Deus é amor. Veja este texto: “Nada é mais claramente ensinado nas Escrituras do
que o fato de não haver sido Deus de maneira alguma responsável pela
manifestação do pecado; e de não ter havido qualquer retirada arbitrária da
graça divina, nem deficiência no governo divino, para que dessem motivo ao
irrompimento da rebelião. O pecado é um intruso, por cuja presença nenhuma
razão se pode dar. É misterioso, inexplicável; desculpá-lo corresponde a
defendê-lo. Se para ele se pudesse encontrar desculpa, ou mostrar-se causa para
a sua existência, deixaria de ser pecado”. O Grande Conflito, 492, 493.
QUARTA-FEIRA (2 de julho) O CUIDADO AMOROSO DO NOSSO PAI
CELESTIAL – Deus é amor na essência do Seu carácter, e Ele tem cuidado dos Seus
filhos em todas as épocas e gerações. Ele tem atendido as orações de seus
servos, sempre como a Sua inteligência e sabedoria determinam ser melhor a
alternativa. Deus tem o controle de todas as situações e sempre age para
beneficiar e abençoar os Seus filhos.
Deus cuida dos Seus filhos no âmbito físico e espiritual. No
âmbito físico vimos na lição de domingo. A ênfase do estudo de hoje está no aspecto
espiritual. Jesus ensinou-nos na oração
modelo: “Não nos deixes cair em tentação mas; livra-nos do mal”. Isso
equivale dizer que assim como o pai protege os seus filhos, Deus protege e
concede amor a todas as criaturas da terra, mas, em especial aos Seus filhos.
Esta oração é uma petição por socorro em alcançar a vitória sobre o pecado e um
pedido por proteção contra os ataques do diabo. Deus deixou-nos todas as armas à nossa disposição, basta utilizá-las.
Veja estes textos:
“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais
resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes,
tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;
e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo
da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai
também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando
nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos.” Efésios 6:13-18
“Os olhos de Jesus estão a cada momento sobre nós. As nuvens
que se interpõem entre a alma e o Sol da Justiça são, na providência de Deus,
permitidas para que nossa fé seja fortalecida para apoderar-se das grandes
esperanças, das seguras promessas que cintilam firmes por entre as trevas de
cada tempestade. A fé precisa desenvolver-se pelo conflito e o sofrimento.
Precisamos, individualmente, aprender a sofrer e a ser fortes, e a não afundar
na fraqueza. ...Grande bondade é, da parte de nosso Pai celeste, permitir
que sejamos colocados em circunstâncias que enfraquecem as atrações do mundo, e
nos levam a pôr nas coisas que são de cima as nossas afeições. Com frequência a
perda das bênçãos terrenas nos ensina mais que sua posse. Quando atravessamos
provas e aflições, isto não é prova de que Jesus não nos ame e abençoe. O compassivo
Cordeiro de Deus identifica os próprios interesses com os de Seus sofredores.
Ele os guarda a todo momento. Relaciona-se com cada desgosto; conhece cada
sugestão de Satanás, cada dúvida que tortura a mente. ... Pleiteia o caso de
toda alma tentada, do errante e do que carece de fé. Esforça-se por erguê-los
ao companheirismo com Ele. Sua obra é santificar Seu povo, depurar, enobrecer e
purificá-los, e encher seu coração de paz. Está assim preparando-os para a
glória, a honra e a vida eterna; para uma herança mais rica e duradoura que a
de qualquer príncipe terrestre.” The Review and Herald, 12 de Agosto de 1884.
QUINTA-FEIRA (3 de julho) O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO
– A trindade Divina sempre esteve unida no processo da criação e redenção do
homem caído. A Bíblia ensina a existência do Deus Pai, Deus Filho e Deus
Espírito Santo. A Divindade sempre esteve unida para salvar o pecador.
As três pessoas da Divindade aparecem com mais clareza no
Novo Testamento. Após Sua ressurreição,
Jesus disse aos Seus discípulos: "Fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a
guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos
os dias até à consumação do século." Mateus 28:19 e 20. Observe que o
substantivo “nome” aparece no singular. Em “nome” do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, mas menciona-se três pessoas. Esta similaridade com os textos
do Antigo Testamento onde o verbo aparece no singular e os nomes no plural,
indica que há um só Deus, para fazer diferença entre os deuses pagãos, mas três
pessoas “Co-Eternas”.
Quando o
nascimento de Cristo foi anunciado pelo anjo, este declarou: "Descerá
sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a Sua sombra;
por isso também o ente Santo que há-de nascer, será chamado Filho de
Deus". Lucas 1:35. Aqui aparecem as três pessoas da Divindade.
O apóstolo Paulo ao terminar a segunda carta
aos Coríntios declara: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de
Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós". II Cor. 13:13.
Quando pensamos neste texto como um desafio para termos comunhão com o Pai, com
o Filho e com o Espírito Santo, entendemos que somente podemos ter comunhão com
uma pessoa e não com um poder ou com uma força ativa.
Jesus disse assim sobre o Espírito santo: “E eu rogarei ao pai, e
ele vos dará outro consolador, para que fique convosco para sempre.” João
14:16. Neste verso, Jesus trata Seu Pai como igual e solicita O Espírito Santo
para Seus seguidores. No grego, a palavra traduzida aqui como "outro"
é “allos” e significa "outro do mesmo tipo", ao contrário de héteros,
que significa "outro de outro tipo". Jesus tinha a intenção de enviar
alguém para os discípulos, e para as gerações sucessivas de Seus seguidores,
que fosse semelhante a Ele mesmo, isto é; Divino e capaz de salvar. O Espírito Santo precisa ser Deus para agir nos indivíduos,
e em muitos, ao mesmo tempo; principalmente nesses tempos finais. Se não fosse mesmo Deus, como iria
substituir a Jesus?
Quais são algumas
funções do Espírito Santo? Convencer o pecador. Ver João 16:8. Dirigir a
mente para a Palavra de Deus. Ver João 14:26. Recordar textos bíblicos. Ver
Marcos 13:11. Interpretar as nossas orações. Rom. 8:26. Confirmar nossa
filiação celestial. Rom. 8:16. Conceder poder para a pregação. Atos 1:8.
Que funções
desenvolve Jesus hoje? Intercessor, advogado de defesa e juíz. A igreja
Adventista do 7º Dia defende duas doutrinas diferentes de quase todas as
religiões: a) O 4º mandamento, que requer a santificação do sábado e b) A
compreensão bíblica do estado do ser humano na morte, que é de inconsciência.
Mas há uma doutrina que é defendida exclusivamente pelos Adventistas do 7º Dia;
é a existência do santuário celestial, onde está a habitação de Deus. Seguem alguns textos que falam do lugar
celestial que Deus preparou para aqueles que O amam: “Mas agora desejam uma
melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de
se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.” Hebreus 11:16.
“Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos
o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” Filipenses 3:20.
Quando Jesus foi para o céu, após a Sua ressurreição, Ele
assumiu a função de Sacerdote e ficou no lugar santo do santuário. Só depois de
1844 é que Ele passou para o lugar santíssimo para dar início ao juízo de
investigação. Este juízo se dará antes da volta de Jesus, pois é mais do que
justo, Deus já ter decidido, com antecedência, o destino daqueles que serão
salvos, e daqueles que se perderão. A Palavra menciona: “Eis que cedo venho, e
o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” Apoc.
22:12. Quando Jesus retornar, tudo já estará definido. Os bodes estarão do lado
esquerdo e as ovelhas do lado direito. Alguém pode dizer que Deus pode realizar
o juízo num estalar de dedos, e não precisa de um julgamento de tantos anos,
como sugerido desde 1844 em diante. É verdade, Deus pode! Mas, se temos as
profecias bíblicas, tão bem explicadas, para alguma coisa serve, que é para
serem estudadas, compreendidas e obedecidas. Sem contar que Deus gosta de
deixar tudo explicadinho para que ninguém tenha de que O acusar.
Para além de realizar o juízo, o que mais Jesus
está fazendo hoje no santuário celestial? Ele está operando a nossa
salvação! Veja este texto: “Ora, a
suma do que temos dito é que temos um sumo-sacerdote tal, que está assentado
nos céus à destra do trono da majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro
tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.” Hebreus 8:1-2.
A Bíblia ensina-nos que que Cristo está a ministrar no
santuário celestial como Sumo-Sacerdote. A Sua intervenção está centrada na
nossa salvação pois Ele comparece por nós diante da face de Deus, como vemos:
“Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro,
porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus.”
Hebreus 9:24.
SEXTA-FEIRA (04 de julho) ESTUDO ADICIONAL DA LIÇÃO – No
último dia da criação, disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança”. Gênesis 1:26. Então, Ele terminou o Seu trabalho com um
“toque pessoal”. Deus formou o homem do pó e deu-lhe a vida, partilhando de Seu
próprio fôlego. Gênesis 2:7. Desta forma, o homem é único dentre toda a criação
de Deus. Em termos bem simples, ter a “imagem e semelhança” de Deus significa
que fomos feitos para nos parecermos com Deus no aspecto físico, emocional e
espiritual. Fomos formados para a imortalidade, mas devido a entrada do pecado
morremos e ficamos aguardando a ressurreição. Com a vida, morte e ressurreição
de Jesus, o ser humano fiou habilitado a ter a imagem e semelhança de Deus
restaurada, bastando aceitar Jesus como Salvador e Senhor da sua vida.
As boas novas são
que, quando Deus redime uma pessoa, Ele começa a restaurar a imagem original de
Deus, criando “o novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e
santidade”. Ver Efésios 4:24 e Colossenses 3:10). Jesus veio para salvar a
humanidade. Mas também veio para outras finalidades, entre elas, revelar a
natureza do Pai celeste. O inimigo tenta deturpar o grande amor de Deus para
conquistar as afeições das pessoas, e, infelizmente, muitos estão seguindo os passos do
inimigo.
Veja este texto:“Em Sua vida Jesus de Nazaré diferiu de todos os outros
homens. … É Ele o único modelo verdadeiro de bondade e perfeição. Desde o
princípio de Seu ministério os homens começaram a compreender mais claramente o
caráter de Deus. … A missão de Cristo na terra foi revelar aos homens que Deus
não é um déspota, mas um Pai celestial, pleno de amor e misericórdia para com
Seus filhos. Referia-Se Ele a Deus usando o carinhoso título de “Meu Pai”. Nos
lugares celestiais, Meditações de 1968, 14.
A lição desta semana fala do amor verdadeiro que Deus revela
aos Seus filhos. Esse amor é altruísta e não egoísta. Surpreendentemente,
através do Espírito Santo, Deus deu a capacidade de amar, como Ele ama, àqueles
que recebem Seu Filho Jesus como o Salvador pessoal de seus pecados. Ver João
1:12; I João 3:1, 23,24. Que desafio e privilégio!
Luís Carlos Fonseca
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