segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (1º trimestre de 2015) UMA QUESTÃO DE VIDA OU MORTE

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (1º trimestre de 2015) UMA QUESTÃO DE VIDA OU MORTE

VERSO ÁUREO: “Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida.” Provérbios 6:23

INTRODUÇÃO (sábado 10 de janeiro) – A lição desta semana vai tratar do assunto da obediência e da disciplina. Quando uma criança obedece, ela não necessita de receber a disciplina dos pais. Deus também usa a Sua vara disciplinar para nos corrigir quando trilhamos por caminhos errados. Existe muita sabedoria em guardar os mandamentos de Deus, pois “este é o dever de todo o homem” Eclesiastes 12:13. A função da disciplina de Deus é trazer o pecador para perto de Si e de Sua Palavra. Deus diz: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te”. Apocalipse 3:19

Disciplinar os filhos pode ser uma tarefa difícil de aprender, mas é de importância crucial! Alguns afirmam que a disciplina física, como a palmada ou vara, seja o único método que a Bíblia apoie. Outros insistem que "castigos" e outras punições que não envolvam a disciplina física são muito mais eficazes.

O que diz a Bíblia? A Bíblia ensina que a disciplina física é adequada, benéfica e necessária. Não me entenda mal; não estou de modo algum defendendo o abuso infantil. Uma criança nunca deve ser disciplinada fisicamente ao ponto de causar-lhe dano físico. De acordo com a Bíblia, entretanto, a disciplina física, de forma apropriada e controlada, é algo bom e contribui para o bem-estar e correta educação da criança. Veja alguns textos bíblicos: “Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno”. Provérbios 23:13,14. Ver também 13:24; 22:15 e 20:30. Há também outros versículos que apoiam a correção física. Ver Provérbios 13:24, 22:15, 20:30. A Bíblia enfatiza a importância da disciplina; é algo de que todos precisamos para que sejamos pessoas produtivas, e é muito mais fácil se aprendido quando somos mais jovens. Crianças que não recebem disciplina muitas vezes crescem rebeldes, não têm respeito às autoridades e como resultado não estão dispostas a prontamente obedecer e seguir a Deus. O próprio Deus usa a disciplina para nos corrigir e conduzir ao caminho certo e para encorajar o arrependimento por nossos atos errados. Ver Salmos 94:12; Provérbios 1:7, 6:23, 12:1, 13:1, 15:5; Isaías 38:16 e Hebreus 12:9.

A disciplina é usada para corrigir e treinar as pessoas a seguirem no caminho certo. "E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela". Hebreus 12:11. A disciplina de Deus é amorosa, assim como deve ser entre os pais e seus filhos. A disciplina física nunca deve ser usada para causar danos ou dores físicas permanentes. A punição física deve ser sempre seguida imediatamente por confortar a criança com a garantia de que ela é amada. Esses momentos são perfeitos para ensiná-la que Deus nos disciplina porque nos ama e que, como pais, fazemos o mesmo pelos nossos filhos.

A Bíblia mostra vários exemplos de sérias advertências que Deus fez ao Seu povo errante para que se arrependesse dos pecados, todavia, Deus sempre foi amoroso na aplicação da disciplina. Em Efésios 6:4, os pais são orientados a não provocarem os seus filhos à ira. Em vez disso, devem criá-los nos caminhos de Deus. Educar uma criança na "doutrina e admoestação do Senhor" inclui, para além de ensinar a Palavra de Deus, a disciplina física controlada, corretiva e amorosa.

DOMINGO (11 de janeiro) A LEI DA NOSSA VIDAQue lei deve governar a nossa vida? Veja os textos para hoje: “Filho meu, guarda o mandamento de teu pai, e não deixes a lei da tua mãe; ata-os perpetuamente ao teu coração, e pendura-os ao teu pescoço.” Provérbios 6:20-21

“Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos. Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração.” Provérbios 7:2-3.

A lei que deve governar a sua vida é a lei de Deus que é obedecida pelos pais tementes a Deus. Dizer que devemos atar a lei de Deus no coração equivale dizer que devemos manter uma íntima ligação com a lei de Deus, os dez mandamentos.

Como podemos manter a lei de Deus sempre diante de nós e dos filhos? Deus sempre desejou estar em companhia com os Seus filhos. Ele comunicava-Se face a face com Adão e Eva. Depois instituiu o sacrifício de animais para que Seus filhos sempre se lembrassem dele. Deus deixou orientações claras para que as famílias israelitas se reunissem e que os pais e sacerdotes instruíssem os seus filhos em casa. Veja estes textos: “A tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira, ao redor da tua mesa.” Salmo 128:3

“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.” Deuteronômio 6:6 e 7

“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” Provérbios 22:6.

Deus tinha deixado instruções claras para se fazer o culto familiar. O Shema Israel devia ser praticado em casa pelos judeus e estava escrito em um pergaminho, contendo os textos de  Deut. 6:4-9 e Deut. 11:13-21, que era colocado em uma caixa tubular de madeira, vidro ou metal, com 3 a 4 polegadas, 7,7 cm a 10,2 cm de comprimento, e devia ser afixado no lado direito do umbral da porta da casa ou escritório, de toda pessoa de fé judaica, a sete palmos de altura do chão e voltado para dentro da casa.

Como a lei de Deus é eterna, pois Deus também é eterno, nós continuamos com o dever de deixar a lei de Deus governar a nossa vida. É através dos cultos em família que como indivíduos, famílias e igreja somos convidados para a celebração das bênçãos de Deus e para solicitar a Sua protecção. Como pais, temos a responsabilidade de ministrar e corrigir nossos filhos no caminho do Senhor. Os pais crentes, com crianças e jovens, tem diante de si uma grande oportunidade para ensinar os filhos nos caminhos do Senhor. Veja estes textos: “E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.” Efésios 6:4

“E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” II Timóteo 3:15.

SEGUNDA-FEIRA (12 de janeiro) LUZ E VIDAPor que Deus compara a Sua lei com a luz? Veja estes textos: “Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida.” Provérbios 6:23

“Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos.” Provérbios 7:2

“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” Salmo 119:105

O cristão que é orientado pela luz da Bíblia e mandamentos de Deus, não tropeça em pedras, pois enxerga muito bem os obstáculos do caminho. Quando a iluminação divina lida com novos conhecimentos ou coisas futuras, nós a chamamos de "profecia". Quando a iluminação lida com a compreensão e aplicação do conhecimento já dado, nós a chamamos de "iluminação". Surge então a pergunta: Como é que Deus ilumina as mentes daqueles que estudam a Sua Palavra? O nível mais básico de iluminação é o conhecimento do pecado; sem esse conhecimento, todo o resto é inútil. 

O Salmo 18:28 diz: "Sim, tu acendes a minha candeia; o Senhor meu Deus alumia as minhas trevas." Salmo 119, o maior capítulo da Bíblia, é uma canção sobre a Palavra de Deus. O versículo 130 diz: "A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento aos simples." Este versículo estabelece o método básico da iluminação de Deus. Quando a Palavra de Deus entra no coração de uma pessoa, dá luz e entendimento. Por esta razão, somos repetidamente encorajados a estudá-la. Salmo 119:11 diz: "Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti." Os versículos 98 e 99 dizem: "O teu mandamento me faz mais sábio do que meus inimigos, pois está sempre comigo. Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação."

O estudo regular da Palavra de Deus dá direção e compreensão nas questões da vida. Este é o primeiro método da iluminação de Deus e o ponto de partida para todos nós. No Salmo 119 encontramos também um outro tipo de iluminação de Deus. O versículo 18 diz: "Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei." Estas "coisas maravilhosas" não são novas revelações, mas coisas que foram escritas muito tempo antes e só agora compreendidas por você. Da mesma forma, o versículo 73 diz: "As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me entendimento para que aprenda os teus mandamentos."  O apelo de Deus é por entendimento pessoal para aplicar a Sua lei no coração. Quinze vezes neste salmo, Deus é convidado a ensinar ou dar conhecimento de Sua lei.

O Espírito Santo, que nos ilumina a compreender a Palavra de Deus, apanha o conhecimento que vem da lei de Deus e nos ajuda a vivê-lo. Romanos 8:14 diz assim: "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus." A iluminação do Espírito Santo é uma confirmação de que somos realmente filhos de Deus. Você, seus filhos e familiares são iluminados diariamente pelo Espírito Santo através da comunhão com Jesus?

TERÇA-FEIRA (13 de janeiro) COMBATER A TENTAÇÃO – A lição de hoje apela-nos para aplicarmos a palavra de Deus na nossa vida a fim de ficarmos imunes às tentações que nos assediam. 

O texto para hoje menciona que se aplicarmos a lei de Deus no coração, através dos méritos de Cristo, estaremos guardados de pecar. Veja o texto: “Para te guardarem da mulher vil, e das lisonjas da estranha.” Provérbios 6:24-25. Salomão citou um exemplo que ele mesmo foi vítima; o pecado sexual. Salomão cedeu às tentações e caiu em apostasia especialmente neste ponto em que muitos homens e mulheres são vulneráveis. Salomão associou-se com mulheres pagãs e teve mil mulheres: Ver I Reis 11:1-3

É pecado ser tentado? O inimigo conhece os pontos fracos de cada pessoa e ele vai procurar minar esses pontos vulneráveis com tentações e provações para conduzir as pessoas ao pecado. Ser tentado não é pecado, pois todos estamos sujeitos à tentação. Ceder a tentação é pecado. Jesus foi tentado no monte da tentação, mas não cometeu pecados.

Como funciona a Tentação? Quando se trata de tentação, Satanás é previsível. Ele tem usado a mesma estratégia e os mesmos truques, desde a criação. Todas as tentações seguem o mesmo padrão. Paulo falou: “Porque não ignoramos os seus ardis.” II Cor. 2:11. Satanás, de acordo com a Bíblia, sempre tem usado quatro maneiras de tentar. Isso foi com Eva, Adão e Jesus e outros:

1) DESEJO. Nesta fase o inimigo identifica algum desejo dentro de você. Pode ser um anseio pecaminoso, uma vingança, desejo de ser amado e valorizado, acima do devido, desejo de sentir prazer indevido, desejo de superioridade. A tentação começa quando o inimigo sugere, com um pensamento, que você ceda a um princípio. Ele introduz um desejo maléfico para que os motivos legítimos sejam deturpados. Exemplo: Você merece isso! Você pode ter isso agora! Vai ser emocionante. Jesus mencionou: “Porque do interior do coração dos homens procedem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, o engano, a soberba, a inveja, a blasfémia e a loucura.” Marcos 7:21 e 22

2) DÚVIDA. Satanás tenta fazer-nos duvidar daquilo que Deus disse sobre o pecado. Será que é mesmo errado? Será que Deus realmente proibiu fazer isso? Deus não deseja minha felicidade? Será que isso não é para outra época e para outras pessoas? A serpente disse para Eva: “...É assim, que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do Jardim? Gênesis 3:1. Lemos também uma advertência em Hebreus 3:12 “Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e descrente, para se apartar do Deus vivo.”

3) ENGANO. Satanás é incapaz de falar a verdade. Ele é considerado o pai da mentira, conforme João 8:44. O máximo que o diabo pode falar é uma meia verdade. Ele oferece uma meia verdade para substituir o que Deus já havia dito. “Certamente não morrereis.” Gên. 3:4. “ No dia que comerdes se abrirão os vossos olhos e sereis como Deus.” Gén. 3: 5. As sugestões de hoje não são diferentes: Você vai se dar bem! Ninguém vai saber! Vou resolver os seus problemas! Além do mais todos fazem isso! É apenas um pecadinho!

4) DESOBEDIÊNCIA. Você acaba fazendo aquilo que permitiu acontecer na sua mente. Acaba por cometer o pecado. Aquilo que começou como uma ideia termina como uma conduta e prática errada. Você acaba por acreditar nas mentiras de Satanás e poderá cair na armadilha, preparada pelo inimigo, como escreveu Tiago no seu livro: “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois de haver a concupiscência concebido, dá a luz o pecado, e o pecado sendo consumado gera a morte.” Tiago 1.14 e 15

Como combater a tentação? 1) Aceite a sua fraqueza. Jeremias 17:9 diz assim: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Deus nos adverte para nunca ficarmos orgulhosos ou muito confiantes, pois esta é a receita da queda e da desgraça de muitos. 2) Leia a Bíblia diariamente. A primeira característica do cristão autêntico, é que ele recebe a Palavra de Deus com mansidão, mesmo que ela confronte diretamente com o seu estilo de vida, mesmo que doa. Ele sempre está pronto para recebê-la com mansidão e colocá-la em prática. A Palavra vem de várias maneiras e devemos receber e guardá-la no coração através da sua leitura diária. 3) Faça orações particulares. Outra maneira para combater a tentação é através da oração diária e particular. O cristão que não tem uma vida de oração já tem o coração cheio de brechas para o inimigo atuar e desorganizar a sua vida. 4) Frequente a igreja. Não existe cristianismo sem frequentar a igreja e participar de suas atividades. Veja estes textos: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.” Salmo 122:1

“Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma está desejosa, e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo. Até o pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, onde ponha seus filhos, até mesmo nos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu. Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente.” Salmo 84:1-4

“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” Hebreus 10:25.

Como o tema de hoje menciona sobre a tentação sexual. Segue este texto inspirado: “Não adulterarás” (Êxodo 20:14). Este mandamento proíbe não somente atos de impureza, mas pensamentos e desejos sensuais, ou qualquer prática com a tendência de os excitar. A pureza é exigida não somente na vida exterior, mas nos intuitos e emoções secretos do coração. Cristo, que ensinou os deveres impostos pela lei de Deus, em seu grande alcance, declarou ser o mau pensamento ou olhar tão verdadeiramente pecado como o é o ato ilícito”. Patriarcas e Profetas, 217

QUARTA-FEIRA (14 de janeiro) NÃO ROUBARÁS - Na lição de ontem estudamos sobre a tentação e pecado do adultério e hoje Salomão começa a falar de um outro pecado; o roubo. Veja o texto principal para hoje: “Não se injuria o ladrão, quando furta para saciar-se, tendo fome; e se for achado pagará o tanto sete vezes; terá de dar todos os bens da sua casa.” Provérbios 6:30-31.

Pobreza e necessidades não justificam o roubo. Aquele que furta torna-se culpado mesmo roubando para comer como vemos no texto acima. Veja este outro texto: O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios". Oséias 4:2

Pessoas que vão a uma delegacia dizer que seu carro foi roubado podem ser surpreendidas ao ouvir o oficial dizer: "não, seu carro não foi roubado, foi furtado". É que roubo é o ato de levar algo de alguém mediante ameaça, e furto é o ato de apoderar-se de algo às escondidas. Essa sutil diferença de significado entre as duas palavras na linguagem policial faz pouca diferença para a vítima. Ser roubado ou furtado gera a mesma sensação de insegurança nas pessoas. Mas quando lemos o oitavo mandamento "Não furtarás", precisamos nos perguntar: Qual o signficado deste mandamento? Será que ele proíbe apenas o furto, e não o roubo? Ao considerarmos o uso da palavra hebraica ganav, traduzida por furtar, percebemos que o oitavo mandamento não proíbe apenas o furto. Na verdade, a expressão envolve muito mais do que apenas o furto e o roubo de objetos pessoais. O alvo mais comum do furto são objetos materiais, como a prata e o ouro, ver Gên 44:8, e animais, como bois, ovelhas. Ver Êxodo 22:1. Também se fala de dinheiro e outros objectos. Ver Êxodo 22:7, 12.

Portanto, o oitavo mandamento proíbe não apenas o furto no sentido mais comum em nossa linguagem, mas também a mentira, a falsidade, o engano, a desonestidade e o sequestro. O que percebemos é que roubo, furto, sequestro e engano não são problemas da sociedade moderna, tampouco da violência urbana. Milhares de anos atrás já havia leis específicas para várias situações, inclusive no contexto agrário e rural. A violência que ameaça os direitos individuais de um cidadão urbano moderno não é diferente daquela que ameaçava uma família nômade ou pastoril milhares de anos atrás. Naquela época as pessoas precisavam ouvir e atentar para o mandamento: "Não furtarás". Hoje, nós também precisamos ouvir e atentar para este mandamento.

O cristão pode roubar nos dízimos e ofertas. Veja estes textos: “Alguns se têm sentido mal-satisfeitos, e dito: “Não devolverei mais o dízimo; pois não confio na maneira por que as coisas são administradas na sede da Obra.” Roubareis, porém, a Deus, por pensardes que a administração da Obra não é correta? Apresentai vossa queixa franca e abertamente, no devido espírito, e às pessoas competentes. Solicitai em vossas petições que se ajustem as coisas e ponham em ordem; mas não vos retireis da obra de Deus, nem vos demonstreis infiéis porque outros não estejam fazendo o que é correto”. Obreiros Evangélicos, 226.

“O primeiro dever é para com Deus. Algumas pessoas se sentem sob sagrado dever para com os filhos. A cada um devem dar seu quinhão, mas se acham incapazes de conseguir meios para auxiliar à causa de Deus. Dão a desculpa de que têm um dever para com os filhos. Pode isso ser certo, mas seu primeiro dever é para com Deus. [...] Não permitais que alguém introduza suas exigências, levando-vos a roubar a Deus. Não permitais que vossos filhos roubem vossas ofertas do altar de Deus, usando-as para seu próprio proveito”. Testimonies for the Church, vol 1,220.

O 8º mandamento é muito abrangente. Veja este outro texto inspirado: “Não furtarás” (Êxodo 20:15). Tanto pecados públicos como particulares são incluídos nesta proibição. O oitavo mandamento condena o furto de homens e tráfico de escravos, e proíbe a guerra de conquista. Condena o furto e o roubo. Exige estrita integridade nos mínimos detalhes dos negócios da vida. Veda o engano no comércio, e requer o pagamento de débitos e salários justos. Declara que toda a tentativa de obter-se vantagem pela ignorância, fraqueza ou infelicidade de outrem, é registrada como fraude nos livros do Céu”. Patriarcas e Profetas, 217

QUINTA-FEIRA (15 de janeiro) A AMEAÇA DE MORTE – A lição de hoje menciona que a prática do pecado é uma assinatura para a morte prematura e eterna. As pessoas que cometem pecados voluntariamente e não desejam abandoná-los, correm dois riscos; contrair doenças e morrer prematuramente e experimentar a morte eterna. O tema de hoje está relacionado com o 6º mandamento. Veja os textos sugeridos para hoje: “Até que a flecha lhe atravesse o fígado; ou como a ave que se apressa para o laço, e não sabe que está armado contra a sua vida. Agora pois, filhos, dai-me ouvidos, e estai atentos às palavras da minha boca.” Provérbios 7:23-24

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 6:23

Segue outro texto inspirado sobre a amplitude do 6º mandamento: “Não matarás” (Êxodo 20:13). Todos os atos de injustiça que tendem a abreviarem a vida; o espírito de ódio e vingança, ou a condescendência de qualquer paixão que leve a atos ofensivos a outrem, ou nos faça mesmo desejar-lhe mal (pois “qualquer que aborrece seu irmão é homicida”); uma negligência egoísta de cuidar dos necessitados e sofredores; toda a condescendência própria ou desnecessária privação, ou trabalho excessivo com a tendência de prejudicar a saúde, todas estas coisas são, em maior ou menor grau, violação do sexto mandamento. Patriarcas e Profetas, 217.

Deus apelou ao Seu povo à olhar para Ele e viver. “Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.” Isaías 45:22. Muitas pessoas vivem oprimidas devido os seus pecados, pois há uma íntima relação entre a mente e o corpo. Deus nos convida para levarmos à Ele os nossos fardos e pecados. O pecado separa o homem de Deus e acarreta doenças. Deus pede para confessarmos os nossos pecados à Ele para sermos curados. 

Qual é o resultado da confissão? É o alívio do peso dos pecados. Veja estes textos: “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” Prov. 28:13

“Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano. Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. (Selá.) Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. (Selá.) “Salmo 32:1-5.

Hábitos errados e pecados voluntários conduzem as pessoas à morte prematura, pois subtraem a saúde física e emocional provocando doenças. A saída inteligente é seguir as orientações e mandamentos de Deus para vivermos o máximo de tempo aqui e com boa qualidade de vida e ainda ganharmos, pela graça, a salvação eterna. Ver Deut. 15:5 e João 3:16

SEXTA-FEIRA (16 de janeiro) – ESTUDO ADICIONAL DA LIÇÃO – A lição desta semana mostrou-nos que servir Jesus é uma questão de vida ou morte. Ao ensinar que Seus seguidores deviam “dia a dia” tomar sua cruz, ver Lucas 9:23, Cristo fez da resistência ao diabo, ver Tiago 4:7, parte fundamental do Cristianismo. Biblicamente, “tomamos a cruz” quando resolvemos dar fim ao pecado em nossa vida. Sem essa determinação básica, não há conversão completa. O Senhor frisou bem essa questão: “E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo”. Lucas 14:27. Se a nossa intenção de confessar o nome de Cristo é genuína, devemos apartar-nos “da injustiça”. Ver II Timóteo 2:19.

É difícil de traduzir essa intenção da teoria à prática. Mas aqui, como em todas as demais áreas, somos auxiliados pelo exemplo do Senhor. “Para isso se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo”. I João 3:8. Em sua morte, Cristo destruiu “aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo”. Hebreus 2:14. Jesus, em Sua vida, sempre frustrou a obra do diabo repelindo toda sedução que Satanás punha diante dele. Jesus foi em tudo tentado “à nossa semelhança, mas sem pecado”. Hebreus 4:15. Sua vida, portanto, pode servir-nos como um manual sobre como resistir ao diabo em nossas batalhas diárias com a tentação. Nos evangelhos, não há incidente que melhor revele como Cristo lidou com o diabo do que a tentação no deserto. Ver Mateus 4:1-11; Marcos 1:12-13; Lucas 4:1-13. Eu lhe recomendaria ler estes textos e, ao lê-los, para que possam resistir à tentação, lembre-se do seguinte:

1. Não devemos desconhecer os expedientes do diabo. Douglas MacArthur disse certa vez: “Quanto mais soubermos acerca do inimigo, mais capacidade teremos de vencê-lo”. Da mesma forma, se quisermos resistir ao diabo, é essencial que saibamos como ele age. Ver II Coríntios 2:11. Os atos de Satanás traem suas táticas. Os métodos que usou com Eva, Adão e Jesus, ele usará conosco. Uma vez precavidos, ficamos prevenidos.

2. Devemos confiar plenamente em Deus. Conforme a análise de Tiago acerca do processo da tentação, ler Tiago 1:13-15, Satanás aproveitou os desejos de Jesus na tentativa de abalar a confiança dele em Deus. Ao propor que Jesus saciasse a fome transformando as pedras em pães, o diabo ofereceu uma solução para uma necessidade aparentemente esquecida pelo Pai. Ao oferecer entregar os reinos do mundo em troca da adoração de Cristo, o diabo ofereceu um atalho por meio do qual Jesus poderia ter a coroa sem enfrentar a tortura da crucificação exigida pelo Pai. Assim, Satanás tentou explorar os desejos legítimos de Cristo, buscando levá-lo a cometer a iniquidade, mas em todos os casos Cristo discerniu o engano. Embora as propostas do diabo soassem inofensivas e benéficas, ele citou as Escrituras para convencer a Cristo a pular do templo, elas na verdade não passavam de ataques insidiosos à bondade e à credibilidade de Deus. Ver Gênesis 3:1-5. Ter-se entregado às propostas de Satanás teria sido um ato de iniquidade e descrença por parte de Cristo. Na tentação devemos nos segurar firmemente à nossa fé e confiar em Deus, pois “esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. I João 5:4.

3. Devemos ser guiados pela Palavra de Deus. Jesus não resistiu ao diabo utilizando o Seu poder miraculoso ou invocando alguma revelação especial dada a Ele e a nenhum outro. Antes, Ele Se manteve firme, abraçando a Palavra de Deus: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti”. Salmo 119:11. Por meio da Palavra de Deus, podemos saber como Ele deseja que vivamos quando tentados. Isso nos encoraja bastante, pois nos mostra que a resistência está ao nosso alcance. Se permitirmos que a Palavra de Deus habite em nós, seremos fortalecidos em nosso homem interior com o poder necessário para vencer o inimigo. Ver I João 2:14. No deserto, Cristo demonstrou que, embora atacado por severas desvantagens, tanto físicas quanto emocionais, mesmo a maior das tentações pode ser vencida se estivermos completamente comprometidos com Deus e com a Sua causa. Que o exemplo de resistência de Cristo nos guie sempre.


Luís Carlos Fonseca

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