COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (1º trimestre de 2015) UMA QUESTÃO DE
VIDA OU MORTE
VERSO ÁUREO: “Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz;
e as repreensões da correção são o caminho da vida.” Provérbios 6:23
INTRODUÇÃO (sábado 10 de janeiro) – A lição desta semana vai
tratar do assunto da obediência e da disciplina. Quando uma criança obedece,
ela não necessita de receber a disciplina dos pais. Deus também usa a Sua vara
disciplinar para nos corrigir quando trilhamos por caminhos errados. Existe
muita sabedoria em guardar os mandamentos de Deus, pois “este é o dever de
todo o homem” Eclesiastes 12:13. A função da disciplina de Deus é trazer o
pecador para perto de Si e de Sua Palavra. Deus
diz: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e
arrepende-te”. Apocalipse 3:19
Disciplinar os filhos pode ser uma tarefa difícil de
aprender, mas é de importância crucial! Alguns afirmam que a disciplina física, como a palmada ou vara, seja o único método que a Bíblia apoie. Outros insistem que
"castigos" e outras punições que não envolvam a disciplina física são
muito mais eficazes.
O que diz a Bíblia?
A Bíblia ensina que a disciplina física é adequada, benéfica e necessária. Não
me entenda mal; não estou de modo algum defendendo o abuso infantil. Uma
criança nunca deve ser disciplinada fisicamente ao ponto de causar-lhe dano
físico. De acordo com a Bíblia, entretanto, a disciplina física, de forma
apropriada e controlada, é algo bom e contribui para o bem-estar e correta
educação da criança. Veja alguns textos
bíblicos: “Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a
vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma
do inferno”. Provérbios 23:13,14. Ver também 13:24; 22:15 e 20:30. Há também
outros versículos que apoiam a correção física. Ver Provérbios 13:24, 22:15,
20:30. A Bíblia enfatiza a importância da disciplina; é algo de que
todos precisamos para que sejamos pessoas produtivas, e é muito mais fácil se
aprendido quando somos mais jovens. Crianças que não recebem disciplina muitas
vezes crescem rebeldes, não têm respeito às autoridades e como resultado não
estão dispostas a prontamente obedecer e seguir a Deus. O próprio Deus usa a
disciplina para nos corrigir e conduzir ao caminho certo e para encorajar o
arrependimento por nossos atos errados. Ver Salmos 94:12; Provérbios 1:7, 6:23,
12:1, 13:1, 15:5; Isaías 38:16 e Hebreus 12:9.
A disciplina é usada para corrigir e treinar as pessoas a
seguirem no caminho certo. "E, na verdade, toda a correção, ao presente, não
parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de
justiça nos exercitados por ela". Hebreus 12:11. A disciplina de Deus é
amorosa, assim como deve ser entre os pais e seus filhos. A disciplina física nunca
deve ser usada para causar danos ou dores físicas permanentes. A punição física
deve ser sempre seguida imediatamente por confortar a criança com a garantia de
que ela é amada. Esses momentos são perfeitos para ensiná-la que Deus nos
disciplina porque nos ama e que, como pais, fazemos o mesmo pelos nossos
filhos.
A Bíblia mostra vários exemplos de sérias advertências que
Deus fez ao Seu povo errante para que se arrependesse dos pecados, todavia,
Deus sempre foi amoroso na aplicação da disciplina. Em Efésios 6:4, os pais são
orientados a não provocarem os seus filhos à ira. Em vez disso, devem criá-los
nos caminhos de Deus. Educar uma criança na "doutrina e admoestação do
Senhor" inclui, para além de ensinar a Palavra de Deus, a disciplina
física controlada, corretiva e amorosa.
DOMINGO (11 de janeiro) A LEI DA NOSSA VIDA – Que lei deve governar a nossa vida? Veja
os textos para hoje: “Filho meu, guarda o mandamento de teu pai, e não deixes a
lei da tua mãe; ata-os perpetuamente ao teu coração, e pendura-os ao teu pescoço.”
Provérbios 6:20-21
“Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a
menina dos teus olhos. Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu
coração.” Provérbios 7:2-3.
A lei que deve
governar a sua vida é a lei de Deus que é obedecida pelos pais tementes a Deus.
Dizer que devemos atar a lei de Deus no coração equivale dizer que devemos
manter uma íntima ligação com a lei de Deus, os dez mandamentos.
Como podemos manter a
lei de Deus sempre diante de nós e dos filhos? Deus sempre desejou estar em
companhia com os Seus filhos. Ele comunicava-Se face a face com Adão e Eva.
Depois instituiu o sacrifício de animais para que Seus filhos sempre se
lembrassem dele. Deus deixou orientações claras para que as famílias israelitas
se reunissem e que os pais e sacerdotes instruíssem os seus filhos em casa. Veja estes textos: “A tua mulher será
como a videira frutífera, no interior da tua casa; os teus filhos como plantas
de oliveira, ao redor da tua mesa.” Salmo 128:3
“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu
coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e
andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.” Deuteronômio 6:6 e 7
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando
envelhecer não se desviará dele.” Provérbios 22:6.
Deus tinha deixado instruções claras para se fazer o culto
familiar. O Shema Israel devia ser praticado em casa pelos judeus e estava
escrito em um pergaminho, contendo os textos de
Deut. 6:4-9 e Deut. 11:13-21, que era colocado em uma caixa tubular de
madeira, vidro ou metal, com 3 a 4 polegadas, 7,7 cm a 10,2 cm de comprimento,
e devia ser afixado no lado direito do umbral da porta da casa ou escritório,
de toda pessoa de fé judaica, a sete palmos de altura do chão e voltado para
dentro da casa.
Como a lei de Deus é eterna, pois Deus também é eterno, nós
continuamos com o dever de deixar a lei de Deus governar a nossa vida. É
através dos cultos em família que como indivíduos, famílias e igreja somos
convidados para a celebração das bênçãos de Deus e para solicitar a Sua protecção. Como pais, temos a responsabilidade de ministrar e corrigir nossos filhos no
caminho do Senhor. Os pais crentes, com crianças e jovens, tem diante de si uma
grande oportunidade para ensinar os filhos nos caminhos do Senhor. Veja estes textos: “E vós, pais, não
provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do
Senhor.” Efésios 6:4
“E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras,
que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” II
Timóteo 3:15.
SEGUNDA-FEIRA (12 de janeiro) LUZ E VIDA – Por que Deus compara a Sua lei com a luz?
Veja estes textos: “Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as
repreensões da correção são o caminho da vida.” Provérbios 6:23
“Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a
menina dos teus olhos.” Provérbios 7:2
“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu
caminho.” Salmo 119:105
O cristão que é orientado pela luz da Bíblia e mandamentos de
Deus, não tropeça em pedras, pois enxerga muito bem os obstáculos do caminho. Quando a iluminação divina lida com novos conhecimentos ou
coisas futuras, nós a chamamos de "profecia". Quando a iluminação
lida com a compreensão e aplicação do conhecimento já dado, nós a chamamos de
"iluminação". Surge então a pergunta: Como é que Deus ilumina
as mentes daqueles que estudam a Sua Palavra? O nível mais básico de
iluminação é o conhecimento do pecado; sem esse conhecimento, todo o resto é inútil.
O Salmo 18:28 diz: "Sim, tu acendes a minha candeia; o Senhor meu Deus
alumia as minhas trevas." Salmo 119, o maior capítulo da Bíblia, é uma
canção sobre a Palavra de Deus. O versículo 130 diz: "A exposição das tuas
palavras dá luz; dá entendimento aos simples." Este versículo estabelece o
método básico da iluminação de Deus. Quando a Palavra de Deus entra no coração
de uma pessoa, dá luz e entendimento. Por esta razão, somos repetidamente
encorajados a estudá-la. Salmo 119:11 diz: "Escondi a tua palavra no meu
coração, para não pecar contra ti." Os versículos 98 e 99 dizem: "O
teu mandamento me faz mais sábio do que meus inimigos, pois está sempre comigo.
Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus
testemunhos são a minha meditação."
O estudo regular da Palavra de Deus dá direção e compreensão
nas questões da vida. Este é o primeiro método da iluminação de Deus e o ponto
de partida para todos nós. No Salmo 119 encontramos também um outro tipo de
iluminação de Deus. O versículo 18 diz: "Desvenda os meus olhos, para que
eu veja as maravilhas da tua lei." Estas "coisas maravilhosas"
não são novas revelações, mas coisas que foram escritas muito tempo antes e só
agora compreendidas por você. Da mesma forma, o versículo 73 diz: "As tuas
mãos me fizeram e me formaram; dá-me entendimento para que aprenda os teus
mandamentos." O apelo de Deus é por entendimento pessoal para aplicar a Sua lei no coração. Quinze vezes neste salmo, Deus é convidado a ensinar ou dar conhecimento
de Sua lei.
O Espírito Santo, que nos ilumina a compreender a Palavra de
Deus, apanha o conhecimento que vem da lei de Deus e nos ajuda a vivê-lo.
Romanos 8:14 diz assim: "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de
Deus, esses são filhos de Deus." A iluminação do Espírito Santo é
uma confirmação de que somos realmente filhos de Deus. Você, seus filhos e familiares são iluminados diariamente pelo Espírito
Santo através da comunhão com Jesus?
TERÇA-FEIRA (13 de
janeiro) COMBATER A TENTAÇÃO – A lição de hoje apela-nos para aplicarmos a
palavra de Deus na nossa vida a fim de ficarmos imunes às tentações que nos
assediam.
O texto para hoje menciona que se aplicarmos a lei de Deus no
coração, através dos méritos de Cristo, estaremos guardados de pecar. Veja o texto: “Para te guardarem da
mulher vil, e das lisonjas da estranha.” Provérbios 6:24-25. Salomão citou um
exemplo que ele mesmo foi vítima; o pecado sexual. Salomão cedeu às tentações e caiu em apostasia especialmente neste ponto em que muitos homens e mulheres são
vulneráveis. Salomão associou-se com mulheres pagãs e teve mil mulheres: Ver I
Reis 11:1-3
É pecado ser tentado?
O inimigo conhece os pontos fracos de cada pessoa e ele vai procurar minar
esses pontos vulneráveis com tentações e provações para conduzir as pessoas ao
pecado. Ser tentado não é pecado, pois todos estamos sujeitos à tentação. Ceder
a tentação é pecado. Jesus foi tentado no monte da tentação, mas não cometeu pecados.
Como funciona a
Tentação? Quando se trata de tentação, Satanás é previsível. Ele tem usado
a mesma estratégia e os mesmos truques, desde a criação. Todas as tentações
seguem o mesmo padrão. Paulo falou: “Porque não ignoramos os seus ardis.” II
Cor. 2:11. Satanás, de acordo com a Bíblia, sempre tem usado quatro maneiras de tentar.
Isso foi com Eva, Adão e Jesus e outros:
1) DESEJO. Nesta fase o inimigo identifica algum desejo
dentro de você. Pode ser um anseio pecaminoso, uma vingança, desejo de ser
amado e valorizado, acima do devido, desejo de sentir prazer indevido, desejo
de superioridade. A tentação começa quando o inimigo sugere, com um pensamento,
que você ceda a um princípio. Ele introduz um desejo maléfico para que os
motivos legítimos sejam deturpados. Exemplo: Você merece isso! Você pode ter
isso agora! Vai ser emocionante. Jesus mencionou: “Porque do interior do
coração dos homens procedem os maus pensamentos, os adultérios, as
prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, o engano, a soberba, a
inveja, a blasfémia e a loucura.” Marcos 7:21 e 22
2) DÚVIDA. Satanás tenta fazer-nos duvidar daquilo que Deus
disse sobre o pecado. Será que é mesmo errado? Será que Deus realmente proibiu
fazer isso? Deus não deseja minha felicidade? Será que isso não é para outra
época e para outras pessoas? A serpente disse para Eva: “...É assim, que Deus
disse: Não comereis de toda a árvore do Jardim? Gênesis 3:1. Lemos também uma
advertência em Hebreus 3:12 “Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um
coração mau e descrente, para se apartar do Deus vivo.”
3) ENGANO. Satanás é incapaz de falar a verdade. Ele é
considerado o pai da mentira, conforme João 8:44. O máximo que o diabo pode
falar é uma meia verdade. Ele oferece uma meia verdade para substituir o que
Deus já havia dito. “Certamente não morrereis.” Gên. 3:4. “ No dia que comerdes
se abrirão os vossos olhos e sereis como Deus.” Gén. 3: 5. As sugestões de hoje
não são diferentes: Você vai se dar bem! Ninguém vai saber! Vou resolver os
seus problemas! Além do mais todos fazem isso! É apenas um pecadinho!
4) DESOBEDIÊNCIA. Você acaba fazendo aquilo que permitiu
acontecer na sua mente. Acaba por cometer o pecado. Aquilo que começou como uma
ideia termina como uma conduta e prática errada. Você acaba por acreditar nas
mentiras de Satanás e poderá cair na armadilha, preparada pelo inimigo, como
escreveu Tiago no seu livro: “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado
pela sua própria concupiscência. Depois de haver a concupiscência concebido, dá
a luz o pecado, e o pecado sendo consumado gera a morte.” Tiago 1.14 e 15
Como combater a
tentação? 1) Aceite a sua fraqueza.
Jeremias 17:9 diz assim: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e
perverso; quem o conhecerá?” Deus nos adverte para nunca ficarmos orgulhosos
ou muito confiantes, pois esta é a receita da queda e da desgraça de muitos. 2)
Leia a Bíblia diariamente. A
primeira característica do cristão autêntico, é que ele recebe a Palavra de
Deus com mansidão, mesmo que ela confronte diretamente com o seu estilo de
vida, mesmo que doa. Ele sempre está pronto para recebê-la com mansidão e
colocá-la em prática. A Palavra vem de várias maneiras e devemos receber e
guardá-la no coração através da sua leitura diária. 3) Faça orações particulares. Outra maneira para combater a tentação é
através da oração diária e particular. O cristão que não tem uma vida de oração
já tem o coração cheio de brechas para o inimigo atuar e desorganizar a sua
vida. 4) Frequente a igreja. Não
existe cristianismo sem frequentar a igreja e participar de suas atividades. Veja estes textos: “Alegrei-me quando
me disseram: Vamos à casa do Senhor.” Salmo 122:1
“Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos
Exércitos! A minha alma está desejosa, e desfalece pelos átrios do Senhor; o
meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo. Até o pardal encontrou casa,
e a andorinha ninho para si, onde ponha seus filhos, até mesmo nos teus
altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu. Bem-aventurados os que
habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente.” Salmo 84:1-4
“Não deixando a nossa congregação, como é costume de
alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se
vai aproximando aquele dia.” Hebreus 10:25.
Como o tema de hoje menciona sobre a tentação sexual. Segue este texto inspirado: “Não
adulterarás” (Êxodo 20:14). Este mandamento proíbe não somente atos de
impureza, mas pensamentos e desejos sensuais, ou qualquer prática com a
tendência de os excitar. A pureza é exigida não somente na vida exterior, mas
nos intuitos e emoções secretos do coração. Cristo, que ensinou os deveres
impostos pela lei de Deus, em seu grande alcance, declarou ser o mau pensamento
ou olhar tão verdadeiramente pecado como o é o ato ilícito”. Patriarcas e Profetas,
217
QUARTA-FEIRA (14 de janeiro) NÃO ROUBARÁS - Na lição de
ontem estudamos sobre a tentação e pecado do adultério e hoje Salomão começa a
falar de um outro pecado; o roubo. Veja
o texto principal para hoje: “Não se injuria o ladrão, quando furta para
saciar-se, tendo fome; e se for achado pagará o tanto sete vezes; terá de dar
todos os bens da sua casa.” Provérbios 6:30-31.
Pobreza e necessidades não
justificam o roubo. Aquele que furta torna-se culpado mesmo roubando para comer
como vemos no texto acima. Veja este outro texto: O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e
adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios". Oséias 4:2
Pessoas que vão a uma delegacia dizer que seu carro foi
roubado podem ser surpreendidas ao ouvir o oficial dizer: "não, seu carro
não foi roubado, foi furtado". É que roubo é o ato de levar algo de alguém
mediante ameaça, e furto é o ato de apoderar-se de algo às escondidas. Essa
sutil diferença de significado entre as duas palavras na linguagem policial faz
pouca diferença para a vítima. Ser roubado ou furtado gera a mesma sensação de
insegurança nas pessoas. Mas quando lemos o oitavo mandamento "Não
furtarás", precisamos nos perguntar: Qual o signficado deste mandamento?
Será que ele proíbe apenas o furto, e não o roubo? Ao considerarmos o uso da
palavra hebraica ganav, traduzida por furtar, percebemos que o oitavo
mandamento não proíbe apenas o furto. Na verdade, a expressão envolve muito
mais do que apenas o furto e o roubo de objetos pessoais. O alvo mais comum do
furto são objetos materiais, como a prata e o ouro, ver Gên 44:8, e animais,
como bois, ovelhas. Ver Êxodo 22:1. Também se fala de dinheiro e outros
objectos. Ver Êxodo 22:7, 12.
Portanto, o oitavo mandamento proíbe não apenas o furto no
sentido mais comum em nossa linguagem, mas também a mentira, a falsidade, o
engano, a desonestidade e o sequestro. O que percebemos é que roubo, furto,
sequestro e engano não são problemas da sociedade moderna, tampouco da
violência urbana. Milhares de anos atrás já havia leis específicas para várias
situações, inclusive no contexto agrário e rural. A violência que ameaça os
direitos individuais de um cidadão urbano moderno não é diferente daquela que
ameaçava uma família nômade ou pastoril milhares de anos atrás. Naquela época
as pessoas precisavam ouvir e atentar para o mandamento: "Não
furtarás". Hoje, nós também precisamos ouvir e atentar para este
mandamento.
O cristão pode roubar nos dízimos e ofertas. Veja estes textos: “Alguns se têm
sentido mal-satisfeitos, e dito: “Não devolverei mais o dízimo; pois não confio
na maneira por que as coisas são administradas na sede da Obra.” Roubareis,
porém, a Deus, por pensardes que a administração da Obra não é correta?
Apresentai vossa queixa franca e abertamente, no devido espírito, e às pessoas
competentes. Solicitai em vossas petições que se ajustem as coisas e ponham em
ordem; mas não vos retireis da obra de Deus, nem vos demonstreis infiéis porque
outros não estejam fazendo o que é correto”. Obreiros Evangélicos, 226.
“O primeiro dever é para com Deus. Algumas pessoas se sentem
sob sagrado dever para com os filhos. A cada um devem dar seu quinhão, mas se
acham incapazes de conseguir meios para auxiliar à causa de Deus. Dão a
desculpa de que têm um dever para com os filhos. Pode isso ser certo, mas seu
primeiro dever é para com Deus. [...] Não permitais que alguém introduza suas
exigências, levando-vos a roubar a Deus. Não permitais que vossos filhos roubem
vossas ofertas do altar de Deus, usando-as para seu próprio proveito”.
Testimonies for the Church, vol 1,220.
O 8º mandamento é muito abrangente. Veja este outro texto inspirado: “Não furtarás” (Êxodo 20:15). Tanto pecados públicos como
particulares são incluídos nesta proibição. O oitavo mandamento condena o furto
de homens e tráfico de escravos, e proíbe a guerra de conquista. Condena o
furto e o roubo. Exige estrita integridade nos mínimos detalhes dos negócios da
vida. Veda o engano no comércio, e requer o pagamento de débitos e salários
justos. Declara que toda a tentativa de obter-se vantagem pela ignorância,
fraqueza ou infelicidade de outrem, é registrada como fraude nos livros do
Céu”. Patriarcas e Profetas, 217
QUINTA-FEIRA (15 de janeiro) A AMEAÇA DE MORTE – A lição de
hoje menciona que a prática do pecado é uma assinatura para a morte prematura e
eterna. As pessoas que cometem pecados voluntariamente e não desejam
abandoná-los, correm dois riscos; contrair doenças e morrer prematuramente e
experimentar a morte eterna. O tema de hoje está relacionado com o 6º
mandamento. Veja os textos sugeridos
para hoje: “Até que a flecha lhe atravesse o fígado; ou como a ave que se
apressa para o laço, e não sabe que está armado contra a sua vida. Agora pois,
filhos, dai-me ouvidos, e estai atentos às palavras da minha boca.” Provérbios
7:23-24
“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de
Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 6:23
Segue outro texto inspirado sobre a amplitude do 6º mandamento: “Não matarás” (Êxodo 20:13). Todos os atos de injustiça que tendem
a abreviarem a vida; o espírito de ódio e vingança, ou a condescendência de
qualquer paixão que leve a atos ofensivos a outrem, ou nos faça mesmo
desejar-lhe mal (pois “qualquer que aborrece seu irmão é homicida”); uma
negligência egoísta de cuidar dos necessitados e sofredores; toda a
condescendência própria ou desnecessária privação, ou trabalho excessivo com a
tendência de prejudicar a saúde, todas estas coisas são, em maior ou menor
grau, violação do sexto mandamento. Patriarcas e Profetas, 217.
Deus apelou ao Seu povo à olhar para Ele e viver. “Olhai
para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e
não há outro.” Isaías 45:22. Muitas pessoas vivem oprimidas devido os seus
pecados, pois há uma íntima relação entre a mente e o corpo. Deus nos convida
para levarmos à Ele os nossos fardos e pecados. O pecado separa o homem de Deus
e acarreta doenças. Deus pede para confessarmos os nossos pecados à Ele para
sermos curados.
Qual é o resultado da
confissão? É o alívio do peso dos pecados. Veja estes textos: “O que encobre as suas transgressões jamais
prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” Prov. 28:13
“Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo
pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e
em cujo espírito não há engano. Quando eu guardei silêncio, envelheceram os
meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão
pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. (Selá.)
Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei
ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado.
(Selá.) “Salmo 32:1-5.
Hábitos errados e pecados voluntários conduzem as pessoas à morte prematura, pois subtraem a saúde física e emocional provocando doenças. A saída inteligente é seguir as orientações e mandamentos de Deus para vivermos o máximo de tempo aqui e com boa qualidade de vida e ainda ganharmos, pela graça, a salvação eterna. Ver Deut. 15:5 e João 3:16
SEXTA-FEIRA (16 de janeiro) – ESTUDO ADICIONAL DA LIÇÃO – A
lição desta semana mostrou-nos que servir Jesus é uma questão de vida ou morte.
Ao ensinar que Seus seguidores deviam “dia a dia” tomar sua cruz, ver Lucas
9:23, Cristo fez da resistência ao diabo, ver Tiago 4:7, parte fundamental do Cristianismo.
Biblicamente, “tomamos a cruz” quando resolvemos dar fim ao pecado em nossa
vida. Sem essa determinação básica, não há conversão completa. O Senhor frisou
bem essa questão: “E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode
ser meu discípulo”. Lucas 14:27. Se a nossa intenção de confessar o nome de
Cristo é genuína, devemos apartar-nos “da injustiça”. Ver II Timóteo 2:19.
É difícil de traduzir essa intenção da teoria à prática. Mas
aqui, como em todas as demais áreas, somos auxiliados pelo exemplo do Senhor. “Para
isso se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo”. I João
3:8. Em sua morte, Cristo destruiu “aquele que tem o poder da morte, a saber, o
diabo”. Hebreus 2:14. Jesus, em Sua vida, sempre frustrou a obra do diabo
repelindo toda sedução que Satanás punha diante dele. Jesus foi em tudo tentado
“à nossa semelhança, mas sem pecado”. Hebreus 4:15. Sua vida, portanto, pode
servir-nos como um manual sobre como resistir ao diabo em nossas batalhas
diárias com a tentação. Nos evangelhos, não há incidente que melhor revele como
Cristo lidou com o diabo do que a tentação no deserto. Ver Mateus 4:1-11;
Marcos 1:12-13; Lucas 4:1-13. Eu lhe recomendaria ler estes textos e, ao
lê-los, para que possam resistir à tentação, lembre-se do seguinte:
1. Não devemos
desconhecer os expedientes do diabo. Douglas
MacArthur disse certa vez: “Quanto mais soubermos acerca do inimigo, mais
capacidade teremos de vencê-lo”. Da mesma forma, se quisermos resistir ao
diabo, é essencial que saibamos como ele age. Ver II Coríntios 2:11. Os atos de
Satanás traem suas táticas. Os métodos que usou com Eva, Adão e Jesus, ele usará conosco.
Uma vez precavidos, ficamos prevenidos.
2. Devemos confiar
plenamente em Deus. Conforme a análise de Tiago acerca do processo da
tentação, ler Tiago 1:13-15, Satanás aproveitou os desejos de Jesus na
tentativa de abalar a confiança dele em Deus. Ao propor que Jesus saciasse a
fome transformando as pedras em pães, o diabo ofereceu uma solução para uma
necessidade aparentemente esquecida pelo Pai. Ao oferecer entregar os reinos do
mundo em troca da adoração de Cristo, o diabo ofereceu um atalho por meio do
qual Jesus poderia ter a coroa sem enfrentar a tortura da crucificação exigida
pelo Pai. Assim, Satanás tentou explorar os desejos legítimos de Cristo, buscando
levá-lo a cometer a iniquidade, mas em todos os casos Cristo discerniu o
engano. Embora as propostas do diabo soassem inofensivas e benéficas, ele citou
as Escrituras para convencer a Cristo a pular do templo, elas na verdade não
passavam de ataques insidiosos à bondade e à credibilidade de Deus. Ver Gênesis
3:1-5. Ter-se entregado às propostas de Satanás teria sido um ato de iniquidade
e descrença por parte de Cristo. Na tentação devemos nos segurar firmemente à
nossa fé e confiar em Deus, pois “esta é a vitória que vence o mundo: a nossa
fé”. I João 5:4.
3. Devemos ser
guiados pela Palavra de Deus. Jesus não resistiu ao diabo utilizando o Seu
poder miraculoso ou invocando alguma revelação especial dada a Ele e a nenhum
outro. Antes, Ele Se manteve firme, abraçando a Palavra de Deus: “Guardo no
coração as tuas palavras, para não pecar contra ti”. Salmo 119:11. Por meio da Palavra de Deus, podemos saber como Ele deseja que vivamos quando tentados.
Isso nos encoraja bastante, pois nos mostra que a resistência está ao nosso
alcance. Se permitirmos que a Palavra de Deus habite em nós, seremos
fortalecidos em nosso homem interior com o poder necessário para vencer o
inimigo. Ver I João 2:14. No deserto, Cristo demonstrou que, embora atacado por
severas desvantagens, tanto físicas quanto emocionais, mesmo a maior das
tentações pode ser vencida se estivermos completamente comprometidos com Deus e
com a Sua causa. Que o exemplo de resistência de Cristo nos guie sempre.
Luís Carlos Fonseca
Sem comentários:
Enviar um comentário