Perfeitos em Cristo
Em geral, as pessoas gostam de fazer as coisas na perfeição
e também gostam de ver as coisas perfeitas na vida das outras pessoas. Por um
lado isso é excelente, mas, fazer as coisas bem-feitas o tempo todo e em
qualquer área da nossa vida, é uma tarefa impossível que ultrapassa a
capacidade humana de resposta a todas as situações que necessitam da nossa
atenção.
Muitas pessoas, que se orientam pela ideia do perfeccionismo,
são motivadas a serem perfeitas praticamente em tudo o que fazem, e lhes são
associados pensamentos de negatividade, depreciação e desvalorização pessoal,
quando não atingem o ideal planejado. E, esta situação, na maioria das vezes,
pode tornar-se patológica ao ponto da pessoa deixar de fazer muitas coisas que
fazia e que lhe dão sentido à vida, como por exemplo; caminhar junto da
natureza.
O perfeccionismo consiste na perseguição patológica de
padrões elevados inatingíveis, e pode aparecer associado com depressão,
ansiedade, stresse e perturbações alimentares. O perfeccionista tem o
sentimento de que se cometer um erro, ele coloca tudo a perder na sua vida e na
dos outros. A grande premissa do perfeccionista é ser perfeito para que as pessoas
gostem dele.
Um pensamento mais equilibrado deveria ser: Em termos
profissionais, acadêmicos, desportivos e relacionais as pessoas não necessitam
de fazer tudo na perfeição, pois nem tudo na vida tem o mesmo grau de
importância. Agora, quando se fala de fé em Jesus Cristo e de religião Cristã, é
exigido perfeição dos filhos de Deus. Mas é importante descobrir o que a Bíblia diz sobre o "ser perfeito".
Nos dias de hoje falar contra o perfeccionismo adotado por
alguns crentes é correr o risco de ser mal compreendido e até acusado de não
crer na santificação, nem em um estilo de vida saudável, nem de dar importância
à saúde, na maneira de vestir, de portar-se na igreja e de adotar um modelo de
cristianismo frouxo e sem compromisso com a Palavra de Deus. Por isso, é
importantíssimo conhecer o que Deus quer dizer quando pede perfeição e
santidade dos Seus filhos.
I – A Perfeição
Cristã em Amor. É importante entender o texto de Mateus 5:48, dentro do seu
contexto: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”. O
sentido de perfeito em Mateus 5:48 é que Deus exige de nós perfeição no amor ao
nosso semelhante, em nossa esfera de ação como Deus o é na Sua. Deus deseja de
nós o serviço mais perfeito que nos é possível oferecer-lhe. A palavra original
que aparece é “teleios”, que significa; maduro, completo e que atingiu o alvo.
Em I Cor. 14:20 Paulo emprega teleioi denotando física e intelectualmente
homens perfeitos. A irmã Ellen White, em seu livro Parábolas de Jesus na
página 67, menciona: "O objetivo da vida cristã é a frutificação, a
reprodução do caráter de Cristo no crente". E na página 69 escreve: "Cristo
aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o
caráter de Cristo Se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para
reclamá-los como Seus."
Todo o contexto das passagens mencionadas, incluindo Mateus
5:48, está falando do serviço ao próximo, do interesse em sua salvação, de
esquecer-nos de nós mesmos e ajudar os outros. Então, dentro desse contexto, o
cristão perfeito é aquele que ama o próximo e preocupa-se com as pessoas
atendendo as suas necessidades; físicas, emocionais e espirituais, da mesma maneira que Jesus
que não viveu para Si, mas em função dos outros.
Neste caso, é exigido dos crentes uma vida de serviço que
seja exemplar. Os filhos de Deus que não estejam dispostos a sair da sua zona
de conforto pessoal e realizar o trabalho que Cristo realizou aqui na terra,
não podem, jamais, ser considerados perfeitos como Jesus, pois Cristo era visto
entre as pessoas sentindo as suas necessidades e atendendo-as com amor e
desprendimento. Jesus tinha pressa em proclamar o Reino de Deus. Ele vivia
…“ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas
as enfermidades e moléstias entre o povo.” Mateus 4:23.
Deus convida-nos à socorremos as pessoas que necessitam
da nossa ajuda através dos dons do Espírito Santo que cada crente recebeu e
pode usar através dos cargos da igreja ou sem eles. Nem Deus e nem a Sua igreja
necessitam de crentes que se colocam em ponto de evidência para dizer aos
outros crentes aquilo que necessitam de fazer, Deus necessita de verdadeiros
discípulos que estejam dispostos em servir as pessoas que necessitam do pão da
terra e do Céu. Deus pede pessoas “perfeitas em amor ao próximo”. Deus
necessita de "perfeitos" discípulos em amor.
Outros textos da Bíblia são mencionados para mostrar a
perfeição que Deus requer dos Seus filhos em vários níveis da vida; na ética,
na moral e no nível espiritual que decorrem dos nossos relacionamentos com as
pessoas e com Deus. Em Hebreus. 5:14 menciona que o “mantimento sólido é para
os perfeitos, os quais já pelo costume têm os sentidos exercitados para
discernir o bem e o mal. Em I Cor. 2: 6 e Fil. 3:15 traz o mesmo sentido e em
Tiago 1:4 “perfeito” significa o mesmo que “completo” na maneira de viver. A
ideia da perfeição bíblica é que o crente, que verdadeiramente é nascido de
novo, já não vive na prática de pecados da velha vida, relaciona-se respeitosamente com as pessoas e cumpre os seus compromisso com a sociedade de forma exemplar.
II – A Perfeição Bíblica
Requer Humildade. Os filhos de Deus, que estão lutando contra as tentações
diárias e vencendo as suas tendências pecaminosas, não fazem qualquer proclamação
de santidade, mas a buscam diariamente. “Eles são famintos e sedentos de
justiça. O pecado parece-lhes excessivamente pecaminoso.” Santificação, 10. Ellen
White ainda relata: “Enquanto reinar Satanás, teremos de subjugar o próprio eu e
vencer os pecados que nos assaltam; enquanto durar a vida não haverá ocasião de
repouso, nenhum ponto a que possamos atingir e dizer: ‘Alcancei tudo
completamente.’ A santificação é o resultado de uma obediência que dura a vida
toda” Atos dos Apóstolos, 560, 561.
A irmã Ellen White pregou um sermão em Santa Rosa, Califórnia,
no dia 7 de março de 1885 e disse algo interessante. Cito parte do sermão: “Diz João, ao falar do enganador que faz
grandes prodígios: Ele fará uma imagem à besta e induzirá todos a receberem o
seu sinal. Considerareis este assunto? Examinai as Escrituras e vede. Aparecerá
um poder que opera prodígios; e isto se dará quando os homens estiverem
alegando santificação e santidade, exaltando-se cada vez mais e gabando-se a si
mesmos. Olhai para Moisés e os profetas; olhai para Daniel, José e Elias. Olhai
para estes homens, e apresentai-me uma frase em que eles afirmam ser sem
pecado. A alma que está em íntima ligação com Cristo, contemplando sua pureza e
excelência, prostrar-se-á diante dEle com humildade. Daniel era um homem ao
qual Deus concedera grande habilidade e erudição, e quando ele jejuou, o anjo
foi ter com ele e disse: “És mui amado.” E ele prostrou-se aos pés do anjo.
Daniel não disse: “Senhor, tenho sido muito fiel a Ti e realizei tudo que era
possível para honrar-Te e defender Tua palavra e Teu nome....Por que tantos se dizem santos e sem pecado? É porque estão
muito longe de Cristo. Eu nunca ousei afirmar semelhante coisa. Desde o tempo
em que tinha 14 anos de idade, se eu sabia qual era a vontade de Deus, estava
disposta a fazê-la. Nunca me ouvistes dizer que sou sem pecado. Os que têm um
vislumbre da beleza e do elevado caráter de Jesus Cristo, o qual é santo e
sublime, e cujo séquito enche o templo, jamais dirão isso. Contudo,
encontrar-nos-emos com aqueles que dirão tais coisas cada vez mais.” Manuscrito
5, 1885. Mensagens Escolhidas, vol 3, 353
III – A Perfeição
Bíblica Envolve Santidade. “Santificação não é obra de um momento, uma hora,
ou um dia. É um contínuo crescimento na graça.” Conselho para a Igreja, 50.
Deus nos ensina que a vida cristã deve ser plena de vitória
em Cristo, envolvendo um constante afastamento do pecado e uma contínua
aproximação de Jesus. Cada dia aparecem situações inusitadas que podem tramar a
vida do crente, e devemos estar vigilantes para não sermos presas fáceis do
inimigo. O apóstolo Paulo menciona que o processo de santificação vai durar até a volta de
Cristo: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a
aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” Filipenses 1:6
Jesus definiu perfeição bíblica como o ato de estar ligado a
Ele através da comunhão. Ele disse: “Estai em mim, e eu em vós; como a vara de
si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se
não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu
nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” João 15:4,5. Através deste princípio concluímos que o crente, que vive em plena comunhão com
Cristo é perfeito, e quando deixa a comunhão torna-se imperfeito. O crente
cortado da Videira comete pecados e depois necessita de arrepender-se e
confessar para tornar-se novamente perfeito.
A comunhão diária e constante com Cristo é imprescindível na
vida do crente para que ele obtenha a vitória sobre os pecados conhecidos. O
crente convertido deve lançar mãos dos recursos do céu, não só confessando os
pecados passados mas também, não mais retornar à sua prática. E assim recebemos
a justiça comunicada de Cristo, que habilita-nos a vencer as tentações, bem
como a obedecer os reclamos divinos.
A perfeição bíblica exige do crente que ele despoje das
coisas do passado: “Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a
terra: a fornicação, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e
a avareza, que é idolatria…despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da
malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. Não mintais uns
aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos, e vos
vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que
o criou.” Colossenses 3:5, 8-10.
O crente perfeito reveste-se dos atributos celestiais:
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de
misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade;
suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver
queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E,
sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.”
Colossenses 3:12-14
IV – A Perfeição em Cristo Comunica
a Certeza da Salvação. No Novo Testamento, a salvação é sinônimo do perdão
dos pecados e todo cristão deveria ter certeza do perdão e consequentemente da
salvação, os quais são oferecidos por Deus. Alguns crentes tem receio de falar
em certeza da salvação porque julgam que isso, de alguma forma, representa um
perigo para a humildade e um estímulo ao pecado.
Gosto muito de saber que o Espírito Santo torna possível a
crença da certeza da Salvação. Encontramos nos seguintes textos esta evidência:
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em
temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba,
Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e
co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com
ele sejamos glorificados.” Romanos 8:15-17 e “Quem tem o Filho tem
a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi a
vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida
eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus.” I João 5:12,13.
Há muitos crentes que não têm plena certeza da salvação. Em
outras palavras; essas pessoas não têm certeza de que seus pecados foram
perdoados, e certamente não podem dizer, com convicção, que estão salvas em
Cristo. Quando fazemos a pergunta: Você tem certeza da sua salvação? Alguns
respondem: "Acho que sim", "espero que sim". Essas pessoas mostram que não conhecem
a Bíblia e não aceitam o perdão de Deus. Então o problema não está com Deus,
que salva, redime e comunica a certeza da salvação, mas sim com a falta de fé
do crente ou do seu desejo em continuar na prática de pecados convenientes.
Por outro lado existem crentes arrogantes que estão
enganados em relação a este assunto. O Novo Testamento traz exemplos de pessoas
que pensavam que estavam salvas, mas, na verdade, estavam enganando a si
mesmas. A parábola do fariseu e do publicano mostra isso. Ver Lucas 18: 9-14. No
caso, o fariseu confiava em si mesmo e não hesitou em aproximar-se de Deus, com
plena certeza, mas faltou-lhe o coração quebrantado do publicano arrependido.
Por que podemos ter a certeza da salvação? Primeiro é porque as promessas da Palavra de Deus declaram a nossa salvação. Em João 3.36 lemos:
“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna”. Jesus não disse: quem crê em
mim talvez tenha a vida eterna. Depois a perfeição da obra de Cristo assegura a
nossa salvação. Quando Cristo morreu na cruz, pagou a penalidade de todo o
nosso pecado. “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus
mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos
salvos pela sua vida”. Romanos 5:10. E também porque o testemunho do Espírito
Santo confirma a nossa salvação: Em quem também vós estais, depois que ouvistes
a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também
crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da
nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua
glória.” Efésios 1:13,14
V – A Perfeição
Bíblica Enaltece a Natureza Divina de Cristo. A igreja Adventista do 7º
dia, entre o conjunto de doutrinas que defende, define a natureza do homem como
pecadora e a natureza de Cristo como santa. Isto é; nós herdamos a natureza de
Adão depois da queda e Cristo vestiu a Sua divindade com a humanidade. Nós
aceitamos que Cristo assumiu a natureza humana física enfraquecida por milhares
de anos de pecado, mas que nos aspectos, espiritual e moral Jesus recebeu a natureza de Adão antes da queda, isto é; Jesus não tinha
tendência para o pecado como nós temos.
De acordo com Ellen White, “nem por um momento
houve nele qualquer propensão ao mal” SDA Bible Commentary, v. 5, 112. Ainda
lemos na inspiração que “Cristo não
tinha a mesma deslealdade pecaminosa, corrupta e decaída que nós possuímos.” Mensagens
Escolhidas, vol. 3, 131 e que “Jesus venceu Satanás na mesma natureza sobre a
qual no Éden Satanás obteve a vitória.” Youth’s Instructor, June 2, 1898.
Caso Jesus tivesse herdado a natureza pecaminosa ou tivesse
qualquer inclinação natural para o pecado, Ele precisaria de um Salvador para
Ele mesmo e já não poderia ser o Salvador do mundo. Por que? Porque pecado não
é apenas ato, mas uma condição do ser humano. A inclinação ou pendor para o pecado
já é pecado. Davi afirmou: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu
minha mãe”. Salmo 51:5. Nós sim, somos pecadores em nosso estado natural. “Se
dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em
nós.” I João 1:8. Deus criou o homem a Sua imagem e semelhança, mas a imagem de
Deus foi desfigurada, herdamos uma natureza caída e tornamo-nos sujeitos ao pecado e a morte. Os seguintes textos mostram esta doutrina bíblica. Gên. 1:26-28; 2:7;
Sal. 8:4-8; Atos 17:24-28; Gên. 3; Sal. 51:5; Rom. 5:12-17; II Cor. 5:19 e 20.
VI - O Poder de Deus
Possibilita o Crente Alcançar a Perfeição em Cristo. Nós reconhecemos que o
pecado é ofensivo a Deus e afasta o homem de Deus. Buscamos plena vitória sobre
o pecado, reconhecendo que continuaremos com a natureza humana pecaminosa até o
dia em que “este corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade, e o que é
mortal se revestir da imortalidade” I Cor 15:54.
Entendemos que ter a natureza
pecaminosa não implica que o crente deva viver na prática de pecados conhecidos
e já abandonados uma vez, mas não eliminamos a hipótese de o crente, estando
desligado de Cristo, não venha cair em pecados desconhecidos, por omissão ou já
praticados antes e que necessite de arrependimento e restauração conforme I João
2:1: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se
alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.” I João
2:1
A inspiração, através de Ellen White, mostra o caminho
ascendente que o crente é convidado a galgar com a ajuda de Deus: “A vida
cristã é uma constante marcha avante. Jesus Se coloca como refinador e
purificador de Seu povo; e quando Sua imagem estiver perfeitamente refletida
neles, eles estarão perfeitos e santos, e preparados para a trasladação.
Exige-se do cristão uma obra perfeita. Somos exortados a purificar-nos “de toda
a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de
Deus”. II Coríntios 7:1. Conselhos para a Igreja, 50
“Cristo venceu as tentações de Satanás como homem. Toda
pessoa pode vencer como Cristo venceu.... Jesus, o Filho de Deus, humilhou-Se
por causa de nós, suportou a tentação por nós, venceu em nosso favor para
mostrar-nos como podemos ser vitoriosos. Ele ligou assim os Seus interesses com
a humanidade pelos laços mais íntimos e deu a positiva certeza de que não
seremos tentados além das nossas forças, pois juntamente com a tentação proverá
livramento…. O Espírito Santo foi prometido para estar com os que lutassem pela
vitória, em demonstração de todo o poder, dotando o instrumento humano de
forças sobrenaturais e instruindo os ignorantes nos mistérios do reino de Deus.”
Mensagens Escolhidas vol 3, 136, 137
Um dos relatos mais claros da diferença entre a perfeição cristã
e do perfeccionismo doentio é a parábola do fariseu e do publicano relatada em
Lucas 18:9-14. Enquanto o fariseu seguia orgulhosamente pelo caminho do
perfeccionismo, o publicano avançava na vereda da perfeição em Cristo,
considerando-se pecador e indigno. A semelhança do fariseu, o crente perfeccionista patológico gaba-se de suas conquistas como algo que vem de si e não de Deus, enquanto que o crente, comparado ao publicano, atribui à Deus as suas conquistas e salvação.
Na verdade aqueles que estão no caminho
da perfeição em Cristo, mesmo ainda não sendo perfeitos, já são considerados perfeitos
em Cristo, que é perfeito, conforme Filipenses 2:12-15; mas, jamais se
considerarão como tal, conforme I Timóteo 1:15. Além disso, enquanto os
perfeccionistas são mais críticos dos outros do que de si mesmos, os que estão
sendo santificados são mais rigorosos consigo mesmos. "E o mesmo Deus da paz vos santifique em tudo, e o todo o vosso espírito, alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo" I Tes. 5:23
Luís Carlos Fonseca
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