quinta-feira, 6 de abril de 2017

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 6 (II trimestre 2017) SOFRER POR CRISTO

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 6 (II trimestre 2017) SOFRER POR CRISTO

VERSO ÁUREO: "Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.” I Pedro 2:21

INTRODUÇÃO (sábado 29 de abril) – O cristianismo cresceu muito e, logo no seu início, isso trouxe alguns problemas, entre eles;  uma forte perseguição contra os crentes fiéis. O apóstolo Pedro menciona essa triste realidade logo no inicio da sua primeira carta: "Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo.” I Pedro 1: 6 e 7.

Sofrer por Cristo faz parte de ser um seguidor de Cristo? Quando o Novo Testamento foi escrito os seguidores do cristianismo eram, algumas vezes, expulsos do seio da própria família. Veja que algumas perseguições vieram dos líderes religiosos. Ver Atos 4:1-3. Jesus disse aos seus seguidores: "Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.” Mateus 5:10.  Ele ainda lembrou os Seus discípulos: "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim.” João 15:18.

Um outro texto menciona: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos." II Timóteo 3:12. Hoje, alguns cristãos descobrem que fazer uma declaração pública de fé em Cristo pode resultar em prisão, tortura ou morte em alguns lugares. Ver Hebreus 11:32-38, II Coríntios 12:10, Filipenses 3:8 e Atos 5:40. Existem milhares de pessoas que sofrem diariamente por causa de Cristo, e somos gratos por não passarmos por tantos sofrimentos. Entretanto, existem outros tipos de perseguição. Jesus disse "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?" Lucas 9:23-25 .

Nos dias de Jesus, a cruz sempre simbolizava a morte. Quando um homem carregava uma cruz, ele já havia sido condenado a morrer nela. Jesus disse que, para segui-Lo, é preciso estar disposto a morrer. Não vamos todos morrer como mártires. Não seremos todos retaliados e prejudicados de alguma forma. O apóstolo Paulo sofreu mais do que a maioria de nós por causa de Jesus. Ele disse isso aos cristãos de Filipos: "Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele.” Filipenses 1:29.

Quando escolhemos seguir Jesus, estamos nos colocando em desacordo com o mundo. Gálatas 1:10 diz: "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo." Quando nos posicionamos do lado de Cristo estamos nos sujeitando para sofrer rejeição, zombaria, solidão e até traição. O sofrimento, de alguma forma, sempre vai fazer parte de ser um verdadeiro seguidor de Cristo. Jesus disse que o caminho que leva à vida é difícil. Ver Mateus 7:14.

As dificuldades pelas quais passamos é também uma maneira de nos identificar com o sofrimento de Cristo de uma maneira pequena. Jesus disse que se O negarmos diante dos homens, Ele nos negará diante do Pai no céu. Ver Mateus 10:33 e Lucas 12:9. Há muitas maneiras sutis de negar Cristo. Através das nossas ações, palavras, estilo de vida ou opções de entretenimento quando essas não refletirem a vontade de Deus, estamos negando a Cristo. Se dissermos que O conhecemos, mas vivemos como se não o conhecêssemos, estamos negando a Cristo. Ver I João 3:6-10. Muitas vezes o nosso maior sofrimento vem de dentro de nós mesmo quando temos que mortificar um coração não santificado e que não se rende a Cristo . Ver Romanos 7:15-25.

Deixando Sua corte real, revestindo Sua divindade com os véus da humanidade, veio pessoalmente ao mundo para desenvolver em nosso favor caráter perfeito. Não escolheu morada entre os ricos da Terra. Nasceu na pobreza, de pais humildes, e viveu na desprezada aldeia de Nazaré. Logo que atingiu idade suficiente para manejar as ferramentas, contribuiu com a Sua parte para o sustento da família. Cristo condescendeu em postar-Se à frente da humanidade para sofrer tentações e suportar as provas que a humanidade tem que sofrer e suportar. Devia conhecer o que a humanidade tem que sofrer da parte do inimigo caído, a fim de saber como socorrer os que são tentados. “ Testemunhos Seletos vol 3, 272 e 273. Amém?

DOMINGO (30 de abril) A PERSEGUIÇÃO DOS PRIMEIROS CRISTÃOS – Conforme vários textos do Novo Testamento, a perseguição aos cristãos continuou após a morte de Cristo. O primeiro mártir do cristianismo foi Estêvão, ver Atos 7. Os apóstolos Pedro e João foram presos por lideranças judaicas, incluindo o sumo-sacerdote Anás, que os libertou mais tarde, ver Atos 4:1-21. Todos os apóstolos foram presos pelo sumo-sacerdote e saduceus, mas, libertados por um anjo, ver Atos 5:17-18.

As perseguições contra a Igreja estão no livro de Atos 4:1-22; 5:17-42; 6:8-15; 7:54-60; 8:1-3; 12:1-19; 14:1-7; 19-20; 16:19-26; 35-40; 17:13; 18:5-11; 19:23-41; 20:1-3; 21:27-36, 22-30; 23:12-35; 24:1-27; 25:1-12 . Os primeiros perseguidores da Igreja foram os líderes judaicos da época.

"Falavam eles ainda ao povo quando sobrevieram os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus, ressentidos por ensinarem eles o povo e anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos; e os prenderam, recolhendo-os ao cárcere  até ao dia seguinte, pois já era tarde." Atos 4:1-3 

"Levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele, isto é, a seita dos saduceus, tomaram-se de inveja, prenderam os apóstolos e os recolheram à prisão pública." Atos 5: 17-18 


Alguns cristãos eram usados como tochas humanas, Na obra denominada “Perseguição sob Nero", escrita por Henryk Siemiradzki ali menciona as atrocidades de Nero. No anos 64, houve o grande incêndio de Roma, destruindo grandes partes da cidade e devastando economicamente a população romana. Nero, que já tinha a sua honestidades comprometida, era o suspeito de ter intencionalmente ateado fogo. Em meados do século II, não era difícil encontrar grupos tentando apedrejar os cristãos, incentivados, muitas vezes, por seitas rivais.

O clímax da perseguição deu-se sob o governo de Diocleciano e Galério, no final do terceiro século e início do quarto. Esta é considerada a maior de todas as perseguições. Iniciando com uma série de quatro editos proibindo certas práticas cristãs e uma ordem de prisão do clero, a perseguição se intensificou até que se ordenasse a todos os cristãos do Império que sacrificassem aos deuses imperiais e sob a pena de execução, caso se recusassem. A perseguição continuou até que Constantino I chegasse ao poder e, em 313, legalizasse a religião cristã por meio do Edito de Milão, iniciando-se a paz na Igreja. Acreditamos que essa grande perseguição foi o cumprimento do seguinte texto: “Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Apoc. 2:10

O que Pedro falou sobre a perseguição aos primeiros crentes? "Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo.” I Pedro 1: 6 e 7.

E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna glória, depois de havemos padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoe, confirme, fortifique e estabeleça. A ele seja a glória e o poderio para todo o sempre. Amém.” I Pedro 5:10 e 11.

Iniciando sob Nero, as perseguições prosseguiram durante séculos. Os cristãos eram falsamente acusados como causadores de fomes, pestes e terremotos. Denunciantes, por amor ao ganho, prontificavam-se em trair os inocentes, acusando-os como rebeldes e pestes da sociedade. Grande número deles eram lançados às feras ou queimados vivos nos anfiteatros. Alguns eram crucificados; outros eram cobertos com peles de animais selvagens e lançados à arena para serem despedaçados pelos cães. De seu sofrimento muitas vezes se fazia a principal diversão nas festas públicas. Vastas multidões reuniam-se para observar o espetáculo e saudavam as aflições de sua agonia com riso e aplauso.” O Grande Conflito Condensado, 21

SEGUNDA-FEIRA (1º de maio) O SOFRIMENTO E O EXEMPLO DE CRISTO – A lição de hoje mostra qual deve ser a atitude dos crentes diante das perseguições, e o texto base está em I Pedro 3: 13-22.

Logo no verso 14 Pedro menciona que “padecer por causa da justiça” é motivo de felicidade. Será que é mesmo? Jesus também disse: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.” Mateus 5:10

Nos versos 15 e 16 o apóstolo fala que, diante das perseguições, devemos santificar Cristo no coração revelando mansidão amor e com a consciência limpa. E mais fácil servir Cristo quanto as coisas estão bem conosco ou quando sofremos perseguição?

No verso 17 menciona que é melhor padecer fazendo o bem do que fazendo o mal. E Pedro usou o exemplo de Cristo que sofreu porque fez o bem que trouxe salvação à humanidade: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito.” I Pedro 1:18

Pode um justo pagar por um injusto? Pode um inocente pagar por um criminoso  ou prostituta? Sim; desde que o impulso e a fonte motivadora ao assumir a culpa seja o amor. Em Isaías 53: 4 diz: Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nos o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.”

Havia um propósito no sofrimento de Cristo que era o de salvar a mim: “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.” Isaías 53:10

Para termos forças, precisamos de exercício. Para possuir fé robusta, importa que sejamos colocados em circunstâncias em que nossa fé seja exercitada. ... Através de muita tribulação é que havemos de entrar no reino de Deus. Nosso Salvador foi provado por todos os modos possíveis, e todavia triunfou continuamente em Deus. É nosso privilégio, na força do Senhor, ser fortes em todas as circunstâncias, e gloriar-nos na cruz de Cristo.” Test Seletos, vol 1, 480

Devemos nesta vida enfrentar terríveis provas e fazer dispendiosos sacrifícios, mas a paz de Cristo é a recompensa. Tem havido tão pouca abnegação, tão pouco sofrimento por amor a Cristo, que a cruz é quase inteiramente esquecida. Devemos ser co-participantes de Cristo em Seus sofrimentos, se quisermos sentar-nos em triunfo com Ele em Seu trono.” Test Seletos, vol 2, 69

O Céu está mais próximo daqueles que sofrem por amor da justiça. Cristo identifica os Seus interesses com os interesses do Seu fiel povo; Ele sofre na pessoa dos Seus santos; e seja o que for que toque em Seus escolhidos, toca nEle. O poder que está perto para libertar do dano físico e da angústia está perto também para salvar do mal maior, tornando possível ao servo de Deus manter sua integridade sob todas as circunstâncias, e triunfar através da graça divina.” Profetas e Reis, 545

Você já alguma vez sofreu, não por ter feito o mal mas por ter feito o bem?

TERÇA-FEIRA (2 de maio) A PROVA DE FOGOEste é o texto para o estudo de hoje: “Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado.” I Pedro 4:12-14.

Esses dias li a história e um homem que trabalhava com ferro, e que depois de viver a vida toda em pecados converteu-se a Jesus. Mas a sua vida financeira começou a piorar cada dia. Um dia um amigo lhe visitou e lhe disse: “Depois que você se tornou em um crente a sua vida piorou.”

O ferreiro ficou muito triste com aquele comentário, mas não disse nada ao amigo, naquele momento. Em vez disso, ele foi até o quarto, trancou a porta, dobrou os joelhos e orou a Deus: - Senhor, por mais que eu tenha ficado chateado com o que meu amigo disse, ele não mentiu. Parece que tudo tem sido mais difícil para mim!Por favor Senhor, dá-me sabedoria e entendimento para que eu encontre a resposta certa para o meu amigo.

Ele disse ao amigo: - Você está vendo essa barra de ferro? Você sabia que para transformar esse ferro em uma boa ferramenta, eu preciso trabalhar muito nele? Primeiro eu o aqueço a uma temperatura muito alta, depois pego uma marreta pesada e bato nele com toda força, até que ele comece a ganhar a forma que eu quero. Em seguida, pego essa peça e num movimento rápido, mergulho ela no tanque de água fria. O choque é tão grande que dá para ouvir os gritos da peça! É bem isso que Deus faz conosco!

Somente os crentes que são sinceros e genuínos percorrem o caminho estreito que conduz à vida eterna. Eles sabem que o fogo ardente vem para purificar a nossa fé. Ver Apoc. 3:18. Tem tantas coisas que ficaram do velho homem que são queimados pelo fogo ardente. Tem tantas obras mortas cheirando mal e que não trazem glória e honra ao Senhor, e elas são transformadas em cinzas quando os santos de Deus estão passando pelas chamas da provação. Há também desejos egoístas que tendem a levar os santos à falência espiritual e os sinceros se rendem ao fogo ardente do Espírito Santo. Tem também o peso do pecado, peso intolerável à fé, que somente o Deus Todo-Poderoso, que é fogo, pode consumi-lo e tornar o santo de Deus mais leve para correr a corrida proposta. Tem muita esperança de felicidade mundana que atrapalha a verdadeira esperança que faz com que o crente possa aguardar ansiosamente a volta de Jesus

Qual a exortação dada aos filhos de Deus? “Não estranheis”. Que palavra de amor de Deus pelo Seu povo comprado com o sangue do Cordeiro! Podemos estar certos de que jamais seremos consumidos, mas sim transformados.

Quando foram espalhados pela perseguição, saíram cheios de zelo missionário. Compenetraram-se da responsabilidade de sua missão. Sabiam ter nas mãos o pão da vida para um mundo faminto; e eram constrangidos pelo amor de Cristo a distribuir este pão a todos os que estivessem em necessidade.” Atos dos Apóstolos, 106

Deus quer que a verdade probante seja colocada em primeiro plano, tornando-se assim um objeto de estudo e exame, malgrado o desprezo que muitos lhe votem. O espírito do povo precisa ser agitado. Cada contestação, cada censura, cada calúnia será um meio nas mãos de Deus para provocar curiosidade e despertar os espíritos que, de outro modo, continuariam adormecidos.” Testemunhos Seletos, 2, 153

O apóstolo Paulo declara que “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” II Tim. 3:12

"Por que é, pois, que a perseguição, em grande parte, parece adormentada? A única razão é que a igreja se conformou com a norma do mundo, e portanto não suscita oposição. A religião que em nosso tempo prevalece não é do caráter puro e santo que assinalou a fé cristã nos dias de Cristo e Seus apóstolos. É unicamente por causa do espírito de transigência com o pecado, por serem as grandes verdades da Palavra de Deus tão indiferentemente consideradas, por haver tão pouca piedade vital na igreja, que o cristianismo, é aparentemente tão popular no mundo. Haja um reavivamento da fé e poder da igreja primitiva, e o espírito de opressão reviverá, reacendendo-se as fogueiras da perseguição.” O Grande Conflito, 48

QUARTA-FEIRA (3 de maio) O JUÍZO E O POVO DE DEUSEste é o texto principal para hoje: “Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus? E, se o justo apenas se salva, onde aparecerá o ímpio e o pecador? Portanto também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-lhe as suas almas, como ao fiel Criador, fazendo o bem.” I Pedro 4:17-19. Compare com os seguintes textos e veja o que eles tem em comum; Isaías 10:11 e 12 e Malaquias 3:1-6.

O Juízo já começou e Jesus, assistido por anjos celestiais, entra no lugar santíssimo do santuário celestial, Ele comparece à presença de Deus o Pai, para fazer expiação por todos os que creram no Seu nome.

O Juízo que está falando na lição de hoje é aquele que acontece antes de Jesus voltar, e para compreendermos o assunto do juízo, precisamos começar com a profecia de Daniel 8 porque o juízo está relacionado com a purificação do santuário. E a Bíblia diz: "E até 2.300 tardes e manhãs e o santuário será purificado". Daniel 8:14. Para compreender o inicio da purificação do santuário, precisamos saber quando terminaram as 2.300 tardes e manhãs. Em Ezequiel 4:6-7, a Bíblia ensina que um dia equivale a um ano, portanto; 2.300 tardes e manhãs são 2.300 (dias)anos. Precisamos saber onde o período termina, mas para sabermos, precisamos saber quando começa.

Em Daniel 9:23-27, encontramos o seu início. O período começa com a ordem para reedificar e restaurar Jerusalém. Em Esdras 6:14, encontramos o decreto, que está transcrito na íntegra em Esdras 7:11-28. O decreto é composto de 3 editos: 537 a.C, por Ciro; 520 a.C, por Dario e 457 a.C por Artaxerxes. Sendo que devemos começar a contagem a partir de 457 a.C, e setenta semanas são 490 anos, pelo princípio dia/ano, chegaremos até o ano 34 da nossa era. Ficam faltando, para 2.300 anos, 1.810 anos, e somados ao ano 34, chegaremos ao ano 1.844 da nossa era.

O juízo de Deus está baseado no que está escrito nos livros. Há vários livros; o livro da vida, o memorial e livro dos pecados ou da morte. Quando alguém tem pecados, que não foram confessados,  o nome do culpado é omitido do livro da vida, os pecados permanecem no livro da morte e o pecador fica culpado e é condenado. 

O Juízo é executado com precisão. Veja este texto: "Assim como os traços fisionômicos são reproduzidos com precisão infalível sobre a polida chapa fotográfica, assim o caráter é fielmente delineado nos livros dos céus". O Grande Conflito, 490.

O Juízo de investigação ou pré advento termina um pouco antes de Jesus voltar à terra. Quando isto acontecer todos os casos já estarão decididos. Os mortos serão julgados neste período e os salvos serão separados dos perdidos. Os salvos serão julgados antes da volta de Jesus. Se fossem julgados depois, o sistema divino seria falho. A palavra menciona: “Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” Apoc. 22:12.

E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.” Apoc. 20:12.

É lógico que o juízo comece com os mortos que serão salvos, pois depois da morte não há mais chance de salvação conforme Hebreus 9:27: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.” Mesmo porque quando Jesus retornar, Ele deverá saber quem irá para o céu.

Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?” I Pedro 4:17.

É bom sabermos que temos um Juiz que está interessado em nos salvar e defender. Jesus, antes de ser o nosso juiz, é o nosso Salvador e Advogado. A história da viúva pobre relatada em Lucas 18:1-8 aponta para um juiz que resolveu julgar o seu caso. O pecado trouxe o mal ao mundo, mas Jesus promete julgar com amor e justiça o nosso caso: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” Lucas 18:7. Amém? 

No cerimonial típico, somente os que tinham vindo perante Deus com confissão e arrependimento, e cujos pecados, por meio do sangue da oferta para o pecado, eram transferidos para o santuário, é que tinham parte na cerimônia do dia da expiação. Assim, no grande dia da expiação final e do juízo de investigação, os únicos casos a serem considerados são os do povo professo de Deus. O julgamento dos ímpios constitui obra distinta e separada, e ocorre em ocasião posterior. “É tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho?” 

"Os livros de registro no Céu, nos quais estão relatados os nomes e ações dos homens, devem determinar a decisão do juízo. Diz o profeta Daniel: “Assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.” O escritor do Apocalipse, descrevendo a mesma cena, acrescenta: “Abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.” Apoc. 20:12. O Grande Conflito, 480

QUINTA-FEIRA (4 de maio) FÉ NO MEIO DE PROVAÇÕES - Se Deus é tão bom, porque existe o mal e tanto sofrimento no mundo? Como Deus pode ser santo e permitir que a Sua criação seja dominada por tanta impiedade?
A lição de hoje pretende ajudar-nos a entender este assunto. Quando sofremos, Deus sofre conosco e isso é maravilhoso. Veja estes textos: “Nosso Pai celestial sofre juntamente com Seus filhos. Deus sente simpatia com o mundo de miséria.” Educação, 263
Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16
Certo pai perguntou indignado à um pastor. “Onde estava Deus quando meu filhinho morreu afogado?” O pastor respondeu. “Estava no mesmo lugar quando Jesus morreu para salvar a humanidade”
É importante lembrarmos que o sofrimento e a dor podem servir de bênçãos para nós. C.S. Lewis chama o sofrimento de: “o megafone de Deus”. Ellen White chama as dores de: “as obreiras de Deus”. Apoc. 3:18 menciona: “Aconselho-te que de mim compres ouro, provado no fogo, para que te enriqueças...” Devemos encarar as provações como sendo um auxílio espiritual para não perdermos a salvação. Para alguns, se a vida fosse sempre boa, não sentiriam a necessidade de Deus.
O teste de fé acontece com todos os filhos de Deus ao redor do mundo: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.” I Pedro 5:8 e 9
Neste momento muitos filhos de Deus estão suportando as mais duras provas de fé desde que aceitaram a Cristo. Sua fé tem sido lançada no teste de fogo. Satanás tem enviado um ataque poderoso na fé dos escolhidos. Isso se tornará mais quente e mais intenso nos dias finais. Pedro diz: “Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações.” I Pedro 1:6. 
João menciona: “Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” Apoc. 12:12
Como reagimos às provas? Quando somos provados ou enfrentamos problemas, a nossa primeira reação é: “Eu devo ter entristecido a Deus. Eu fiz alguma coisa errada e agora estou pagando pelo pecado ou falha cometida”. Este é um pensamento pagão e não cristão. No entanto, mais importante do que o motivo pelo qual vieram as provações, é como nós reagimos à elas. Concorda? 
A purificação do povo de Deus não pode ser efetuada sem que eles sofram. Deus permite que o fogo da aflição lhes consuma a escória, para separar o imprestável do que é valioso, a fim de que o metal puro possa brilhar. Passa-nos de uma a outra fornalha, provando nosso verdadeiro valor. Se não podemos suportar essas provas, que faremos no tempo de angústia? Se a prosperidade ou a adversidade descobre falsidade, orgulho ou egoísmo em nosso coração, que faremos nós quando Deus provar a obra de todo homem como pelo fogo e puser a descoberto os segredos de todos os corações?” Testemunhos para a Igreja vol 4, 85
"A graça genuína está disposta a ser provada; se relutamos em ser esquadrinhados pelo Senhor, nossa condição é na verdade séria. Deus é o refinador e purificador de almas; no calor da fornalha separa-se para sempre a escória da prata e do ouro verdadeiros do caráter cristão. Jesus observa a prova. Sabe o que é preciso para purificar o precioso metal a fim de que Lhe reflita a glória do divino amor.” Testemunhos Seletos vol 1, 474
SEXTA-FEIRA (5 de maio) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 6 (II trimestre 2017) SOFRER POR CRISTO - O único apóstolo cuja morte está registrada na Bíblia é Tiago, ver Atos 12:2. O rei Herodes “fez Tiago passar a fio de espada”, aparentemente uma referência à decapitação. As circunstâncias das mortes dos outros apóstolos só podem ser conhecidas baseadas nas tradições da igreja. Veja o fim que alguns apóstolos tiveram:
Mateus foi martirizado na Etiópia através de uma espada. Tiago, o irmão de Jesus, o líder da igreja em Jerusalém, foi atirado de mais de 30 metros de altura do alto do pináculo sudeste do templo ao se recusar a negar sua fé em Cristo. Este foi o mesmo pináculo para onde Satanás levou a Jesus durante a tentação. Bartolomeu, também conhecido como Natanael, foi um missionário na Ásia. Ele testemunhou onde hoje é a Turquia e foi martirizado pela sua pregação na Armênia, quando ele foi chicoteado até a morte. André morreu em uma cruz em forma de x na Grécia. Tomé foi atingido por uma lança na Índia durante uma de suas viagens missionárias para estabelecer a igreja lá. Matias, o apóstolo escolhido para substituir Judas Iscariotes, foi apedrejado e depois decapitado. Paulo foi torturado e depois decapitado pelo maligno imperador Nero em Roma em 67 d.C.  
João esteve à beira do martírio, quando foi lançadoem um recipiente enorme de óleo durante uma forte perseguição em Roma. Mas ele foi milagrosamente liberto da morte. João foi sentenciado às minas na Ilha de Patmos. Ele escreveu o livro profético do Apocalipse em Patmos. O apóstolo João foi mais tarde posto em liberdade e retornou para o lugar onde hoje fica a Turquia. Ele morreu velho, sendo o único apóstolo a não ter morte de mártir.
Não é tão importante saber como os apóstolos morreram. O que importa é o fato de que todos eles estavam dispostos a morrer pela sua fé. O motivo porque os apóstolos estavam dispostos a morrer por Jesus é uma tremenda evidência de que eles, verdadeiramente, testemunharam a ressurreição de Jesus Cristo. E nós temos testemunhado a vida, morte e ressurreição de Cristo, através da comunhão com ele? “Ora, nós somos testemunhas destes fatos, bem como o Espírito Santo, que Deus concedeu aos que são obedientes a Ele!” Atos 5:32
Neste tempo de lutas e provações, precisamos de todo o apoio e consolação que podemos derivar de princípios justos, convicções religiosas estabelecidas, certeza íntima do amor de Cristo e rica experiência nas coisas divinas. Só chegaremos à estatura perfeita de homens e mulheres em Cristo Jesus em resultado de um crescimento constante na graça divina.” Testemunhos Seletos vol 2, 17.

Luís Fonseca

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