COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 12 (II trimestre de 2017) O DIA DO SENHOR
VERSO
ÁUREO: “Havendo,
pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em
santo trato, e piedade.” II
Pedro 3:11
INTRODUÇÃO
(sábado 10 de junho) – A lição desta semana menciona sobre o dia
do juízo e vemos que Pedro não tinha medo de alertar sobre o
julgamento.
Vivemos
em um tempo de muita curiosidade quanto aos últimos dias. As pessoas
querem saber quando sucederão as coisas registradas na Bíblia Sagrada sobre o julgamento final.
Tem gente marcando datas para o fim do mundo, e todas as vezes estão
enganando muitas pessoas desprevenidas que, vez após vezes, se decepcionam com as falsas predições
de homens. Já passaram as datas do ano 2012, para o fim deste
agitado planeta, conforme predições humanas, e não houve nenhum cumprimento.
Nem
mesmo o apóstolo
Pedro teve
a pretensão de predizer o exato tempo do fim do mundo, pois não era
esse o campo de informação que lhe foi dado comunicar. E, como os
crentes de seu tempo tinham a mesma curiosidade do nosso tempo, Pedro
lhes deu uma resposta nestes termos, apenas relembrando as palavras
de Cristo que todos conhecemos: “Ora, o fim de todas as coisas está
próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas
orações” I Pedro 4:7.
O
Dia do Senhor é uma expressão tirada do Antigo Testamento, ver Isa
13:6, 9 e Joel 1:15. Disse o profeta Sofonias, em uma das passagens
mais impressionantes sobre a brevidade, solenidade e destruição
que acontecerá no Dia do Senhor: "Está perto o grande Dia do Senhor; está perto e muito se apressa.
Atenção! O Dia do Senhor é amargo, e nele clama até o homem
poderoso. Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de alvoroço
e desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas
trevas.Trarei angústia sobre os homens, e eles andarão como cegos, porque
pecaram contra o Senhor; e o sangue deles se derramará como pó, e a
sua carne será atirada como esterco. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderão livrar no dia da
indignação do Senhor, mas, pelo fogo do seu zelo, a terra será
consumida, porque, certamente, fará destruição total e repentina
de todos os moradores da terra." Sof 1:14-17).
Será
um dia de trevas e densa escuridão. Será um dia de ajuste de
contas, será o terrível Dia do Julgamento. Será o grande e
glorioso Dia da volta de nosso Senhor Jesus Cristo. E a “destruição
total e repentina de todos os moradores da terra” se refere aos que
não reconheceram ao grande e Todo-poderoso Deus e rejeitaram o Seu
amor oferecido abundantemente.
1.
COMO VIRÁ O DIA DO SENHOR? O dia do Senhor virá inesperadamente. V.
2: “O dia do Senhor vem como ladrão de noite.” Ninguém espera a
chegada de um ladrão. Eu já fui assaltado algumas vezes e os os ladrões não me avisaram que vinham me roubar. Assim
será o Dia do Senhor: Ele virá inesperadamente. De repente! Será
uma surpresa para muita gente! Assim virá o Dia do Senhor para os ímpios,
porque não estarão aguardando esse dia. Será inesperado porque não
o esperam. Mas como poderiam esperar algo em que não crêem? É por
isso que é tão importante compreender a doutrina, a fim de não
sermos decepcionados, quando os acontecimentos finais tiverem lugar. Você não precisa ser surpreendido. Não precisa esperar que seja arrebatado em
oculto, porque isso não acontecerá. Diz o texto de Paulo que o Dia
do Senhor virá com destruição para os ímpios, e, portanto, será
muito visível; tão visível que até os rebeldes verão esse Dia.
2.
QUANDO VIRÁ O DIA DO SENHOR? O dia do Senhor virá em tempos de paz: “Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes
sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que
está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.” Este é mais
um dos múltiplos sinais que estão se cumprindo diante de nossos
olhos. A destruição dos ímpios virá quando eles estiverem
proclamando a sua segurança apesar de sua vida de impiedade. Isso já
aconteceu no passado. Na geração do dilúvio, os antediluvianos se
apoiaram nesta falsa segurança. Disseram eles: “Noé prega que
virá em breve um Dilúvio universal, como resultado da queda de uma
grande chuva, vinda dos céus. Mas a ciência prova que isso é
impossível, porque as águas que se conhecem por experiência vêm
de baixo da terra, como uma neblina suave, e nunca de cima, caindo
dos céus, como chuvas torrenciais. Não precisamos nos preocupar com
falsos alarmistas. Há paz e segurança entre nós. Mas, Noé veio nos
perturbar com a sua pregação anunciadora dos juízos divinos. Mas
Deus não castiga a ninguém com dilúvios. Jamais aconteceu no
passado e com a segurança dos teólogos e a certeza dos cientistas,
jamais acontecerá no futuro!” Então, numa esmagadora surpresa,
Deus enviou o dilúvio que trouxe a destruição da superfície de
toda a terra e dos seus ímpios habitantes.
A
geração pós-dilúvio revelou a mesma atitude. Logo depois do dilúvio, os homens se esqueceram da lição e começaram a apostatar
novamente e a desafiarem Deus construindo uma torre, a famosa Torre
de Babel. Eles tiveram a ideia infeliz de construir a torre da sua
salvação. E disseram: “Agora, estaremos em paz e segurança,
porque vamos construir uma torre que alcançará os céus e estaremos
acima de qualquer dilúvio que houver. Teremos um refúgio seguro.
Podemos descansar em uma doce aventura. Não haverá mais perigo.” Pobres e iludidos!
Então,
enquanto eles estavam construindo a famosa Torre de Babel, que
significa confusão, Deus lhes confundiu a língua, e todos passaram
a falar em diferentes idiomas, e não puderam mais se entender. Foi
um momento de angústia e espanto inesperados. A vinda do dia do
juízo lhes sobreveio como uma esmagadora surpresa.
Os habitantes de Sodoma e Gomorra, homens corruptos e
violentos viviam os seus dias de impiedade, e haviam enchido a taça
da misericórdia divina, e o seu tempo de graça havia terminado. Mas, quando chegou o seu Dia do juízo? Quando eles estavam satisfeitos
consigo mesmos, proclamando a sua paz e segurança. É o que nos diz
o profeta Ezequiel: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua
irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade.” Ezeq. 16:49.
Hoje a história se repete. A profecia se cumpre de modo preciso.
Como está se cumprindo? Observando as condições de nosso mundo
moderno, podemos ver como o mundo está de novo se preparando para a
era do triunfalismo e otimismo. Quando o mundo
tiver passado por mais algumas experiências, então se cumprirão
todas as profecias. O mundo está se preparando para o triunfo da tecnologia, a liderança mundial, a solução dos problemas, a cura de todas as doenças, a união das igrejas, o fim das guerras...
Então será dada a grande e promissora notícia: Nunca mais haverá
guerra. Nunca mais o mundo sentirá a fome. Estamos em “paz e segurança.” Temos um governo global, temos a solução para todos
os nossos problemas, temos a ciência e não
precisamos nem mesmo de Deus. “Paz e segurança!” é a realização
dos nossos sonhos mais acalentados.
E
se alguns não concordarem? Esses discordantes terão de ser
perseguidos de morte. Haverá um decreto de morte contra todos os que
discordarem das supremas autoridades. Então, o que acontecerá com
todos os Ímpios? Então lhes sobrevirá repentina destruição. Esta
profecia está se cumprindo, e logo veremos a destruição iminente.
Eles tentarão escapar, mas não poderão. Então, Jesus Cristo virá
nas nuvens dos céus, com poder e grande glória. Estaremos preparados?
DOMINGO
(11 de junho) A LINHA CONDUTORA DA AUTORIDADE – A lição de hoje
mostra Pedro lembrando os seus leitores sobre a necessidade de darem
o valor devido e necessário aos escritos dos profetas do Velho
Testamento. Eis
o texto principal:
“Amados,
escrevo-vos agora esta segunda carta, em ambas as quais desperto com
exortação o vosso ânimo sincero; ara que vos lembreis das palavras
que primeiramente foram ditas pelos santos profetas, e do nosso
mandamento, como apóstolos do Senhor e Salvador.” II
Pedro 3:1 e 2.
A
Bíblia, em si, é uma revelação progressiva. Se o leitor pular
a primeira metade de qualquer livro e tentar terminá-lo, ele vai ter
dificuldades de entender seus personagens, o enredo e o final.
Igualmente, o Novo Testamento só pode ser completamente entendido
quando é visto como o cumprimento dos eventos, personagens, leis,
sistema de sacrifício, alianças e promessas do Antigo Testamento.
Sem
o Antigo Testamento, deixaríamos de entender várias profecias
detalhadas, pois a Bíblia realmente é
Palavra de Deus e não dos homens. As profecias dão detalhes
específicos sobre a ascensão e queda de nações, como iriam cair,
e quais os poderes que seriam os próximos a emergir, quem seriam os
principais personagens e o que aconteceria com os seus reinos quando
morressem. Essas profecias detalhadas são tão exatas que céticos
acreditam que só podem ter sido escritas depois do ocorrido. Ver as
profecias de Daniel capítulos 2, 7 e 8, por exemplo.
O
Velho Testamento também traz grande quantidade de sabedoria que o
Novo Testamento não fornece. Muitas dessas estão escritas nos
livros de Salmos e Provérbios. Esses ensinos de sabedoria revelam
como posso ser mais sábio do que meus mestres, qual o resultado de
vários pecados e mostra a inutilidade para o reino de Deus das
pessoas que vivem sem Deus. Sem o Antigo Testamento, não teríamos
nenhuma base para nos guardar contra os erros das perversões, politicamente corretas da nossa sociedade.
Nós,
os Adventistas do 7º Dia, entendemos que o Antigo Testamento traz
consigo uma linha condutora de inspiração bíblica e autoridade à
todas as pessoas. As palavras ditas pelos profetas não foram
palavras de homens com veia poética, os quais, dotados de um
discernimento poético, enxergaram um pouco mais longe e mais fundo
do que as demais pessoas podiam perceber quanto à existência; e
que, assim inspirados, fizeram notáveis declarações sobre esta
vida e sobre como devia ser vivida. Longe de nós ideias assim! Os
profetas foram homens de Deus, e da parte dele receberam as Suas
mensagens. Tudo quanto disseram é a pura verdade divina.
Para
Cristo,
a lei e os profetas constituíam a Sagrada Escritura, que nos foi
dada
por Deus e que, conforme Jesus ensina em João 10:35, “não pode
falhar”. Essa é a própria palavra de Deus, a qual haverá de ter
cumprimento cabal até aos mínimos detalhes, permanecendo em
pé enquanto existirem os céus e a terra: “Não cuideis que vim
destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir. Porque
em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um
jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido.”
Mateus
5: 17 e 18.
“Jesus
havia comunicado certo conhecimento de Deus aos patriarcas, profetas,
e aos apóstolos. As revelações do Antigo Testamento eram
acentuadamente os desdobramentos do evangelho, o patentear do
desígnio e da vontade do Pai infinito. Mediante os homens santos da
antiguidade, Cristo trabalhou pela salvação da humanidade caída. E
quando Ele veio ao mundo foi com a mesma mensagem de redenção do
pecado, e restauração ao favor de Deus." Para Conhecê-Lo, 33
SEGUNDA-FEIRA
(12 de junho) OS ESCARNECEDORES – A lição de hoje menciona os
escarnecedores que surgiriam antes de Cristo voltar e que duvidariam
de Deus e de Sua Palavra. Eis o texto:“Sabendo
primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando
segundo as suas próprias concupiscências, e
dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais
dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da
criação.” II
Pedro 3:3 e 4.
É
bom e necessário sermos lembrados de algumas
coisas
que já sabemos. Pedro reconheceu este fato e escreveu sua segunda
carta
com este propósito em mente. Ver
1:12-15.
Referindo-se ao seu corpo como "um tabernáculo," uma
morada temporária, ele previu sua morte próxima e desejou lembrar
seus leitores da necessidade do crescimento espiritual. E
entre algumas coisas, Pedro lembrou os crentes sobre os falsos
mestre, sobre a existência dos ateus de hoje que zombariam da
existência de Deus e da veracidade da Bíblia, como a Palavra de
Deus e também falou dos escarnecedores.
Pedro
afirma
que o
seu
ensino
a
respeito da segunda
vinda
de
Cristo não
derivou de fábulas que ele havia inventado, mas que era testemunha
ocular da majestade de Cristo, ver
1:16
e
que
ele
tinha em mente a ocasião quando Jesus foi transfigurado, um
acontecimento onde ele esteve presente para testemunhar a glória
do Senhor, ver
Mateus
17:1-8.
Em acréscimo ao testemunho ocular dos apóstolos, as profecias do
Velho Testamento também afirmaram a glória e o poder do Senhor.
Estas profecias não se originaram da vontade humana, antes os
profetas falaram como foram movidos pelo Espírito
Santo. Ver
II Pedro 1:19-21.
para
alem de tudo isso, o próprio Pedro ouviu a promessa de Cristo: “Não
se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na
casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo
teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar
lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde
eu estiver estejais vós também.” João 14: 1-3.
"Pedro
observa o argumento dos escarnecedores e menciona que eles se
esqueceram de algumas coisas que tinham acontecido, como o dilúvio.
Eles tinham esquecido, de propósito, do dilúvio no tempo de Noé! Os
mesmos céus e terra que foram criados pela Palavra de Deus foram
mais tarde destruídos pela Sua Palavra. Pela mesma Palavra os céus
e a terra, que agora existem, foram reservados para a destruição pelo
fogo , ver II Pedro 3:7. Tendo Pedro corrigido a premissa falsa
destes zombadores, ele afirmou que o cumprimento da promessa da vinda
de Cristo é independente do tempo que passou.
“Foi-me
apresentado terrível quadro da condição do mundo. A iniqüidade
alastra-se por toda parte. A licenciosidade é o pecado especial
desta época. Jamais ergueu o vício a cabeça disforme com tal
ousadia como o faz agora. O povo parece estar entorpecido, e os
amantes da virtude e da verdadeira piedade acham-se quase desanimados
por sua ousadia, força e predominância. A abundante iniqüidade
não se limita apenas aos incrédulos e zombadores. Quem dera que
assim fosse, mas não é! Muitos homens e mulheres que professam a
religião de Cristo, são culpados. Mesmo alguns que professam estar
esperando Seu aparecimento não estão mais preparados para esse
acontecimento do que o próprio Satanás. Não se estão purificando
de toda poluição. Têm por tanto tempo servido a sua
concupiscência, que lhes é natural pensar impuramente e ter
corruptas imaginações. É tão impossível fazer com que sua mente
demore nas coisas puras e santas, como seria desviar o curso do
Niágara, e fazer com que suas águas jorrassem para cima.” Test.
Seletos, vol 1, 256.
TERÇA-
FEIRA (13 de junho) MIL ANOS COMO UM DIA – Este é o texto para
hoje: “Mas,
amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil
anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa,
ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco,
não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a
arrepender-se. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no
qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo,
se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.”
II
Pedro 3:8-10.
Pedro
está dizendo algo simples aos seus leitores; para
Deus,
mil anos são o mesmo que um dia. Pedro não está dando uma data para o cumprimento da profecia; sua ilustração pretende indicar que
o Senhor não conta o tempo como fazem os homens. Ver
II Pedro 3:8.
O
apóstolo deixa claro que a passagem do tempo não representa a infidelidade de Deus, mas, antes a
Sua
misericórdia. O
dia
do Senhor certamente virá sem aviso, como um ladrão na noite,
trazendo com ele a destruição da terra e de todas as obras dos
homens.
Pedro
enaltece a
paciência ou longanimidade de
Deus, que é
um aspeto
importante do amor de Deus. É uma qualidade divina mencionada várias
vezes no Antigo Testamento. Êxodo 34:6-7 descreve Deus assim:
"Senhor,
Senhor
Deus
compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e
fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa
a iniqüidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o
culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos e nos filhos dos
filhos, até à terceira e quarta geração!"
Em Naum 1:3,
encontramos este comentário sobre a paciência e a justiça de Deus:
"O Senhor
é
tardio em irar-se,
mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o Senhor
tem
o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos
seus pés."
Quando a Bíblia menciona que Deus é longânimo, está dizendo que Ele demora para fazer juízo. A longanimidade divina não sugere injustiça. Deus ainda exige o castigo merecido pelo pecado, mas nem sempre castiga na hora da transgressão. Deus demorou em castigar o povo desobediente de Israel para manter a honra do Seu próprio nome: "Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e por causa da minha honra me conterei para contigo, para que te não venha a exterminar" Isaías 48:9.
"Os que preferem permanecer infiéis serão feridos pelos juízos misericordiosos, a fim de que, se possível for, cheguem a despertar e aperceber-se da pecaminosidade do seu procedimento. ... Conquanto o divino Governador suporte com paciência a maldade, não pode ser enganado, e não silenciará para sempre. Sua supremacia, Sua autoridade como Governador do Universo devem ser finalmente reconhecidas, e vindicados os justos reclamos da Sua lei.” Test Seletos vol 3, 329, 330
O propósito de Deus em Sua paciência é de nos conduzir ao arrependimento. Veja este texto: "Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?" Romanos 2:4 Devemos usar a oportunidade que Deus nos oferece e lembrar que na paciência de Deus consiste a nossa oportunidade de arrependimento. Não devemos deixar esta oportunidade passar. Se jesus ainda não voltou é porque ele deseja nos salvar e jamais devemos achar que a longanimidade de Deus dá permissão para continuar no pecado. Jesus não voltou ainda por causa do desejo de Deus de que todos se arrependam...
Há limites até para a longanimidade de Deus, e muitos estão ultrapassando tais limites. Sobrepujaram os limites da graça, e portanto Deus deve intervir e reivindicar Sua honra. Quando vier o Senhor para exercer vingança, virá também como protetor de todos os que conservaram pureza de fé, e se guardaram incontaminados do mundo.” Test. Seletos, vol 2, 62 e 64.
QUARTA-FEIRA
(14 de junho) E ENTÃO? Esta pergunta é importante, pois faz-nos
pensar na demora da volta de Cristo. E
então,
faz tanto tempo que ouvimos sobre a volta de Cristo, e por que Ele
ainda não voltou?
O
texto
de
hoje resume
muito
bem
as
duas
responsabilidades de cada crente:
“Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos
convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos
para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e
os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua
promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a
justiça.” II Pedro 3:11-13.
Como
vamos aguardar a volta de Cristo? Devemos fazer duas coisas muito
importantes: Preparar a nossa vida espiritual e preparar outras
pessoas para a volta de Cristo.
Estar
vigilante. Estar vigilante implica estudar a Bíblia Sagrada e levar uma vida plena de oração. Em Lucas 12:35-48 mostra que
enquanto Jesus não volta precisamos fazer algumas coisas: devemos
ter cingido o nosso corpo, e acesas, as nossas lâmpadas. Devemos ser
semelhantes a homens que esperam pelo seu Senhor, ao voltar ele das
festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo
abram a porta.
A partir do verso 37 ao 40 lemos:
“Bem-aventurados aqueles servos a quem o senhor, quando vier, os
encontre vigilantes; em verdade vos afirmo que ele há de cingir-se,
dar-lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá. Quer ele venha
na segunda vigília, quer na terceira, bem-aventurados serão eles,
se assim os achar. Sabei, porém, isto: se o pai de família soubesse
a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria arrombar
a sua casa. Ficai também vós apercebidos, porque, à hora em que
não cuidais, o Filho do Homem virá.”
Congregar.
“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes,
façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o dia se
aproxima” Heb 10.25. Esta advertência e exortação, se era
pertinente na época em que esta carta fora escrita, é muito mais
nos dias de hoje. Adorar a Deus na igreja é uma expressão de amor e
confiança nas promessas de Cristo. Por isso, a característica
marcante do crente sempre será a alegria de estarmos juntos
esperando nosso Senhor e animando uns aos outros: “Mas, se andarmos
na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os
outros, e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica
de todo o pecado.” I João 1:7.
O
mundo sempre foi hostil para com a igreja de Deus, e cada vez mais
está se voltando contra a religião cristã e seus princípios, por
isso; precisamos buscar fortalecimento e edificação na comunhão
com nossos irmãos na fé e com o Senhor. Precisamos da igreja porque
ela nos ajuda a nos mantermos vigilantes. Se quisermos nos manter em
vigilância precisamos estar na igreja, participar das atividades da igreja e
colaborar com a igreja através dos nossos dons espirituais.
Os
discípulos esperavam que Jesus implantasse um reino político. Isto
está implícito na pergunta que fizeram a Jesus: “Então, os que
estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que
restaures o reino a Israel? Atos 1:6. E Jesus contou a parábola das
minas porque percebeu que Seus discípulos achavam que o reino viria
de imediato: “Ouvindo eles estas coisas, Jesus propôs uma
parábola, visto estar perto de Jerusalém e lhes parecer que o reino
de Deus havia de manifestar-se imediatamente.” Lucas 19:11.
É
bem possível que ao se depararem com a possibilidade de um reino
imediato, muitos aderiram à condição de espera apenas. Já que
o reino virá, não precisaremos fazer nada, vamos apenas aguardar!
Este pensamento pode nos atingir hoje, como Jesus voltará, e o tempo
está se cumprindo, vamos deitar debaixo de uma grande árvore com
sombra e vamos aguardar a volta de Cristo. Mas as parábolas dos
talentos, ver Mateus. 25:14-30 e das minas, ver Luc. 19: 12-27
nos mostram que, enquanto Jesus não volta, é tempo de trabalho. É
necessário que sejamos encontrados produtivos para o reino de Deus
quando Ele vier buscar Seu povo. Devemos nos manter ativos com as
atividades internas e externas da igreja. Ficar só orando enquanto
os outros trabalham não é uma forma de esperar, mas sim uma
demostração de inatividade e preguiça. religiosa.
O
apóstolo Paulo menciona em Rom. 8:22 que "toda criação geme e
suporta angústias até agora". Estes gemidos não são vistos
como o grito de morte da criação, mas como as dores de parto que
levam à sua restauração. O mundo está doente, o pecado o
deteriorou. O mundo está sofrendo dores, está gemendo e sua
esperança não encontra sequer um alívio até que Jesus volte, mas
enquanto isso, a igreja deve estar envolvida com a missão de aliviar
o sofrimento da humanidade. Portanto, não permita que as
adversidades da vida o desanimem. Os gemidos são certos, as lágrimas
são inevitáveis, mas “bem-aventurado aquele que semeia com
lágrimas, porque voltará colhendo com júbilo e alegria”.
Pregar
o evangelho: Devemos pensar no céu, desejar o céu, pregar sobre
a eternidade e viver como se fôssemos para o céu ainda hoje, mas
não podemos nos esquecer de que enquanto Jesus não volta, Ele nos
deixou como embaixadores do Seu reino, nos constituiu fiéis
mordomos, nos confiando Seus bens, dando-nos uma missão e nos
capacitando para isto. Portanto, não somos apenas meros expectadores
na implantação do reino de Cristo, somos agentes que possuem o
privilégio de serem participantes do maior projeto que já existiu
no mundo: a implantação do reino de Deus! Amém?
QUINTA-FEIRA
(15 de junho) UM APELO FINAL – Hoje
vamos ver o último tema das epistolas de Pedro, que foi o seu apelo
final aos crentes e a nós. Eis o texto: “Por
isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais
achados imaculados e irrepreensíveis em paz. E tende por salvação
a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão
Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; falando
disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos
difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e
igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós,
portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo
engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e
descaiais da vossa firmeza; antes
crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus
Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da
eternidade. Amém.” II
Pedro 3. 14-18.
O
apelo final de Pedro foi para que os crentes permanecessem firmes nas
doutrinas que tinham aceitado, tomando cuidado com os falsos mestres
e que continuassem amando e exaltando o Cristo ressurreto. Uma das
palavras-chave usadas pelo apóstolo nesta epístola de II Pedro é "conhecimento".
Pedro usa essa palavra 17 vezes. A ideia é que ao conhecermos
aquilo que é correto nós podemos viver uma vida que agrada a Deus e
confrontarmos falsos ensinamentos.
No
texto de hoje Pedro
dá-nos
uma
ordem para nos empenharmos; fazermos todo esforço, reunirmos toda a
nossa diligência para estarmos preparados para o iminente retorno de
Cristo. A forma em que este imperativo se encontra sugere urgência e
prioridade no cuidado com a nossa vida
espiritual. Pedro também inclui, em sua exortação ao cuidado
pessoal, o aspecto da pureza. Não apenas devemos ser achados por
Cristo em paz, mas também “sem mácula e irrepreensíveis.”
Pedro
apela-nos para que tenhamos um conhecimento real de Cristo e
cresçamos em Sua graça. Quanto mais entendemos quão pecadores
somos, e quão dependente somos de Deus, mais apreciaremos o valor da
Sua graça derramada sobre nós em Jesus Cristo. É
necessário que o cristão cresça no conhecimento de Cristo. Pedro,
quando menciona conhecimento de Cristo, não está se referindo
meramente a informações a respeito de Jesus, mas a intimidade com o
Senhor. Não se trata de um conhecimento de informação teórica mas
de um conhecimento que transforma o crente. Há um grande perigo que
cerca o crente atual; é o ele estar saturado desse tipo de
conhecimento teórico e não desejar o conhecimento experimental de
Cristo, através da comunhão com Ele.
“Porém continuem a crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” II Pedro 3:18 É o privilégio dos jovens, ao crescerem em Cristo, crescerem na graça e no conhecimento espirituais. Podemos conhecer mais e mais de Jesus por um interessado exame das Escrituras, seguindo então os caminhos de verdade e justiça assim revelados. Os que estão sempre crescendo em graça são firmes na fé e marcham avante. No coração de todo jovem que se propôs ser um discípulo de Jesus Cristo, deve haver um fervoroso desejo de atingir a mais elevada norma cristã, ser um colaborador de Cristo. Se ele puser sua aspiração em pertencer ao número dos que serão apresentados irrepreensíveis diante do trono de Deus, estará continuamente progredindo. O único meio de se manter firme, é progredir diariamente na vida divina. A fé crescerá se, ao ser posta em conflito com a dúvida e os obstáculos, os vencer. A verdadeira santificação é progressiva. Se vocês estão crescendo na graça e conhecimento de Jesus Cristo, aproveitarão todo privilégio e oportunidade de adquirir mais conhecimento da vida e do caráter de Cristo.” Mensagens aos Jovens, 121
SEXTA-FEIRA
(16
de junho) LEITURA ADICIONAL DA
LIÇÃO 12 (II trimestre de 2017)
O DIA DO SENHOR –
A lição desta semana deixou bem claro a diferença que há entre os
filhos de Deus, que anseiam pela vida eterna, e os escarnecedores da
segunda volta de Cristo, que desprezam a salvação. Pedro deixou claro que assim como aconteceu o
dilúvio, assim também Jesus voltará para buscar os Seus filhos.
O
dia
do Senhor virá
para os justos e
eles
não
estão em trevas.
Em
I Tes. 5:4-5
encontramos:
“Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como
ladrão vos apanhe de surpresa; porquanto vós todos sois filhos da
luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas.”
Os
cristãos são homens e mulheres mais esclarecidos em todo o mundo
acerca de muitas coisas que são essenciais. Não adianta ter uma
cultura de coisas que não podem ajudar; não é todo o conhecimento
que importa saber, realmente. O que importa é aquilo que nos trará
um benefício real para esta vida e para a vida futura O cristão
sabe de onde vem, o que faz aqui e para onde vai. É justamente isso
o que os outros ignoram, para sua infelicidade. Eles ainda estão
procurando responder a estas perguntas básicas para a felicidade do
homem.
Os
cristãos não estão em trevas. Eles são “filhos da luz”. Eles
não estão nas trevas da ignorância, porque conhecem e sabem das
coisas mais importantes para a vida feliz e proveitosa. Os cristãos
não estão nas trevas do desespero, porque esperam em Deus para
qualquer circunstância difícil que possam enfrentar. Os cristãos
não estão nas trevas do pecado e do vício porque têm a salvação
e o socorro no Salvador Jesus Cristo. Os cristãos não estão nas
trevas da morte, porque sabem que a sua vida está escondida em Deus
que lhes prometeu a vida eterna. Amém?
A
igreja tem a função de estar organizada e em funcionamento para a
adoração a Deus, com escolas sabatinas bem planejadas e realizadas,
vigílias, encontros jovens, reunião de oração, etc... Cada crente
também necessita ter momentos de comunhão um com o outro para a
manutenção da fé dos fiéis. A liderança necessita denunciar o
pecado, mas a igreja também precisa organizar ministérios que levem
justiça social e atendimento espiritual às pessoas.
A
igreja cristã, enquanto aguarda a volta de Cristo, desenvolve ações
de amor em favor das pessoas. Deus quer uma Igreja que seja luz
no mundo e a marca mais evidente de nossa época é o individualismo.
A Bíblia mostra que os dois principais mandamentos são: amar a Deus
sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos. Mas, se não
amamos a Deus, como poderemos amar o próximo? Se
desconsiderarmos que Deus atua eficazmente em nossa vida, como
poderemos imaginar que o próximo poderá nos ser útil em uma vida
em sociedade? A tendência, portanto, é viver juntos, mesmo assim;
as redes sociais, os edifícios confortáveis que temos nas igrejas e
outras modernidades afastam uns dos outros. O que interessa para Deus
é enxergarmos a nossa necessidade de viver em santidade, olhando
para o próximo em suas necessidades.
Jesus
disse que a igreja é a luz do mundo, ver Mateus 5:14, e que cada
cristão deve manter sua luz acesa para iluminar “para que vos
torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no
meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis
como luzeiros no mundo.” Filipenses 2.15. Essa luz é a vida de
cada membro da igreja, seu testemunho de vida e santidade.
Luís
Carlos Fonseca
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