segunda-feira, 8 de outubro de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (4º TRIMESTRE 2018) A CHAVE PARA A UNIDADE


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (4º TRIMESTRE 2018) A CHAVE PARA A UNIDADE

VERSO ÁUREO: “Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo. De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.” Efésios 1:9,10

INTRODUÇÃO (sábado 20 de outubro) - O Apóstolo Paulo faz-nos lembrar que para alcançar a unidade da fé é preciso que sejamos um só no Senhor. Ver Efésios 4: 4-6. Para isso é preciso que, como igreja de Cristo, deixemos tudo o que é carnal para trás; julgamentos, distinção de pessoas, disputa entre irmãos e olhemos juntos num só objetivo, numa só fé assim citados nestes versículos. O esforço que temos que fazer é grande, mas a recompensa é maior ainda.
Em João 13, Jesus tomou uma toalha e uma vasilha com água e lavou os pés dos discípulos: “Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros” João 13:14. Depois de ter lavado os seus pés, Ele pediu: “vocês sabem o que acabai de fazer por vocês?” Em outras palavras: “Vocês sabem o significado espiritual de lavar os pés?”. Eu acredito que, quando Jesus lavou os pés dos discípulos, estava ensinando uma lição profunda de como obter unidade no corpo de Cristo. O segredo da unidade é quando você apanhar a toalha da misericórdia para o irmão ferido e perdido e o encorajar abraçando-o em sua dor; submetendo-se em temor, apagando os sentimentos de inutilidade, angústia e desespero, amando-o e se importando com ele. Amém?

Quando Jesus aproximou-se de Pedro para lavar os seus pés, o discípulo afastou-se com espanto: “Senhor, você não vai lavar os meus pés!” Jesus respondeu-lhe: “Se eu não os lavar, você não terá parte comigo.” João 13:8. De fato, Jesus estava dizendo: “Pedro, se eu lavar os seus pés, teremos algo precioso em comum para vivermos em comunhão, uma base para a verdadeira unidade.” Ele quer que os seus filhos sirvam e se submetam uns aos outros, na casa de Deus e na vida cotidiana.

Como praticar a unidade da fé no corpo de Cristo, que é a igreja? Na carta do Apóstolo Paulo aos Efésios, no capítulo 4, ele compara a igreja de Cristo como um corpo bem ajustado e ligado por todas as juntas, v 16. Trazendo este conceito para o nosso cotidiano cristão: esse é o principal meio de alcançarmos a unidade da fé. O corpo é composto por membros, juntas e tecidos, o corpo de Cristo é igualmente colocado cada um com sua função dentro dele. Deus designou dons para cada um de nós. No versículo 11 Paulo descreve alguns desses dons, designados para cada crente.

Paulo visitou a cidade de Éfeso no final da segunda viagem missionária, por volta do ano 52 d.C. Em sua terceira viagem missionária, permaneceu em Éfeso três anos, ensinando tanto a judeus como a gregos, pregando tanto acerca do arrependimento como da fé em Cristo. A igreja de Éfeso era composta de pessoas de várias culturas e classes sociais, gentios e judeus, e Paulo apelou para a unidade em Cristo, pois onde há pessoas existem divergências de ideias. Éfeso significa; desejável. 

Essa igreja, que começou bem a sua jornada rumo à Pátria celestial, havia abandonado o que lhe deu o conceito de desejável: o “Amor”. Quanto à doutrina, era ortodoxa e implacável, mas quanto à prática do amor, tornou-se, fria e seca. O amor é a essência da vida cristã, e a igreja de Éfeso o tinha perdido.

Nos dias de hoje existem crentes fiéis, mas sem amor. Crentes ortodoxos nas doutrinas, como eram os efésios, mas sem amor. Crentes que conhecem a Bíblia, mas perderam o encanto por Jesus. Crentes que morrem em defesa da fé e atacam a heresia como escorpiões do deserto, mas não amam mais o Senhor com a mesma devoção. Crentes que trabalham até a exaustão, mas não contemplam o Senhor na beleza de sua santidade e não movem um braço para ajudar o próximo que, verdadeiramente, necessita de ajuda.

DOMINGO (21 de outubro) BÊNÇÃOS EM CRISTONo texto para hoje vemos quantas bênçãos espirituais nos foram concedidas em Cristo: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo. Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor. E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça. Que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência; descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade; com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo; em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória.” Efésios 1:3-14

A maior bênção que o ser humano pode receber de Deus é ser adotado no Seu reino espiritual. Fomos adotados como filhos tendo direito a herança celestial. As bênçãos espirituais que Paulo fala sobre a adoção, outros autores do Novo Testamento frequentemente associam com a regeneração e a justificação. A palavra huiothesia ocorre apenas cinco vezes no Novo Testamento, e todas elas nos escritos do apóstolo Paulo: Romanos 8:15,23; 9:4; Gál 4:5; Efés 1:5. Uma vez, Paulo aplica o termo à Israel como nação, ver Rom 9:4; três vezes Paulo relaciona esta palavra às bênçãos experimentadas pelo crente já na vida presente, ver Rom 8:15; Gál 4:5 e Ef 1:5, texto de hoje, e uma vez para se referir à completa realização da adoção na vinda de Cristo e na eternidade. Ver Rom 8:23.

Se o homem fosse filho de Deus por natureza, então a doutrina da adoção seria uma grande mentira! Por natureza somos “filhos da ira”. Efésios 2:3. Filhos de Deus somos em Jesus Cristo, por obra do Espírito Santo dentro de nós, que é o DNA de Deus que garante que somos de fato filhos de Deus. Como diz Paulo, “recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” Rom 8:15.

Adoção é tomar alguém como filho que não o é por natureza e nascimento e ser adotado para uma herança, no sentido espiritual, para uma herança que é incorruptível e imaculada. Ver Rom 8:15-17 e Gálatas 4:5-7. Adoção é um ato voluntário de quem adota espiritualmente. No caso, Deus exerce Sua soberana vontade nessa questão, mediado por Cristo através da interferência do Espírito Santo. Ver Efésias 1:5 e Gál 4:4-6. Significa que o adotado leva o nome de quem o adotou e pode chama-lo de “Pai!” Paulo mesmo diz que “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” Rom 8:16. É um testemunho interno do Espírito, que nos dá a certeza de que Deus nos aceitou em Cristo, e que agora somos membros de Sua família, e que podemos confiar em Seu amor bondoso e proteção. Que bênção poder pertencer ao reino de Deus mesmo estando na terra!

Não são só bênçãos que advém da adoção, mas também responsabilidades. E grandes responsabilidades! Afinal, agora temos o nome de nosso Pai celestial para zelar e Sua vontade para obedecer. Jesus disse que não são os que o chamam de “Senhor! Senhor!” que entrarão no reino dos céus, mas “aquele que faz a vontade de meu Pai” Mat 7:21. A porta de entrada para a família de Deus é o batismo: “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” João 3:5. Amém?

SEGUNDA-FEIRA (22 de outubro) DERRUBANDO A PAREDE – As raças, etnias e religiões diferentes causam divisão entre as pessoas. As guerras mundiais acontecem por esse motivo. Como Paulo indica um caminho mais excelente para os membros da família de Deus? “Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto; Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito.” Efésios 2:11-22

“Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade.” Efésios 2:13-14.

O texto referido para hoje fala do modo como Jesus derrubou barreiras de separação para nos aproximar do Pai. Se você observar a vida de Jesus verá que Ele estava sempre construindo pontes, e não muros; Sua vida, e ainda mais a Sua morte, nos aproximou de Deus em vez de nos afastar dele. A religiosidade, os preconceitos, as tradições e, por trás de tudo isso, o diabo, criam muitos obstáculos que dificultam nosso caminho para Deus.

A Bíblia também nos diz que Jesus nos abriu um caminho “novo e vivo” Ver Heb 10:20. E, quanto a nós? O que temos feito? Estamos construindo pontes ou muros? Nossas atitudes e modo de vida estão aproximando as pessoas de Jesus por meio de uma demonstração viva de Seu amor ou criando barreira por meio de uma atitude fria, egoísta e indiferente?

Jesus falava a mesma língua que o povo à sua volta e ensinava usando figuras, como o pão ou a porta, que todos compreendiam, mas muitos cristãos preferem usar um linguajar igrejeiro que só os que frequentam uma igreja há muito tempo compreendem. E os novos na fé? Estamos facilitando o seu caminho, consolidando-os na fé, proporcionando-lhes não só a acolhida, como também o exemplo e ensino que necessitam, ou estamos barrando o seu crescimento, desestimulando-os com críticas, julgamentos e indiferença? Jesus convida-nos para sermos construtores, mas somente de pontes.

O que Paulo fala no texto é o fim do Judaísmo para dar lugar ao Cristianismo. Isto não significa que todas as leis dadas por Deus aos Judeus foram abolidas. A lei cerimonial, a qual apontava para Cristo, naturalmente chegou ao seu final quando Cristo cumpriu aquilo para o qual ela apontava. A lei civil Judaica já tinha desaparecido há muito tempo com a perda da soberania de Israel como nação. Mas a lei moral, os preceitos morais, isto é, os Dez Mandamentos, os quais são uma transcrição do caráter de Deus, estes são tão eternos quanto Deus, e não podem ser abolidos em hipótese nenhuma.

Em todos os seus ensinos, a respeito do final do sistema legal judeu, Paulo tornou enfaticamente claro que a Lei moral não foi abolida. Romanos 3:31 menciona: “Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei”. Após a morte de Cristo Ele substitui a circuncisão pelo batismo e continua esse sinal exterior, mas agora não por um corte no corpo, mas pelo batismo. Ver Colossenses 2:11-12.

É importante observar também que as leis de saúde, dadas ao povo Judeu, para que este não tivesse muitas das doenças dos povos vizinhos que eram pagãos e idolatras, também são oferecidas a nós, como cristãos, pois nosso corpo é o templo e morada, do Espírito Santo.

TERÇA-FEIRA (23 de outubro) UNIDADE NUM SÓ CORPO – Todos são convidados a andar no unidade do Espírito Santo: “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” Efésios 4:1-3.

Somos convidados a seguir a lógica simples das coisas que é seguir a fé e doutrinas originais de Cristo, dos apóstolos e da igreja cristã primitiva. A unidade na fé e doutrina só se realiza na obediência fiel as doutrinas de Jesus. Concorda? Em uma casa, empresa, escola, clube, etc… se alguém está em desacordo, cria confusão e não unidade. Agora surge uma pergunta: Se existe só uma doutrina cristã, por que existem tantas religiões no cristianismo? De acordo com declarações enfáticas do Pr. Luís Gonçalves, evangelista da Divisão Sul Americana da IASD, existem mais de 34 mil religiões cristãs! Como manter a unidade?

A unidade da igreja Cristã e, no caso a igreja Adventista, só se torna possível pela atuação do Espírito Santo. Devemos lembrar que a ênfase dada ao Espírito Santo, sem o apoio doutrinário da Bíblia, leva-nos a desenvolvermos práticas suspeitas. A Bíblia e o Espírito Santo são parceiros em todos os detalhes. Eles andam de mãos dadas, pois foi o Espírito Santo que inspirou os profetas a escreverem cada palavra. Sendo assim, todos os cristãos deveriam voltar à origem do Cristianismo primitivo crendo e vivendo as doutrinas como Jesus nos ensinou.

O que aprendemos com o seguinte texto? “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.” Efésios 4:4-6.

O propósito de Deus é trazer o corpo de Cristo à unidade: “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, a perfeita varonilidade, a medida da estatura da plenitude de Cristo” Efés 4:13. Uma boa percentagem dos membros da igreja, está vivendo um cristianismo histórico, psicossomático e psicológico, distanciando cada vez mais da atuação direta do Espírito Santo, para elevar-nos a níveis espirituais mais altos do que aqueles em que vivemos. O que está faltando para a igreja dos últimos tempos é uma descoberta espiritual, através da comunhão, para trazer-nos do reino da matéria a um viver e um relacionamento mais íntimo com Jesus Cristo, no qual a vida de Deus flua a todos os membros do Corpo de Cristo e vejamos pessoas convertidas para o reino de Deus. Amém?

“O mundo está a olhar com satisfação para a desunião entre os cristãos. Os infiéis com isso se alegram. Deus requer uma mudança entre o Seu povo. A união com Cristo e dos crentes entre si é nossa única segurança nestes últimos dias. Não tornemos possível que Satanás aponte para os nossos membros da igreja, dizendo: “Eis como este povo, que se põe sob o estandarte de Cristo, se odeia entre si! Nada temos que temer deles, enquanto gastam mais esforço combatendo-se mutuamente, do que na luta contra as minhas forças. Depois de receberem o Espírito Santo, os discípulos saíram a proclamar um Salvador ressurgido, sendo seu desejo único a salvação das pessoas. Regozijavam-se na doce comunhão com os santos. Eram ternos, corteses, abnegados, dispostos a fazer qualquer sacrifício pela causa da verdade. Em sua diária associação mútua, revelavam o amor que Cristo lhes ordenara revelar. Por palavras e atos abnegados, procuravam acender esse amor noutros corações.” Conselhos para a Igreja, 42.

QUARTA-FEIRA (24 de outubro) OS LÍDERES DA IGREJA E A UNIDADE – Conhecendo o coração humano Jesus orou em favor da unidade da igreja. Não existem dois seres humanos iguais, dois digitais iguais, duas folhas iguais mesmo na mesma árvore, dois flocos de neve iguais. Deus ama a unidade embora tenha criado a diversidade das espécies. Com a Sua igreja é assim também. Várias são as culturas e tradições de onde viemos e em Cristo formamos um só povo. Entre o povo de Deus existe perfeita unidade na diversidade. Cada membro do corpo contribui com sua parte para o êxito do todo. Esta questão, muito importante, foi claramente compreendida pelos membros da igreja apostólica. Para eles a missão era da igreja.

Este é o texto para hoje: “Assim, Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com o propósito de aperfeiçoar os santos para a obra do ministério, para que o Corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da estatura da plenitude de Cristo.” Efésios 4: 11-13

Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu esta carta à igreja de Éfeso e, neste texto, cita os dons e ministérios dado pelo Senhor. Façamos uma análise em forma de pergunta, para que a própria bíblia responda:

1) Quais foram os dons e ministérios que o Senhor concedeu? “Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres”

2) Com que propósito? “Com o propósito de aperfeiçoar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado.”

3) Até quando? “Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da estatura da plenitude de Cristo”

Na verdade, a igreja cristã primitiva não seria formada, e não existiríamos hoje como igreja, se não fosse a atuação do Espírito Santo para promover a unidade entre os crentes. Jesus é a cabeça da igreja e nós somos o corpo de Cristo. Ver Efésios 1:22, 23 e 5:23. “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito.” Efésios 2:20-22

“É o Espírito Santo que une a cabeça ao corpo. E o Seu trabalho é maravilhoso, pois Ele tem a tarefa de unir Deus, que é santo, ao homem que é pecador. Como Deus não baixa a Sua norma de santidade ao padrão humano, somos nós que devemos nos elevar ao Seu padrão de santidade. Veja estes textos: “Como Deus é puro em Sua esfera, assim o homem deve ser na sua. E será puro, se Cristo, a esperança da glória, habitar no interior; pois ele imitará a vida de Cristo e refletirá Seu caráter.” Obreiros Evangélicos, 366.

Há pelo menos três maneiras de governos entre as igrejas cristãs: 

1) O Governo Congregacional – Nesta forma de governo eclesiástico, a igreja é aquela “comunidade local”, formada de crentes unidos para a adoração e obediência a Deus, no testemunho público e privado do Evangelho, constitui-se em uma Igreja local que é autônoma e não está sujeita em termos de igreja a qualquer outra entidade senão à sua própria congregação. O poder de mando de uma igreja congregacional reside em suas Assembleias. Os Batistas e congregacionalistas fazem parte deste tipo de liderança.

2) O Governo Episcopal – Neste sistema mais antigo, adotado como por exemplo pela igreja Católica Romana e pela igreja Ortodoxa, os ministros principais da igreja são os bispos. Outros ministros são presbíteros e diáconos. O governo é centralizado na figura de um dirigente, responsável pelas decisões e destinos da igreja, mas que possui um grupo de subalternos, o Colégio Episcopal, responsáveis pela administração da gestão do sistema. Como denominação evangélica, as igrejas do Evangelho Quadrangular e Universal seguem este governo, qual o bispo rege uma ou mais regiões eclesiásticas e há ainda os pastores, evangelistas e diáconos. 

3) O Governo Representativo – Essa forma de governo, é caracterizada pela eleição de delegados, para voto em Assembleias, para escolha dos dirigentes por um determinado período de tempo. Essa é a forma de governo adotada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em todos os seus níveis desde a igreja local, através dos líderes mencionados no texto de hoje e em outro textos, como até a Associação Geral. A igreja de Cristo sempre é apresentada na Escritura como um corpo unido em todas as suas partes e como tal deve ser governado de forma representativa. Tecnicamente dividida em departamentos e cada um despenhando uma tarefa específica, estes são administrados por uma liderança central que mantém todos os seus ramos unidos, formando um corpo harmônico e perfeito no cumprimento da missão da igreja.

Veja estes textos: “Deve-se ter grande cuidado de que a obra, em cada ramo da causa, esteja harmoniosamente unida com cada um dos outros ramos, fazendo assim um todo perfeito.” Testemunhos Para a Igreja, vol. 9, 136.

“Portanto, em nosso trabalho e nas nossas dádivas à causa de Deus, não é seguro ser dominado pelos sentimentos ou pelo impulso. Dar ou trabalhar quando são despertadas as nossas simpatias, e reter nossas dádivas ou serviço quando as emoções não são estimuladas, é rumo inseguro e perigoso”. E orienta de modo enfático: “Devem os cristãos agir guiados por princípios fixos, seguindo o exemplo de abnegação e de sacrifício próprio do Salvador.” Conselhos Sobre Mordomia, 25.

QUINTA-FEIRA (25 de outubro) OS RELACIONAMENTOS HUMANOS EM CRISTO – Jesus ensinou uma regra irretocável para quem quer estabelecer relacionamentos humanos de qualidade. Nós cristão chamamos de “regra de ouro”. Quase no fim do Sermão da Montanha, Jesus resumiu uma série de reflexões profundas sobre o comportamento humano numa frase: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam.” Mat 7:12. Nesse mandamento de Cristo, Ele ensinou dois pontos sobre a evolução dos relacionamentos humanos: devemos decidir como queremos ser tratados; em seguida, precisamos começar a tratar os outros da mesma maneira.

Como filhos de Deus somos convidados a darmos o exemplo nos nossos relacionamentos. Seja qual for nossa condição num relacionamento, se percebemos que há uma questão a ser resolvida, então a responsabilidade de fazer um esforço concentrado para gerar mudança positiva está em nossas mãos. Paremos de acusar os outros para tentarmos nos justificar. Tentemos ser fonte de inspiração e exemplo, mostrando a atitude mais apropriada para cada ocasião de tribulação. Tomemos a decisão de não sermos as pessoas que apenas reagem para defender-se, mas a que tomemos a iniciativa de aproximação e amor para com todos.

Este é um texto sugerido para o estudo de hoje:“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo; sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.” Efésios 5:15-21. Conseguimos praticar estes ensinamentos, especialmente o que está grifado?

Frequentemente escutamos algo parecido com isso: Meu marido é um amor de pessoa para as pessoas de fora, mas quando chega em casa, ele se transforma. Ele trata toda a família pior do que cachorro. Ele usa palavras da baixo calão, ele xinga a todos, ele não colabora com as atividades do lar,  e é um verdadeiro bruta montes. Certas esposas gostariam de ser a secretária do seu marido, na empresa onde o marido é chefe, para serem tratadas dignamente, pelo menos na hora do expediente. Mas, o inverso também acontece. Alguns maridos são mal tratados pelas esposas.

“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor...Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo se entregou por ela.” Efésios 5:22 e 25 Este texto é maravilhoso desde que seja praticado pelos cônjuges.

“A esposa deve respeitar o marido. O marido deve amar sua esposa e mostrar desvelo por ela; e unindo-se nos votos matrimoniais como um só ser, sua crença em Cristo deve fazer que sejam um com Ele. Que pode agradar mais a Deus do que ver os que assumem a relação matrimonial buscarem juntos aprender de Jesus a tornarem-se mais e mais imbuídos do Seu Espírito? Manuscrito 36, 1899. Tendes agora deveres por cumprir, que não tínheis antes de vosso casamento. “Revesti-vos, pois, ... de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade.” Andai em amor, como também Cristo vos amou.” “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja. ... De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. Vós maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela.” O Lar Adventista, 114

O que significa honrar meu pai e minha mãe? Honrar seu pai e mãe é demonstrado através de palavras e ações que surgem de uma atitude interior de estima e respeito pela posição que ocupam. A palavra grega para honra significa reverenciar, estimar e valorizar. Honrar é dar respeito não apenas pelo mérito, mas pela posição. Por exemplo, algumas pessoas podem não concordar com as decisões de seu presidente, mas ainda devem respeitar sua posição como líder de seu país. Assim também, os filhos de todas as idades devem honrar seus pais, quer seus pais “mereçam” ou não. Deus nos exorta a honrar nosso pai e mãe. Ele tanto valoriza honrar aos pais que incluiu esse princípio nos dez mandamentos. Ver Êxodo 20:12 e novamente no Novo Testamento: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.” Efésios 6:1-3.

SEXTA-FEIRA (26 de outubro) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS A LIÇÃO 4 (4º TRIMESTRE 2018) A CHAVE PARA A UNIDADE - Deus quer que seus seguidores vivam em união. Quando Jesus preparou-Se para sua própria morte, uma das primeiras coisas em sua mente foi a unidade dos seus discípulos: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste" João 17:20-21

Todos os que querem glorificar a Deus incentivarão esta unidade entre os crentes: "Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros". Romanos 14:19. Como servos de Deus em comunhão com o Espírito Santo, deveremos trabalhar humildemente para manter a unidade: ". . . completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vangloria, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” Filipenses 2:2-4.

Paulo deu a fórmula prática para esta paz quando escreveu à igreja dividida em Corinto: "Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis a todos a mesma cousa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer" I Coríntios 1:10. Embora os métodos humanos para manter a unidade possam parecer práticos e eficientes, os verdadeiros seguidores de Jesus procurarão manter a unidade do modo que ele nos ensina na bíblia.

A unidade artificial é fácil. Os homens são muito capazes de esconder diferenças reais e criar alianças ímpias, como faziam os fariseus e os herodianos quando se uniam contra seu adversário comum, Jesus. Mas a unidade real requer trabalho duro. Exige estudo diligente, humildade genuína, amor pelos irmãos e, acima de tudo, um amor intransigente por Deus e Sua palavra. Que Deus nos ajude a desenvolver a mente de Cristo para servi-lo juntos! Amém?

“É propósito de Deus que haja unidade entre Seus filhos. Não esperam viver juntos no mesmo Céu? Está Cristo dividido contra Si mesmo? Dará Ele êxito ao Seu povo antes de removerem eles o lixo da suspeita e da discórdia, antes que os obreiros, em unidade de propósitos, dediquem coração e mente à obra que é tão santa aos olhos de Deus? A união faz a força; a desunião enfraquece. Unidos uns aos outros, trabalhando juntos, em harmonia, pela salvação dos homens, seremos na verdade “cooperadores de Deus”. 1 Coríntios 3:9. Os que se recusam a trabalhar em boa harmonia desonram grandemente a Deus. O inimigo deleita-se em vê-los trabalhando para fins mutuamente contrários. Essas pessoas precisam cultivar o amor fraternal e a ternura de coração. Se pudessem correr a cortina que lhes vela o futuro e ver o resultado de sua desunião, por certo seriam levados a arrepender-se.” Conselhos para a Igreja, 42

Luís Fonseca

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