terça-feira, 27 de novembro de 2018

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (4º trimestre 2018) A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA E A UNIDADE


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (4º trimestre 2018) A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA E A UNIDADE

VERSO ÁUREO: “Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo.” Mateus 20:26,27

INTRODUÇÃO (sábado 15 de dezembro) – A boa organização da igreja é essencial para sua missão e para a unidade dos cristãos. Cristo é a cabeça da igreja, os crentes são o corpo e os líderes devem seguir Seu exemplo ao conduzi-la. A unidade é preservada pelo ensino fiel da Palavra e pela fidelidade a Cristo!

A palavra grega traduzida para igreja significa: "chamado para fora", e assim refere-se a um grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado e servirem ao Senhor.  A igreja é um corpo constituído de crentes. Como um organismo vivo, a igreja pode sentir medo, ver Atos 5:11, pode orar, ver Atos 12:5 e pode pregar. Ver Mateus 18:17. Pessoas que são chamadas para saírem do pecado não continuam participando do mal no mundo, porque elas estão santificadas ou separadas do pecado, veja João 17:14-23; Colossenses 1:13; I Pedro 2:9 e I João 4:5-6. Deus chama as pessoas para deixar o mal deste mundo através da mensagem do evangelho. Ver I Tessalonicenses 2:13-14. Aqueles que são convertidos verdadeiramente a Cristo são chamados santos e pertencem ao corpo de Cristo.Ver I Coríntios 1:2;  Colossenses 1:1-2.

A existência da igreja é necessária para cumprir a missão de Cristo na terra. A Bíblia nos diz que precisamos ir à igreja para que possamos adorar a Deus com outros crentes e ser instruídos em Sua Palavra para nosso crescimento espiritual. Ver Atos 2:42 e Hebreus 10:25.

A igreja é o lugar onde os crentes podem amar uns aos outros, ver I João 4:12, e exortar uns aos outros, ver Hebreus 3:13, “estimular” uns aos outros, ver Hebreus 10:24, servir uns aos outros, ver Gálatas 5:13, instruir uns aos outros, ver Romanos 15:14, honrar uns aos outros, ver Romanos 12:10 e ser bondosos e misericordiosos uns com os outros. Ver Efésios 4:32.

Embora cada um deva viver o seu cristianismo e influenciar positivamente fora das paredes de uma igreja, ir à igreja é necessário para o nosso conforto espiritual. Quando alguém confia em Jesus Cristo para salvação, é feito membro do Corpo de Cristo, conforme I Coríntios 12:27. Para que o corpo da igreja funcione corretamente, todas as partes do corpo precisam estar presentes. Ver I Coríntios 12:14-20. Da mesma forma, um crente nunca alcançará completa maturidade espiritual sem a ajuda e encorajamento de outros crentes. Ver  Coríntios 12:21-26. Por estes motivos, a frequência à igreja, a participação e a fraternidade devem ser aspectos regulares da vida de um crente. Amém?

A divisão religiosa em nossa sociedade é vergonhosa, e quando analisamos o cristianismo ficamos tristes com a existência de tantas confissões religiosas. Se Cristo é Único, porque há tantas religiões?  Muitas pessoas estão confusas num mundo com muitos nomes diferentes de igrejas. Alguns destes nomes honram certos homens, enquanto outros ressaltam pontos doutrinários específicos.

A unidade dos salvos deve ter como base as doutrinas de Cristo. Quando os homens começam a seguir outros homens, perdem a unidade com Cristo e seu povo. Ver I Coríntios 1:11-13. Divisões e contendas acontecem na igreja; em parte, porque algumas pessoas se identificam somente com nomes humanos. Jesus e Paulo argumentaram que devemos identificar-nos somente com o Senhor que servimos. Amém?

Durante esta semana estudaremos por que a organização da igreja é crucial para a missão e como ela pode promover a unidade da igreja.

DOMINGO (16 de dezembro) CRISTO, A CABEÇA DA IGREJA – A igreja é representada, no Novo Testamento, pela metáfora do corpo. A igreja é o corpo de Cristo. Essa metáfora faz alusão a vários aspectos da igreja e à relação entre Cristo e Seu povo. Como o corpo de Cristo, a igreja depende dele para existir. Jesus é a  cabeça e a fonte da vida da igreja. Sem Ele, não haveria igreja.

Veja os seguintes textos: “E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.” Colossenses 1:18

“E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja.” Efésios 1:22

A igreja também deriva a sua identidade de Cristo, pois Ele é a fonte, o fundamento e o originador de Suas doutrinas. O verdadeiro seguidor de Cristo faz aquilo que Jesus fazia. Ser discípulo de Jesus é aprender de Jesus e ser Seu imitador. No tempo de Jesus, um discípulo era um aluno que estava aprendendo a ser como o Seu professor era. Jesus mandou fazer discípulos de todas as nações. Mas, antes disso precisamos ser imitadores de Cristo. E precisamos pertencer ao corpo de Cristo. No caso do estudo da lição e hoje, Cristo e Sua Palavra revelada nas Escrituras, determinam o que é a igreja. Portanto, ela obtém de Cristo sua identidade e significado. Amém?

O que pratica um discípulo de Jesus? Ama Jesus. O crente que pertence ao corpo de Cristo tem um relacionamento pessoal com Jesus; seu amor por Jesus o leva a querer obedecer e aprender dele. Veja João 14:21 e Efésios 5:23-27.

O crente Aprende de Jesus é um estudante da estuda a Bíblia, ora e tenta ouvir o que Jesus lhe quer dizer; o Espírito Santo ensina o discípulo pessoalmente quando estuda a Palavra de Deus. Ver João 14:26

O crente obedece Jesus. O objetivo do discípulo é tornar-se cada vez mais como Jesus, nosso maior exemplo; isso significa deixar o pecado e tentar fazer sempre o bem e guardar os Seus mandamentos. Ver Efésios 5:1-2 e Lucas 14:27

O crente fala sobre Jesus e relaciona-se bem com outros discípulos do corpo de Cristo. O discípulo de Jesus faz mais discípulos de Jesus; ele quer que outros conheçam Jesus e descubram como é bom ser Seu discípulo. Ver Mateus 28:19-20 e Hebreus 10:25.

Embora haja resistência ao conceito de submissão à Cabeça da igreja, o corpo que é a igreja, deve estar sujeita a Cristo, e à Sua autoridade. Nosso reconhecimento de Cristo como o cabeça da igreja faz com que nos lembremos de que nossa lealdade suprema deve pertencer ao próprio Senhor e a ninguém mais. A igreja deve ser organizada, mas essa organização deve sempre estar subordinada à autoridade de Jesus, o verdadeiro líder da igreja.

“A igreja é edificada tendo Cristo como seu fundamento; deve obedecer a Cristo como sua cabeça. Não tem que confiar em homem, nem ser por homem controlada. Muitos pretendem que uma posição de confiança na igreja lhes dá autoridade para ditar o que outros hão de crer e fazer. Essa pretensão não é sancionada por Deus. O Salvador declara: ‘Todos vós sois irmãos’. Todos estão expostos à tentação e sujeitos ao erro. Em nenhum ser finito podemos confiar quanto à direção. A Rocha da fé é a presença viva de Cristo na igreja. Nela pode confiar o mais débil, e os que mais fortes se julgam se demonstrarão os mais fracos, a não ser que façam de Cristo Sua eficiência.”  O Desejado de Todas as Nações, 414.

É muito fácil depender de seres finitos. Como podemos aprender a depender somente de Cristo?

SEGUNDA-FEIRA (17 de dezembro) LIDERANÇA DE SERVO - Nos últimos anos, muito se tem escrito sobre o líder que é servo, que inspira os outros e atinge grandes metas, não por “mandar nos outros”, mas por servi-los. Porém, liderança servil não é um fenómeno novo; suas origens remontam aos tempos do Antigo Testamento. Certamente, Jesus é o maior exemplo de líder servil. Todavia, a Bíblia contém exemplos de líderes bons e maus.

Durante Seu ministério com os discípulos, Jesus repetidamente viveu momentos em que ficou aborrecido pela aparente cobiça que eles tinham pelo poder. Os apóstolos pareciam estar ansiosos para se tornarem líderes poderosos do reino de Jesus. Veja Marcos 9:33, 34 e Luc 9:46. Mesmo enquanto os discípulos tomavam a última ceia juntos, esses sentimentos de dominação e supremacia eram evidentes entre eles. Ver Lucas 22:24.

Quais princípios aprendemos com a exortação de Jesus em Mateus 20:25-28 e como podemos manifestá-los em nossa vida, especialmente em nossas igrejas?  “Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; e, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” Mateus 20:25-28.

O conceito de autoridade que Jesus apresentou nessa história está fundamentado em duas palavras-chave: “servo” diáconos e “escravo” doulos. Em algumas traduções, a primeira palavra, servo, muitas vezes é traduzida como “ministro”, e a segunda, como “servo”.

O que torna os líderes respeitados não é seu carisma pessoal, mas algo mais profundo: Fazer da vida uma missão, e não uma carreira. A humildade do líder cristão deve ser sincera. Se, depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus tivesse Se dirigido para uma cerimônia na qual Ele reivindicasse todo o crédito pelo sucesso de Sua “organização”, aquele ato teria sido reduzido a um ritual hipócrita.

Steven Covey, no livro The Leader of the Future [O Líder do Futuro], comenta: “A humildade diz: ‘Não tenho o controle; são os princípios que governam e controlam.’ Requer-se humildade porque a mentalidade tradicional é ‘eu estou no controle’ [...] Essa mentalidade leva à arrogância, o tipo de orgulho que vem antes da queda. Isso nos faz lembrar de personagens como o rei Saul, Sansão e Hamã.”

O líder cristão deve servir. A vida cristã é uma missão. Os grandes líderes da Bíblia entenderam que a sua missão na terra era servir a uma causa muito maior do que qualquer líder ou pessoa. Não faltam pés para lavar. As toalhas e a água estão disponíveis. Em humildade e submissão a Deus sejamos líderes servis, e Deus nos exaltará.

“Cristo estava estabelecendo um reino sobre princípios diferentes. Chamava os homens, não à autoridade, mas ao serviço, e os fortes a sofrer as fraquezas dos fracos. Poder, posição, talento, educação colocavam seus possuidores sob maior dever de servir aos semelhantes” O Desejado de Todas as Nações, 550.

De acordo com Jesus, no rito do lava-pés relatado em João 13:1-20, qual foi o exemplo de liderança que Jesus nos deixou?  Como podemos manifestar esses princípios em nossas ações dentro e fora da igreja?

TERÇA-FEIRA (18 de dezembro) PRESERVANDO A UNIDADE DA IGREJAEstes são os textos principais para hoje: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” II Timóteo 2:15

“Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.” Tito 1:9

“Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos por Sua manifestação e por Seu Reino, eu o exorto solenemente: Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos.” II Tim 4:1-4

De acordo com os textos acima vemos que as tarefas essenciais do líder cristão é conhecer as doutrinas, ensiná-las e, quando necessário, convencer os que se opõe as doutrinas de Cristo.  

Veja que a grande ênfase de Paulo era em manter as doutrinas e os ensinamentos puros. Isso é essencial para a unidade, especialmente porque, mais do que qualquer outra coisa, nossos ensinos são o que une a nossa igreja. Como adventistas, tendo diferentes trajetórias na vida, culturas e origens, nossa unidade em Cristo se encontra na compreensão da verdade que Ele nos deu. Se nos tornarmos confusos quanto a esses ensinos, o resultado será o caos e a divisão, especialmente à medida que nos aproximamos do fim.

Veja algumas maneiras de como preservar a unidade da igreja:

1) Gaste mais tempo considerando as evidências da atuação da graça em outros cristãos do que pesando seus pecados e fraquezas. Brooks alerta: “Pecado é escuridão; graça é luz; pecado é inferno; graça é céu; e quão louco é olhar mais para a escuridão do que para luz, mais para o inferno do que para o céu”.

2) Medite nos vários mandamentos de Deus para que nos amemos uns aos outros. Quando você sentir o seu coração começar a se virar contra um outro cristão, é hora de se voltar aos muitos mandamentos para que amemos uns aos outros.

3) Passe mais tempo considerando áreas de concordância do que de discordância. As doutrinas que você partilha com outros verdadeiros crentes são as doutrinas fundamentais; as que você não partilha são necessariamente menos centrais à fé.

4) Considere o preço da desunião. Quando relacionamentos são rompidos, desavenças, inevitavelmente, se seguem e cada desacordo entre cristãos é um triunfo para Satanás. Evitemos as discussões.

5) Busque a humildade. Humildade gera paz entre cristãos. A humildade preparará o crente para servir ao invés de ser servido, para ignorar uma ofensa, para buscar todo tipo de unidade. A humildade também gera reconciliação. Somos chamados para o ministério da reconciliação.

6) Trate com amor, mas com energia os lobos disfarçados em ovelhas, que estejam entre o rebanho e Cristo. Jesus avisou que iriam surgir muitos falsos profetas no mundo e muitos seriam disfarçados. Mateus 7.15 diz: “Cuidado com os falsos profetas! Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens.”

Veja outros textos: “E digo isto, para que ninguém vos engane com palavras persuasivas.” Colossenses 2:4

“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” I João 4:1

“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.” II Pedro 2:1-3.

A medida que vamos nos aproximando do fim, o inimigo fica furioso e envia falsos irmãos entre nós par tentar desviar alguns da fé. Quando esses falsos irmãos não conseguem a sua missão através de falsas doutrinas, começam a difamar a igreja e a sua liderança e a apontar pecados de irmãos e que devemos deixar de sustentar a igreja com os dízimos e ofertas. E mais coisas. Com estes devemos advertí-los e; quando necessário devemos exercer a disciplina eclesiástica.

Como os líderes podem manter a unidade na igreja? Como podemos ser uma força em favor da unidade mesmo em meio a contendas?

QUARTA-FEIRA (19 de dezembro) A DISCIPLINA DA IGREJA – Um dos principais problemas da organização da igreja é tratar com a disciplina. Mas quando se faz necessário devemos usar a disciplina na igreja. A maneira pela qual a disciplina preserva a unidade às vezes é uma questão delicada e pode ser mal interpretada. Contudo, dentro da visão bíblica, a disciplina está centrada em duas áreas importantes: preservar a pureza da doutrina e preservar a vida espiritual do crente faltoso.

A figura usada pelo profeta Jeremias no capitulo 18:1-6, ao considerar o homem como barro e Deus como oleiro, ajuda-nos a entender o valioso processo da disciplina. Nossa natureza, assim como o barro, não possui nenhum valor. Nada existe no barro que ele possa fazer por si próprio de modo a atribuir a si algum valor. Da mesma forma, qualquer beleza que exista em nós é resultado da ação de Deus em nós. É o que se chama de graça, isto é, favor imerecido. Já a disciplina é o processo que Deus usa para transformar aquilo que não tem valor em algo precioso.

Não existe em nós beleza natural, pois a queda nos fez perder esse aspecto. Nosso caráter está inclinado a pecar. O bem que desejamos fazer não conseguimos, mas o mal que não queremos fazer, fazemos. Ver Romanos 7:19 . Deus, em Seu amor, busca fazer esta mudança radical: tornar aquilo que por natureza é feio e sem utilidade em algo belo e útil. A maneira de nos disciplinar visa transformar o velho homem em um novo homem, segundo Cristo, levando Seus filhos à maturidade, a fim de atingirem a medida da plenitude de Cristo. Ver Efésios 4:13.

A Bíblia apoia o conceito de disciplina e de nossa responsabilidade de uns para com os outros em nossa vida espiritual e moral. De fato, uma das marcas distintivas da igreja é sua santidade ou separação do mundo. Certamente encontramos na Bíblia muitos exemplos de situações difíceis que exigiram que a igreja atuasse de maneira decisiva contra comportamentos imorais. Os padrões morais devem ser mantidos na igreja.

Qual é a forma correta de aplicar a disciplina? Veja o que Jesus disse sobre este assunto: “E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” Mateus 16:19.

“Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão, mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” Mateus 18:15-20

A Bíblia confirma a importância de preservar a pureza das doutrinas diante da apostasia e do falso ensino, especialmente no final dos tempos. O mesmo também é verdade sobre os membros da igreja que falham com o respeito da comunidade, imoralidade, desonestidade e a depravação.

Ao lidarmos com os que erram, como podemos aprender a agir com uma atitude de redenção mais do que de punição? E se for você o membro faltoso, é humilde para reconhecer e receber a disciplina e mudar de comportamento?

“Cristo dá poder à voz da igreja. “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu”. Mateus 18:18. Não há apoio para um homem levantar-se por iniciativa própria e defender as idéias que bem entender, sem considerar a posição da igreja. Deus concedeu o mais alto poder, abaixo do Céu. à Sua igreja. É a voz de Deus em Seu povo unido na qualidade de igreja que deve ser respeitada. Testimonies for the Church 3:450, 451.

“A Palavra de Deus não dá licença a que um homem ponha seu julgamento em oposição ao da igreja, nem lhe é permitido insistir em suas opiniões contrariamente às dela. Caso não houvesse disciplina e governo eclesiásticos, a igreja se esfacelaria; não poderia manter-se unida como um corpo. Sempre tem havido indivíduos de espírito independente, pretendendo estar certos e que Deus os havia ensinado, impressionado e guiado especialmente. Cada um tem uma teoria sua particular, ideias peculiarmente suas, e cada um pretende que essas idéias se acham em harmonia com a Palavra de Deus. Cada um tem diferente teoria e fé, e não obstante pretende cada um possuir luz especial de Deus. Essas pessoas separam-se da corporação, e constituem por si mesmas uma igreja à parte. Não podem estar todas certas, todavia pretendem todas ser guiadas pelo Senhor….” Conselhos para a Igreja vol. 3, 245

QUINTA-FEIRA (20 de dezembro) ORGANIZADOS PARA A MISSÃO – A igreja de Cristo foi organizada para a missão e a evangelização. Não somos apenas um clube que reúne pessoas com pensamentos semelhantes com o objetivo de reafirmar suas crenças, embora a parte social também seja importante. Fomos salvos para partilhar com o mundo a verdade que aceitamos e passamos a amar.

Embora Jesus tenha passado pouco tempo na terra, Ele aproveitou todo o tempo possível para fazer discípulos. Cristo sabia que, para o Cristianismo crescer forte; homens e mulheres deviam estar bem alicerçados no conhecimento teórico e prático do evangelho. Os doze discípulos foi o primeiro grupo a ser estabelecido. Depois deles vieram muitos outros. Jesus escolheu líderes para exercer influência para a vida eterna. Seriam líderes que outros continuariam o seu trabalho. Portanto, a influência deles deveria ser no sentido da mudança do caráter das pessoas. Esses líderes deveriam exercer influência pelo ensino e pelo exemplo de vida.

Se o propósito central da missão cristã é fazer discípulos, segundo a grande comissão que Jesus Cristo deu aos Seus discípulos em Mateus 28.16-20, cabe-nos a pergunta: Como fazer discípulos de Cristo? Para começar, precisamos levar em conta que um discípulo é primordialmente um aprendiz, alguém que está em processo de formação, cuja finalidade é fazer o discípulo ser como seu mestre.

Sob esta perspectiva, o mandamento de “fazer discípulos” é um mandamento para formar pessoas que cheguem a ser como Jesus Cristo. Antes de eu ser um formador eu devo formar-me aos pés de Jesus. Então primeiro devo ser perfeito para depois fazer discípulos? Não quer dizer que devo julgar-me perfeito antes de começar a missão de ensinar outros. Após eu ter o conhecimento da pessoa maravilhosa de Jesus e Suas doutrinas e de tornar-me membro da sua igreja através do batismo, logo devo anunciar para os outros o amor de Deus. Devo iniciar a minha liderança espiritual.

Como posso fazer discípulos? Primeiramente devo mostrar, pelo exemplo, que vivo com Jesus, depois; convidando amigos e familiares para irem à igreja comigo, oferecendo literaturas bíblicas, dando estudos bíblicos ou participando de pequenos grupos de oração.

Quando a igreja responde a essa comissão, o reino de Deus é ampliado e cada vez mais pessoas de todas as nações se juntam às fileiras dos que aceitam Cristo como Salvador. Sua obediência aos mandamentos de Jesus para serem batizados e observarem Seus ensinos cria uma nova família universal. Os novos discípulos também recebem a certeza da presença de Jesus todos os dias ao fazerem mais discípulos.

“Cristo não disse a Seus discípulos que sua obra seria fácil […]. Assegurou-lhes que estaria com eles e, se fossem avante com fé, seriam protegidos pelo Onipotente. Ordenou-lhes que fossem valorosos e fortes, pois Alguém mais poderoso que os anjos;  o General das hostes celestiais estaria em suas fileiras. Ele tomou completas providências para a continuação de Sua obra, e assumiu a responsabilidade de seu êxito. Enquanto obedecessem Sua Palavra e trabalhassem em harmonia com Ele, não fracassariam.” Atos dos Apóstolos, 29. Amém?

SEXTA-FEIRA (21 de dezembro) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (4º trimestre) A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA E A UNIDADE - A boa organização da igreja é essencial para a sua missão e à unidade dos cristãos. Cristo é a cabeça da igreja, e os líderes devem seguir Seu exemplo ao conduzi-la. A unidade é preservada pelo ensino fiel da Palavra e pela fidelidade a ela. Os princípios de boa liderança aplicam-se em todas as formas de sociedade, inclusive à igreja. Entretanto, o líder na igreja deve ser mais do que um líder. Ele também deve ser um servo.

“Existe uma aparente contradição entre ser um líder e ser um servo. Como é possível liderar e servir ao mesmo tempo? O líder não ocupa uma posição de honra? Ele não manda e espera que os outros lhe obedeçam? Como, então, ele ocupa a posição mais baixa de um servo, de receber ordens e cumpri-las? “Para resolver o paradoxo, devemos olhar para Jesus. Ele representou de maneira suprema o princípio da liderança servidora. Toda a Sua vida foi de serviço. E, ao mesmo tempo, Ele foi o maior líder que o mundo já conheceu” (G. Arthur Keough, Our Church Today: What It Is and Can Be; Washington, D.C. e Nashville: Review and Herald, 1980, 106.

“Quando se supõe que um irmão errou, não se deve fazer de seu caso um assunto para a curiosidade, comentando o fato e ampliando a falta cometida. Essas práticas são freqüentes e o resultado é que os indivíduos que isso fazem incorrem no desagrado de Deus, exultando Satanás por conseguir assim debilitar e prejudicar os que deviam ser fortes no Senhor. O mundo nota essas fraquezas, e julga essa gente e a verdade que ela professa pelos frutos que ostenta.” Testemunhos para a Igreja, vol 5, 615

Se uma das funções dos líderes é preservar a unidade, o que fazer quando os próprios líderes da igreja vacilam, quando sua humanidade os impede de ser um exemplo perfeito?

Por que é importante administrar a disciplina com um espírito de graça e amor em relação aos que erram? Por que Mateus 7:12 deve estar em nossa mente nesse processo?

Luís Fonseca

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