COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 1 (2º trimestre de 2019) OS RITMOS A VIDA
INTRODUÇÃO À
LIÇÃO DO TRIMESTRE – TEMPOS DE FAMÍLIA – As lições deste trimestre apresentam temas de bons relacionamentos entre os filhos de Deus e as famílias, e foram escritas pelo casal Cláudio e Pamela Consuegra.
A família foi criada por Deus antes
mesmo do pecado, e, depois da queda, podemos ter certeza de que o homem jamais
buscaria criar uma organização que haveria de lhe impor limites e regras de
convivência, contrariando seus instintos pecaminosos e egoístas. Deus fez apenas uma mulher para o homem e, mesmo assim, há uma tendência à poligamia ou ao
adultério masculino e feminino.
O que é um lar? É bom estabelecer a diferença entre
uma casa e um lar. Casa é uma construção com alguns materiais, como; cimento e
tijolos. Lar é uma construção que envolve normas, valores e princípios, que
regem os bons relacionamentos entre pessoas e suas crenças. Casa é um abrigo
das intempéries do tempo como; do calor, do frio e da chuva. Já o lar é o
abrigo do medo, da dor, da solidão e do desamparo. Lar é o canto onde os
membros da família anseiam por estar, onde alimentam-se de afeto e encontram o
conforto do acolhimento na esposa, no marido, nos filhos, nos pais e,
eventualmente, nos parentes que moram juntos. Em uma casa pode-se criar
problemas, mas é no lar onde os eles são resolvidos.
A Bíblia
Sagrada faz referência a este modelo de lar quando assim expressa-se: “Tua
esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos,
como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa.” Salmo 128:3.
No contexto
do lar surge a família que, sem dúvidas, é a instituição social mais importante
que existe. No entanto, a família enfrenta uma crise profunda em nossa atual
sociedade. Muitas famílias vivem sob o mesmo teto, comem juntas ao redor da
mesma mesa, mas não têm um lar. Lembro-me de um dito popular: “Encha uma casa
de amor, e ela se tornará em um lar.” Eu defendo a ideia de que um lar sólido é
um presente de Deus construído com amor e sustentado por valores e princípios.
Achei
interessante a maneira como Ernestine Schumann Heink definiu o lar: “Um teto
para abrigar-nos da chuva. Quatro paredes para proteger-nos do vento. Assoalho
para manter-nos longe do frio. Sim, mas é muito mais do que isso. É o choro de
um bebé, a canção da mãe, a força do pai. É o calor de corações que se amam, a
luz de olhos felizes, a bondade, a lealdade e o companheirismo. O lar é a
primeira escola e a primeira igreja das crianças, onde aprendem o que é
correto, o que é bom e o que é amável. É para onde as crianças vão quando
querem conforto, quando estão feridas ou doentes. É onde a alegria é
compartilhada e a tristeza é suavizada. Onde pai e mãe são respeitados e
amados, e as crianças são queridas. É o lugar em que o mais simples dos alimentos
é suficientemente bom para os reis, visto que é ganho com trabalho. É onde o
dinheiro não é tão importante quanto o amor e a bondade. É onde até a chaleira
canta de felicidade. Isso é um lar. Deus o abençoe.”
Sabemos que
não existem famílias e nem lares perfeitos em nosso mundo pecaminoso. No
entanto, nossa missão é restaurar famílias quebradas e transformar casas frias
em lares calorosos, e aqui entra a participação ativa, primeiramente, do casal.
O modelo bíblico para a formação de um casal é entre um homem e uma mulher
casados civilmente, e que estão dispostos em estabelecer laços de
responsabilidades e respeito mútuos. Entre essas responsabilidades está; a de
ter e educar os filhos para servirem a sociedade e a Deus.
VERSO ÁUREO:
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do
céu.” Eclesiastes 3:1
INTRODUÇÃO
(sábado 30 de março) OS RITMOS DA VIDA – A lição desta semana mostra a época
em que vivemos e os ritmos da nossa vida que adotamos, muitas vezes frenéticos
e que não sobra tempo para as coisas mais importantes da vida como; Deus, família
e igreja!
Que
tipo de lar Deus deseja que os Seus filhos tenham? Um lugar onde reine a
paz, e para isso o Senhor Jesus deve ser o hóspede especial: “Se o Senhor não
edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a
cidade, em vão vigia a sentinela.” Salmo 127:1. Caso os pais organizassem e
distribuíssem melhor o seu tempo, e passassem mais tempo de qualidade com os
filhos, transmitindo-lhes princípios cristãos, teríamos; “mais amor do que
ódio, mais perdão do que ofensas, mais união do que discórdias, mais alegria do
que tristeza, mais luz do que trevas e mais consolo do que desconsolo.”
Francisco de Assis.
Li uma
história curiosa. Em um programa de rádio que entrevistava crianças de várias
idades, muitas vezes com resultados engraçados e de grande sabedoria vinda
daqueles meninos. Uma entrevista interessante foi a seguinte: Repórter - Onde
moras? Menino - Mudamos para cá há pouco
tempo e ainda estamos em um hotel. Repórter - Então, vós não tendes um lar? Menino
- Senhor, temos um lar, nós não temos uma casa para colocá-lo dentro.
Vivemos em um
mundo de rápidas e constantes mudanças, e temos a tendência de nos adaptarmos
ao ritmo imposto pelas mudanças e conceitos vigentes. Nada nos incomoda mais do
que esperar. Queremos tudo "on line" e em tempo real, e isso dentro dos
mais diversos segmentos de nossas vidas. Não suportamos esperar em um
restaurante o tempo de preparo de uma refeição. Filas de bancos e transportes
nos causam irritação. Quantas vezes somos surpreendidos colocando palavras na
boca da outra pessoa por ela ser lenta no raciocínio ou no falar? Jung já dizia: “a pressa não do é
diabo, ela é o diabo”. Sim, vivemos neste ritmo e achamos que tudo o que nos
envolvemos deve entrar neste mesmo ritmo, e a família e a igreja são afetadas!
Famílias
cristãs tornam-se mundanas quando perdem a sua intimidade com o Deus e com a
Sua Palavra. Banalizam as verdades eternas e sacrificam os valores de Deus
quando não mais crescem na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Ellen
Gould White, conselheira Cristã, em seu livro Conselho aos Pais Professores e
Estudantes, pág. 107 assim expressa-se: “É no lar que a educação da criança
deve ser iniciada. Ali está sua primeira escola. Ali, tendo seus pais como
instrutores, a criança terá de aprender as lições que a devem guiar por toda a
vida.”
O mundo está
cheio de laços maldosos para os pés dos nossos jovens, portanto, o preparo que
habilitará a criança a combater com êxito na luta contra o mal deve começar
mesmo antes do seu nascimento. A educação da criança constitui parte importante
do plano de Deus para tornar evidente o poder do cristianismo. Um estudo sobre
o tempo gasto dentro do lar tem mostrado que nossos filhos passam de 6 a 8
horas diante da televisão, dos jogos ou de um computador, mas não passam mais
do que 5 a 10 minutos conversando com seus pais. Com esses dados poderíamos
perguntar: quem está exercendo maior influência na vida de nossos filhos? Que
tipo de lares estão se formando? Como será a nossa igreja e sociedade?
Muitos pais
preocupam-se com a formação espiritual dos filhos, mas esquecem que a menos que
esta preocupação pessoal, seja transmitida aos filhos, estes não aprenderão
somente se os pais estiverem apenas preocupados consigo mesmos. Os pais
necessitam transmitir esses valores morais e espirituais, através dos momentos
que passam juntos com os filhos, quer seja através de brincadeiras em casa ou
em um parque, ou em contar histórias da Bíblia e inclusive levando os filhos à
igreja.
DOMINGO (31
de março) NO PRINCÍPIO – Há dois pontos de vista relacionados com a origem do
universo: a) O modelo bíblico da criação e b) O modelo evolucionista ateu. Em qual modelo é mais difícil de acreditar?
Nos dois, pois ninguém de nós esteve presente no momento em que o universo veio a
existência, ou para chegar no nível em que se encontra hoje. Para aceitar,
tanto um como outro modelo, a pessoa tem que exercer muita fé. O evolucionista
acredita que tudo veio do acaso. A partir de uma minúscula poeira cósmica que
explodiu; é o tal Big Bang, o mundo começou a evoluir e chegou até hoje, mas
ainda continuará a evoluir até o infinito no tempo.
O modelo evolucionista atua
com base na premissa de que não há nenhum objetivo final. Os evolucionistas
aceitam que as mutações e a seleção natural operam cegamente em conjunto,
mantendo aquilo que funciona, e eliminando aquilo que não serve. Já o modelo
bíblico da criação ensina que o mundo veio a existência através do ato criador
de Deus, e que o homem e a mulher “foram feitos à imagem do próprio Deus.” Hoje
temos mais provas arqueológicas e científicas para acreditar na criação do que
na evolução. É claro que os fatores fé e milagres exercem maior poder para o criacionista.
A Bíblia está repleta de argumentos
indiscutíveis sobre a criação vinda das mãos de Deus, nosso Pai. Em Gênesis,
Moisés descreve a criação com detalhes suficientes para entender de que tudo o
que existe em nosso universo é obra de Deus. Nos Salmos são encontradas
inúmeras composições exaltando a Deus como o Criador, por exemplo: “Louvai-o,
céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus. Louvem o nome do Senhor,
pois mandou, e logo foram criados. E os confirmou eternamente para sempre, e
lhes deu um decreto que não ultrapassará.” Salmos 148:4-6
Os profetas,
também, com frequência, proclamam que todo o universo é obra de Deus: Veja este
texto: “Ele, que fez a terra com seu poder, que com sua sabedoria firmou o
mundo, que, com sua inteligência, estendeu os céus.” Jeremias 51:15
Dentre os
vários atributos naturais e morais de Deus, está a perfeição. Ele é perfeito em
todos os Seus propósitos e realizações. Ele é o Criador e o idealizador do
universo e, no caso dos humanos; Ele instituiu o casamento e a família. Isto já
é suficiente para garantir que o casamento, no Senhor e entre um homem e uma
mulher que vivem em obediência à Ele, sempre redunda em bênçãos para a família, igreja e sociedade!
O livro de
Gênesis nos ajuda a entender alguns dos princípios estabelecidos por Deus para
que o homem e a mulher se complementem e vivam as bênçãos da vida conjugal e
familiar em santidade. Deus criou o homem e mulher para se completarem entre si
e serem parceiros. Um dos princípios do céu é a ordem. “A ordem é a primeira
lei do céu” Signs of the Times, 8/06/1908. Assim sendo, os moradores da terra
foram criados para seguir a ordem do céu. Mas nem tudo é cor-de-rosa. Com a
entrada do pecado o planeta ficou maculado. Mas, Deus instituiu a família para
fazer o contraponto entre o pecado e a santidade. O casamento, ao lado do
sábado, é a instituição mais antiga e sagrada que há. As duas instituições
revelam a santidade do Deus Criador!
Adão recebeu
Eva e disse: “Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta
será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.” Gênesis 2:23. Este texto
das Escrituras mostra bem que o casamento é uma parceria e uma aliança, onde o
homem e a mulher se auxiliam e se completam. Ninguém deve se casar para
competir com o outro ou para mostrar ressentimentos. Auxiliar e corresponder
são os verbos do verso 20, onde diz que a mulher deve ser uma “ajudadora
idônea. O casamento é para preservar o mundo da corrupção moral e de muitas doenças.
SEGUNDA-FEIRA
(1º de abril) OS RITMOS DA VIDA – Percebemos que em nossa sociedade existe uma inversão das prioridades na vida. O ritmo frenético e desordenado da vida
urbana ocupa um tempo essencial de nossas vidas, e por vezes permitimos que
nossas prioridades sejam modificadas.
A Bíblia
menciona que “primeiro devemos buscar as primeiras coisas”. isso parece óbvio,
mas na prática, nos distanciamos desta realidade com mais frequências que
gostaríamos. Como podemos ordenar as prioridades? O que deve ter prioridade, à
luz da Bíblia, na vida de um cristão?
Embora
exista o que comumente chamamos de relógio do corpo, isto é; cada pessoa tem um
ritmo particular, existem os princípios que o crente necessita cuidar para não desrespeitar:
1 - Deus em primeiro lugar. “E Jesus
respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor
nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas
forças; este é o primeiro mandamento.” Marcos 12:29,30. De tudo o que há dentro
do nosso coração em sinceridade, de tudo o que pode ter valor em nossa alma, de
tudo o que nós discernimos e com um esforço verdadeiro e significativo, devemos
buscar a Deus.
2 - A Família abaixo de Deus. Muitos colocam a família em primeiro lugar e
deixam as coisas de Deus para “se sobrar tempo”. Se este é o seu caso, sua alma está em risco!
3 – O trabalho depois da família. A questão
do trabalho gera muito debate e até mesmo controvérsias. Tem aqueles que
exageram nas horas de trabalho e culpam o trabalho como agente responsável pela
ausência da vivência familiar, e tem também aqueles que trabalham de qualquer
jeito e não buscam o seu desenvolvimento profissional de forma equilibrada. Não
é pecado almejar uma boa carreira profissional, mesmo porque isso pode
proporcionar o melhor conforto para nossa família. Então trabalhar, além de ser
uma ordenança bíblica, é também uma das formas que podemos servir a Deus e a
família com mais qualidade.
4 – Igreja – Por incrível que possa parecer
as coisas da igreja devem vir em 4º lugar. Não podemos confundir Deus com a Sua
igreja, embora estejam muito ligados. Existe o que chamamos de trabalho
missionário e cargos na igreja que tem sido causa de diversos problemas na
família, pois muitos entendem que ir cumprir uma escala, ou se dedicar o máximo
possível na igreja, que isto é buscar a Deus, e portanto, fazem isso ser a
prioridade número um de suas vidas.
Não quero
desanimar ninguém a servir a igreja. Mas, primeiro, as primeiras coisas. E
precisamos ser honestos com isso. Minha oração é que o Senhor nos ajude a viver
esta realidade no dia a dia: buscando “primeiro, as primeiras coisas”. Quando
seguimos esta ordem vamos servir a igreja com alegria e disponibilidade!
O que nos
faz pensar que Deus Se agrada pelo fato de deixarmos de lado nossas
responsabilidades e inverter os valores e prioridades para dizer que estamos O servindo?
Como podemos
conciliar o trabalho e as coisas da igreja, dando valor à Deus e à família? Veja os seguintes versos: “E cresceu o
menino, e foi desmamado; então Abraão fez um grande banquete no dia em que
Isaque foi desmamado.” Gênesis 21:8
“Depois teve
esta mulher um filho, a quem pôs o nome de Sansão; e o menino cresceu, e o
Senhor o abençoou.” Juízes 13:24
“Pois tu és
a minha esperança, Senhor Deus; tu és a minha confiança desde a minha
mocidade.” Salmos 71:5
“Seja
bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade.” Provérbios
5:18
“Então o
levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes
contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência.” Gênesis 15:5
“E faleceu
Gideão, filho de Joás, numa boa velhice; e foi sepultado no sepulcro de seu pai
Joás, em Ofra dos abiezritas.” Juízes 8:32
TERÇA-FEIRA
(2 de abril) O INESPERADO – Nascemos para a felicidade, e todos procuram ser
felizes, mas não é isso o que sempre acontece. Desde a entrada do pecado somos
surpreendidos por revezes que acontecem na nossa vida. O sempre inesperado
acontece! Deus é o Criador do universo que anseia para que nós O conheçamos.
Deus deseja que confiemos nele, experimentemos sua força, amor, justiça,
bondade e compaixão. Então ele diz a todos que estão dispostos: “venham a mim”.
Diferente de nós, Deus sabe o que acontecerá amanhã. Ele diz: “Eu sou Deus, e
não há ninguém como eu, declarando o fim desde o inicio.” Isaías 46:9.
Este planeta
não é um lugar seguro. Deus nos criou com a capacidade de nos adaptarmos a
situações difíceis. Quando um terrorista ataca, causa sofrimento e morte. Quando
crentes sofrem acidentes ou passam por problemas difíceis, estarão envolvidos
nesse sofrimento também, mas com eles há uma paz e força que só a presença de Deus oferece. Paulo colocou esse tema assim: “De
todos os lados somos pressionados, mas não desanimados, ficamos perplexos, mas
não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não
destruídos.” II Coríntios 4:8-9
Deus nos
diz: “O Senhor é bom, um refúgio em tempos de dificuldade. Ele cuida daqueles
que nele confiam.” Naum 1:7 e, “O senhor está perto de todos que o invocam, de
todos que o invocam com sinceridade. Ele realiza os desejos daqueles que o
temem; ouve-os gritar por socorro e os salva.” Salmos 145:18-19.
Deus conhece
a dor e o sofrimento que encontramos neste mundo. Jesus deixou o conforto e a
segurança do seu lar, e entrou no duro ambiente em que vivemos. Jesus Se
cansou, conheceu a fome e a sede, sofreu acusações dos outros e foi banido pela
família e pelos amigos. Mas, Jesus experimentou muito mais que dificuldades
diárias. Jesus, o Filho de Deus na forma humana, por vontade própria, levou
sobre si todo o pecado e pagou a nossa penalidade de morte: “conhecemos o amor
nisto, que ele deu a sua vida por nós.” I João 3:16
A lição
desta semana traz o exemplo de Jó que sofreu e confiou em Deus. Jó perdeu
alguns dos seus bens, sua saúde e a companhia da esposa e amigos. Jó percebeu que sua
saúde estava debilitada, que seu hálito cheirava mal, ver Jó 19:17; ele sentiu
o abandono dos amigos e irmãos, ver Jó 19:13,19; ele sentiu o desprezo até dos
seus criados, ver Jó 19:16, mas a chama da existência ardia em seu coração.
Tudo estava escuro, mas a esperança encontrava-se aquecida. Tudo era cinzas,
mas a brasa da esperança ainda estava acesa. Como tem sido com você diante dos
problemas que passa?
Jó mantinha
a esperança bem viva no coração e era isso que o mantinha vivo. O Dr. Edmund
Haggai, fundador do Instituto que leva seu nome, afirmou que podemos restaurar
tudo na vida se não perdermos a integridade moral, com reputação e valor
individual, tudo é possível ser restaurado.
Diante dos problemas, devemos lembrar
que ainda temos pele, sentimos dor e porque estamos vivos já é, em si mesmo, um
forte elemento de esperança! O Dr. Jurgen Moltmann no seu livro “A Teologia da
Esperança”, afirma que o grande problema da humanidade é a apatia, a falta de
brilho nos olhos e a falta de esperança. Gosto de pensar que perdas no presente
podem se transformar em ganhos no futuro. Amém?
A declaração
de esperança de Jó não estava nele, mas fora dele e sua fé estava firmada em
Jesus que estava acima dele. Jó olhou para o futuro e viu o resgatador de sua
alma; o seu Redentor. Jó não colocou sua esperança em si mesmo. Ele estava no
limite de suas forças pessoais, exausto e perplexo. Ele olhou para fora e viu
cinismo; olhou para dentro de si e viu desespero; mas olhou para Deus e
renasceu a esperança. Eis a notável declaração de Jó: “Porque eu sei que o meu
Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida
a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, vê-lo-ei, por mim
mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins se
consomem no meu interior.” Jó 19:25-27. Onde temos
colocado a nossa esperança?
QUARTA-FEIRA
(3 de abril) TRANSIÇÕES – As pessoas gostam de ficar confortavelmente sentadas
no seu sofá. Imagine você sentado na sala, e alguém bate a porta. É o seu amigo
que lhe convida para saírem para fazerem um passeio. Está chovendo e fazendo
frio. Você está nos quatro cantos no seu mais pequeno conforto. Está confortável
neste local que conhece tão bem. Você tem duas hipóteses; ficar na sala ou sair
com seu amigo. Neste caso, avance! Ampliar a zona de conforto é aumentar a
nossa liberdade, as nossas hipóteses de felicidade e realização.
Na fase da
passagem da adolescência para a idade adulta, ocorrem transições traduzidas no
desenvolvimento, realização e consolidação da identidade pessoal e social do jovem,
que culminarão com a aquisição do estatuto social de adulto. Essa transição é
muito dolorida para o adolescente. É por isso que muitos jovens suicidam-se.
O livro de Atos
é uma transição de Israel para a igreja Cristã. A primeira passagem sobre a
transição é encontrada no capítulo um de Atos, antes que a Igreja tivesse tido
início, no capítulo seguinte. Lucas nos diz que Jesus apareceu repetidas vezes
a Seus discípulos depois de Sua ressurreição, durante um período de quarenta
dias, “falando sobre as coisas concernentes ao reino de Deus” Atos 1:3.
O crente
quando se converte passa por momentos muito doloridos. Ele deixa de ser um
homem carnal e passa a ser espiritual. Existe uma transformação no
caráter da pessoa. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que
é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede
transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual
seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:1,2
Como foi a conversão de Saulo? Ver Atos 9:1-19 Mas quem foi Saulo?
1. Judeu - Saulo
era um judeu de Tarso, cidade de grande cultura. Dificilmente teria escapado à
influência da cultura grega, embora sendo fariseu. É provável que não tenha
estudado em escolas gregas. Como judeu helenista, por virtude da cultura grega
a que não pôde escapar, por escolha e por tradição familiar, era “hebreu
nascido de hebreus”. Filip. 3:5. Falava o hebraico, o aramaico e o grego. Era
filho de uma família rica, preeminente ao ponto de alcançar para ele o
privilégio de estudar aos pés de Gamaliel, o grande mestre fariseu de
Jerusalém. Por nascimento era cidadão romano. Tamanha era a importância da sua
família, que a sua irmã, que residia em Jerusalém, parece ter tido acesso às
famílias dos sumos sacerdotes. Ver Atos 23:16.
2.
Perseguidor - Este homem foi um perseguidor da Igreja de Cristo. Ver Filip 3:6.
Como perseguidor, ele viajava para Damasco com um plano definido: capturar
cristãos. Ele pretendia aprisioná-los e levá-los para Jerusalém, para serem
torturados e, quem sabe, mortos, como aconteceu com Estêvão.
3. Encontro
com Jesus - Próximo a Damasco, Saulo foi surpreendido de forma súbita por uma
luz tão forte que o derrubou ao chão. Enquanto caído, ouviu uma voz que lhe
dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor?
Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. “A voz ordenou:
“Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te cumpre fazer.”
Quando Deus
muda os nossos planos ele transforma a nossa vida e o nosso caráter. A partir
do encontro com Jesus e ao ouvir a sua voz, Saulo já não era mais a mesma
pessoa. Ele já não era mais o dono dos seus planos.
4. Deus muda os planos. Quando
Deus muda os nossos planos, ele não nos deixa no meio do caminho. Jesus não nos
deixa no meio do caminho. Ele nos dá a direção e nos leva ao lugar dentro da Sua vontade. Ele completa a sua obra em nossas vidas. O texto diz que quando
Ananias impôs as suas mãos sobre Saulo e orou, alguma coisa como que umas
escamas caíram dos seus olhos, e foi batizado no Espírito Santo e nas águas.
Ver Atos 9:17, 18. Eu penso que foi nesse momento que Saulo de Tarso viu a
Jesus pela primeira vez em sua verdadeira posição e pode entender a razão por
que os cristãos tinham tamanha fé em Jesus, sendo capazes de morrer por Ele.
Saulo havia presenciado e consentido com a morte de Estevão.
Aceitamos as mudanças que Deus deseja fazer em nossa vida ou procuramos argumentos humanos para
não mudarmos?
QUINTA-FEIRA
(4 de abril) INTERAÇÕES – A essência do evangelho de Jesus Cristo é cura e
transformação. E quando essas duas coisas ocorrem, certamente impactam nosso
relacionamento com os outros. A Bíblia apresenta princípios e exemplos
poderosos de como podemos ter relacionamentos bons e próximos com outras
pessoas, mesmo neste mundo de pecados.
Para que
haja harmonia em todos os relacionamentos entre as pessoas e Deus, é necessário
prestarmos atenção nos 5 pontos principais da psicologia: Confiança, respeito,
amizade cumplicidade e amor. Quando se perde a confiança, perde-se o respeito,
rompe-se a amizade, não existe cumplicidade e o amor desaparece!
Os
relacionamentos mais íntimos podem ser rompidos. As palavras de amor podem ser
substituídas pelas acusações ferinas; os abraços fraternos podem ser trocados
pelo afastamento gelado e a alegria da comunhão pode ser perturbada pela
tristeza da mágoa. Os relacionamentos adoecem na família, na igreja e no
trabalho. Pessoas que andaram juntas e comungaram dos mesmos sentimentos e
ideais, afastam-se. Cônjuges que fizeram votos de amor no altar, ferem um ao
outro com palavras duras. Amigos que celebravam juntos as aventuras da vida,
distanciam-se e irmãos que celebravam festa ao Senhor no mesmo altar,
apartam-se tomados por gélida indiferença. É pena quando isso acontece!
Como podemos
restaurar esses relacionamentos quebrados? Como buscar o caminho do perdão e
tomar de volta aquilo que o inimigo levou de nós?
a)
Reconhecer a nossa própria culpa na quebra desses relacionamentos. É mais fácil
acusar os outros do que reconhecer nossos próprios erros!
b) Tomar
atitudes práticas de construir pontes de aproximação em vez de levantar muros
de separação. A honestidade em reconhecer nossa culpa e a humildade de dizer
isso para a pessoa que está magoada conosco é o caminho mais curto e mais
seguro para termos vitória na restauração dos relacionamentos quebrados. Jesus
Cristo nos ensinou a tomar a iniciativa de buscar o perdão e a reconciliação.
c) Tomar a
atitudes de perdoar o próximo que está ferido conosco, assim como Deus em
Cristo nos perdoou. É mais fácil falar de perdão do que perdoar. O perdão não é
coisa fácil, mas ele é possível e
necessário.
Fomos criados
para vivermos em comunidade. Fomos criados para a interação. Ninguém é uma ilha
para viver sozinho. Deus criou-nos para amar, e mesmo depois da entrada do
pecado o amor continuou existindo no coração humano. Moisés, em Génesis dois dá
ênfase ao casamento e à unidade do vínculo conjugal. No plano de Deus o
relacionamento entre marido e mulher foi estabelecido para ser íntimo,
confiante, aberto e totalmente honesto. Nunca deveriam viver com reservas um em
relação ao outro.
É interessante
que a Bíblia faz dois relatos da criação. O primeiro vai de Gênesis 1:1 até
Gênesis 2:3.
O segundo relato vai de Gênesis 2:4 até o final do capítulo. O
casamento, ao lado do sábado, é a instituição mais antiga e sagrada que há. O
sábado é mencionado apenas no primeiro momento da criação, enquanto que o
casamento está relatado nos dois momentos. O ser humano foi criado para amar.
Há um fio de dependência, responsabilidade e cuidado que liga toda a criação; a
planta com animal, o animal com homem e o homem com Deus
Alguns
estudiosos da bíblia consideram Gênesis um e dois contraditórios, ou
descrevendo duas criações distintas. Em Gênesis dois, Moisés destaca alguns
acontecimentos de forma diferente de Gênesis um, mas, no fim e ao cabo, vai dar
na mesma. Dificilmente Moisés falaria uma coisa no primeiro capítulo e outra
coisa diferente no segundo capítulo.
A outra
forma de interagirmos com as pessoas é pregando-lhes o evangelho. Não há maior
privilégio neste mundo, depois de nos tornarmos filhos de Deus do que servi-Lo fazendo a Sua obra. O Senhor Jesus disse isso aos 70 homens que
selecionou, na ocasião, para a missão de apregoar as boas novas:
“E dizia-lhes:
Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao
Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Ide; eis que vos mando
como cordeiros ao meio de lobos.” Lucas 10:2,3
Veja como os textos para o estudo de
hoje incentivam as nossas interações com os outros:
“Portanto recebei-vos uns aos outros,
como também Cristo nos recebeu para glória de Deus.” Romanos 15:7
“Com toda a
humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor.”
Efésios 4:2
“Antes sede
uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros,
como também Deus vos perdoou em Cristo.” Efésios 4:32
“E o Senhor
vos aumente, e faça crescer em amor uns para com os outros, e para com todos,
como também o fazemos para convosco.” I Tessalonicenses
3:12
“Confessai
as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A
oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tiago 5:16
SEXTA-FEIRA (5
de abril) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (2º trimestre de 2019) OS
RITMOS A VIDA - Os doze discípulos de Cristo eram pessoas simples e sem muita
formação académica, eram considerados “homens sem letras e indoutos” pelos
governantes e autoridades religiosas da época. Ver Atos 4:13.
Mateus era
um coletor de impostos, membro de uma das profissões mais desprezadas de sua
época. Ver Mateus 9:9; 18:17. Pedro, André, Tiago e João, eram sócios em uma
modesta empresa de pesca, Mateus 4:18-22, Lucas 5:1-10. Junto com Filipe,
viviam na cidade de Betsaida, na província do norte da Galileia. João 1:44. A
única coisa especial a respeito deles é que eram discípulos ou seguidores de Jesus
Cristo.
Destaca-se a
falta de compreensão espiritual durante o tempo de treinamento dos discipulos. Suas
mentes ainda eram controladas por sua natureza carnal. O pensamento e
comportamento deles eram “carnais” Ver Romanos 8:5-7. Jesus
os repreendeu por sua falta de fé e dureza de coração. Ver Marcos 16:14
As atitudes
e comportamentos deles durante esse tempo mostra que, mesmo vivendo na presença
de Jesus, enquanto Ele estava na terra, pessoalmente ouvindo-O a ensinar
e vendo Seu exemplo, não era o suficiente para transformar o pensamento deles,
de carnal para espiritual.
Jesus
repreendeu severamente a Tiago e João por sua atitude quanto a alguns que
tinham rejeitado a Jesus: “Mas, os samaritanos, não o receberam … E os
discípulos Tiago e João, vendo isso, disseram: Senhor, queres que digamos que
desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se, porém,
repreendeu-os e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do
Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las”. Lucas
9:53-56. Porém, João viria a ser conhecido como “o apóstolo do amor", uma grande
reviravolta para um homem que havia sugerido destruir toda uma aldeia!
Os
discípulos eram egoístas. Eles discutiam entre si sobre quem seria o maior. Ver
Marcos 9:33-34, Lucas 22:24. Tiago e João, juntamente com sua mãe, até tentaram
enganar Jesus para lhes atribuir as duas posições mais importantes no Seu Reino.
Marcos 10:35-37, Mateus 20:20-21.
“Quando o
Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos
pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz
tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza,
e o semblante reflete a luz do Céu.” O
Desejado de Todas as Nações, 173
“Um lar
cristão bem ordenado é poderoso argumento em favor da realidade da religião
cristã - argumento que o incrédulo não pode contradizer. Todos podem ver que há
na família uma influência em atividade, a qual afeta os filhos, e que o Deus de
Abraão está com eles. Se os lares dos professos cristãos tivessem um molde
religioso correto, exerceriam uma poderosa influência para o bem. Seriam na
verdade a luz do mundo.” Patriarcas e Profetas, pág. 144.
Luís Carlos Fonseca
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