COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 4 (2º trimestre 2019) QUANDO SÓ
VERSO ÁUREO:
“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma
ajudadora idônea para ele.” Gênesis 2:18
INTRODUÇÃO
(sábado 20 de abril) – Revelamos o nosso verdadeiro caráter em três momentos da vida; quando estamos no escuro, dentro do casamento e quando ficamos sozinhos.
A lição
desta semana traz, na sua introdução, a história de uma mulher que havia
morrido a mais de 10 anos e ninguém tinha percebido. Hoje há muitas pessoas que
vivem no meio de outras pessoas, mas sentem-se solitárias.
Podemos
estar no meio de uma multidão de pessoas, e ao mesmo tempo sentirmos sozinhos. Deus
é único, mas não é solitário. No plano da salvação, Jesus como homem, sentiu a
solidão. Jesus compreende perfeitamente a solidão das pessoas, pois Ele foi
desprezado e deixado só a morrer na cruz do Calvário: “Eu sozinho pisei no
lagar, e dos povos ninguém houve comigo...e o Seu sangue salpicou nos meus
vestidos, e manchei toda a minha vestidura." Isaías 63:3
Deus
revelou-Se a Jacó na sua solidão, e assugurou-lhe que cuidaria dele: “Eis que
estou contigo, e te guardarei, por onde
quer que fores, e te farei tornar a esta terra: porque te não deixarei, até que
te haja feito o que te tenho dito.” Gênesis 28:15
Quando Elias ficou desanimado, ele mergulhou nas trevas de uma caverna. Aí Deus lhe falou para
o erguer do seu desânimo: “...Deus disse-lhe: Que fazes aqui Elias?... Deus
disse: Sai para fora e põe-te neste monte, perante a face do Senhor." I
Reis 19: 9-11.
Nos momentos
de tristeza e desânimo, que os filhos de Deus passam, Deus promete nunca
esquecer os Seus filhos: “Sejam os vossos costumes sem avareza, contentando-vos
com o que tendes, porque Ele disse: Não te deixarei , nem te desampararei.”
Hebreus 13:5.
Quando em
dificuldades ou deixados a sós, pelo divórcio, viuvez ou abandono das pessoas, os
cristãos podem estar certos de que o próprio Deus preencherá as necessidades do
coração. Há uma promessa linda especialmente para as mulheres: “Não temas
porque não serás envergonhada, e não te envergonhes porque não serás
confundida: antes te esquecerás da vergonha da tua mocidade, e não te lembrarás
mais do opróbrio da tua viuvez...Porque o teu criador é o teu marido...Porque o
Senhor te chamou como a mulher desamparada e triste de espírito...Por um
pequeno momento te deixei, mas com grandes misericórdias te recolherei.” Isaias
54: 4-7
Para
vencermos a nossa solidão, torna-se necessário orientar a nossa vida no sentido
de fazermos os outros felizes. Para termos amigos e não ficarmos sozinhos, é
necessário sermos amigos das pessoas: “A alma generosa engoradará, e o que
regar também será regado.” Prov. 11:24 e “O homem que tem muitos amigos pode
congratular-se, mas há amigo mais chegado do que um irmão."
Ao
aproximarmos das pessoas com o coração cheio do amor de Jesus, receberemos
sólidas amizades, teremos boas companhias nunca nos sentiremos solitários.
O valor da oração solitária: “A oração familiar e a oração
pública não bastam. Em solidão, abra-se a alma às vistas perscrutadoras de
Deus. A oração secreta só deve ser ouvida por Ele, o Deus que ouve as orações.
Nenhum ouvido curioso deve partilhar dessas petições em que a alma assim depõe
o seu fardo. Na oração secreta a alma está livre das influências do ambiente,
livre da agitação. ... Pela fé calma e singela a alma entretém comunhão com
Deus e absorve raios de luz divina que a devem fortalecer e suster no conflito
contra Satanás.” Caminho para Cristo, 98, 99
DOMINGO (21
de abril) COMPANHEIRISMO – Estes são os
textos bases para o estudo de hoje: “Melhor é serem dois do que um, porque
têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu
companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o
levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como
se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão
de três dobras não se quebra tão depressa.” Eclesiastes 4:9-12
“Eis que
chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos cada um para sua
parte, e me deixareis só; mas não estou só, porque o Pai está comigo. Tenho-vos
dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom
ânimo, eu venci o mundo.” João 16:32,33.
“Não digo
isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.
Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas
as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter
abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me
fortalece.” Filipenses 4:11-13.
Ninguém
gosta de viver sozinho, isso porque fomos criados por Deus para vivermos em
companhia um do outro. Muitas vezes as pessoas se acostumam com a solidão e até
preferem ficar sozinhas. O ditado popular diz que "é melhor andar só do que
mal-acompanhado", e tem sido a máxima na vida de muitos cristãos, só que a Bíblia
diz que é melhor serem dois do que um: “Melhor é serem dois do que um, porque
têm melhor paga do seu trabalho.” Eclesiastes 4:9. Amém?
Este
conselho bíblico diz respeito apenas ao casamento? Também, mas não somente
sobre casamento, e o texto deixa bem claro isso, quando explica a razão de
aconselhar que é melhor serem dois, veja: “Porque se um cair, o outro levanta o
seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o
levante.” Eclesiastes 4:10. Se um cair o outro levanta seu companheiro. Aqui o
texto tanto se refere ao casamento, como a uma relação de amizade e companheirismo.
Não importa se
é amizade, companheirismo ou casamento, a terceira dobra do cordão é
fundamental para garantir a segurança e a força da união. É muito difícil viver
sozinho, não ter com quem partilhar alegrias e tristezas, trabalhar para
sobreviver e não ter a quem deixar seus bens e as lições que aprendeu durante a
caminhada da vida. A terceira dobra do cordão é Deus, e se duas pessoas estiverem
unidas e tiverem os mesmos propósitos na vida, incluindo o aspecto espiritual, é difícil derrubar esse trio. Amém?
De certa maneira,
todos nós enfrentamos o Getsêmani pessoal na vida; momentos em que parece que o
mundo está desabando sobre nós; momentos de estresse extremo quando o cálix que devemos beber parece demais para suportar; momentos em que nos sentimos
como se não pudéssemos sobreviver a outro dia.
Nem sempre
podemos conhecer a vontade de Deus em todas as situações que enfrentamos. Mas
há momentos em que conhecemos a vontade de Deus e, francamente, não gostamos
disso. Há outras ocasiões em que conhecemos a vontade de Deus, e isso não faz nenhum sentido para nós. Todos
vivemos, de certa forma, a experiência de Adão e Eva no jardim do Éden e somos
convidados a viermos a experiência de Cristo no Getsémani.
Na Bíblia, algumas
coisas significativas aconteceram nos jardins. No Jardim do Éden, as pessoas
pecaram. No Jardim do Getsémani, Jesus venceu o pecado. No Jardim do Éden, Adão
se escondeu. No Jardim do Getsémani, nosso Senhor se apresentou corajosamente.
No Jardim do Éden, a espada foi tirada. No Jardim do Getsémani, a espada foi
embainhada. A experiência da morte que Jesus passou é-nos um convite para
enfrentarmos os problemas da vida com paciência e motivação.
Jesus ansiou pela
companhia dos discípulos e eles estavam dormindo: “E, voltando para os seus
discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste
velar comigo? Mateus 26:40. Porque reclamar dos problemas se não pudemos velar
com Cristo?
Quando Jesus
voltou até os apóstolos pela terceira vez, novamente os encontra dormindo. Ele
disse: “Numa ocasião como esta, vocês estão dormindo e descansando! Vejam! Está
se aproximando a hora de o Filho do Homem ser entregue às mãos de pecadores.
Levantem-se, vamos embora. Vejam! Aquele que me trai está chegando.” Mateus
26:45, 46.
Temos sido amigos das pessoas mais próximas ou mais parecemos estranhos? Como nos relacionamos com Deus que tanto nos ama?
SEGUNDA-FEIRA
(22 de abril) A VIDA DE SOLTEIRO – A vida de solteiro tem vantagens e
desvantagens. Para o solteiro, que é fiel a Deus, tem mais vantagens do que
desvantagens.
Este é o texto para hoje, onde Paulo
apresenta algumas razões para se ficar solteiro: “Ora, quanto às virgens, não tenho
mandamento do Senhor; dou, porém, o meu parecer, como quem tem alcançado
misericórdia do Senhor para ser fiel. Tenho, pois, por bom, por causa da
instante necessidade, que é bom para o homem o estar assim. Estás ligado à
mulher? não busques separar-te. Estás livre de mulher? não busques mulher. Mas,
se te casares, não pecas; e, se a virgem se casar, não peca. Todavia os tais
terão tribulações na carne, e eu quereria poupar-vos. Isto, porém, vos digo,
irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres
sejam como se não as tivessem; e os que choram, como se não chorassem; e os que
folgam, como se não folgassem; e os que compram, como se não possuíssem; e os
que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste
mundo passa. E bem quisera eu que estivésseis sem cuidado. O solteiro cuida das
coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor; mas o que é casado cuida das
coisas do mundo, em como há de agradar à mulher. Há diferença entre a mulher
casada e a virgem. A solteira cuida das coisas do Senhor para ser santa, tanto
no corpo como no espírito; porém, a casada cuida das coisas do mundo, em como
há de agradar ao marido.” I Coríntios 7:25-34
Podemos
estar seguros que em algum momento Paulo esteve casado. Paulo era um rabino e ele mesmo destacava que
não tinha faltado a nenhum dos deveres que a lei e a tradição judias
estabeleciam. As crenças ortodoxas judias consideravam o casamento como uma
obrigação. Também há evidências de que Paulo tinha estado casado em informações
particulares. Deve ter sido membro do Sinédrio porque disse que tinha votado contra
os cristãos. Ver Atos 26:10. Era obrigação que os membros do Sinédrio estivessem
casados, devido ao fato de que se pensava que os homens casados eram mais
misericordiosos.
É bom
lembramos também que Paulo proíbe o divórcio e o faz sobre a base de que Jesus
o proibia, ver Marcos 10:9 e Lucas 16:18. Se existir tal separação, Paulo
proíbe um novo casamento. Pode nos parecer uma doutrina severa, mas em Corinto
com sua frouxidão característica, era melhor que as normas fossem tão altas e que a vida mundana não pudesse entrar na Igreja. É pena que hoje este
assunto não é levado tão a sério como Deus deseja.
Neste texto
Paulo aconselhou ao solteiro ou viúvo a não estar ansioso para se casar. Isso
não significa que Paulo desaprovava o casamento ou que o declarou ilegítimo,
como talvez pensavam alguns dos crentes coríntios. Em vez disso, buscava livrar
os cristãos de envolvimentos desnecessários em tempos de angústia. É verdade
que os solteiros passam por menos dificuldades em períodos de tribulação.
O solteiro
tem melhores condições de cuidar das coisas do Senhor. Isto é; coisas
concernentes à religião, assuntos espirituais, em contraste com as questões pessoais. O solteiro não se sobrecarrega com responsabilidades familiares. Seu
tempo e energia não são consumidos em satisfazer as necessidades materiais de
uma família, em particular, em períodos de prova e perseguição. Ele é livre
para dar atenção completa ao avanço do reino de Deus. Paulo pessoalmente
preferiu isso. Portanto, é correto que uma pessoa, se assim o desejar,
permaneça solteira e se dedique totalmente à obra do Senhor.
A igreja em Corinto passava por problemas mais sérios do que hoje. Sem dúvida alguma os
casamentos mistos traziam problemas. Tértulo escreveu um livro a respeito deles
em que descreve um marido pagão que está zangado com sua esposa cristã porque
"por visitar os irmãos vai pelas ruas às casas de outros homens, em
especial pobres ... Não se permite estar ausente toda a noite em reuniões
noturnas nem nas celebrações pascais... nem que vá à a prisão para beijar as
ataduras de um mártir, nem sequer que beije a alguns dos irmãos."
Paulo diz
duas coisas que têm um valor permanente. 1) Pondera que o conjugue descrente é consagrado pelo crente. Eles são uma só carne e o
maravilhoso é que nesses casos a graça do cristianismo ganha a vitória e não a
corrupção do paganismo. 2) Também pensa com amor que esta associação pode ser o
meio para salvar a alma do membro não crente do casal. Para Paulo a
evangelização começava em casa. O não crente não devia ser considerado como
algo impuro que era preciso evitar com repulsa, mas sim como outro filho que
devia ser ganho para Deus.
Na sua situação de casado tem honrado matrimonio santificando o conjugue, e na sua situação de solteiro tem conseguido manter-se fiel a Deus e ainda contribuir para a pregação do evangelho?
TERÇA-FEIRA
(23 de abril) QUANDO UM CASAMENTO TERMINA – Estes são os textos bases para o estudo de hoje e que nos apresentam
alguns princípios sobre casamento, divórcio e novo casamento: “Porque o
Senhor, o Deus de Israel diz que odeia o repúdio, e aquele que encobre a
violência com a sua roupa, diz o Senhor dos Exércitos; portanto guardai-vos em
vosso espírito, e não sejais desleais.” Malaquias 2:16
“Também foi
dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos
digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação,
faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete
adultério.” Mateus 5:31,32
“Disse-lhe
ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás,
não dirás falso testemunho.” Mateus 19:18.
“Se, porém,
se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o
marido não deixe a mulher. Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão
tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E se
alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o
deixe.” I Coríntios 7:11-13
Não há na
Escritura nenhum ensinamento direto sobre novo casamento após o divórcio.
Existe sim uma forte implicação nas palavras de Jesus em Mateus 19:9
no sentido de permitir o novo casamento de uma pessoa que permaneceu fiel, cujo
cônjuge foi infiel ao voto matrimonial. Mas isto deve ser visto sob alguns
pontos:
Cremos na lei de Deus e também na misericórdia perdoadora de Deus.
Cremos que vitória e salvação podem ser seguramente encontradas por aqueles que
transgrediram nesse assunto de divórcio e novo casamento da mesma forma que por
aqueles que falharam em quaisquer outras sagradas normas de Deus. Embora o
casamento tenha sido realizado primeiramente por Deus só, sabe-se que as
pessoas hoje vivem sob governos civis; portanto, hoje o casamento tem dois aspectos:
o religioso e o civil. O aspecto divino é regido pelas leis de Deus; o civil,
pelas leis do Estado.
Ellen White
menciona citando os textos bíblicos para hoje: “No Sermão do Monte, Jesus
declarou plenamente que não podia haver dissolução do laço matrimonial, a não
ser por infidelidade do voto conjugal” O Maior Discurso de Cristo, 63.
O divórcio
sempre foi contrário ao propósito
original de Deus, como vemos nos textos acima, mas a Bíblia não é silenciosa a
esse respeito. Visto que o divórcio ocorreu como parte da experiência humana
caída, uma regulamentação bíblica foi dada para limitar o dano que ele tem
causado. Ver Deuteronômio 24:1-4. A
Bíblia procura consistentemente enaltecer o matrimônio e desencorajar o divórcio
descrevendo as alegrias do amor e da fidelidade conjugal. Ver Provérbios
5:18-20; Cantares 2:16; 4:9; 5:1, referindo-se ao relacionamento de Deus com
Seu povo comparando-o com o casamento. Ver Isaías 54:5; Jeremias 3:1, enfocando
as possibilidades de perdão e restauração matrimonial. Ver Oséias 3:1-3. E, indicando
a aversão de Deus pelo divórcio e a miséria que ele causa. Ver Malaquias 2:15,
16.
Jesus
restaurou o conceito original do casamento como um compromisso vitalício entre
um homem e uma mulher e entre o casal e Deus. Veja Mateus 19:4-6 e Marcos
10:6-9. Muitas instruções bíblicas confirmam o casamento e procuram corrigir os
problemas que tendem a enfraquecer ou destruir o seu fundamento. Leia Efésios
5:21-33; Hebreus 13:4 e I Pedro 3:7. O casamento baseia-se nos princípios do
amor, lealdade, exclusividade, confiança e amparo mantidos por ambos os
cônjuges em obediência a Deus
A graça
divina é o único remédio para os males do divórcio. Quando o casamento falha,
os ex-cônjuges devem ser encorajados a examinar sua experiência e procurar
conhecer a vontade de Deus para sua vida. Deus provê conforto para os que foram
feridos. O Senhor também aceita o arrependimento de pessoas que cometeram os
mais destrutivos pecados, mesmo aqueles que trazem consigo consequências
irreparáveis.
É importante lembrarmos neste estudo que a igreja de Cristo tem normas a serem seguidas, e quando
acontecem divórcios e novos casamentos contrários as indicações de Deus, a
igreja age através da disciplina eclesiástica. O cônjuge que violou o voto matrimonial
estará sujeito à disciplina pela igreja local. Quando se arrependeu genuinamente,
poderá ser posto sob censura por um tempo determinado em vez de ser removido do
rol de membros da igreja. Se não deu evidências de completo e sincero
arrependimento, deve ser removido do rol de membros. Em caso de violações que
tenham trazido vergonha pública sobre a causa de Deus, a igreja, a fim de
manter suas elevadas normas e seu bom nome, pode remover o indivíduo da lista
de membro
Temos seguido as orientações divinas ou os nossos próprios pensamentos e atitudes na questão do divorcio e novo casamento?
QUARTA-FEIRA
(24 de abril) MORTE E SOLIDÃO – O ser humano foi criado por Deus para viver eternamente.
Mas, com a entrada do pecado todos estamos condenados a morte. A morte dos
santos é comparada com o sono, pois temos a promessa de que na volta de Cristo
os salvos retornarão à vida para ter direito a vida eterna.
O plano
original de Deus não incluía a morte. Por isso custa-nos tanto para aceitá-la,
se é que a aceitamos em algum momento. A realidade da morte leva-nos à um
sentimento de ruptura, de perda, de separação, que são mais profundos do que a
simples saudade ou ausência da pessoa querida que se foi. Ficamos contrariados
e impotentes diante desta realidade. Mas, e quando chegar a nossa hora, qual
será a nossa reação?
Veja como os textos para hoje tratam do
tema da morte? “Perece
o justo, e não há quem considere isso em seu coração, e os homens compassivos
são recolhidos, sem que alguém considere que o justo é levado antes do mal.” Isaías
57:1
“E Deus
limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem
clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21:4
“Depois nós,
os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a
encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto,
consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” I Tessalonicenses 4:17,18
“Então o rei
se perturbou, e subiu à sala que estava por cima da porta, e chorou; e andando,
dizia assim: Meu filho Absalão, meu filho, meu filho, Absalão! Quem me dera que
eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!” II Samuel 18:33.
Falar sobre
a morte e o sofrimento é sempre incomodo para nós. A morte sempre nos confronta com
a falibilidade humana e a maior limitação de nossa frágil humanidade. Somos apegados
à vida e mesmo tendo conhecimento intelectual acerca da eternidade, tal saber
não necessariamente é sinônimo de tranquilidade e redução de ansiedade diante
da imperiosa realidade da morte.
A provação
vem quando tudo, que é precioso para nós, escapa de nossas mãos, e não resta
coisa alguma a que se agarrar. É nesse momento que devemos ter fé para
entregar-nos a um Senhor amoroso, e crer que Ele não permitirá que caiamos em
um terrível e insondável abismo. Mas, ao contrário, nos conduzirá ao lar seguro
que nos tem preparado. Amém?
Como podemos ajudar as pessoas
enlutadas? O luto é
a resposta natural de sofrimento diante de uma grande perda. O tempo do luto
varia de pessoa para pessoa, mas dura, em média, de 3 meses até 1 ano. Esta
variação depende das circunstâncias da perda, da capacidade individual de cada
pessoa para a superação do luto, e do apoio familiar e de amigos que a pessoa
enlutada pode ou não receber durante o tempo de recuperação emocional.
O luto em si
não é uma doença. No entanto, quando o luto não é devidamente elaborado ou
experimentado, ele pode gerar doenças tanto físicas quanto emocionais. De
acordo com Katherine Shear, professora de psiquiatria da Universidade de
Columbia, em Nova Iorque, cerca de 15% das pessoas enlutadas desenvolvem um
luto prolongado, afetando a qualidade de vida da pessoa por ter extrema
dificuldade em funcionar em meio às tarefas e necessidades do dia. O melhor
argumento a ser usado para pessoas que sofrem por perdas de pessoas queridas é
o silencio e a disponibilidade para ajudar no que for preciso!
É preciso falar sobre a morte? Será
que é possível se preparar para a morte? Esse assunto é desconfortável para
você? Bem, algumas pessoas não gostam nem de pensar sobre a morte. De fato, é
um assunto doloroso. Mas, para pessoas que estão com uma idade muito avançada
ou para aquelas que estão enfrentando uma doença em estágio terminal, pode ser
bastante benéfico pensar e ter um diálogo aberto sobre este assunto com pessoas
mais próximas e queridas.
Como ajudar pessoas que estão em fase
terminal? Algumas
atitudes podem ajudar a família a se organizar melhor neste momento: Não podemos
negar o fato de a doença existir e da possibilidade da morte. A negação da
realidade exige mais das pessoas do que o sofrimento que vem com a aceitação. Devemos
fazer companhia ao doente. A solidão pode ser bastante dolorosa, principalmente
no final da vida. Portanto, mantenha a proximidade a conversa e o
encorajamento. Amém?
QUINTA-FEIRA
(25 de abril) ESPIRITUALMENTE SOLTEIRO – A lição de hoje traz o exemplo de
Natália que aceitou Jesus como Salvador, tornando-se Adventista do 7º Dia, mas que sofreu fortes objeções da família e pessoas queridas por conta da nova religião. Ela
sentia-se espiritualmente abandonada pelos membros da sua família. Hoje há
muitos crentes que tem esse mesmo sentimento.
Nós não
temos problemas em aceitar o mandamento de honrar pai e mãe, do respeito pela
família, do respeito pelos pais e da necessidade de ter uma família unida. Pois
sabemos bem que uma família unida é um princípio que nos faz viver bem e
garante à sociedade uma segurança. E, além de tudo, honrar pai e mãe é um dos
mandamentos da Lei de Deus. Por outro lado, como você menciona, nos deparamos
com Jesus que diz: “Aquele que ama pai ou mãe mais do que a mim não é digno de
mim. E aquele que ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim.
Aquele que não toma a sua cruz e não me segue não é digno de mim. Aquele que
acha a sua vida, a perderá, mas quem perde sua vida por causa de mim, a achará." Mateus 10,37-39.
Os seguintes textos trazem conforto
para aqueles que se sentem espiritualmente sozinhos:
“Porque o teu Criador é o teu
marido; o Senhor dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu
Redentor; que é chamado o Deus de toda a terra.” Isaías 54:5
“E
desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em
juízo, e em benignidade, e em misericórdias. E desposar-te-ei comigo em
fidelidade, e conhecerás ao Senhor.” Oséias 2:19,20
“Porque ele
livrará ao necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao que não tem
quem o ajude.” Salmo 72:12.
O seguinte
texto é um dos versículos em que muitos não compreendem o porque a mulher
crente santifica o marido incrédulo e vice-versa. “Porque o marido incrédulo é
santificado pela mulher, e a mulher incrédula é santificada pelo marido crente;
de outro modo, os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.” I Coríntios 7:14.
É importante saber que quando o Apostolo Paulo faz menção sobre esse fato, sem
sombra de dúvidas, ele está falando diretamente para casais em que um dos dois se
converteram ao Evangelho de Cristo. Ele não fala nesse versículo sobre um casal
crente onde um se desvia da fé. Fala sobre casais onde uma das partes se
arrepende convertendo-se a Cristo, passando a ser habitação do Espírito Santo. Precisamos
compreender que há dois reinos espirituais, sendo esses: o Reino de Deus e o
reino das trevas.
Quem não é
de Deus não tem o Espírito Santo, se não tem, não pode ser participante do
Reino de Deus. Portanto, quando uma pessoa casada se converte ao Senhor Jesus
passa a ser participante do Reino de Deus e, seu cônjuge continuando incrédulo,
não deve separar-se.
Deve haver
muito equilíbrio por parte do crente convertido para não se isolar do cônjuge
não convertido. Quando se casaram, os dois participavam das coisas comuns pertencentes ao mundo, e o
cônjuge crente agora tem a responsabilidade de participar das coisas lícitas de
antigamente e tentar puxar o cônjuge não convertido para as coisas de Deus, através de
atitudes de amor e pequenas atenções espirituais. A oração de intercessão é um
elemento indispensável neste processo, outro elemento é o testemunho vivo e eficaz
que o crente dá em casa e na sua vida para convencer o descrente.
Embora, na
visão global de Deus, Ele espera a conversão do cônjuge incrédulo, Paulo não
está falando apenas de salvação. Nem todos os cônjuges incrédulos se converterão, isso
não é algo que se possa contar como certo. Ele
diz: “Porque, de onde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? ou, de onde
sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?” Ao falar então que “o marido
descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo
marido” o que Paulo está ensinando?
Ele está
simplesmente dizendo que é o inverso que acontece, se de fato o cônjuge
convertido foi regenerado e vive uma nova vida, deve entender que maior é
aquele que agora habita, dirige e o santifica do que aquele que está no
mundo. O poder e a graça de Deus manifestada na vida do cônjuge convertido é tão
grande, que ao invés de dele ser influenciado pelo mal na vida do não
regenerado, o não regenerado será influenciado pela graça, que opera os frutos
do Espírito, e o poder de Deus na vida do convertido. Então estamos falando
aqui de “santificação conjugal”, santificação familiar e não apenas de
santificação espiritual produzida pela salvação de um homem. Amém?
Você tem santificado os membros da sua família com seu testemunho e viver cristão, ou tem sido influenciado com a vida mundana deles?
SEXTA-FEIRA
(26 de abril) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (2º trimestre 2019)
QUANDO SÓ - John Donne disse: “Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é
uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para
o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a
casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me,
porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos
dobram; eles dobram por ti.”
Este
pensamento reflecte o propósito de Deus para a nossa vida. Fomos criados para
vivermos em sociedade. No mesmo dia Deus Criou Adão e Eva. A essência do homem
é Deus. Fomos criados à Sua imagem e semelhança e, por conseguinte,
apresentamos características básicas dessa filiação. Desenvolvemos aspectos
intrínsecos que o Criador quis que herdássemos dele próprio, como sinal da
semelhança divina. Um desses pontos é a vida em comunidades. As pessoas divinas
são realmente distintas entre si. Deus é único, mas não é
solitário. É o amor e a doação entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo é que mantém-nos unidos a Divindade e uns aos outros.
No final da
sua jornada, Paulo foi abandonado pelos homens. Durante seu ministério o
apóstolo tinha dezenas de cooperadores; estabeleceu igrejas nas principais
partes do mundo de sua época. Era conhecido por muitas pessoas e certamente
tinha muitos amigos. Porém, na hora que mais precisou deles, ninguém estava ali
para ampará-lo. Ele disse: "só Lucas está comigo." E mais adiante
continua: "todos me abandonaram... Mas o Senhor esteve ao meu lado ”
Em nossa
vida não é diferente. Jesus nunca nos abandona, ainda que a nossa família ou
nossos amigos nos desampare, o Senhor está conosco. Foi ele quem disse:
"Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos." Mateus 20:28.
Se você está
se sentindo só, desamparado, abandonado pelas pessoas, saiba que o Senhor está
consigo bem presente por onde quer que andar ou estiver. Descansa na
presença do Senhor! Em todo tempo ele está conosco, não nos deixa só nem por um
instante! Se você se encontra debilitado pelo tempo, ou por algum outro motivo,
saiba que o Senhor é a sua força. O Salmista Davi disse no Salmo 28.7: "O
Senhor é a minha força e o meu escudo..." Amém?
Luís Carlos Fonseca
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