domingo, 31 de março de 2019

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (2º trimestre 2019) QUANDO SÓ


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (2º trimestre 2019) QUANDO SÓ

VERSO ÁUREO: “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.” Gênesis 2:18

INTRODUÇÃO (sábado 20 de abril) – Revelamos o nosso verdadeiro caráter em três momentos da vida; quando estamos no escuro, dentro do casamento e quando ficamos sozinhos.

A lição desta semana traz, na sua introdução, a história de uma mulher que havia morrido a mais de 10 anos e ninguém tinha percebido. Hoje há muitas pessoas que vivem no meio de outras pessoas, mas sentem-se solitárias.

Podemos estar no meio de uma multidão de pessoas, e ao mesmo tempo sentirmos sozinhos. Deus é único, mas não é solitário. No plano da salvação, Jesus como homem, sentiu a solidão. Jesus compreende perfeitamente a solidão das pessoas, pois Ele foi desprezado e deixado só a morrer na cruz do Calvário: “Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém houve comigo...e o Seu sangue salpicou nos meus vestidos, e manchei toda a minha vestidura." Isaías 63:3

Deus revelou-Se a Jacó na sua solidão, e assugurou-lhe que cuidaria dele: “Eis que estou contigo, e te guardarei,  por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra: porque te não deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito.” Gênesis 28:15

Quando Elias ficou desanimado, ele mergulhou nas trevas de uma caverna. Aí Deus lhe falou para o erguer do seu desânimo: “...Deus disse-lhe: Que fazes aqui Elias?... Deus disse: Sai para fora e põe-te neste monte, perante a face do Senhor." I Reis 19: 9-11.

Nos momentos de tristeza e desânimo, que os filhos de Deus passam, Deus promete nunca esquecer os Seus filhos: “Sejam os vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes, porque Ele disse: Não te deixarei , nem te desampararei.” Hebreus 13:5.

Quando em dificuldades ou deixados a sós, pelo divórcio, viuvez ou abandono das pessoas, os cristãos podem estar certos de que o próprio Deus preencherá as necessidades do coração. Há uma promessa linda especialmente para as mulheres: “Não temas porque não serás envergonhada, e não te envergonhes porque não serás confundida: antes te esquecerás da vergonha da tua mocidade, e não te lembrarás mais do opróbrio da tua viuvez...Porque o teu criador é o teu marido...Porque o Senhor te chamou como a mulher desamparada e triste de espírito...Por um pequeno momento te deixei, mas com grandes misericórdias te recolherei.” Isaias 54: 4-7

Para vencermos a nossa solidão, torna-se necessário orientar a nossa vida no sentido de fazermos os outros felizes. Para termos amigos e não ficarmos sozinhos, é necessário sermos amigos das pessoas: “A alma generosa engoradará, e o que regar também será regado.” Prov. 11:24 e “O homem que tem muitos amigos pode congratular-se, mas há amigo mais chegado do que um irmão."
Ao aproximarmos das pessoas com o coração cheio do amor de Jesus, receberemos sólidas amizades, teremos boas companhias nunca nos sentiremos solitários.

O valor da oração solitária: “A oração familiar e a oração pública não bastam. Em solidão, abra-se a alma às vistas perscrutadoras de Deus. A oração secreta só deve ser ouvida por Ele, o Deus que ouve as orações. Nenhum ouvido curioso deve partilhar dessas petições em que a alma assim depõe o seu fardo. Na oração secreta a alma está livre das influências do ambiente, livre da agitação. ... Pela fé calma e singela a alma entretém comunhão com Deus e absorve raios de luz divina que a devem fortalecer e suster no conflito contra Satanás.” Caminho para Cristo, 98, 99

DOMINGO (21 de abril) COMPANHEIRISMOEstes são os textos bases para o estudo de hoje: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.” Eclesiastes 4:9-12

“Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos cada um para sua parte, e me deixareis só; mas não estou só, porque o Pai está comigo. Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João 16:32,33.

“Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Filipenses 4:11-13.

Ninguém gosta de viver sozinho, isso porque fomos criados por Deus para vivermos em companhia um do outro. Muitas vezes as pessoas se acostumam com a solidão e até preferem ficar sozinhas. O ditado popular diz que "é melhor andar só do que mal-acompanhado", e tem sido a máxima na vida de muitos cristãos, só que a Bíblia diz que é melhor serem dois do que um: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.” Eclesiastes 4:9. Amém? 

Este conselho bíblico diz respeito apenas ao casamento? Também, mas não somente sobre casamento, e o texto deixa bem claro isso, quando explica a razão de aconselhar que é melhor serem dois, veja: “Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante.” Eclesiastes 4:10. Se um cair o outro levanta seu companheiro. Aqui o texto tanto se refere ao casamento, como a uma relação de amizade e companheirismo.

Não importa se é amizade, companheirismo ou casamento, a terceira dobra do cordão é fundamental para garantir a segurança e a força da união. É muito difícil viver sozinho, não ter com quem partilhar alegrias e tristezas, trabalhar para sobreviver e não ter a quem deixar seus bens e as lições que aprendeu durante a caminhada da vida. A terceira dobra do cordão é Deus, e se duas pessoas estiverem unidas e tiverem os mesmos propósitos na vida, incluindo o aspecto espiritual, é difícil derrubar esse trio. Amém?

De certa maneira, todos nós enfrentamos o Getsêmani pessoal na vida; momentos em que parece que o mundo está desabando sobre nós; momentos de estresse extremo quando o cálix que devemos beber parece demais para suportar; momentos em que nos sentimos como se não pudéssemos sobreviver a outro dia.

Nem sempre podemos conhecer a vontade de Deus em todas as situações que enfrentamos. Mas há momentos em que conhecemos a vontade de Deus e, francamente, não gostamos disso. Há outras ocasiões em que conhecemos a vontade de Deus, e isso não faz nenhum sentido para nós. Todos vivemos, de certa forma, a experiência de Adão e Eva no jardim do Éden e somos convidados a viermos a experiência de Cristo no Getsémani.

Na Bíblia, algumas coisas significativas aconteceram nos jardins. No Jardim do Éden, as pessoas pecaram. No Jardim do Getsémani, Jesus venceu o pecado. No Jardim do Éden, Adão se escondeu. No Jardim do Getsémani, nosso Senhor se apresentou corajosamente. No Jardim do Éden, a espada foi tirada. No Jardim do Getsémani, a espada foi embainhada. A experiência da morte que Jesus passou é-nos um convite para enfrentarmos os problemas da vida com paciência e motivação.

Jesus ansiou pela companhia dos discípulos e eles estavam dormindo: “E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo? Mateus 26:40. Porque reclamar dos problemas se não pudemos velar com Cristo?

Quando Jesus voltou até os apóstolos pela terceira vez, novamente os encontra dormindo. Ele disse: “Numa ocasião como esta, vocês estão dormindo e descansando! Vejam! Está se aproximando a hora de o Filho do Homem ser entregue às mãos de pecadores. Levantem-se, vamos embora. Vejam! Aquele que me trai está chegando.” Mateus 26:45, 46. 

Temos sido amigos das pessoas mais próximas ou mais parecemos estranhos? Como nos relacionamos com Deus que tanto nos ama? 

SEGUNDA-FEIRA (22 de abril) A VIDA DE SOLTEIRO – A vida de solteiro tem vantagens e desvantagens. Para o solteiro, que é fiel a Deus, tem mais vantagens do que desvantagens.

Este é o texto para hoje, onde Paulo apresenta algumas razões para se ficar solteiro: “Ora, quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor; dou, porém, o meu parecer, como quem tem alcançado misericórdia do Senhor para ser fiel. Tenho, pois, por bom, por causa da instante necessidade, que é bom para o homem o estar assim. Estás ligado à mulher? não busques separar-te. Estás livre de mulher? não busques mulher. Mas, se te casares, não pecas; e, se a virgem se casar, não peca. Todavia os tais terão tribulações na carne, e eu quereria poupar-vos. Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não as tivessem; e os que choram, como se não chorassem; e os que folgam, como se não folgassem; e os que compram, como se não possuíssem; e os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa. E bem quisera eu que estivésseis sem cuidado. O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor; mas o que é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à mulher. Há diferença entre a mulher casada e a virgem. A solteira cuida das coisas do Senhor para ser santa, tanto no corpo como no espírito; porém, a casada cuida das coisas do mundo, em como há de agradar ao marido.” I Coríntios 7:25-34

Podemos estar seguros que em algum momento Paulo esteve casado. Paulo era um rabino e ele mesmo destacava que não tinha faltado a nenhum dos deveres que a lei e a tradição judias estabeleciam. As crenças ortodoxas judias consideravam o casamento como uma obrigação. Também há evidências de que Paulo tinha estado casado em informações particulares. Deve ter sido membro do Sinédrio porque disse que tinha votado contra os cristãos. Ver Atos 26:10. Era obrigação que os membros do Sinédrio estivessem casados, devido ao fato de que se pensava que os homens casados eram mais misericordiosos.

É bom lembramos também que Paulo proíbe o divórcio e o faz sobre a base de que Jesus o proibia, ver Marcos 10:9 e Lucas 16:18. Se existir tal separação, Paulo proíbe um novo casamento. Pode nos parecer uma doutrina severa, mas em Corinto com sua frouxidão característica, era melhor que as normas fossem tão altas e que a vida mundana não pudesse entrar na Igreja. É pena que hoje este assunto não é levado tão a sério como Deus deseja.

Neste texto Paulo aconselhou ao solteiro ou viúvo a não estar ansioso para se casar. Isso não significa que Paulo desaprovava o casamento ou que o declarou ilegítimo, como talvez pensavam alguns dos crentes coríntios. Em vez disso, buscava livrar os cristãos de envolvimentos desnecessários em tempos de angústia. É verdade que os solteiros passam por menos dificuldades em períodos de tribulação.

O solteiro tem melhores condições de cuidar das coisas do Senhor. Isto é; coisas concernentes à religião, assuntos espirituais, em contraste com as questões pessoais. O solteiro não se sobrecarrega com responsabilidades familiares. Seu tempo e energia não são consumidos em satisfazer as necessidades materiais de uma família, em particular, em períodos de prova e perseguição. Ele é livre para dar atenção completa ao avanço do reino de Deus. Paulo pessoalmente preferiu isso. Portanto, é correto que uma pessoa, se assim o desejar, permaneça solteira e se dedique totalmente à obra do Senhor.

A igreja em Corinto passava por problemas mais sérios do que hoje. Sem dúvida alguma os casamentos mistos traziam problemas. Tértulo escreveu um livro a respeito deles em que descreve um marido pagão que está zangado com sua esposa cristã porque "por visitar os irmãos vai pelas ruas às casas de outros homens, em especial pobres ... Não se permite estar ausente toda a noite em reuniões noturnas nem nas celebrações pascais... nem que vá à a prisão para beijar as ataduras de um mártir, nem sequer que beije a alguns dos irmãos."

Paulo diz duas coisas que têm um valor permanente. 1) Pondera que o conjugue descrente é consagrado pelo crente. Eles são uma só carne e o maravilhoso é que nesses casos a graça do cristianismo ganha a vitória e não a corrupção do paganismo. 2) Também pensa com amor que esta associação pode ser o meio para salvar a alma do membro não crente do casal. Para Paulo a evangelização começava em casa. O não crente não devia ser considerado como algo impuro que era preciso evitar com repulsa, mas sim como outro filho que devia ser ganho para Deus.

Na sua situação de casado tem honrado matrimonio santificando o conjugue, e na sua situação de solteiro tem conseguido manter-se fiel a Deus e ainda contribuir para a pregação do evangelho? 

TERÇA-FEIRA (23 de abril) QUANDO UM CASAMENTO TERMINAEstes são os textos bases para o estudo de hoje e que nos apresentam alguns princípios sobre casamento, divórcio e novo casamento: “Porque o Senhor, o Deus de Israel diz que odeia o repúdio, e aquele que encobre a violência com a sua roupa, diz o Senhor dos Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais desleais.” Malaquias 2:16

“Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.” Mateus 5:31,32

“Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho.” Mateus 19:18.

“Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe.” I Coríntios 7:11-13

Não há na Escritura nenhum ensinamento direto sobre novo casamento após o divórcio. Existe sim uma forte implicação nas palavras de Jesus em Mateus 19:9 no sentido de permitir o novo casamento de uma pessoa que permaneceu fiel, cujo cônjuge foi infiel ao voto matrimonial. Mas isto deve ser visto sob alguns pontos:

Cremos na lei de Deus e também na misericórdia perdoadora de Deus. Cremos que vitória e salvação podem ser seguramente encontradas por aqueles que transgrediram nesse assunto de divórcio e novo casamento da mesma forma que por aqueles que falharam em quaisquer outras sagradas normas de Deus. Embora o casamento tenha sido realizado primeiramente por Deus só, sabe-se que as pessoas hoje vivem sob governos civis; portanto, hoje o casamento tem dois aspectos: o religioso e o civil. O aspecto divino é regido pelas leis de Deus; o civil, pelas leis do Estado.

Ellen White menciona citando os textos bíblicos para hoje: “No Sermão do Monte, Jesus declarou plenamente que não podia haver dissolução do laço matrimonial, a não ser por infidelidade do voto conjugal” O Maior Discurso de Cristo,  63.

O divórcio sempre foi  contrário ao propósito original de Deus, como vemos nos textos acima, mas a Bíblia não é silenciosa a esse respeito. Visto que o divórcio ocorreu como parte da experiência humana caída, uma regulamentação bíblica foi dada para limitar o dano que ele tem causado. Ver  Deuteronômio 24:1-4. A Bíblia procura consistentemente enaltecer o matrimônio e desencorajar o divórcio descrevendo as alegrias do amor e da fidelidade conjugal. Ver Provérbios 5:18-20; Cantares 2:16; 4:9; 5:1, referindo-se ao relacionamento de Deus com Seu povo comparando-o com o casamento. Ver Isaías 54:5; Jeremias 3:1, enfocando as possibilidades de perdão e restauração matrimonial. Ver Oséias 3:1-3. E, indicando a aversão de Deus pelo divórcio e a miséria que ele causa. Ver Malaquias 2:15, 16.

Jesus restaurou o conceito original do casamento como um compromisso vitalício entre um homem e uma mulher e entre o casal e Deus. Veja Mateus 19:4-6 e Marcos 10:6-9. Muitas instruções bíblicas confirmam o casamento e procuram corrigir os problemas que tendem a enfraquecer ou destruir o seu fundamento. Leia Efésios 5:21-33; Hebreus 13:4 e I Pedro 3:7. O casamento baseia-se nos princípios do amor, lealdade, exclusividade, confiança e amparo mantidos por ambos os cônjuges em obediência a Deus

A graça divina é o único remédio para os males do divórcio. Quando o casamento falha, os ex-cônjuges devem ser encorajados a examinar sua experiência e procurar conhecer a vontade de Deus para sua vida. Deus provê conforto para os que foram feridos. O Senhor também aceita o arrependimento de pessoas que cometeram os mais destrutivos pecados, mesmo aqueles que trazem consigo consequências irreparáveis.

É importante lembrarmos neste estudo que a igreja de Cristo tem normas a serem seguidas, e quando acontecem divórcios e novos casamentos contrários as indicações de Deus, a igreja age através da disciplina eclesiástica. O cônjuge que violou o voto matrimonial estará sujeito à disciplina pela igreja local. Quando se arrependeu genuinamente, poderá ser posto sob censura por um tempo determinado em vez de ser removido do rol de membros da igreja. Se não deu evidências de completo e sincero arrependimento, deve ser removido do rol de membros. Em caso de violações que tenham trazido vergonha pública sobre a causa de Deus, a igreja, a fim de manter suas elevadas normas e seu bom nome, pode remover o indivíduo da lista de membro

Temos seguido as orientações divinas ou os nossos próprios pensamentos e atitudes na questão do divorcio e novo casamento? 

QUARTA-FEIRA (24 de abril) MORTE E SOLIDÃO – O ser humano foi criado por Deus para viver eternamente. Mas, com a entrada do pecado todos estamos condenados a morte. A morte dos santos é comparada com o sono, pois temos a promessa de que na volta de Cristo os salvos retornarão à vida para ter direito a vida eterna.

O plano original de Deus não incluía a morte. Por isso custa-nos tanto para aceitá-la, se é que a aceitamos em algum momento. A realidade da morte leva-nos à um sentimento de ruptura, de perda, de separação, que são mais profundos do que a simples saudade ou ausência da pessoa querida que se foi. Ficamos contrariados e impotentes diante desta realidade. Mas, e quando chegar a nossa hora, qual será a nossa reação?

Veja como os textos para hoje tratam do tema da morte? “Perece o justo, e não há quem considere isso em seu coração, e os homens compassivos são recolhidos, sem que alguém considere que o justo é levado antes do mal.” Isaías 57:1

“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21:4

“Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” I Tessalonicenses 4:17,18

“Então o rei se perturbou, e subiu à sala que estava por cima da porta, e chorou; e andando, dizia assim: Meu filho Absalão, meu filho, meu filho, Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!” II Samuel 18:33.

Falar sobre a morte e o sofrimento é sempre incomodo para nós. A morte sempre nos confronta com a falibilidade humana e a maior limitação de nossa frágil humanidade. Somos apegados à vida e mesmo tendo conhecimento intelectual acerca da eternidade, tal saber não necessariamente é sinônimo de tranquilidade e redução de ansiedade diante da imperiosa realidade da morte.

A provação vem quando tudo, que é precioso para nós, escapa de nossas mãos, e não resta coisa alguma a que se agarrar. É nesse momento que devemos ter fé para entregar-nos a um Senhor amoroso, e crer que Ele não permitirá que caiamos em um terrível e insondável abismo. Mas, ao contrário, nos conduzirá ao lar seguro que nos tem preparado. Amém?

Como podemos ajudar as pessoas enlutadas? O luto é a resposta natural de sofrimento diante de uma grande perda. O tempo do luto varia de pessoa para pessoa, mas dura, em média, de 3 meses até 1 ano. Esta variação depende das circunstâncias da perda, da capacidade individual de cada pessoa para a superação do luto, e do apoio familiar e de amigos que a pessoa enlutada pode ou não receber durante o tempo de recuperação emocional.

O luto em si não é uma doença. No entanto, quando o luto não é devidamente elaborado ou experimentado, ele pode gerar doenças tanto físicas quanto emocionais. De acordo com Katherine Shear, professora de psiquiatria da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, cerca de 15% das pessoas enlutadas desenvolvem um luto prolongado, afetando a qualidade de vida da pessoa por ter extrema dificuldade em funcionar em meio às tarefas e necessidades do dia. O melhor argumento a ser usado para pessoas que sofrem por perdas de pessoas queridas é o silencio e a disponibilidade para ajudar no que for preciso!

É preciso falar sobre a morte? Será que é possível se preparar para a morte? Esse assunto é desconfortável para você? Bem, algumas pessoas não gostam nem de pensar sobre a morte. De fato, é um assunto doloroso. Mas, para pessoas que estão com uma idade muito avançada ou para aquelas que estão enfrentando uma doença em estágio terminal, pode ser bastante benéfico pensar e ter um diálogo aberto sobre este assunto com pessoas mais próximas e queridas.

Como ajudar pessoas que estão em fase terminal? Algumas atitudes podem ajudar a família a se organizar melhor neste momento: Não podemos negar o fato de a doença existir e da possibilidade da morte. A negação da realidade exige mais das pessoas do que o sofrimento que vem com a aceitação. Devemos fazer companhia ao doente. A solidão pode ser bastante dolorosa, principalmente no final da vida. Portanto, mantenha a proximidade a conversa e o encorajamento. Amém?

QUINTA-FEIRA (25 de abril) ESPIRITUALMENTE SOLTEIRO – A lição de hoje traz o exemplo de Natália que aceitou Jesus como Salvador, tornando-se Adventista do 7º Dia, mas que sofreu fortes objeções da família e pessoas queridas por conta da nova religião. Ela sentia-se espiritualmente abandonada pelos membros da sua família. Hoje há muitos crentes que tem esse mesmo sentimento.

Nós não temos problemas em aceitar o mandamento de honrar pai e mãe, do respeito pela família, do respeito pelos pais e da necessidade de ter uma família unida. Pois sabemos bem que uma família unida é um princípio que nos faz viver bem e garante à sociedade uma segurança. E, além de tudo, honrar pai e mãe é um dos mandamentos da Lei de Deus. Por outro lado, como você menciona, nos deparamos com Jesus que diz: “Aquele que ama pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim. E aquele que ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim. Aquele que não toma a sua cruz e não me segue não é digno de mim. Aquele que acha a sua vida, a perderá, mas quem perde sua vida por causa de mim, a achará." Mateus 10,37-39.

Os seguintes textos trazem conforto para aqueles que se sentem espiritualmente sozinhos: 

“Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; que é chamado o Deus de toda a terra.” Isaías 54:5

“E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias. E desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor.” Oséias 2:19,20

“Porque ele livrará ao necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude.” Salmo 72:12.

O seguinte texto é um dos versículos em que muitos não compreendem o porque a mulher crente santifica o marido incrédulo e vice-versa. “Porque o marido incrédulo é santificado pela mulher, e a mulher incrédula é santificada pelo marido crente; de outro modo, os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.”  I Coríntios 7:14.

É importante saber que quando o Apostolo Paulo faz menção sobre esse fato, sem sombra de dúvidas, ele está falando diretamente para casais em que um dos dois se converteram ao Evangelho de Cristo. Ele não fala nesse versículo sobre um casal crente onde um se desvia da fé. Fala sobre casais onde uma das partes se arrepende convertendo-se a Cristo, passando a ser habitação do Espírito Santo. Precisamos compreender que há dois reinos espirituais, sendo esses: o Reino de Deus e o reino das trevas.

Quem não é de Deus não tem o Espírito Santo, se não tem, não pode ser participante do Reino de Deus. Portanto, quando uma pessoa casada se converte ao Senhor Jesus passa a ser participante do Reino de Deus e, seu cônjuge continuando incrédulo, não deve separar-se.

Deve haver muito equilíbrio por parte do crente convertido para não se isolar do cônjuge não convertido. Quando se casaram, os dois participavam das coisas comuns pertencentes ao mundo, e o cônjuge crente agora tem a responsabilidade de participar das coisas lícitas de antigamente e tentar puxar o cônjuge não convertido para as coisas de Deus, através de atitudes de amor e pequenas atenções espirituais. A oração de intercessão é um elemento indispensável neste processo, outro elemento é o testemunho vivo e eficaz que o crente dá em casa e na sua vida para convencer o descrente.

Embora, na visão global de Deus, Ele espera a conversão do cônjuge incrédulo, Paulo não está falando apenas de salvação. Nem todos os cônjuges incrédulos se converterão, isso não é algo que se possa contar como certo. Ele diz: “Porque, de onde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? ou, de onde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?” Ao falar então que “o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido” o que Paulo está ensinando?

Ele está simplesmente dizendo que é o inverso que acontece, se de fato o cônjuge convertido foi regenerado e vive uma nova vida, deve entender que maior é aquele que agora habita, dirige e o santifica do que aquele que está no mundo. O poder e a graça de Deus manifestada na vida do cônjuge convertido é tão grande, que ao invés de dele ser influenciado pelo mal na vida do não regenerado, o não regenerado será influenciado pela graça, que opera os frutos do Espírito, e o poder de Deus na vida do convertido. Então estamos falando aqui de “santificação conjugal”, santificação familiar e não apenas de santificação espiritual produzida pela salvação de um homem. Amém?

Você tem santificado os membros da sua família com seu testemunho e viver cristão, ou tem sido influenciado com a vida mundana deles? 

SEXTA-FEIRA (26 de abril) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (2º trimestre 2019) QUANDO SÓ - John Donne disse:  “Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.”

Este pensamento reflecte o propósito de Deus para a nossa vida. Fomos criados para vivermos em sociedade. No mesmo dia Deus Criou Adão e Eva. A essência do homem é Deus. Fomos criados à Sua imagem e semelhança e, por conseguinte, apresentamos características básicas dessa filiação. Desenvolvemos aspectos intrínsecos que o Criador quis que herdássemos dele próprio, como sinal da semelhança divina. Um desses pontos é a vida em comunidades. As pessoas divinas são realmente distintas entre si. Deus é único, mas não é solitário. É o amor e a doação entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo é que mantém-nos unidos a Divindade e uns aos outros.

No final da sua jornada, Paulo foi abandonado pelos homens. Durante seu ministério o apóstolo tinha dezenas de cooperadores; estabeleceu igrejas nas principais partes do mundo de sua época. Era conhecido por muitas pessoas e certamente tinha muitos amigos. Porém, na hora que mais precisou deles, ninguém estava ali para ampará-lo. Ele disse: "só Lucas está comigo." E mais adiante continua: "todos me abandonaram... Mas o Senhor esteve ao meu lado ”

Em nossa vida não é diferente. Jesus nunca nos abandona, ainda que a nossa família ou nossos amigos nos desampare, o Senhor está conosco. Foi ele quem disse: "Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos." Mateus 20:28.

Se você está se sentindo só, desamparado, abandonado pelas pessoas, saiba que o Senhor está consigo bem presente por onde quer que andar ou estiver. Descansa na presença do Senhor! Em todo tempo ele está conosco, não nos deixa só nem por um instante! Se você se encontra debilitado pelo tempo, ou por algum outro motivo, saiba que o Senhor é a sua força. O Salmista Davi disse no Salmo 28.7: "O Senhor é a minha força e o meu escudo..." Amém?

Luís Carlos Fonseca

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