segunda-feira, 20 de maio de 2019

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (2º trimestre 2019) PEQUENOS TEMPOS DE TRIBULAÇÃO


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (2º trimestre 2019) PEQUENOS TEMPOS DE TRIBULAÇÃO

VERSO ÁUREO: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.” Efésios 4:26

INTRODUÇÃO (Sábado 1º de junho) – A lição desta semana vai abordar os conflitos que surgem nos relacionamentos dentro da família e, como o filho de Deus deve resolver estes conflitos para promover o crescimento do casal, dos filhos e demais familiares.

Muitas vezes, quando estamos passando por alguma tribulação, somos tentados a pensar e dar o foco unicamente na dor que ela nos causa. Não perceber  mais nada, apenas nos lamentarmos por viver aquela tribulação. Aí entra a murmuração! Deus tem uma mensagem importante para todos nós: “É formosa a misericórdia do tempo de tribulação, como nuvem de chuva no tempo de seca” Ecles 5:26. Este texto é de inquietar o coração de qualquer pessoa e despertar um questionamento: Como posso ver o amor de Deus no meio das tribulações?

E, por causa disso, perdemos a grande oportunidade de experimentar e perceber o quanto é formosa a misericórdia nos tempos de tribulações de nossas vidas. Perceber isto requer fixar nossos olhos nos pequenos gestos, pequenos fatos, acontecimentos que muitas vezes passam despercebidos. Isto é, ver a “nuvem de chuva”, que ainda não é chuva, mas é a certeza que a chuva virá, e por isso já refaz nossa esperança e confiança em Deus, em meio à tribulação. Amém?

A despeito de haver conflitos nos casamentos e famílias cristãs é necessário a reconciliação. Stanley Jones, pregador cristão, afirma que a palavra chave na bíblia é Vida. Rick Warren diz que a palavra principal da bíblia chama-se; relacionamento. Seja qual for a palavra, o fato é que a Bíblia resume a obra de Cristo dizendo: “Deus estava em Cristo, reconciliando consigo mesmo o mundo”. Cristo veio fazer a reconciliação que se rompeu quando o homem resolveu viver por si mesmo, de forma autónoma e independente.

Reconciliação é uma via de mão única. Foi isto que Deus fez conosco através de Jesus. Ele morreu por nós sendo nós ainda pecadores. Éramos rebeldes e egocêntricos, e Ele nos amou de forma incondicional. Paulo afirma que “amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro”. Ele amou e assumiu o ónus, e isto se torna ainda mais impressionante quando consideramos que Ele era a parte ofendida, e não o ofensor.

Reconciliação é um processo longo e dolorido, envolve negação de si mesmo, perdão e auto-exame. Por que deveríamos buscar o caminho da restauração? Digo que uma única razão já seria suficiente: Porque vale a pena. Que Deus nos conceda esta capacidade!

Li a história de um pregador que viajava de trem para sua casa depois de uma série de conferências, quando percebeu que do seu lado estava um rapaz muito nervoso. Vendo a angústia de alma do moço, o pastor se aproximou e perguntou se poderia ajudá-lo, pois o via muito nervoso. E o rapaz lhe explicou o que estava acontecendo:

“Há alguns anos atrás eu sai de casa, por causa de uma briga que eu havia tido com o meu pai. E, depois de ter ferido meus pais, a família e os irmãos, decidi desaparecer no mundo e por muitos anos, não dei qualquer notícia aos meus pais. No entanto, passei a sentir-me cada vez mais oprimido e resolvi retornar para casa. Contudo, não sei como meu pai vai reagir quando voltar para casa. Resolvi mandar um telegrama dizendo: “Em tal dia, estarei viajando de trem para reencontrá-los, como o trem passa perto da casa de vocês, quero que coloquem um sinal no pé de manga que fica na esquina, um lençol branco, como sinal de paz, para que eu saiba que vocês me perdoaram e me aceitarão de volta. Se vocês não colocarem nada, vou passar direto, e nunca mais volto”. Eu estou nervoso porque não sei qual será a resposta de minha família.

O velho pregador lhe disse: “Então, deixe que eu olho para você, se ver um lençol na mangueira eu lhe digo.” Quando chegaram perto do local indicado, o velho pastor chamou o moço e lhe disse, “Não estou vendo apenas um lençol, mas vejo a árvore coberta de lençóis, eles estão por toda parte. Em cima do telhado, cobrindo toda a árvore, nas cercas, na grama, em todos os lugares há lençóis brancos”.

DOMINGO (2 de junho) CONFLITO – Embora a lição desta semana esteja a dar ênfase nos conflitos familiares, tudo o que analisamos aqui deve ser aplicado à todos os outros relacionamentos. Veja os textos sugeridos para hoje e como os dois princípios importantes auxiliam-nos para evitarmos conflitos com os outros: “Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.” Mateus 7:5.

“A prudência do homem faz reter a sua ira, e é glória sua o passar por cima da transgressão.” Provérbios 19:11

Na verdade, a alegria e a estabilidade entre os casais, e de outros relacionamentos, não estão associadas diretamente à ausência de conflitos, mas à forma com que os cônjuges e pessoas estabelecem estratégias para solucioná-los. São muitos os motivos de conflito entre os casais, podendo ser citados entre eles o sexo, a infidelidade, os filhos, o dinheiro, etc...O sofrimento resultante deste armazenamento de emoções negativas, associado à incapacidade em resolver os conflitos, reflecte à saúde mental dos cônjuges. Cada pessoa teve uma formação e reage de formas diferentes na resolução dos problemas.

Quando os casais e famílias conseguem superar um conflito, a paz retorna ao lar, toda a nuvem de confusão se dissipa e a harmonia é restaurada. Passamos a nos comunicar eficazmente. Aquele que estava fechado começa a se abrir outra vez. A reconciliação acontece, e podemos prosseguir confiantes que nossa atitude pacificadora foi a melhor escolha. O nosso maior exemplo é o Senhor Jesus, pois Ele pacificou o maior de todos os conflitos. Devido os nossos muitos pecados o Senhor Jesus conseguiu pacificar este gravíssimo conflito. Amém?

O autor de Hebreus, que credito ser Paulo, nos ensinou que a nossa luta não é contra o nosso próximo, mas contra o diabo, nosso adversário, que anda ao nosso redor bramando como leão, buscando a quem possa devorar. Infelizmente a maioria dos casais, não entende que a sua luta não deve ser um contra o outro. Quando colocamos Jesus para ser o nosso Mediador, então o nosso casamento tem sentido, pois os conflitos são resolvidos pacificamente.

Todos os cônjuges têm seus defeitos, por isso, todos têm a necessidade e o direito de serem amados e perdoados. Antes de tudo, para conviver com os defeitos do cônjuge, é necessário aceitá-lo na sua realidade. Nós não fabricamos uma pessoa, nós nos casamos com ela como ela é, com suas qualidades e defeitos; virtudes e pecados. A primeira grande missão do casal é um fazer o outro crescer com a sua dedicação. São Paulo ensina o verdadeiro amor: “O amor é paciente, o amor é bondoso, não tem inveja nem é orgulhoso. Não é arrogante nem escandaloso. Não busca seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acabará” I Cor 13: 4-8.

Muitos casais cristãos estão vivendo hoje fora daquilo que Deus planejou para eles. Brigas constantes, desrespeito mútuo e distância entre o casal, são vistos em muitos lares. E, além da infelicidade que isto produz em seus corações, ainda há a questão do mal testemunho dado e da vida espiritual que é prejudicada. O problema todo está relacionado com a manutenção da ira e a falta de perdão.

Conforme o Instituto do Casal, ocorrem quatro consequências negativas de dormir brigado em um casamento: 

1) Causa insónia: Uma discussão antes de dormir pode ser fatal para a boa qualidade do sono. Pode tanto interferir no sono, quanto piorar a insónia em quem já apresenta essa condição. Dormir mal interfere totalmente na nossa capacidade de resolver problemas e encontrar soluções para os conflitos. 

2) Leva à ruminação: Quando não resolvido, o problema pode se tornar um pensamento recorrente e negativo, levando ao mau humor, tristeza e desmotivação, sendo ainda um importante fator de risco para desenvolver depressão, ansiedade e estresse. 

3) Amplia a raiva: No momento da discussão é comum sentir raiva. Porém, se a situação não é resolvida, algumas pessoas podem permanecer com esse sentimento vívido e ampliado. A raiva reprimida não permite ao corpo finalizar as respostas desencadeadas, interferindo na capacidade do organismo de se acalmar e voltar ao seu equilíbrio. 

4) Vira bola de neve: O problema não solucionado se tornar ainda maior. Muitos casais evitam retomar a discussão na esperança de que as coisas melhorem, quando, na verdade, este comportamento só vai piorar a situação. A dica é sentar e procurar chegar a um consenso, sem deixar para depois ou ignorar o fato. 

SEGUNDA-FEIRA (3 de junho) ALGUNS PRINCÍPIOS PARA O CASAMENTO – A lição de hoje apresenta três textos que expressam princípios que devem ser praticados para a felicidade no matrimónio e na família.

“Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça.” Efésios 1:7

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Romanos 3:23

“Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Filipenses 2:4-8

Todos os textos acima mostram que temos defeitos emocionais que levamos para os limites do casamento. Há defeitos que são difíceis de conviver com eles e estão relacionados aos limites de cada pessoa, assim algo que seja totalmente inaceitável para alguns, por outros são bem tolerados. Por isso, diante de um defeito do cônjuge que lhe causa grande irritação é interessante refletir sobre as razões pelas quais isso afeta tanto você. O problema pode estar com você. Amém? 

Há alguns defeitos comuns dentro do matrimónio pelos quais as pessoas reclamam:

Gastador ou económico: Pensar de forma contrária na hora de empregar o dinheiro é um conflito muito comum entre casais, principalmente quando os cônjuges são criados com status sociais muito diferentes.

Ter vícios: Os vícios constituem o maior problemas para destruir o casamento. O alcoolismo, o tabaco, as drogas, além do jogo e da pornografia são vícios de grande poder destruidor para os relacionamentos.

Violência doméstica: A violência doméstica representa um problema mundial que tem devastado famílias inteiras. Pessoas violentas necessitam de auxílio profissional, pois, nada justifica atitudes dessa natureza.

Descuido e relaxo: A aparência e higiene do cônjuge devem ser preservadas dentro do casamento, mas, lamentavelmente, acredita que depois de casados não haja necessidade de um mínimo de cuidado em relação a si mesmo e ao outro. Cuidado!

Respeito: A falta de respeito em relação aos gostos, vontades, crenças e valores do cônjuge é uma questão muito comum nas brigas e discussões entre casais. A pessoa intransigente não aceita ser contrariada e promove grande alvoroço no sentido de que sua opinião prevaleça sempre.

Mesmo com o alto índice de divórcio, especialmente nos países ocidentais, o casamento ainda faz parte dos planos da grande maioria das pessoas. Muitos ainda sonham com o momento em que encontrarão alguém especial, com quem passarão o resto de suas vidas. Alguns colocam expectativas demasiadas altas, em relação ao cônjuge, e ficam pensando no ideal de pessoa que, acham, daria plena felicidade. Se ele ou ela fosse mais magro ou mais gordo, ou mais inteligente, ou mais forte, ou tratasse melhor as crianças, daria certo. Mas, depois de casados pouco ou nada disso acontece e ficam frustrados.

O casamento não é uma aventura a dois, é uma missão. Não é uma vida só de prazeres e alegrias, mas também de luta, abnegação, renúncias e sacrifícios. E o pilar principal do matrimónio é o amor, o dar a vida pelos outros, o esquecer-se de si mesmo para fazer o cônjuge e os filhos crescerem em tudo que é bom. O apostolo Paulo compara o amor do casal ao amor de Cristo pela Igreja, que por amor morreu por ela: “Maridos, amai as vossas esposas como Cristo amou a Igreja, e se entregou por ela” Efésios 5:25.

Todos os maridos e esposas têm seus defeitos e pecados, por isso, todos têm a necessidade e o direito de serem amados e perdoados. Antes de tudo, para conviver com os defeitos do cônjuge, é necessário aceitá-lo na sua realidade. Nós não fabricamos uma pessoa, nós nos casamos com ela como ela é, com suas qualidades e defeitos; virtudes e pecados.

Para suportar os defeitos do outro, acima de tudo, é preciso a paciência que tudo vence. Isso não quer dizer que se aceite ser maltratado; nem tolerar agressões físicas ou permitir que nos tratem como objetos; mas saber aceitar o outro quando age de um modo diferente de nós. Não podemos nos colocar no centro, nem querer que se faça somente a nossa vontade. É isso que faz as pessoas impacientes, a reagirem com agressividade, reclamação, lamúrias, etc.

Os terapeutas conjugais recomendam nunca gritar um com o outro; não jogar no rosto do outro os erros do passado; nunca dormir brigados; não ser displicente, sem atenção com o outro; trocar as discussões por bons diálogos e, quando tiver de chamar a atenção do outro, fazer com amor, na hora certa, na privacidade e sempre lembrar de elogiá-lo. Amém?

TERÇA-FEIRA (4 de junho) O PAPEL DA IRA NO CONFLITOEste é o texto principal para hoje: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo”. Efésios 4:26-27

Com certeza, todos nós já ficamos irados por alguma situação em algum momento. Se você nunca se irritou com nada e com ninguém, então seu problema é maior ainda, pois se não peca ao irar-se, peca por não se indignar ao menos. A ira é uma virtude a ser cultivada ou um pecado a ser evitado? A resposta a essa pergunta depende da resposta que damos a outra pergunta: “o que nos deixa irritados?” Se o que nos deixa irritados é o menino atrapalhando o trânsito e não o sistema corrupto que permite que crianças sejam colocadas nessa situação, nossa ira é um pecado e não uma virtude. Percebeu a diferença?

Mas, mesmo uma ira santa, como alguns classificam, em sua motivação pode se tornar uma ira pecaminosa em sua expressão, o que exige que o assunto seja tratado com temor e de acordo com a palavra de Deus. Não se trata de um assunto complicado, apenas complexo, ou seja, mais do que conhecimento sobre o assunto, precisamos de entendimento do tema sobre a ira

Qual é a diferença entre a ira e a raiva?  Quando a ira é uma virtude e quando a ira se torna um pecado? “O homem de grande indignação deve sofrer o dano; porque se tu o livrares ainda terás de tornar a fazê-lo”. Provérbios 19:19

A ira deixa de ser uma virtude para se tornar um pecado quando sua motivação é errada. A ira é tanto um efeito quanto uma causa de outro pecado. Ela pode ter o seu início no orgulho ou na inveja e originar o ódio, a murmuração e o ressentimento. Não há como haver um fruto bom de uma raiz ruim. Lembre-se que Deus nos julgará pelos nossos anseios e não simplesmente pelos nossos feitos. Tudo o que não nasce do amor é pecado.

A ira deixa de ser uma virtude para se tornar um pecado quando seu alvo é errado. Jesus disse que qualquer que se irar contra seu irmão comete pecado, isto é, o que é relevante perante Deus não é tanto o porquê nos iramos, mas contra quem nos iramos. Precisamos atacar o mal e não o malvado. Precisamos odiar o pecado, mas continuar amando o pecador. É necessário separar o pecado do pecador.

Como ficar irado no momento sem alimentar o ódio? “Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. Tiago 1:19. Para que a ira esteja sob controle é preciso não confundir traço de personalidade com perversão de caráter. Toda ira precisa ser uma reação e não uma norma de vida! Precisamos parar de arranjar desculpas para nosso comportamento e procurar perdão para nossas atitudes! A ira é mais do que um simples sentimento, pois tem um elemento chamado vontade anexado a ela.

Facilmente ficamos iramos com nossos familiares, mas não com nosso patrão! Ofendemos os mais frágeis que nós, mas nos resignamos frente aqueles que têm mais autoridade que nós! Isso prova que a ira não é uma reação involuntária de nosso temperamento, mas algo produzido por um caráter afetado pelo pecado e que envolve a nossa decisão. Precisamos controlar a nossa vontade, submetendo-a à Jesus. Amém?

Nosso temperamento influencia nosso comportamento, mas não o determina! Precisamos parar de confundir o normal com o comum! Não é porque todo mundo se porta de uma maneira ou porque sempre temos agido e reagido de um modo que isso se torna normal. O fato de todo mundo começar a andar plantando bananeira tornaria isso normal?

O que Tiago 1:19 e 20 fala sobre a maneira como devemos nos relacionar com os membros da nossa família para evitarmos o ódio? "Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus.” Tiago 1:19,20.  Amém?

QUARTA-FEIRA (5 de junho) CONFLITO, ABUSO, PODER E CONTROLO – Estes são os textos principais para o estudo de hoje e que reflectem os ensinos cruciais sobre os relacionamentos: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” I João 4:7,8

“Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não vos irriteis contra elas.” Colossenses 3:19

De acordo com especialistas no assunto de relacionamentos matrimonial e outros, um relacionamento abusivo é aquele em que não existe igualdade de poder e decisões, além de causar a perda de individualidade e vida pessoal. A pessoa afectada acaba por se afastar de amigos, familiares e até mesmo deixa de frequentar eventos sociais e confraternizações. Mas, existem diferentes níveis de abuso, verbal ou mesmo físico, mas, independentemente, todos são considerados uma relação de abuso e controle.

O ciúme é uma manifestação de abuso. Engana-se quem pensa que ciúmes, principalmente de maneira controladora e abusiva, é algo positivo no relacionamento. Muito pelo contrário, é destrutivo. Existem abusos quando se controla a outra pessoa, por exemplo;  procurando ver o seu celular ou querer saber como é o relacionamento com pessoas lá no trabalho.

Um dos cônjuges considerar-se superior. Isso é muito comum! Afinal, ele ou ela nunca estão errados! E não vai adiantar você dizer ou mesmo pessoas mais próximas, ele vai mostrar que é superior, que está certo em tudo, só ele deve ser ouvido e nunca pede perdão, fazendo até mesmo uso de xingamentos e colocando você para baixo. Cuidado com essas ações, em um relacionamento saudável, o diálogo é o mais comum. Assim, um acaba ficando refém às ordens, mesmo que elas não sejam tão explícitas. Além disso, um se coloca no papel de culpado.

Como podemos construir relacionamentos saudáveis e duradouros, para evitar os conflitos? Um dos pontos é cultivar afeto e admiração pelo cônjuge. Acreditar que a pessoa amada é digna de admiração e respeito é um passo muito importante para construir um relacionamento saudável. Cuide para que esses sentimentos sejam cultivados pelo menos por meia hora diariamente

Outro passo é um deixar-se influenciar pelo outro. Com as mudanças na sociedade, talvez seja essa a parte que mais tenha conflito nas relações hoje: a divisão do poder. Negociar concessões, dividir decisões e escolher juntos o que será melhor para o casal parece tarefa simples, mas é preciso muito treino para que ambas as partes se sintam satisfeitas com a escolha feita.

O filósofo e escritor Albert Camus, disse uma vez que; “somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de fazer”. Assim, quando não cuidamos das coisas que fazemos no nosso relacionamento, nos tornamos responsáveis pelo seu término ou mesmo por sua infelicidade. Viver um relacionamento a dois nem sempre é uma coisa fácil. Atualmente, com a correria do cotidiano, e, com a presença constante da tecnologia em nossas casas, temos cada vez menos tempo para dedicar ao nosso parceiro e à nossa família. Precisamos investir nos relacionamentos.

A violência doméstica acontece quando alguém na família abusa de seu poder e maltrata física ou psicologicamente outro membro da família mais fraco ou vulnerável. Deus odeia a violência doméstica e fica muito zangado com os agressores. A atitude correta para um cristão é lutar contra a violência doméstica e dar apoio às vítimas. A violência doméstica transforma a bênção da família em maldição.

Toda vítima de violência doméstica precisa de amor. Esse amor precisa ser mostrado com ações, não apenas com palavras. A vítima precisa saber que tem apoio e que não vai ser abandonada. “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” I João 3:18

A vítima da violência doméstica vai precisar de muito apoio para sarar suas feridas, aprender a perdoar e fazer uma nova vida, em segurança. A igreja pode ajudar neste processo de cura da vítima, mas se igreja não for capaz de dar esse apoio todo, existem várias instituições boas, especializadas em ajudar vítimas de violência doméstica. Quando se trata de crianças, é preciso sempre envolver as autoridades. Tirar uma criança de casa é crime de rapto, se não for o Estado a fazer.  Que Deus nos ajude a sermos promotores da paz no nosso lar a ajudarmos pessoas a se libertarem dos maltratos. Amém? 

QUINTA-FEIRA (6 de junho) PERDÃO E PAZEste é o principal texto para hoje: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.” Mateus 7:12

Embora o princípio do perdão e da consequente paz resultante do perdão e dos bons relacionamentos, em todos os níveis, a lição dá ênfase no matrimónio. Ver o próprio cônjuge e suas ações negativas com realismo e misericórdia evita identificar a pessoa com seus erros e nos ajuda a ser melhores

O perdão é a possibilidade de acertar as contas emocionais, uma constante renovação na relação a dois. Apesar de estar muitas vezes ligado a aspectos religiosos, o perdão é absolutamente necessário para as relações humanas, até mesmo de ateus e céticos. Concorda?

As ofensas vindas das pessoas a quem amamos costumam doer mais porque, além do dano recebido, existe o sentimento de termos sido, de alguma maneira, traídos em nossa confiança, nossos sentimentos ou nossas expectativas. A primeira coisa que precisamos entender é que toda pessoa erra, pois está sempre em processo de aprendizagem e desenvolvimento. E seu cônjuge não é exceção.

Perdoar não é aceitar o inaceitável nem justificar males como maus tratos, abusos, falta de solidariedade ou infidelidade. Tampouco é agir como se nada tivesse acontecido. Isso seria forçar-nos a ignorar a realidade e a acumular ressentimentos. Igualmente, perdoar não é tentar esquecer o que me fizeram, pois sempre é bom aprender a partir do que vivemos.

Perdoar é sobretudo libertar-se dos sentimentos negativos e destrutivos, tais como o rancor, a raiva, a indignação despertou em nós, e optar por entender que está nas minhas mãos aumentar o grau de sofrimento do dano recebido ou colocar o problema onde ele está: na limitação que meu cônjuge teve de amar melhor em uma determinada circunstância.

Para os especialistas o processo para que o perdão verdadeiramente aconteça deve ser conduzido da seguinte forma: O perdão tem que ser uma atitude, não um sentimento. Para perdoar é preciso sair do círculo sentimental de que “eu fui ofendido”. Perdoar pode inclusive doer, mas cura uma relação e a coloca em outras bases. Lembra os antigos remédios que ardiam, mas desinfectavamPara agirmos na vida de forma diferente e conquistar melhores resultados, precisamos, antes de tudo, revisar o nosso passado e detectar onde falhamos. Perdoar se torna uma prática ainda mais poderosa quando levamos em consideração os próprios erros e os daqueles que tiveram um papel atuante na nossa história.

A paz é uma consequência natural da harmonia que existe no nosso ser. Viver em paz com as pessoas é um grande desafio e somente com a ajuda de Deus conseguimos liberar o perdão e não guardar mágoa no coração. Isso porque, muitas vezes as pessoas tentam roubar a nossa paz, nos criticar e nos jogar para baixo. E se não estivermos firmes em oração, iremos discutir, brigar, e com isso dar um mau testemunho.

Mas não é essa a vontade de Deus para nós. A Bíblia diz que a nossa luta não é contra o ser humano, mas sim contra Satanás e seus demónios. E ele sabe quando você está mais sensível e sem paciência, e usa a vida daqueles que não estão firmes com Deus, para tentar derrubar você.

"Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor. Cuidem para que ninguém se exclua da graça de Deus. Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos" Hebreus 12:14,15. Esta passagem mostra que devemos nos esforçar para viver em paz, pois se começarmos a discutir e ficarmos ofendidos por qualquer motivo, a amargura brotará em nosso coração e contaminará todos à nossa volta.

SEXTA-FEIRA (7 de junho) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (2º trimestre 2019) PEQUENOS TEMPOS DE TRIBULAÇÃO - Quando as pessoas se casam, existem pelos menos três grandes ajustamentos a fazer: o ambiente onde passam a viver; a diversidade de valores, alvos a prioridades de cada pessoa que deseja fazer o que pensa ser mais importante; e a diferença de personalidades.

Há aspectos na vida dum cônjuge que podem desgostar ou até irritar o outro. Também existem conflitos no relacionamento com os filhos. À medida que estes vão crescen­do, começam a ganhar certa independência e a resistir à autoridade paterna, sintomas que podem ser normais e necessários na busca de maturidade. Chegará mesmo o tempo em que não precisarão de depender dos pais. Continuarão a ser respeitosos, mas não dependentes, e esta espécie de independência quase nunca se consegue sem conflitos.

Há pessoas que simplesmente adaptam-se à situação, outros sofrem em silêncio para evitar brigas, considerando-se mártires. Ainda há quem queira castigar, guardando silêncio ou recusando discutir as desavenças. Tais pessoas desejam manter a paz a qualquer preço, em vez de corrigi-las, preferem aguentar situações melindrosas.

Na árvore genealógica de Jesus, não encontramos nenhum herói de esportes ou presidentes. Algumas figuras da turma da pesada formaram seu passado. Mas, Mateus não esconde estas pessoas, por outro lado os pais de Jesus nunca deixaram o passado determinar o presente.

Superando um passado disfuncional não é fácil, mas, nunca adote o passado menos bom como uma desculpa. Com Jesus, a vida começa de novo com nova energia, novo propósito, e novo amor. Comece seu dia com oração, viva cada dia pelas promessas da Palavra de Deus, e use os recursos e relacionamentos da sua igreja para concertar, curar e superar. Sem desculpas!

"O lar deve ser o centro do amor mais puro e da mais elevada afeição. Paz, harmonia, afeição e felicidade devem ser perseverantemente acariciadas cada dia, até que essas preciosas virtudes habitem no coração dos que compõem a família. A planta do amor deve ser cuidadosamente alimentada; caso contrário morrerá. Todo bom princípio deve ser acariciado se queremos que ele floresça na alma. O que Satanás planta no coração - ruins suspeitas, inveja, ciúmes, maledicência, impaciência, preconceito, egoísmo e cobiça - devem ser desarraigados. Se se permite que essas más qualidades permaneçam na alma, produzirão frutos pelos quais muitos serão corrompidos. Oh, quantos cultivam as venenosas plantas que matam os preciosos frutos do amor e debilitam a alma!” Signs of the Times, 20 de junho de 1911. O lar Adventista, 195 e 196

Luís Carlos Fonseca

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