COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 10 (2º trimestre 2019) PEQUENOS TEMPOS DE TRIBULAÇÃO
VERSO ÁUREO:
“Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.” Efésios 4:26
INTRODUÇÃO
(Sábado 1º de junho) – A lição desta semana vai abordar os conflitos que surgem
nos relacionamentos dentro da família e, como o filho de Deus deve resolver
estes conflitos para promover o crescimento do casal, dos filhos e demais
familiares.
Muitas
vezes, quando estamos passando por alguma tribulação, somos tentados a pensar e
dar o foco unicamente na dor que ela nos causa. Não perceber mais nada, apenas
nos lamentarmos por viver aquela tribulação. Aí entra a murmuração! Deus tem
uma mensagem importante para todos nós: “É formosa a misericórdia do tempo de
tribulação, como nuvem de chuva no tempo de seca” Ecles 5:26. Este texto é de
inquietar o coração de qualquer pessoa e despertar um questionamento: Como
posso ver o amor de Deus no meio das tribulações?
E, por causa
disso, perdemos a grande oportunidade de experimentar e perceber o quanto é
formosa a misericórdia nos tempos de tribulações de nossas vidas. Perceber isto requer fixar nossos
olhos nos pequenos gestos, pequenos fatos, acontecimentos que muitas vezes
passam despercebidos. Isto é, ver a “nuvem de chuva”, que ainda não é chuva,
mas é a certeza que a chuva virá, e por isso já refaz nossa esperança e
confiança em Deus, em meio à tribulação. Amém?
A despeito
de haver conflitos nos casamentos e famílias cristãs é necessário a
reconciliação. Stanley Jones, pregador cristão, afirma que a palavra chave na
bíblia é Vida. Rick Warren diz que a palavra principal da bíblia chama-se; relacionamento.
Seja qual for a palavra, o fato é que a Bíblia resume a obra de Cristo dizendo:
“Deus estava em Cristo, reconciliando consigo mesmo o mundo”. Cristo veio fazer
a reconciliação que se rompeu quando o homem resolveu viver por si mesmo, de
forma autónoma e independente.
Reconciliação
é uma via de mão única. Foi isto que Deus fez conosco através de Jesus. Ele
morreu por nós sendo nós ainda pecadores. Éramos rebeldes e egocêntricos, e Ele
nos amou de forma incondicional. Paulo afirma que “amamos a Deus porque Ele nos
amou primeiro”. Ele amou e assumiu o ónus, e isto se torna ainda mais
impressionante quando consideramos que Ele era a parte ofendida, e não o
ofensor.
Reconciliação é um processo longo e dolorido, envolve negação de si
mesmo, perdão e auto-exame. Por que deveríamos buscar o caminho da restauração? Digo
que uma única razão já seria suficiente: Porque vale a pena. Que Deus nos conceda
esta capacidade!
Li a
história de um pregador que viajava de trem para sua casa depois de uma série
de conferências, quando percebeu que do seu lado estava um rapaz muito nervoso.
Vendo a angústia de alma do moço, o pastor se aproximou e perguntou se poderia
ajudá-lo, pois o via muito nervoso. E o rapaz lhe explicou o que estava
acontecendo:
“Há alguns
anos atrás eu sai de casa, por causa de uma briga que eu havia tido com o meu
pai. E, depois de ter ferido meus pais, a família e os irmãos, decidi
desaparecer no mundo e por muitos anos, não dei qualquer notícia aos meus
pais. No entanto, passei a sentir-me cada vez mais oprimido e resolvi retornar
para casa. Contudo, não sei como meu pai vai reagir quando voltar para casa. Resolvi mandar um telegrama dizendo: “Em tal dia, estarei viajando de trem para
reencontrá-los, como o trem passa perto da casa de vocês, quero que coloquem um
sinal no pé de manga que fica na esquina, um lençol branco, como sinal de paz,
para que eu saiba que vocês me perdoaram e me aceitarão de volta. Se vocês não
colocarem nada, vou passar direto, e nunca mais volto”. Eu estou nervoso porque
não sei qual será a resposta de minha família.
O velho
pregador lhe disse: “Então, deixe que eu olho para você, se ver um lençol na
mangueira eu lhe digo.” Quando chegaram perto do local indicado, o velho pastor
chamou o moço e lhe disse, “Não estou vendo apenas um lençol, mas vejo a árvore
coberta de lençóis, eles estão por toda parte. Em cima do telhado, cobrindo
toda a árvore, nas cercas, na grama, em todos os lugares há lençóis brancos”.
DOMINGO (2
de junho) CONFLITO – Embora a lição desta semana esteja a dar ênfase nos conflitos
familiares, tudo o que analisamos aqui deve ser aplicado à todos os outros
relacionamentos. Veja os textos sugeridos para hoje e como os dois princípios
importantes auxiliam-nos para evitarmos conflitos com os outros: “Hipócrita,
tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho
do teu irmão.” Mateus 7:5.
“A prudência
do homem faz reter a sua ira, e é glória sua o passar por cima da
transgressão.” Provérbios 19:11
Na verdade,
a alegria e a estabilidade entre os casais, e de outros relacionamentos, não
estão associadas diretamente à ausência de conflitos, mas à forma com que os
cônjuges e pessoas estabelecem estratégias para solucioná-los. São muitos os
motivos de conflito entre os casais, podendo ser citados entre eles o sexo, a
infidelidade, os filhos, o dinheiro, etc...O sofrimento resultante
deste armazenamento de emoções negativas, associado à incapacidade em resolver
os conflitos, reflecte à saúde mental dos cônjuges. Cada pessoa teve uma
formação e reage de formas diferentes na resolução dos problemas.
Quando os
casais e famílias conseguem superar um conflito, a paz retorna ao lar, toda a
nuvem de confusão se dissipa e a harmonia é restaurada. Passamos a nos
comunicar eficazmente. Aquele que estava fechado começa a se abrir outra vez. A
reconciliação acontece, e podemos prosseguir confiantes que nossa atitude
pacificadora foi a melhor escolha. O nosso maior exemplo é o Senhor Jesus, pois
Ele pacificou o maior de todos os conflitos. Devido os nossos muitos pecados o
Senhor Jesus conseguiu pacificar este gravíssimo conflito. Amém?
O autor de Hebreus, que credito ser Paulo, nos ensinou que a nossa luta não é contra o nosso próximo,
mas contra o diabo, nosso adversário, que anda ao nosso redor bramando como leão,
buscando a quem possa devorar. Infelizmente a maioria dos casais, não entende
que a sua luta não deve ser um contra o outro. Quando colocamos Jesus para ser
o nosso Mediador, então o nosso casamento tem sentido, pois os conflitos são
resolvidos pacificamente.
Todos os
cônjuges têm seus defeitos, por isso, todos têm a necessidade e o direito de
serem amados e perdoados. Antes de tudo, para conviver com os defeitos do
cônjuge, é necessário aceitá-lo na sua realidade. Nós não fabricamos uma
pessoa, nós nos casamos com ela como ela é, com suas qualidades e defeitos;
virtudes e pecados. A primeira grande missão do casal é um fazer o outro
crescer com a sua dedicação. São Paulo ensina o verdadeiro amor: “O amor é
paciente, o amor é bondoso, não tem inveja nem é orgulhoso. Não é arrogante nem
escandaloso. Não busca seus próprios interesses, não se irrita, não guarda
rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo
desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acabará” I Cor 13:
4-8.
Muitos
casais cristãos estão vivendo hoje fora daquilo que Deus planejou para eles. Brigas
constantes, desrespeito mútuo e distância entre o casal, são vistos em muitos
lares. E, além da infelicidade que isto produz em seus corações, ainda há a
questão do mal testemunho dado e da vida espiritual que é prejudicada. O
problema todo está relacionado com a manutenção da ira e a falta de perdão.
Conforme o
Instituto do Casal, ocorrem quatro consequências negativas de dormir brigado em
um casamento:
1) Causa insónia: Uma discussão antes de dormir pode ser fatal
para a boa qualidade do sono. Pode tanto interferir no sono, quanto piorar a
insónia em quem já apresenta essa condição. Dormir mal interfere totalmente na
nossa capacidade de resolver problemas e encontrar soluções para os conflitos.
2) Leva à ruminação: Quando não resolvido, o problema pode se tornar um
pensamento recorrente e negativo, levando ao mau humor, tristeza e desmotivação,
sendo ainda um importante fator de risco para desenvolver depressão, ansiedade
e estresse.
3) Amplia a raiva: No momento da discussão é comum sentir raiva.
Porém, se a situação não é resolvida, algumas pessoas podem permanecer com esse
sentimento vívido e ampliado. A raiva reprimida não permite ao corpo finalizar
as respostas desencadeadas, interferindo na capacidade do organismo de se
acalmar e voltar ao seu equilíbrio.
4) Vira bola de neve: O problema não
solucionado se tornar ainda maior. Muitos casais evitam retomar a discussão na
esperança de que as coisas melhorem, quando, na verdade, este comportamento só
vai piorar a situação. A dica é sentar e procurar chegar a um consenso, sem
deixar para depois ou ignorar o fato.
SEGUNDA-FEIRA
(3 de junho) ALGUNS PRINCÍPIOS PARA O CASAMENTO – A lição de hoje apresenta
três textos que expressam princípios que devem ser praticados para a felicidade
no matrimónio e na família.
“Em quem
temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas
da sua graça.” Efésios 1:7
“Porque
todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Romanos 3:23
“Não atente
cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos
outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo
Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente
até à morte, e morte de cruz.” Filipenses 2:4-8
Todos os
textos acima mostram que temos defeitos emocionais que levamos para os limites
do casamento. Há defeitos que são difíceis de conviver com eles e estão
relacionados aos limites de cada pessoa, assim algo que seja totalmente
inaceitável para alguns, por outros são bem tolerados. Por isso, diante de um
defeito do cônjuge que lhe causa grande irritação é interessante refletir sobre
as razões pelas quais isso afeta tanto você. O problema pode estar com você. Amém?
Há alguns defeitos comuns dentro do
matrimónio pelos quais as pessoas reclamam:
Gastador ou económico: Pensar de forma contrária na hora
de empregar o dinheiro é um conflito muito comum entre casais, principalmente
quando os cônjuges são criados com status sociais muito diferentes.
Ter vícios: Os vícios constituem o maior
problemas para destruir o casamento. O alcoolismo, o tabaco, as drogas, além do
jogo e da pornografia são vícios de grande poder destruidor para os
relacionamentos.
Violência doméstica: A violência doméstica representa um
problema mundial que tem devastado famílias inteiras. Pessoas violentas
necessitam de auxílio profissional, pois, nada justifica atitudes dessa
natureza.
Descuido e
relaxo: A aparência e higiene do cônjuge devem ser preservadas dentro do
casamento, mas, lamentavelmente, acredita que depois de casados não haja
necessidade de um mínimo de cuidado em relação a si mesmo e ao outro. Cuidado!
Respeito: A falta de respeito em relação aos
gostos, vontades, crenças e valores do cônjuge é uma questão muito comum nas
brigas e discussões entre casais. A pessoa intransigente não aceita ser
contrariada e promove grande alvoroço no sentido de que sua opinião prevaleça
sempre.
Mesmo com o
alto índice de divórcio, especialmente nos países ocidentais, o casamento ainda faz parte dos planos
da grande maioria das pessoas. Muitos ainda sonham com o momento em que
encontrarão alguém especial, com quem passarão o resto de suas vidas. Alguns
colocam expectativas demasiadas altas, em relação ao cônjuge, e ficam pensando no
ideal de pessoa que, acham, daria plena felicidade. Se ele ou ela fosse mais
magro ou mais gordo, ou mais inteligente, ou mais forte, ou tratasse melhor as
crianças, daria certo. Mas, depois de casados pouco ou nada disso acontece e
ficam frustrados.
O casamento
não é uma aventura a dois, é uma missão. Não é uma vida só de prazeres e
alegrias, mas também de luta, abnegação, renúncias e sacrifícios. E o pilar
principal do matrimónio é o amor, o dar a vida pelos outros, o esquecer-se de
si mesmo para fazer o cônjuge e os filhos crescerem em tudo que é bom. O
apostolo Paulo compara o amor do casal ao amor de Cristo pela Igreja, que por
amor morreu por ela: “Maridos, amai as vossas esposas como Cristo amou a
Igreja, e se entregou por ela” Efésios 5:25.
Todos os
maridos e esposas têm seus defeitos e pecados, por isso, todos têm a
necessidade e o direito de serem amados e perdoados. Antes de tudo, para
conviver com os defeitos do cônjuge, é necessário aceitá-lo na sua realidade.
Nós não fabricamos uma pessoa, nós nos casamos com ela como ela é, com suas qualidades
e defeitos; virtudes e pecados.
Para
suportar os defeitos do outro, acima de tudo, é preciso a paciência que tudo
vence. Isso não quer dizer que se aceite ser maltratado; nem tolerar agressões
físicas ou permitir que nos tratem como objetos; mas saber aceitar o outro
quando age de um modo diferente de nós. Não podemos nos colocar no centro, nem
querer que se faça somente a nossa vontade. É isso que faz as pessoas
impacientes, a reagirem com agressividade, reclamação, lamúrias, etc.
Os
terapeutas conjugais recomendam nunca gritar um com o outro; não jogar no rosto
do outro os erros do passado; nunca dormir brigados; não ser displicente, sem
atenção com o outro; trocar as discussões por bons diálogos e, quando tiver de
chamar a atenção do outro, fazer com amor, na hora certa, na privacidade e sempre lembrar de elogiá-lo. Amém?
TERÇA-FEIRA
(4 de junho) O PAPEL DA IRA NO CONFLITO – Este
é o texto principal para hoje: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol
sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo”. Efésios 4:26-27
Com certeza,
todos nós já ficamos irados por alguma situação em algum momento. Se você nunca
se irritou com nada e com ninguém, então seu problema é maior ainda, pois se
não peca ao irar-se, peca por não se indignar ao menos. A ira é uma virtude a ser cultivada ou um pecado a ser evitado? A
resposta a essa pergunta depende da resposta que damos a outra pergunta: “o que
nos deixa irritados?” Se o que nos deixa irritados é o menino atrapalhando o
trânsito e não o sistema corrupto que permite que crianças sejam colocadas
nessa situação, nossa ira é um pecado e não uma virtude. Percebeu a diferença?
Mas, mesmo
uma ira santa, como alguns classificam, em sua motivação pode se tornar uma ira
pecaminosa em sua expressão, o que exige que o assunto seja tratado com temor e
de acordo com a palavra de Deus. Não se trata de um assunto complicado, apenas
complexo, ou seja, mais do que conhecimento sobre o assunto, precisamos de
entendimento do tema sobre a ira
Qual é a diferença entre a ira e a
raiva? Quando a ira é uma virtude e quando a ira se
torna um pecado? “O homem de grande indignação deve sofrer o dano; porque se tu
o livrares ainda terás de tornar a fazê-lo”. Provérbios 19:19
A ira deixa
de ser uma virtude para se tornar um pecado quando sua motivação é errada. A
ira é tanto um efeito quanto uma causa de outro pecado. Ela pode ter o seu início no orgulho ou na inveja e originar o ódio, a murmuração e o ressentimento. Não
há como haver um fruto bom de uma raiz ruim. Lembre-se que Deus nos julgará
pelos nossos anseios e não simplesmente pelos nossos feitos. Tudo o que não
nasce do amor é pecado.
A ira deixa
de ser uma virtude para se tornar um pecado quando seu alvo é errado. Jesus
disse que qualquer que se irar contra seu irmão comete pecado, isto é, o que é
relevante perante Deus não é tanto o porquê nos iramos, mas contra quem nos
iramos. Precisamos atacar o mal e não o malvado. Precisamos odiar o pecado, mas
continuar amando o pecador. É necessário separar o pecado do pecador.
Como ficar
irado no momento sem alimentar o ódio? “Portanto, meus amados irmãos, todo o
homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. Tiago
1:19. Para que a ira esteja sob controle é preciso não confundir traço de
personalidade com perversão de caráter. Toda ira precisa ser uma reação e não
uma norma de vida! Precisamos parar de arranjar desculpas para nosso
comportamento e procurar perdão para nossas atitudes! A ira é mais do que um
simples sentimento, pois tem um elemento chamado vontade anexado a ela.
Facilmente ficamos iramos com nossos
familiares, mas não com nosso patrão! Ofendemos os mais frágeis que nós, mas
nos resignamos frente aqueles que têm mais autoridade que nós! Isso prova que a
ira não é uma reação involuntária de nosso temperamento, mas algo produzido por
um caráter afetado pelo pecado e que envolve a nossa decisão. Precisamos
controlar a nossa vontade, submetendo-a à Jesus. Amém?
Nosso temperamento influencia nosso
comportamento, mas não o determina! Precisamos parar de confundir o normal com
o comum! Não é porque todo mundo se porta de uma maneira ou porque sempre
temos agido e reagido de um modo que isso se torna normal. O fato de todo mundo
começar a andar plantando bananeira tornaria isso normal?
O que Tiago
1:19 e 20 fala sobre a maneira como devemos nos relacionar com os membros da
nossa família para evitarmos o ódio? "Portanto, meus amados irmãos, todo o homem
seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do
homem não opera a justiça de Deus.” Tiago 1:19,20. Amém?
QUARTA-FEIRA
(5 de junho) CONFLITO, ABUSO, PODER E CONTROLO – Estes são os textos principais
para o estudo de hoje e que reflectem os ensinos cruciais sobre os
relacionamentos: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e
qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não
conhece a Deus; porque Deus é amor.” I João 4:7,8
“Vós,
maridos, amai a vossas mulheres, e não vos irriteis contra elas.” Colossenses
3:19
De acordo
com especialistas no assunto de relacionamentos matrimonial e outros, um
relacionamento abusivo é aquele em que não existe igualdade de poder e
decisões, além de causar a perda de individualidade e vida pessoal. A pessoa
afectada acaba por se afastar de amigos, familiares e até mesmo deixa de
frequentar eventos sociais e confraternizações. Mas, existem diferentes níveis
de abuso, verbal ou mesmo físico, mas, independentemente, todos são
considerados uma relação de abuso e controle.
O ciúme é
uma manifestação de abuso. Engana-se quem pensa que ciúmes, principalmente de
maneira controladora e abusiva, é algo positivo no relacionamento. Muito pelo
contrário, é destrutivo. Existem abusos quando se controla a outra pessoa, por exemplo; procurando ver o seu celular ou querer saber como é o relacionamento com
pessoas lá no trabalho.
Um dos
cônjuges considerar-se superior. Isso é muito comum! Afinal, ele ou ela nunca
estão errados! E não vai adiantar você dizer ou mesmo pessoas mais próximas, ele
vai mostrar que é superior, que está certo em tudo, só ele deve ser ouvido e
nunca pede perdão, fazendo até mesmo uso de xingamentos e colocando você para baixo. Cuidado com essas ações, em um relacionamento saudável, o diálogo é
o mais comum. Assim, um acaba ficando refém às ordens, mesmo que elas não sejam
tão explícitas. Além disso, um se coloca no papel de culpado.
Como podemos construir
relacionamentos saudáveis e duradouros, para evitar os conflitos? Um dos pontos é cultivar afeto e
admiração pelo cônjuge. Acreditar que a pessoa amada é digna de admiração e
respeito é um passo muito importante para construir um relacionamento saudável.
Cuide para que esses sentimentos sejam cultivados pelo menos por meia hora
diariamente
Outro passo
é um deixar-se influenciar pelo outro. Com as mudanças na sociedade, talvez
seja essa a parte que mais tenha conflito nas relações hoje: a
divisão do poder. Negociar concessões, dividir decisões e escolher juntos o que
será melhor para o casal parece tarefa simples, mas é preciso muito treino para
que ambas as partes se sintam satisfeitas com a escolha feita.
O filósofo e
escritor Albert Camus, disse uma vez que; “somos responsáveis por aquilo que
fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de fazer”. Assim, quando não
cuidamos das coisas que fazemos no nosso relacionamento, nos tornamos
responsáveis pelo seu término ou mesmo por sua infelicidade. Viver um
relacionamento a dois nem sempre é uma coisa fácil. Atualmente, com a correria
do cotidiano, e, com a presença constante da tecnologia em nossas casas, temos
cada vez menos tempo para dedicar ao nosso parceiro e à nossa família.
Precisamos investir nos relacionamentos.
A violência
doméstica acontece quando alguém na família abusa de seu poder e maltrata
física ou psicologicamente outro membro da família mais fraco ou vulnerável. Deus
odeia a violência doméstica e fica muito zangado com os agressores. A atitude
correta para um cristão é lutar contra a violência doméstica e dar apoio às
vítimas. A violência doméstica transforma a bênção da família em maldição.
Toda vítima
de violência doméstica precisa de amor. Esse amor precisa ser mostrado com
ações, não apenas com palavras. A vítima precisa saber que tem apoio e que não
vai ser abandonada. “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas
por obra e em verdade.” I João 3:18
A vítima da
violência doméstica vai precisar de muito apoio para sarar suas feridas,
aprender a perdoar e fazer uma nova vida, em segurança. A igreja pode ajudar
neste processo de cura da vítima, mas se igreja não for capaz de dar esse apoio
todo, existem várias instituições boas, especializadas em ajudar vítimas de
violência doméstica. Quando se trata de crianças, é preciso sempre envolver as
autoridades. Tirar uma criança de casa é crime de rapto, se não for o Estado a
fazer. Que Deus nos ajude a sermos
promotores da paz no nosso lar a ajudarmos pessoas a se libertarem dos
maltratos. Amém?
QUINTA-FEIRA
(6 de junho) PERDÃO E PAZ – Este é o
principal texto para hoje: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens
vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.” Mateus
7:12
Embora o
princípio do perdão e da consequente paz resultante do perdão e dos bons
relacionamentos, em todos os níveis, a lição dá ênfase no matrimónio. Ver o
próprio cônjuge e suas ações negativas com realismo e misericórdia evita
identificar a pessoa com seus erros e nos ajuda a ser melhores
O perdão é a
possibilidade de acertar as contas emocionais, uma constante renovação na relação
a dois. Apesar de estar muitas vezes ligado a aspectos religiosos, o perdão é
absolutamente necessário para as relações humanas, até mesmo de ateus e céticos. Concorda?
As ofensas
vindas das pessoas a quem amamos costumam doer mais porque, além do dano
recebido, existe o sentimento de termos sido, de alguma maneira, traídos em nossa
confiança, nossos sentimentos ou nossas expectativas. A primeira coisa que
precisamos entender é que toda pessoa erra, pois está sempre em processo de
aprendizagem e desenvolvimento. E seu cônjuge não é exceção.
Perdoar não
é aceitar o inaceitável nem justificar males como maus tratos, abusos, falta de
solidariedade ou infidelidade. Tampouco é agir como se nada tivesse acontecido.
Isso seria forçar-nos a ignorar a realidade e a acumular ressentimentos.
Igualmente, perdoar não é tentar esquecer o que me fizeram, pois sempre é bom
aprender a partir do que vivemos.
Perdoar é
sobretudo libertar-se dos sentimentos negativos e destrutivos, tais como o
rancor, a raiva, a indignação despertou em nós, e optar por
entender que está nas minhas mãos aumentar o grau de sofrimento do dano
recebido ou colocar o problema onde ele está: na limitação que meu cônjuge teve
de amar melhor em uma determinada circunstância.
Para os
especialistas o processo para que o perdão verdadeiramente aconteça deve ser
conduzido da seguinte forma: O perdão tem que ser uma atitude, não um
sentimento. Para perdoar
é preciso sair do círculo sentimental de que “eu fui ofendido”. Perdoar pode
inclusive doer, mas cura uma relação e a coloca em outras bases. Lembra os
antigos remédios que ardiam, mas desinfectavam? Para agirmos
na vida de forma diferente e conquistar melhores resultados, precisamos, antes
de tudo, revisar o nosso passado e detectar onde falhamos. Perdoar se
torna uma prática ainda mais poderosa quando levamos em consideração os
próprios erros e os daqueles que tiveram um papel atuante na nossa história.
A paz é uma
consequência natural da harmonia que existe no nosso ser. Viver em paz com as
pessoas é um grande desafio e somente com a ajuda de Deus conseguimos liberar o
perdão e não guardar mágoa no coração. Isso porque, muitas vezes as pessoas
tentam roubar a nossa paz, nos criticar e nos jogar para baixo. E se não
estivermos firmes em oração, iremos discutir, brigar, e com isso dar um mau
testemunho.
Mas não é
essa a vontade de Deus para nós. A Bíblia diz que a nossa luta não é contra o
ser humano, mas sim contra Satanás e seus demónios. E ele sabe quando você está
mais sensível e sem paciência, e usa a vida daqueles que não estão firmes com
Deus, para tentar derrubar você.
"Esforcem-se
para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o
Senhor. Cuidem para que ninguém se exclua da graça de Deus. Que nenhuma raiz de
amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos" Hebreus
12:14,15. Esta passagem mostra que devemos nos esforçar para viver em paz,
pois se começarmos a discutir e ficarmos ofendidos por qualquer motivo, a
amargura brotará em nosso coração e contaminará todos à nossa volta.
SEXTA-FEIRA
(7 de junho) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (2º trimestre 2019)
PEQUENOS TEMPOS DE TRIBULAÇÃO - Quando as pessoas se casam, existem pelos menos
três grandes ajustamentos a fazer: o ambiente onde passam a viver; a
diversidade de valores, alvos a prioridades de cada pessoa que deseja fazer o
que pensa ser mais importante; e a diferença de personalidades.
Há aspectos
na vida dum cônjuge que podem desgostar ou até irritar o outro. Também existem
conflitos no relacionamento com os filhos. À medida que estes vão crescendo, começam a ganhar certa independência e a resistir à autoridade paterna,
sintomas que podem ser normais e necessários na busca de maturidade. Chegará
mesmo o tempo em que não precisarão de depender dos pais. Continuarão a ser respeitosos,
mas não dependentes, e esta espécie de independência quase nunca se consegue
sem conflitos.
Há pessoas
que simplesmente adaptam-se à situação, outros sofrem em silêncio para evitar
brigas, considerando-se mártires. Ainda há quem queira castigar, guardando
silêncio ou recusando discutir as desavenças. Tais pessoas desejam manter a
paz a qualquer preço, em vez de corrigi-las, preferem aguentar situações
melindrosas.
Na árvore
genealógica de Jesus, não encontramos nenhum herói de esportes ou presidentes.
Algumas figuras da turma da pesada formaram seu passado. Mas, Mateus não
esconde estas pessoas, por outro lado os pais de Jesus nunca deixaram o passado determinar o
presente.
Superando um
passado disfuncional não é fácil, mas, nunca adote o passado menos bom como uma desculpa.
Com Jesus, a vida começa de novo com nova energia, novo propósito, e novo amor.
Comece seu dia com oração, viva cada dia pelas promessas da Palavra de Deus, e use
os recursos e relacionamentos da sua igreja para concertar, curar e superar.
Sem desculpas!
"O lar deve
ser o centro do amor mais puro e da mais elevada afeição. Paz, harmonia,
afeição e felicidade devem ser perseverantemente acariciadas cada dia, até que
essas preciosas virtudes habitem no coração dos que compõem a família. A planta
do amor deve ser cuidadosamente alimentada; caso contrário morrerá. Todo bom
princípio deve ser acariciado se queremos que ele floresça na alma. O que
Satanás planta no coração - ruins suspeitas, inveja, ciúmes, maledicência,
impaciência, preconceito, egoísmo e cobiça - devem ser desarraigados. Se se
permite que essas más qualidades permaneçam na alma, produzirão frutos pelos
quais muitos serão corrompidos. Oh, quantos cultivam as venenosas plantas que
matam os preciosos frutos do amor e debilitam a alma!” Signs of the Times, 20
de junho de 1911. O lar Adventista, 195 e 196
Luís Carlos Fonseca
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