domingo, 8 de setembro de 2013

RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 – A REFORMA: RESTAURAR RELACIONAMENTOS QUEBRADOS

RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 – A REFORMA: RESTAURAR RELACIONAMENTOS QUEBRADOS

VERSO ÁUREO: “Se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte de Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida.” Rom. 5:10.

INTRODUÇÃO: O ser humano foi feito para viver e interagir em sociedade. Somos seres gregários e necessitamos uns dos outros. Não conseguimos viver isoladamente. No decorrer de nossas vidas, vamos desenvolvendo uma série de habilidades para relacionar-nos com o mundo que nos cerca. Assim formamos o nosso jeito de ser, nos desenvolvemos intelectual, social e religiosamente, e aprendemos a viver com outras pessoas, das quais necessitamos para concretizar nossos projetos de vida e felicidade. Alguns, por não conseguirem relacionar-se, vivem tristes e provocam atritos.


Na igreja, precisamos desenvolver uma dose de paciência e tolerância ainda maior do que em outros níveis sociais. Deus disse assim: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” João 13:34-35

“Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós.” Colossenses 3:13

A igreja cristã primitiva passou por momentos tensos de relacionamentos, e houve necessidade dos irmãos humilharem-se e perdoarem-se mutuamente para restaurar os relacionamentos, no poder e direção do Espírito Santo. Na lição desta semana, vamos dar atenção a relacionamentos que foram restaurados e a necessidade que temos de, também, restauramos alguns relacionamentos na nossa vida familiar e entre irmãos da fé.

DOMINGO (15 de setembro) DO CORTE DE RELAÇÕES ATÉ À AMIZADE - A lição de hoje relata o problema que houve entre Paulo e Barnabé, por causa de João Marcos, que era primo de Barnabé. Na primeira viagem de Paulo com Barnabé e João Marcos, este desistiu da viagem diante dos perigos e insegurança, e Paulo imaginou que esse homem nunca teria fibra para enfrentar os desafios e riscos dessas viagens. Quando, mais tarde, Barnabé desejava dar uma segunda oportunidade a João Marcos, Paulo não concordou, e houve grave desavença entre os dois.

Veja o texto: “E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado Marcos. Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra. E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.” Atos 15:37-41

Paulo via a atitude de João Marcos como uma deserção. Esqueceu-se daquilo que ele mesmo ensinava, de perdoar, de reconciliar, de dar outras oportunidades. Paulo esqueceu-se de oferecer a graça salvadora ao jovem Marcos.

Veja este texto: “Esta deserção fez com que Paulo julgasse por algum tempo desfavoravelmente a Marcos; severamente mesmo. Por outro lado, Barnabé se inclinava a desculpá-lo devido a sua inexperiência. Estava ansioso por que Marcos não abandonasse o ministério, pois nele via qualidades que o habilitariam para ser útil obreiro de Cristo. Anos depois sua solicitude por Marcos foi ricamente recompensada; pois o jovem se entregou sem reservas ao Senhor e à tarefa de proclamar a mensagem do evangelho em campos difíceis. Sob a bênção de Deus e a sábia orientação de Barnabé, ele se tornou um valoroso obreiro. Paulo se reconciliou mais tarde com Marcos, recebendo-o como colaborador. Recomendou-o também aos colossenses, como “cooperador no reino de Deus” e como tendo para ele “sido consolação”. Col. 4:11. Não muito tempo antes de sua morte, Paulo tornou a falar de Marcos como lhe sendo “muito útil para o ministério”. II Tim. 4:11.” Atos dos Apóstolos, 170.

Estamos dispostos a perdoar as pessoas e a receber o seu perdão?

SEGUNDA-FEIRA (16 de setembro) DE ESCRAVO A FILHO – A lição de hoje fala de Onésimo e Filemom. Filemom era o senhor e Onésimo o seu escravo. Esta história encontra-se no pequeno livro de Filemom. Onésimo, que era pagão, vivia com o seu senhor, que era cristão e rico, em Colossos. Onésimo furtou algum objeto de Filemom e fugiu para Roma. Estando lá ele foi alcançado pelas pregações de Paulo, aceitou Jesus como salvador, e foi batizado.

Havia dois problemas a serem resolvidos: O primeiro problema era com Onésimo, o escravo pagão. Ele havia furtado algo e fugido de seu patrão. O segundo problema era com seu patrão, que sendo cristão, adotava o sistema de escravidão. Paulo com toda diplomacia resolveu o problema e reconciliou os dois irmãos. É curioso que Onésimo foi o portador da carta à Filemón .Ver a história toda no livro de Filemom, é muito linda!

Veja este texto: “Entre os que deram o coração a Deus por intermédio do trabalho de Paulo em Roma, estava Onésimo, escravo pagão que havia lesado a seu senhor, Filemom, crente cristão de Colosso, e havia escapado para Roma. Na bondade de seu coração, Paulo procurou aliviar a pobreza e angústia do desventurado fugitivo, e em seguida procurou derramar a luz da verdade em sua mente obscurecida. Onésimo ouviu as palavras da vida, confessou seus pecados e foi convertido à fé em Cristo. Onésimo tornou-se caro a Paulo por sua piedade e sinceridade…. Paulo viu nele traços de caráter que poderiam torná-lo útil auxiliar no labor missionário, e aconselhou-o a retornar sem delonga à Filemom, suplicar-lhe perdão, e fazer planos para o futuro. O apóstolo prometeu responsabilizar-se pela soma de que Filemom havia sido roubado. Estando pronto para despachar a Tito com cartas para várias igrejas na Ásia menor, enviou com ele Onésimo. Era uma severa prova esta para o servo, apresentar-se ao senhor a quem havia lesado, mas havia sido convertido de verdade, e não se furtou a este dever.” Atos dos Apóstolos, 456.

O que você faz quando sabe que deve reconciliar duas pessoas? E se você for o motivo e objeto da reconciliação, qual será a sua reação?

TERÇA-FEIRA (17 de setembro) DA COMPARAÇÃO AO COMPLEMENTO – A lição de hoje faz a comparação do edifício, lavoura, dons espirituais e pessoas que se louvam a si mesmas. Dentro deste contexto Deus nos chama para desenvolvermos relacionamentos saudáveis no nível horizontal e vertical. Quando buscamos Deus, em comunhão com Ele, aceitamos exercer os dons espirituais recebidos de Deus e desenvolvemos relacionamentos saudáveis e permanentes.

Veja os exemplos para hoje: “Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.” I Coríntios 3:5-9.

“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” I Coríntios 12:4-11.

“Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento. Porém, não nos gloriaremos fora da medida, mas conforme a reta medida que Deus nos deu, para chegarmos até vós; porque não nos estendemos além do que convém, como se não houvéssemos de chegar até vós, pois já chegamos também até vós no evangelho de Cristo.” II Coríntios 10:12-14

Deus chama-nos à cooperação e não à competição. Toda comparação e competição provoca-nos o desânimo. Deus chama-nos à unidade e não ao desentendimento. O ato de unir é do Espírito Santo e a desunião vem do diabo. Cada um de nós é chamado para cooperar com o corpo de Cristo, que é a sua igreja.

Veja este texto: “Em todos os atos do Senhor, nada existe mais belo do que Seu plano de conceder aos homens e mulheres uma diversidade de dons. A igreja é um jardim, adornada com variedade de plantas, árvore e flores…. Cada talento deve se tornar um poder para o bem, porque Deus trabalha com o obreiro.” Ellen White

QUARTA-FEIRA (18 de setembro) DOS ATRITOS AO PERDÃOQuem, de nós, nunca teve algum desentendimento, e depois a necessidade de pedir ou conceder o perdão? A lição de hoje fala sobre esse assunto muito delicado.

O perdão é libertar o outro da nossa condenação, porque Cristo nos libertou da condenação que nos era devida. O perdão não justifica o comportamento da outra pessoa, mas faz um bem muito grande àquele que oferece o perdão. O nosso perdão não pode estar vinculado ao arrependimento do ofensor. Ele pode nunca se arrepender e eu não posso ficar sempre zangado com ele, pois tenho um céu a ganhar e um fogo do inferno a evitar. Assim como Cristo tomou a iniciativa de reconciliar Consigo o mundo pecador, através da Sua morte, eu também tenho o dever de reconciliar relacionamentos que foram quebrados. O ato de perdoar é um escolha sábia que os verdadeiros filhos de Deus fazem para não tomar o veneno da raiva. William Shakespeare disse assim: “Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra.”

Veja os textos bíblicos para hoje: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.” Mateus 6:14-15

“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.” Romanos 5:8-11

“Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco? E também conduziram outros dois, que eram malfeitores, para com ele serem mortos. E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.” Lucas 23:31-34.

“De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” II Coríntios 5:20-21

Veja este texto inspirado: “Aquele que não perdoa, obstrui o próprio conduto pelo qual, unicamente, pode receber misericórdia de Deus. Não deve pensar que, a menos que os que nos prejudicaram, confessem o mal, estamos justificados ao privá-los de nosso perdão. É dever deles, sem dúvida, humilhar o coração pelo arrependimento e confissão; cumpre-nos, porém, ter espírito de compaixão para com os que pecaram contra nós, quer confessem quer não suas faltas. Não importa quão cruelmente nos tenham ferido, não devemos acariciar nossos ressentimentos, simpatizando com nós mesmos pelos males que nos são causados; mas, como esperamos nos sejam perdoadas nossas ofensas contra Deus, cumpre-nos perdoar a todos os que nos têm feito mal.” O Maior Discurso de Cristo, 113

Se é você o causador do problema e necessitar de pedir perdão, o que faz; procura a pessoa ofendida ou foge dela?

QUINTA-FEIRA (19 de setembro) DO RANCOR À RESTAURAÇÃO – Encontramos nas palavras de Jesus os três passos que devemos seguir para restaurarmos os relacionamentos quebrados. Eis o texto: 

“Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.” Mateus 18:15-17

O quarto passo e último, deste processo, seria a aplicação da disciplina ao membro da igreja. Lamentavelmente esse ensinamento de Cristo não tem sido seguido devidamente e muita confusão se tem visto no seio de algumas igrejas. Há ocasiões em que todas as tentativas de reconciliação falham; neste caso Jesus pediu para que o assunto fosse apresentado à igreja. Depois do assunto ser apresentado perante a igreja, em uma reunião administrativa, e ao a pessoa continuar irreconciliável, aí a medida de disciplina do membro se faz necessária.

Veja este texto: “Seja qual for a natureza da ofensa, ela não impede que se adote o mesmo plano divino para redimir mal-entendidos e ofensas pessoais. Falar a sós e no espírito de Cristo com a pessoa que praticou a falta, bastará às vezes para remover as dificuldades. Vai ter com a pessoa que cometeu a ofensa e com um coração cheio do amor e da simpatia de Cristo procura entender-se com ela. Arrazoa com ela com calma e mansidão. Não se exprima em termos violentos. Fala-lhe num tom que apele para o bom senso. Lembre-se das palavras: “Aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados. Tia. 5:20” Obreiros Evangélicos, 499.

Quando você é ofendido por alguém ou ouve coisas negativas a respeito dos outros, você segue os passos sugeridos por Jesus ou fala para outras pessoas promovendo a confusão?

SEXTA-FEIRA (20 de setembro) – LEITURA ADICIONAL – A lição desta semana fala da necessidade que temos de promover a reconciliação.

O que é a reconciliação cristã? Por que precisamos de reconciliar-nos com as pessoas e com Deus? Imagine dois amigos que têm uma briga ou desentendimento sério. O bom relacionamento que eles tinham agora está tenso, ao ponto de chegar bem perto de um rompimento. Eles pararam de falar um com o outro e já não há comunicação. Os amigos gradualmente se tornam como estranhos um ao outro. Essa separação só pode ser revertida através da reconciliação. Reconciliar é restaurar a amizade ou harmonia. Quando velhos amigos resolvem suas diferenças e restauram seu relacionamento, a reconciliação acontece. Como já vimos, na lição de quarta-feira, em II Coríntios 5:18-19 declara: “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.”

Jesus manifestou o espirito de perdão quando não o merecíamos, de modo a que possamos perdoar aos outros quando eles não o merecem. A medida que crescia, na graça e no conhecimento de Cristo, o apóstolo Paulo tornou-se um exemplo e ensinou essa mesma atitude de perdão. Eis um texto: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” Efésios 4:30-32


Luís Carlos Fonseca

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