terça-feira, 13 de outubro de 2015

ESBOÇO DE SERMÃO: O Ódio e a Serenidade do Amor

O Ódio e a Serenidade do Amor

Introdução
“O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões”. Prov. 12:13

Onde o fogo do amor é guardado, as chamas da ira não se ascenderão com facilidade.

O fogo do amor não alimenta as labaredas da contenda.

Como a faísca que cai no mar não lhe prejudica, mas se extingue por si mesma, assim, o mal que cai sobre a alma cheia de amor será extinto sem inquietude”.

O amor não é facilmente provocado. Poderá ser, mas não se ira, e se irar-se não peca.


Paulo não é o único a considerar o amor como um dom supremo (I Cor. 13). Pedro expressou: “Amai-vos uns aos outros”. (  ). João disse: “Deus é amor”, e Jesus completa: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16.

O amor não é apenas a essência da religião. O amor é a essência de Deus. E o ódio é a essência de Satanás.

I.  Ódio versus Amor
Coisas em comum entre o ódio e o amor:
Estão ao alcance de todos.
Ambos se dirigem aos outros e acabam voltando para a própria pessoa.

Oposição entre o amor e o ódio:
O ódio é a renúncia da valorização pessoal.
O amor é a afirmação de si mesmo em harmonia com Deus.
O ódio é destruidor.
O amor é restaurador de roturas. Isa. 58:12

Ilustração – O Ciclo do Ódio
O presidente da empresa, irado devido aos maus investimento, ameaça o supervisor por ter atrasado o relatório de vendas.

O supervisor ressentido, briga com a mulher por causa do feijão.

A esposa magoada, xinga o filho pelos brinquedos espalhados pelo chão.

O filho, triste com a aspereza da mãe, dá um chute no cachorro que mordeu sua bola nova.

O cachorro briga com o gato porque nunca combinaram mesmo.

Na convivência com o mundo, percebemos que ele está cheio de lixo e dos destroços do ódio humano.

Homens e mulheres se exasperam, se provocam pelas mínimas coisas. Em todos os lugares vê-se as pegadas do ódio e da contenda.

II.    No quadro mais incompreensível do mundo, a nossa Esperança (João 23:34)
Imagino Jesus no madeiro pendurado, quando no horizonte se punha o sol para o reino do ódio. O fim do reino de Satanás. E ao mesmo tempo brotava a esperança e despontava uma nova aurora para a humanidade.

Os soldados ao pé da cruz, lançavam sortes sobre as vestes do Salvador. Aqueles homens nunca haviam sentido um lampejo sequer do amor de um israelita. Eram odiados pelo povo. Homens maus e pervertidos. Foram a eles que Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. João 23:24. E não sabiam mesmo. Eles jamais imaginavam que aquilo que faziam já havia sido predito.

Naquele dia o ódio, a inveja, a ira, foram desvestidos completamente e desmascarados perante o universo. Por todos os séculos idos e passados. Pelos mais recônditos lugares do coração humano, o veredito estava estabelecido: DEUS É AMOR.

III.   O Amor Analisado (I Cor. 13:4-7)
Uma das maiores autoridades em analisar o amor na bíblia é o apóstolo Paulo, apesar de, no passado, em sua ignorância, suas mãos estarem manchadas do sangue inocente de Estevão e das lágrimas dos que perseguia, açoitava e encerrava nas prisões.

Ele dirige a sua análise em quatro curtos versos e nos mostra os ingredientes do amor (versos 4-7). Aqui está o sustentáculo, o alicerce, a identificação daquele que professa ter amor.

As Qualidades do Amor
Imaginem viver num mundo assim: numa escola, numa igreja, no lar, onde a ocupação principal de cada um é buscar o bem dos outros! Onde a paciência, bondade, generosidade, cortesia, altruísmo, humildade e inocência são as notas tônicas a vibrarem em seus corações.
Essas qualidades existem apenas em relação com as pessoas. Não é uma coisa abstrata, vaga. Elas são intimamente ligadas à vida, com o meu próximo. Com aquilo que eu conheço, que está à minha volta. E este é o verdadeiro teste da religião. Dizer que amo a Deus a quem não se vê é fácil, a prova está em dizer que ama aquele que está perto de você, ao seu lado. (I João 4:20). O amor é um princípio que invade cada área da vida.

O amor é paciente. Nunca está apressado.

O amor é bondoso. Por ser bondoso não se vangloria, não pode invejar, nem arder em ciúme, nem se ensoberbecer. A inveja é qualidade demoníaca.

O amor é humilde. Depois de praticar atos de bondade, o amor descansa à sombra da humildade. Podemos dizer que a humildade é a mais divina das qualidades do amor.

O amor é cortês. A cortesia é o amor compartilhado nos pequenos detalhes da vida.

O amor não de porta inconvenientemente, com leviandade. Em qualquer lugar que aquele que ama estiver, ele haverá de se portar decentemente.

O amor não busca os seus interesses próprios. Porque ele está acima do interesse individual. Foi por isso que Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.

O amor não se irrita, não suspeita mal. A ira é uma coisa muito séria. Não por causa daquilo que ela é em si, mas por aquilo que ela é capaz de revelar. A ira é uma espécie de teste do amor porque ela é capaz de expor o “nosso real eu”.

O amor não se ressente do mal. Tem você problemas em perdoar as pessoas? Está ofendido com alguém? Então lembre-se daquela cena do calvário: “Pai, perdoa-lhes...”.

O amor se alegra com a justiça e com a verdade.

O amor é divino. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. O amor jamais acaba!

Conclusão
Você deve estar pensando: depois de ouvir todas essas qualidades tão lindas do amor, jamais vou conseguir amar de verdade. Eu não consigo ser bom. É mais fácil ter ódio do que amar. Eu não consigo!

Se você está sentindo isso em seu coração, está certo, por que o amor é um dom que não podemos fabricá-lo. É Deus quem nos dá gratuitamente. Basta ter o desejo e a disposição de recebê-lo.

Ilustração
Certa vez um rico fazendeiro adoeceu para a morte. Já bem combalido, resolveu chamar o
 seu funcionário de confiança. Era um ancião de idade avançada, que prontamente atendeu ao chamado.

– Diga-me o que eu devo fazer para receber o amor de Deus antes da minha morte?

Disse o velho: – Vá lá no chiqueiro junto aos porcos e ajoelhe-se ali na lama entre eles; erga as mãos para o céu e grite bem alto: Senhor meu Deus, tem misericórdia de mim miserável pecador e me dê o Seu amor!

– Nunca! Respondeu o patrão. O que vão pensar de mim os meus vizinhos?

Por duas vezes mais o empregado foi chamado e a mesma pergunta foi feita, porém, a condição também era a mesma, ir ter com os porcos.

Na quarta vez, o patrão já nas últimas consequências disse:
– Eu vou ao chiqueiro. Por favor, me ajude a caminhar até lá.

Ao chegarem na porta para descerem os degraus o velho e experiente funcionário disse:
– Patrão, não precisa ir mais.

– Mas como, agora que eu decidi ir e já estou a caminho!

– Sim, agora não será mais necessário. Basta ter o desejo. Basta ter disposição. O amor de Deus já o alcançou.


Meu querido irmão e irmã, você tem esse desejo?

Oferecido pelo Depto de comunicação da Associação Paulista Sudoeste

Luís Carlos Fonseca

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