quarta-feira, 30 de março de 2016

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (2º trimeste 2016) “LEVANTA-TE E ANDA” - FÉ E CURA

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (2º trimeste 2016) “LEVANTA-TE E ANDA” - FÉ E CURA

VERSO ÁUREO: “Pois, qual é mais fácil? Dizer: Perdoados te são os teus pecados; ou dizer: Levanta-te e anda?” Mateus 9:5

INTRODUÇÃO (Sábado 16 de abril) – A lição desta semana vai falar sobre alguns milagres que Jesus realizou em favor das pessoas e como podemos sentir os milagres de Jesus na nossa vida. Esses milagres estão relatados em Mateus capítulos 8 e 9.

O que é um milagre? Um milagre significa Deus alterando, por um curto período de tempo, a ordem natural das coisas em nossa vida para realizar Sua vontade e propósitos em nós. As vezes os milagres não acontecem em nossa vida porque não estamos preparados para recebê-los. Quando Deus executou milagres poderosos e impressionantes para os israelitas, será que foi suficiente para eles obedecerem Deus? Não, os Israelitas constantemente desobedeceram e se rebelaram contra Deus, apesar de todos os milagres que tinham visto. O mesmo povo que viu Deus abrir o Mar Vermelho veio a duvidar da capacidade de Deus de conquistar os habitantes da terra prometida. Jesus executou vários milagres, mesmo assim a grande maioria das pessoas não acreditaram nele. Se Deus fizesse milagres hoje como fez no passado, o mesmo resultado aconteceria. As pessoas estariam impressionadas e acreditariam em Deus apenas por um curto período de tempo.

Por que Deus realizou milagres? É claro que era para aliviar o sofrimento das pessoas, mas o ponto mais importante para entendermos é o fato de que o propósito dos milagres foi para autenticar aquele que estavam fazendo o milagre. Veja esses textos:  "Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis." Atos 2:22

"Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos" II Coríntios 12:12.

"Dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade" Hebreus 2:4

Deus hoje realiza milagres. Ao mesmo tempo, não devemos esperar que milagres aconteçam hoje da mesma forma que aconteceram nos tempos bíblicos. O maior milagre que podemos ver é uma vida transformada e convertida a Deus.

O verso áureo menciona a resposta que Jesus deu aos escribas e sobre a cura física e espiritual do paralítico. Veja este comentário: “A obra de Cristo em favor do paralítico é uma ilustração da maneira por que devemos trabalhar. Por meio dos amigos ouvira ele falar de Jesus, e pedira para ser levado à presença do Poderoso Restaurador. O Salvador sabia que o paralítico andava torturado pelas sugestões dos sacerdotes, de que por causa de seus pecados, Deus o havia rejeitado. Portanto, Sua primeira obra foi dar-lhe paz de espírito. “Filho”, disse, “perdoados estão os teus pecados”. Esta certeza encheu-lhe o coração de paz e alegria. Mas alguns dos presentes começaram a murmurar, dizendo em seu coração: “Quem pode perdoar pecados, senão Deus?” Então, para que soubessem que o Filho do homem tinha poder de perdoar pecados, Cristo disse ao enfermo: “Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.” Isto mostra como o Salvador ligava a obra da pregação da verdade e a de curar os doentes.” Test. Seletos, Vol 2, 491

Mateus afirma que Jesus tem o poder de perdoar pecados. A cura do paralítico comprova esse poder. Além de ter o poder de perdoar os pecados, Jesus demonstra que tem um poder mais forte, que é aquele de penetrar os pensamentos dos escribas, sem que alguém lhe contasse, Jesus disse-lhes: “Por que pensais mal em vossos corações”? Jesus, possuía um conhecimento sobrenatural, doado-lhe pelo Espírito Santo. Em outros momentos Jesus disse: “Vocês vêem as aparências. Eu vejo o coração”. Este conhecimento sobrenatural de Jesus demonstra que Ele é Deus e justifica o Seu poder também único; de perdoar os pecados. Quando Jesus mostrou que tem o poder sobre o pecado, o paralítico passou em segundo plano e o nome de Deus foi exaltado.

DOMINGO (17 de abril) TOCANDO OS INTOCÁVEIS – A lição de hoje menciona a cura de um leproso: Veja o texto: “E, descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multidão. E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra. Disse-lhe então Jesus: Olha, não o digas a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.” Mateus 8:1-4

A lepra era uma doença terrível e temível nos tempos bíblicos, não somente por causa do sofrimento físico, mas pela agonia emocional que o doente experimentava. O enfermo devia se afastar da sociedade para viver de forma isolada. A parte emocional e espiritual do leproso, geralmente, era mais enferma do que o seu corpo. Sua solidão o deixava em estado de permanente tristeza. Jesus sabia, portanto, que a cura daquele homem devia acontecer, primeiro, em sua alma, para depois se manifestar em seu corpo.

Vejamos como Jesus lidou com este problema: 1) Jesus desejou curar. É claro que Jesus desejou curar aquele homem, como curou a muitas outras pessoas. O doente se aproximou de Jesus implorando a cura, mas com uma certa dose de desconfiança. Talvez ele pensasse na possibilidade de estar diante de mais um que não desejasse o ajudar, como a grande maioria que o via todos os dias. A coisa mais comum na vida de um leproso era se deparar com pessoas que queriam mais estar longe dele do que prontas a ajudá-lo. Muitos, quando viam se aproximar alguém com lepra gritavam em voz alta, dizendo: “um leproso”, “um leproso” e, em seguida, atiravam pedras para os manter à distância. Por essa razão, ele disse: “Se quiseres...”

2) Jesus sentiu compaixão. Aquele homem necessitava naquele momento, não era de pessoas que o discriminassem, muito menos de pedras que o colocassem mais adiante dos outros. Ele precisava de alguém que simplesmente o amasse. Não queria mais ser conhecido como “o leproso”, mas como alguém “purificado”. Jesus se compadeceu dele, vendo sua agonia e o intenso desejo de ser diferente do que era. Muitos hoje não desejam mais ser conhecidos com o título de “tóxicos dependentes” ou “viciados, etc. desejam sim ser curados, e você pode os ajudar.

3) Jesus tocou. Foi o toque da cura. O leproso recebeu um toque cheio de graça, de compaixão, de misericórdia e do Espírito Santo. Jesus o tocou como há muito tempo ele não era tocado. Desta vez não foi o toque das pedras ou pedaços de pau. Foi um toque de amor no físico, profundo o suficiente para alcançar sua alma ferida. O toque físico curou-o da sua lepra. Quando Jesus o tocou ele foi curado. Jesus precisou mostrar àquele leproso que o maior desejo do Seu coração era o de curá-lo e libertá-lo daquele mal. Tocando em seu corpo, sem preconceito e sem medo de contaminação, pôde mostrar-lhe o quanto o amava e estava interessado nele. Não importa o tipo de doença que você tenha ou pecado que haja cometido. Jesus deseja perdoá-lo e curá-lo aqui e agora. Creia que neste exato momento Ele está se dirigindo a você para tocar sua alma e seu corpo, trazendo toda cura que você necessita! Amém?

O que você acha de um rei tão poderoso e compassivo como Jesus? O modo como Jesus lidou com o leproso nos dá a certeza de que Jesus fica ao nosso lado para nos ajudar. Lembre-se de que, mesmo antes de curar esse leproso, o ministério de Jesus criou grande expectativa nas pessoas. Agora todos iriam ouvir falar sobre esse maravilhoso milagre que Ele realizou. Mas Jesus não quis que as pessoas tivessem fé nele apenas por causa das coisas que outros dizem a seu respeito. Jesus sabe que a profecia diz que Ele “não faria que a sua voz fosse ouvida na rua”, ou seja, que não contariam relatos sensacionalistas sobre Ele, ver Isaías 42:1, 2, por isso, Jesus deu ao leproso a seguinte ordem: “Tenha o cuidado de não contar nada a ninguém, mas vá, mostre-se ao sacerdote e ofereça a dádiva que Moisés determinou.” Mateus 8:4.

A lepra do pecado: “A obra de Cristo em purificar o leproso de sua terrível doença, é uma ilustração de Sua obra em libertar a pessoa do pecado. O homem que foi ter com Jesus estava cheio de lepra. O mortal veneno da moléstia penetrara-lhe todo o corpo. Os discípulos procuraram impedir o Mestre de o tocar; pois aquele que tocava num leproso, tornava-se por sua vez imundo. Pondo a mão sobre o doente, porém, Jesus não sofreu nenhuma contaminação. Seu contato comunicou poder vitalizante. Foi purificada a lepra. O mesmo se dá quanto à lepra do pecado profundamente arraigada, mortal e impossível de ser purificada por poder humano. “Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres”. Isaías 1:5, 6. Mas Jesus, vindo habitar na humanidade, não recebe nenhuma contaminação. Sua presença tem virtude que cura o pecador. Quem quer que Lhe caia de joelhos aos pés, dizendo com fé: “Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo”, ouvirá a resposta: “Quero: sê limpo”. Mateus 8:2, 3. O Desejado de Todas as Nações, 180.

SEGUNDA-FEIRA (18 de abril) O ROMANO E O MESSIAS – A lição de hoje fala sobre a cura do servo do centurião. Eis o texto: “E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe, e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado. E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde. E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há-de sarar. Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz. E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; e os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou.” Mateus 8:5-13.

A maior unidade do exército romano era uma legião composta de 6.000 homens. Cada legião era dividida em dez cortes de 600 homens cada, e cada grupo tinha seis divisões de 100 soldados. Um destes centuriões foi posto em Cafarnaum e o centurião sem nome da passagem bíblica, estava no comando pleno. Ele era o chefe romano de uma grande área, tinha  prestígio e autoridade e até os anciãos dos judeus estavam sob sua jurisdição.

O centurião em estudo tinha um grande relacionamento com os judeus e acreditava em Deus, Dele nos é dito: "Ele é digno de que faças isso, porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou sinagoga" Lucas 7:4-5. Mas Jesus não ficou impressionado com as grandes obras realizadas pelo centurião. Ele apenas quis curar o servo do centurião. Naquela tempo os israelitas eram proibidos por lei  de manter qualquer contato pessoal com pessoas de outras nações. Ver  Atos 10:28. Transgredir a lei era um perigo para Jesus, já que os fariseus viviam procurando motivos para prendê-lo e O acusar. Jesus, porém, sempre agia de forma a colocar as necessidades humanas como prioridade e assim curou o servo do centurião mesmo que isso tivesse provocado a ira dos judeus.

O centurião era conhecedor da autoridade e poder de Jesus que já havia realizado outros milagres em Cafarnaum. Ele também sabia com a experiência que seu cargo de oficial  permitia, que não era necessária sua presença para que suas ordens fossem cumpridas. Uma Palavra de Jesus era tudo que o centurião queria. Uma Palavra de Jesus é o que basta para transformar toda uma situação, mudar uma vida, ressuscitar um morto. Esse homem verdadeiramente mostrou o que é viver pela fé. Ele não precisou ver Jesus, tocá-Lo, para acreditar que Ele realizaria o milagre.

Lições a lembrar: Essa história ensina-me que o mais influente dos homens necessita clamar por Jesus nos "caminhos de Cafarnaum". Também aprendo que todo líder necessita de seus liderados para realizar suas ações e metas. Outra lição que lembro é que não se pode ter preconceitos e fazer julgamentos no que concerne as coisas de Deus. A lei proibia a permanência de Jesus na casa do gentio centurião, mas pela graça Ele esteve lá. Jesus era a própria Palavra enviada através dos anciãos! O segredo do centurião estava em sua fé e humildade na certeza de que Jesus era capaz de ordenar a curar o seu servo. O poder da morte e da vida está nas mãos de Deus, o milagre que cura só pode ser autorizado por Jesus. Para que a nossa vida tome outro rumo basta só Jesus dizer-nos: “vai, e como creste te seja feito” para sermos salvos. Uma palavra de Deus na nossa vida muda totalmente o curso dela. Busquemos na Palavra de Cristo a mudança e salvação que necessitamos.

“O servo do centurião fora acometido de paralisia, e estava às portas da morte. Entre os romanos, os servos eram escravos, comprados e vendidos nas praças, maltratados e vítimas de crueldades; mas o centurião era ternamente afeiçoado a seu servo, e com ardor desejava seu restabelecimento. Acreditava que Jesus o poderia curar. Nunca vira o Salvador, mas as notícias que lhe chegaram aos ouvidos lhe inspiraram fé. Não obstante o formalismo dos judeus, esse romano estava convencido de que a religião deles era superior a sua. Já rompera as barreiras de preconceitos e ódios nacionais que separavam os conquistadores do povo conquistado. Manifestara respeito pelo serviço divino, e bondade para com os judeus, como Seus adoradores. Nos ensinos de Cristo, segundo lhe haviam sido comunicados, encontrara aquilo que satisfazia às necessidades da alma. Tudo quanto havia de espiritual dentro dele, correspondera às palavras do Salvador. Sentira-se, porém, indigno de chegar à presença de Jesus e apelara para os anciãos dos judeus, a fim de fazerem o pedido quanto à cura do servo. Estavam relacionados com o grande Mestre, e saberiam, pensava, aproximar-se dEle de maneira a Lhe conseguir o favor.” Desejado De Todas as Nações, 217

TERÇA-FEIRA (19 de abril) DEMÔNIOS E PORCOS – A lição de hoje menciona o milagre da libertação de um homem com demónios. Eis o texto: “E, tendo chegado ao outro lado, à província dos gergesenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho. E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? E andava pastando distante deles uma manada de muitos porcos. E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos. E ele lhes disse: Ide. E, saindo eles, se introduziram na manada dos porcos; e eis que toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram nas águas. Os porqueiros fugiram e, chegando à cidade, divulgaram tudo o que acontecera aos endemoninhados. E eis que toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse dos seus termos.” Mateus 8:28-34

Geralmente as possessões demoníacas acontecem com pessoas que excluem o Deus Criador da vida, adotam divindades pagãs e revelam doenças de ordem psicológicas. Nos casos de crentes que passam por essa experiência é porque apresentam dois pontos principais; tem os aspectos emocionais e psicológicos afetados por patologias acentuadas e mantém pecados conhecidos e voluntários.

Quando comparamos Marcos 5:1-20 e Lucas 8:26-39 com o texto de Mateus, percebemos logo a distinção dos relatos. Marcos e Lucas mencionam apenas um homem e Mateus fala de dois endemoninhados. Ellen White também menciona a existência de dois homens. Levando em conta o relato de Mateus, os endemoninhados de Gadara, não tinham vida social e sua morada era nos sepulcros. Eles eram violentamente atormentados e assustavam os moradores por sua fúria e perturbação. Eles gargalhavam descontroladamente e uivavam como um lobo no meio da noite. Eles podiam ser ouvidos a longas distâncias. Maltrapilhos e sujos, os homem dividiam território com os porcos: “De dia e de noite, clamava pelos montes.” Marcos. 5:5. O gadareno, a exemplo do filho pródigo, “desejava comer as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada” Luc. 15:16.
Ninguém podia se aproximar dos homens que quebravam cadeias e grilhões, sem permitirem que os amansassem. Apesar do seu estado de loucura e abandono, os gadarenos tinham família, que choravam sua perda. Constantemente recebiam más notícias, eram interrogados por vizinhos e moradores. Esses homens, sem nome, era o retrato de Gadara.

Jesus libertou aqueles homens, que prontamente se dispuseram em seguir Jesus. Ele disse: “Deixa-me ir ter contigo, onde fores”. Jesus não permitiu e disse-lhe: "Vai para tua casa, testemunhar entre os teus". A família dos libertos estava marcada pelo destruidor de almas chamado Satanás. Precisava da renovação do Espírito Santo de Deus, que agora habitava o Gadareno. “E ele foi e começou a anunciar em Decápolis, quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilhavam”. Os novos homens ultrapassaram as fronteiras territoriais falando de Jesus: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” Rom 5:20. O homens que viviam nos sepulcros, agora falavam de Jesus. Todos os crentes libertos dos pecados tem plena alegria em anunciar o evangelho de Cristo!

Jesus viu nas pessoas aflitas e exaustas ovelhas que precisavam de aprisco e que estavam maduras para serem colhidas no reino de Deus. Ver Mateus 9:36-37. Essas pessoas estavam como ovelhas sem pastor. Os que deviam ser os pastores, Ver João 7:32, tinham visão diferente, ver João 7:45-49. Para esses falsos pastores, a plebe era maldita e servia só para combustível do fogo do inferno. Deus nos convida a vermos as pessoas com os olhos de Jesus. Ele viu na samaritana renegada, como herege e pecadora, uma pessoa sedenta da água da vida; Jesus viu nos 10 leprosos pessoas que necessitavam da cura física e espiritual. Ele viu no centurião uma alma crente e necessitada da bênção da cura do seu servo. Ele avaliou o endemoninhado de Gadara em mais de 400 mil euros. Se um porco vale em torno de 200€ e eram 2000 porcos, é só fazer a multiplicação: 2000 x 200 = 400 mil €. Jesus viria morrer se fosse apenas por uma alma, por você! Amém?

Jesus nos liberta: “De manhã cedo o Salvador e Seus companheiros chegaram à praia. ... De um lugar oculto, entre os sepulcros, dois loucos avançaram sobre eles, como se os quisessem despedaçar. Pendiam-lhes pedaços de cadeias que haviam partido para fugir à prisão. Tinham a carne dilacerada e sangrando nos lugares em que se haviam ferido com pedras agudas. Brilhavam-lhes os olhos por entre os longos e emaranhados cabelos; como que se apagara neles a própria semelhança humana, pela presença dos demônios que os possuíam, parecendo mais feras que criaturas humanas… Sobre uma montanha, não muito distante, pastava grande manada de porcos. Os demônios pediram que se lhes permitisse entrar nos mesmos, e Jesus o consentiu. Da manada subitamente se apoderou o pânico. Precipitaram-se loucamente penhasco abaixo e, incapazes de se deter ao chegar à praia, imergiram no mar, ali perecendo. Enquanto isso, maravilhosa mudança se operara nos possessos. Fizera-se-lhes luz no cérebro. Brilharam-lhes os olhos de inteligência. A fisionomia, por tanto tempo mudada à semelhança de Satanás, tornara-se repentinamente branda, tranqüilas as ensangüentadas mãos, e louvaram alegremente a Deus por sua libertação. ... Agora, esses homens achavam-se vestidos e em perfeito juízo, sentados junto de Jesus, ouvindo-Lhe as palavras e glorificando o nome dAquele que os curara.” O Desejado de Todas as Nações, 336-338

QUARTA-FEIRA (20 de abril) “LEVANTA-TE E ANDA” - O texto de hoje está em Mateus 9:1-8, mas a cura do paralítico também nos é contada em Marcos 2:1-12 e Lucas 5:17-26. Marcos apresenta a história do paralítico com mais detalhes. Ele nos diz sobre os portadores do leito sobre o qual jazia o paralítico, não podendo apresentar o doente a Jesus por causa da multidão.

Quando Jesus voltou para Cafarnaum, depois de sua primeira viagem missionária, as pessoas reuniram-se para O ver. Mas um homem paralítico não podia se juntar a multidão, ele apenas ficou lá olhando as pessoas passarem por ele. Até que, alguns dos homens se importarem o suficiente para buscá-lo e levá-lo até Jesus. Mas eles se depararam com um problema; a multidão era tão grande que eles não poderiam fazer o seu amigo passar pela da porta. Eles poderiam se consolar, porque eles tentaram, em seguida levar o pobre homem para casa. Mas eles estavam mais determinados do que isso. Eles o levantaram até o telhado, abriram um buraco na palha, e baixou-o até onde Jesus Se encontrava.

O evangelho de Marcos faz um comentário curioso neste momento; “vendo a fé”, Jesus voltou-Se para o paralítico e disse-lhe que os seus pecados estavam perdoados. Antes de tudo, note que a fé é algo que deve ser visível. Os quatro operadores da maca acreditavam que Jesus era, no mínimo, um poderoso homem de Deus, que poderia ajudar seu amigo. Mas essa crença se manifestou em ação visível. Deus quer contratar operadores de maca para que leve doentes ao leito de operação para que sejam curados. Claro, esta fé foi unida com o amor, já que eles tinham ido tão longe, não para si mesmos, mas para o seu amigo infeliz. Observe que não era a fé apenas do paralítico que motivou a decisão de Jesus de perdoar o seu pecado. Foi a fé de seus amigos. Talvez sua paralisia física era um sinal de absoluta paralisia espiritual.

Para Deus não há impossíveis. Ele é o autor da vida, e todas as vezes que alguém se aproxima dele, levando as suas paralisias emocionais e espirituais, Ele exerce a Sua misericórdia. O desafio para hoje é que apresentemos a Deus as nossas paralisias porque Ele é o único que tem poder para restaurar as nossas vidas. Jesus declara-nos: “Levanta-te e anda”. Em Deus está o sim. Em Deus está a vitória sobre a incredulidade, sobre a morte e sobre o desespero. Entreguemos a nossa vida ao Senhor, permitindo que Ele nos cure! Jesus quer curar a sua paralisia. Ele quer que você saia do comodismo.

Toda vez que você leva o outro até Jesus, você também é curado. Toda vez que você tiver uma doença, leve o próximo à Jesus primeiro. Às vezes, as suas chagas são maiores do que as de alguém enfermo, mas no momento em que sai do seu conforto para amar o outro, Deus o cura. A pior ferida que trazemos é a do pecado, e ela só pode ser curada com o perdão e a absolvição dos seus erros através da confissão sincera a Cristo.

“Na cura do paralítico de Cafarnaum, Cristo tornou a ensinar a mesma verdade. Foi para manifestar Seu poder de perdoar pecados, que o milagre se realizou. E a cura do paralítico também ilustra outras preciosas verdades. É plena de esperança e animação, e do ponto de vista de sua relação para com os astutos fariseus, encerra igualmente uma advertência. Como o leproso, esse paralítico perdera toda a esperança de restabelecimento. Sua doença era resultado de uma vida pecaminosa, e seus sofrimentos amargurados pelo remorso. Por muito tempo apelara para os fariseus e os doutores, esperando alívio do sofrimento mental e físico. Mas eles friamente o declaravam incurável, abandonando-o à ira de Deus. Os fariseus consideravam a doença como testemunho do desagrado divino, e mantinham-se a distância do enfermo e do necessitado. Todavia, muitas vezes esses próprios que se exaltavam como santos, eram mais culpados que as vítimas que condenavam.” Desejado de Todas as Nações, 181

QUINTA-FEIRA (21 de abril) DEIXAR QUE OS MORTOS ENTERREM OS MORTOSEste é o texto para hoje: “E Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para o outro lado; e, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei. E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos.” Mateus 8:18-22.

Vemos duas pessoas manifestando o desejo de seguir Jesus; um escriba e um discípulo. Os escribas eram pessoas sábias e estudadas Na história judaica dos tempos mais modernos os escribas são os intérpretes ou copistas da lei. Esdras é descrito como “escriba versado na lei de Moisés”, ver Esdras 7:6), e proclamavam os escribas os seus direitos, dizendo: “Somos sábios, e a lei do Senhor está conosco”. Jer Jer. 8:8. Quando o povo começou a falar o aramaico, a língua hebraica lhes era familiar. Já, esse discípulo era alguém que pretendia seguir Jesus. Ambos apresentaram escusas para não seguir Cristo. Para o escriba, Jesus respondeu que seguir Cristo era tarefa difícil pois não tinham nem onde dormir e para a  desculpa do discípulo, Jesus pronunciou o título da lição de hoje: “deixa os mortos sepultar os seus mortos.”

Cuidar dos familiares mais velhos era algo muito importante na cultura judaica. Assim, esse rapaz não estaria pedindo nada de mais a Jesus. Porém, a resposta de Jesus foge a uma resposta comum e esperada: “Mas Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e prega o reino de Deus.” É pouco provável que o pai desse discípulo tivesse morrido e ele estivesse ali longe de sua família à espera de uma espécie de autorização para ir sepultar seu pai. O mais provável é que esse discípulo estivesse querendo autorização de Jesus para cuidar de seu pai até que esse morresse.

Cuidado para você não inverter as prioridades da vida do crente! Jesus tratava com as pessoas, dizendo-lhes exatamente o que precisavam ouvir. Jesus fez assim com o jovem rico. Jesus foi duro porque viu em seu coração que o deus dele era as riquezas. Com a mulher samaritana o discurso de Jesus também foi firme. Assim, não tenho dúvidas de que Jesus estava tratando de algo especial na vida desse discípulo. Jesus estava exigindo lealdade exclusiva. De qualquer forma, sabemos através das palavras de Jesus, que nossa prioridade no reino de Deus deve exceder qualquer outra prioridade, mesmo as familiares, culturais e sociais. Isso fica claro quando Ele diz: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.” Alguns sugerem que Jesus fez uma espécie de trocadilho, que significa algo como: “Deixe os espiritualmente mortos sepultar os fisicamente mortos”, mostrando que as outras pessoas podiam cuidar do pai do rapaz, enquanto ele podia trabalhar para promover o reino de Cristo. Quanto tempo você despende para promover o reino de Jesus?

O verdadeiro cristão coloca as suas prioridades no reino de Deus. Em Gálatas 1:10 diz: "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo." Ao aderir de perto os ensinamentos da Bíblia, estamos nos posicionando para sofrer rejeição, zombaria, solidão e até traição. Muitas vezes, a mais cruel perseguição vem daqueles que se consideram espirituais, mas definiram a Deus de acordo com suas próprias ideias. Se optarmos por tomar uma posição em favor da justiça e verdade bíblica, podemos garantir que vamos ser mal interpretados, ridicularizados ou coisa pior. O sofrimento, de alguma forma, sempre vai ser o resultado de ser um verdadeiro seguidor de Cristo. Jesus disse que o caminho que leva à vida eterna é difícil. Ver Mateus 7:14. as dificuldades da nossa vida são também uma maneira de nos identificarmos com o Seu sofrimento, de uma maneira pequena.

A nossa salvação depende de darmos prioridade a Deus em nossa vida. Jesus ensinou isso em Mateus 6:33: “ Mas buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e as demais coisas vos serão acrescentadas.” Quem dá prioridade à Deus assume compromisso com Ele e está pronto para fazer a Sua vontade.

“Nenhum laço terreno, nenhuma consideração terrena, devia pesar um só momento na balança contra o dever à causa e obra de Deus. Jesus cortou Sua ligação com todas as coisas para salvar um mundo perdido, e Ele requer de nós consagração plena e total. Há sacrifícios a serem feitos pelos interesses da causa de Deus. O sacrifício do sentimento é o mais incisivo que é requerido de nós; mas afinal é um sacrifício pequeno. Você tem muitos amigos, e se os sentimentos são santificados, não precisa sentir que está fazendo um sacrifício muito grande. Você não deixa sua mulher entre pagãos. Não é chamado a palmilhar o deserto ardente da África, nem a enfrentar prisões e deparar-se com provas a cada passo. Seja cuidadoso ao apelar à sua compaixão e a permitir que sentimentos humanos e considerações pessoais se misturem com seus esforços e trabalhos pela causa de Deus. Ele requer serviço desinteressado e voluntário. Você deve prestar tal serviço e ainda cumprir com seus deveres para com sua família; mas considere isso uma questão secundária.” Testemunhos para a igreja vol 3, 500

SEXTA-FEIRA (22 de abril) COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (2º trimeste 2016) “LEVANTA-TE E ANDA”: FÉ E CURA - O poder de Cristo foi usado apenas para servir a humanidade que sofria as moléstias deste mundo. Jesus não rejeitava ninguém que fosse até Ele. Ele recebia todas as pessoas e as abençoava. E o resultado foi a grande admiração das pessoas: “E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” Mateus 8:27

O segredo do centurião estava em sua fé e humildade, na certeza de que Jesus era capaz de ordenar a cura e que nenhuma outra pessoa poderia fazer o mesmo. A Palavra de Deus é livre para agir em nossa vida hoje, e da mesma forma como libertou o rapaz da doença e confirmou o centurião na fé cristã, Jesus liberta escravos do pecado de todas as religiões, nos nossos dias. O apóstolo Paulo afirma: “ Estou sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo, a Palavra de Deus não está algemada” II Tim.2:9. Por isso você pode clamar por Jesus de qualquer lugar do mundo que Ele o vai escutar e atender como fez com o centurião romano.

É-nos dito sobre a fé do centurião: “É assim que todo pecador, se deve aproximar de Cristo. “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos salvou”. Tito 3:5. Quando Satanás vos diz que sois pecador, e não podeis esperar receber bênçãos de Deus, dizei-lhe que Cristo veio ao mundo para salvar pecadores. Nada temos que nos recomende a Deus; mas a justificação em que podemos insistir agora e sempre, é nossa condição de completo desamparo, o qual torna uma necessidade Seu poder redentor. Renunciando a toda confiança própria, podemos olhar à cruz do Calvário e dizer: “O preço do resgate eu não o tenho; à Tua cruz prostrado me sustenho.” Desejado de Todas as Nações, 218.

Sobre os demônios nos porcos: “Que os homens tenham sido possuídos por demônios, é claramente afirmado no Novo Testamento. As pessoas afligidas dessa maneira não sofriam meramente de moléstias provenientes de causas naturais; Cristo reconheceu a presença direta e a operação dos maus espíritos. Os endemoninhados de Gadara, infelizes lunáticos, agitando-se, espumando, enfurecendo-se, faziam violência a si próprios e ameaçavam a todos os que deles se aproximassem. O corpo desfigurado e sangrante, tanto quanto a mente transtornada, apresentavam um espetáculo que agradava muito ao príncipe das trevas. Um dos demônios que controlavam os sofredores declarou: “Legião é o meu nome, porque somos muitos”. Marcos 5:9. No exército romano, a legião compunha-se de três a cinco mil homens. Ao mando de Jesus os anjos maus afastaram-se de suas vítimas, deixando-as submissas, inteligentes e dóceis. Mas os demônios varreram para o mar uma manada de porcos, e para os habitantes de Gadara a perda resultante sobrepujou a bênção conferida por Cristo; pediram ao Médico divino que Se retirasse. Mateus 8:23-34. Lançando sobre Jesus a culpa de seu prejuízo, Satanás suscitou os temores egoístas do povo e impediu-os de escutar as Suas palavras. Cristo permitiu que os maus espíritos destruíssem os suínos como reprovação àqueles judeus que, por amor ao ganho, estavam criando animais imundos. Se Cristo não tivesse restringido os demônios, estes teriam arrastado para o mar não somente os porcos, mas também seus donos. O Grande Conflito Condensado, 226

Pontos a serem considerados: Seguir Cristo envolve um chamado, uma resposta e um custo. Ver Mateus 8:18-22. Jesus mostra que ninguém é marginalizado em Seu reino. Rever as histórias já analisadas em Mateus 8:1-15. Veja que o mandamento do sábado é mencionado no meio dos milagres de Cristo. Ver Mateus 8:16 e 17.

Luís Carlos Fonseca


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