sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Esboço de Sermão - O Que Vale Mais


Mateus 21:28-32

Introdução
  1.    Certa vez, alguém perguntou: “O que vale mais na vida religiosa? Os aspec­tos doutrinários ou sua prática?”

   2.    Para muitas pessoas, a religião não passa de um credo de fé ou de uma re­lação de ritos litúrgicos sem um corres­pondente acompanhamento prático.

3.    Um dos meios de Cristo ensinar reli­gião foram as parábolas (SI 78:2; Mt 13:34,35).

I.       Uma Parábola Significativa
1.    A parábola dos dois filhos (Mt 21:28-32). Ellen G. White escreveu: “Esta parábo­la foi pronunciada na última visita de Cristo a Jerusalém. [...] Nessa parábola, o Pai representa Deus, a vinha, a igre­ja. Pelos dois filhos são representadas duas classes de pessoas” Parábolas de Jesus, p. 271,274).

2.    Durante essa visita, Ele fez um apelo à nação judaica para o arrependimento (ler Mt 23:37-39).

3.    Na parábola, Cristo não mencionou os motivos que levaram o primeiro filho a não cumprir sua promessa ou por­que o segundo mudou de ideia. Po­rém, Ele introduziu nessa história um elemento que faz toda a diferença: o arrependimento.


a)    A palavra “arrependimento” tem re­lação com o termo hebraico nâham. Ela indica mudança ou disposição de coração, mudança de mente, de pro­pósito e de conduta pessoal. Às ve­zes, ela se refere a Deus (ver Gn 6:6; Êx 32:14), mas também tem conota­ções humanas.

b)    O Novo Testamento emprega o termo grego metanoê, que por sua vez indi­ca mudança de mente e de propósito como resultado de profunda reflexão (ver Dicionário Vine, 415).

4.    “Nessa parábola, o primeiro filho que tão logo recebeu a ordem para traba­lhar na vinha do pai prometeu com muito entusiasmo que iria, mas que afinal não o fez nunca, iguala-se aos religiosos professos cuja justiça própria os impede de responder bem a qualquer chamado ao arrependimen­to.

O segundo filho, que se negou a ir e depois mudou de ideia e foi, cor­responde aos publicanos e pecado­res que, embora de início estivessem longe de ser justos, se arrependeram como resultado da pregação de João Batista” (R. V. G. Tasker, Mateus - Intro­dução e Comentário, p.161,162).

a)    João Batista iniciou seu ministério en­fatizando a necessidade do arrependi­mento (Mt 3:2).

b)    Ellen G. White confirma: “João devia ir como mensageiro de Jeová para le­var aos homens a luz de Deus. Devia imprimir-lhes nova direção aos pen­samentos... João proclamava a vinda do Messias, e chamava o povo ao ar­rependimento. Como símbolo da pu­rificação do pecado, batizava-os nas águas do Jordão (O Desejado Todas as Nações, p. 100,104).

5.    Através dessa parábola, relatada em Mateus 21:28-32, Cristo procurou res­gatar e valorizar o aspecto prático da religião.

II.      A prática da Religião
1.    No Antigo Testamento, o povo de Is­rael disse: "Tudo o que o Senhor falou faremos" (Êx 19:8).

2.    A história demonstrou o contrário. A religião de Israel se tornou extre­mamente ritualística sem o cunho prático (ver Is 1:10-15; 58:2-5; Mt 23).

3.    Como igreja, estamos inseridos numa sociedade que precisa ver o evan­gelho na prática (ver Mt 25:31-40; Tg 1:26,27).

a)    Ellen G. White afirma: “Aqueles que Cristo louva no Juízo, talvez tenham conhecido pouco de teologia, mas nu­triram Seus princípios. Mediante a in­fluência do divino Espírito, foram uma bênção para os que os cercavam.

Mes­mo entre os gentios existem pessoas que têm cultivado o espírito de bon­dade; embora ignorantes da lei escrita de Deus, ouviram Sua voz a falar-lhes por meio da natureza, e fizeram aquilo que a lei requeria. Suas obras testifi­cam que o Espírito Santo lhes tocou o coração, e são reconhecidos como filhos de Deus” (O Desejado de Todas as Nações, p. 638).

b)    Ilustração: Um jovem casal saiu para a lua de mel. Eles estavam dirigindo por uma longa estrada quando o carro se desviou e caiu numa vala. Despertan­do do acidente, o rapaz encontrou sua amada sagrando e inconsciente. De­sesperado, ele a carregou nos braços em busca de socorro. De repente, o jovem ergueu os olhos e viu uma luz brilhando na entrada de uma peque­na casa.

Sabendo que sua esposa não sobreviveria muito tempo naquelas condições, ele a carregou até lá. Ao aproximar-se da casa suas esperanças reviveram porque havia uma placa na entrada que dizia: “John Smith, médi­co”. Ele começou a bater intensamen­te. Um senhor de idade veio à porta, olhou para ele e perguntou: “Posso ajudá-lo?” Ele respondeu: “Senhor, minha esposa está morrendo. Por favor, salve-a!”

Aquele senhor se reti­rou dizendo: “Sinto muito não poder ajudá-lo. Parei de praticar a medicina há vinte anos.” Aquele jovem, deses­perado, retrucou: “Senhor, sua placa diz que o senhor é médico. Socorra minha esposa ou tire essa placa!” (Ex­traído de Tony Evans, A igreja Gloriosa de Deus).

4.    Como adventistas do sétimo dia, so­mos chamados por Deus para viver nossa religião de forma prática. Deus espera isso de Sua igreja. Caso contrá­rio, é melhor que ela tire a placa.

Conclusão
1.    “As palavras não são de valor algum se não forem acompanhadas de atos equivalentes. Essa é a lição ensinada na parábola dos dois filhos" (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 272).

2.    Fazer a vontade do Pai é o que vale na vida cristã (ler SI 40:8; Jo 2:17).
 Revista do Ancião Abr - jun 2012. Of. Depto de comunicações da UCB

Luís Carlos Fonseca

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