RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 6: FAZER DE “GENTE COMUM”
DISCÍPULOS
VERSO ÁUREO: “E, andando junto do mar da Galiléia, viu
Simão, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. E
Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens. E,
deixando logo as suas redes, o seguiram.” Marcos 1:16-18
INTRODUÇÃO: (sábado 1º de fevereiro) – Por que Jesus escolheu pessoas simples para ser Seus discípulos?
Geralmente as pessoas comuns estão mais disponíveis para colaborar com o reino
de Deus.
Quando analisamos os relatos bíblicos encontramos muitas pessoas que
saíram dos seus trabalhos comuns para colaborar com o reino de Cristo. Vemos pastores, carpinteiros,
pescadores, donas de casa e serviçais que, de modo geral, mais se aproximaram
de Jesus. Os doze discípulos eram
homens comuns a quem Deus usou de maneira extraordinária. Entre os 12 estavam;
pescadores, um coletor de impostos e um revolucionário. As pessoas simples ou
pobres tem que abandonar poucas coisas e geralmente estão mais disponíveis para
a transformação do carácter.
As pessoas comuns, geralmente são humildes. O orgulho já
impediu que muitas pessoas aceitassem a Jesus como seu Salvador pessoal. Recusar
admitir o próprio pecado; e que não podemos fazer nada com nossos próprios
esforços, para merecer a vida eterna, tem sido uma pedra de tropeço para muitas
pessoas.
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Por que o orgulho é pecado? Orgulho é dar a nós mesmos o crédito
por algo que Deus realizou. Orgulho é dar a nós mesmos a glória que pertence só
a Deus. Orgulho é, em essência, o louvor próprio. Nada que realizamos nesse
mundo seria possível se não fosse Deus capacitando-nos e sustendo-nos. Por isso
é que devemos dar a Deus à glória, por que só Ele é digno de recebê-la. A prova
do orgulho e da indisponibilidade está nos judeus tradicionais como os
fariseus; escribas e sacerdotes que não reconheceram Jesus como o Messias. Veja estes textos:
“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.”
Mateus 5:3
“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.”
Mateus 5:5
DOMINGO (2 de fevereiro) COMEÇO HUMILDE – A lição de hoje
menciona que Jesus teve um começo muito humilde. Seus pais eram pessoas comuns
da sociedade e que passavam por todas as dificuldades que os pobres passam.
É certo que tantos ricos como pobres; pessoas ilustres ou
comuns, passam por problemas; mas temos que admitir que as pessoas comuns, por
terem que lutar mais pela sobrevivência, sofrem mais, mas também podem ser
preservadas dos maiores ataques de Satanás. Veja este texto sobre Jesus: “Os pais de Jesus eram pobres e
dependentes do seu trabalho diário. Ele estava familiarizado com a pobreza, a
abnegação e as privações. Na Sua vida não havia momentos ociosos que
convidassem à tentação. Nenhuma hora vaga abria a porta às companhias
corruptoras.” O Desejado de Todas as Nações, 50
A lição menciona
sobre duas situações que mostram as modestas origens de Jesus: a) Na apresentação
de Jesus no templo; os seus pais, que eram pobres, levaram rolas e pombos em
vez de animais mais valiosos. Veja os
textos: “E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: Um par
de rolas ou dois pombinhos.” Lucas 2:24. - “Mas, se em sua mão não houver
recursos para um cordeiro, então tomará duas rolas, ou dois pombinhos, um para
o holocausto e outro para a propiciação do pecado; assim o sacerdote por ela
fará expiação, e será limpa.” Levítico 12:8. b) Jesus era conhecido como o carpinteiro: Veja o texto: “E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga;
e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm estas coisas? E que
sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas
mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e
de Judas e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se
nele.” Marcos 6:2-3.
Você tem orgulho da
sua origem e faz por merecer as bênçãos de Deus na sua vida, família e
ministério, junto a sua igreja?
SEGUNDA-FEIRA (3 de fevereiro) TRANSFORMAR O “POVO COMUM” – Sabemos
que as pessoas comuns têm maior senso de dependência. Apenas o título ou
capacidades de uma pessoa não a qualifica para o serviço de Deus. O que a torna
útil é a junção da sua formação, mais o poder de Deus, atuando na sua vida. Pessoas
qualificadas ou que possuam conhecimento e experiência avantajada na vida
tendem a depender menos de Deus. É claro que não são somente as pessoas comuns
que são úteis na pregação do evangelho. Quando a pessoa é bem qualificada,
também é humilde e dedicada às coisas de Deus, estas são muito usadas para
pregar o evangelho. Veja este texto:
“O homem iletrado que é consagrado e aspira a abençoar a outros, pode ser e é
utilizado pelo Senhor em Seu serviço. Mas os que, com o mesmo espírito de
consagração, tiveram o benefício de uma instrução completa, podem fazer obra muito
mais extensa para Cristo. Estão em posição vantajosa” Parábolas de Jesus, 333
Tendo em vista o princípio apresentado acima; com certeza,
Jesus chamou e chama para o Seu ministério pessoas que estão dispostas a serem
moldadas pela atuação do Espírito Santo na vida independentemente das suas
capacidades, formação ou posição social.
De que maneira Jesus
usou desejos e necessidades simples de cada dia para fazer discípulos e
transformar vidas? Em João 2:1-11 mostra a realização do primeiro milagre
de Cristo que foi transformar uma boa quantidade de água em vinho. Ali muitas
pessoas puderam observar o poder de Cristo e tomar a decisão em O seguir. A lição de hoje também traz o exemplo do milagre da 2ª
multiplicação dos pães e peixes, em Mateus 15:32-39. Com apenas 7 pães e alguns
peixes, mais de 4 mil pessoas foram alimentadas. De igual maneira as pessoas
foram tocadas e motivadas a se tornarem discípulos de Cristo.
Para terminar a obra
de evangelização, antes da volta de Cristo, Deus irá Se utilizar de pessoas
comuns. Veja este texto: “Assim como outrora chamou pescadores para serem
Seus discípulos, Ele suscitará dentre o povo comum a homens e mulheres que
realizem Sua obra. Em breve haverá um avivamento que surpreenderá a muitos. Os
que não percebem a necessidade do que deve ser feito serão passados por alto, e
os mensageiros celestiais trabalharão com os que são chamados de pessoas
comuns, habilitando-as a levar a verdade para muitos lugares”. Eventos Finais,
175 e 176.
TERÇA-FEIRA (4 de fevereiro) O CHAMADO DE UM FALHO PESCADOR
- A lição de hoje menciona, especialmente, o exemplo de Pedro que, embora tenha
sido muito influente entre os discípulos, era um homem cheio de defeitos. Impetuoso
e instável, e às vezes até covarde, mas fiel, estava sempre disposto a humilhar-se
e arrepender-se. Pedro foi, sem dúvidas, um dos grandes apóstolos de Jesus.
Este apóstolo é citado 154 vezes no Novo Testamento com o
nome de Pedro. É chamado também 75 vezes por seu nome original Simão. Outras
vezes aparece simplesmente como filho de João. Era natural da pequena cidade de
Betsaida, nos arredores do Mar da Galiléia. Dali veio também André, seu irmão e
Felipe. Tinha forte sotaque de pescador da Galiléia. Mas Pedro não era um
pescador qualquer. Tinha uma pequena empresa de pesca em sociedade com um tal
Zebedeu que era pai de outros dois apóstolos: João e Tiago. Devia ter alguma
estabilidade econômica. Parece também que era um homem religioso. Tanto é
verdade, que juntamente com seu irmão chegou a ir à Judéia acompanhar a
pregação de outro profeta, João Batista. Acreditava que Deus iria intervir na
situação da época, já que a região era dominada e explorada pelos romanos.
Simão Pedro tinha um temperamento que unia alguns
contrastes; era forte e ao mesmo tempo fraco; era corajoso e ao mesmo tempo
medroso; decidido e duvidoso; racional e muito emotivo; inteligente e ingênuo;
capaz de dar a melhor resposta e também de dizer a maior bobagem; podemos dizer
que era uma pessoa totalmente humana. Pedro era “pequena pedra” para construir
e também para atrapalhar. Era o tipo de pessoa que costumamos chamar de “uma
pedreira”. Mas a qualidade que integrava todos estes paradoxos é que Pedro era
uma pessoa absolutamente sincera. Ele era fraco mais disposto a se tornar
forte. Pedro tinha o desejo de vencer os seus defeitos de carácter,
mas só conseguiu com o poder de Deus atuando em sua vida. O desejo humano e o
poder de Deus transformam o vaso de barro em um verdadeiro tesouro, e foi o que
aconteceu na vida de Pedro: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para
que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”. II Coríntios 4:7
Analise os exemplos,
citados na lição para hoje, de como Pedro deixou ser transformado por Deus:
Lucas 5:1-11; Mateus 16:13-17 e Mateus 26:75
QUARTA-FEIRA (5 de fevereiro) A AVALIAÇÃO CELESTIAL – Para
Deus todas as pessoas são iguais; são alvo dos mesmos cuidados, merecem as
mesmas oportunidades e são responsabilizadas por seus atos. A lição de hoje menciona que para Jesus não
existem distinções de classes. Ele busca salvar e responsabilizar a todos.
As classes sociais são invenção do ser humano para satisfazer seu orgulho e atender
o seu desejo de supremacia.
Deus não nos avalia por nossos sucessos profissionais na
vida e também não busca pessoas infalíveis para o Seu reino. No episódio entre
Saul e Davi, Deus escolheu Davi porque o seu coração estava vazio das
influências corruptoras do mal. Ele tinha o seu coração vazio e pronto para ser
preenchido por Deus. No caso de Moisés foi a mesma coisa. Ele ficou 40 anos no
deserto de Midiã para esvaziar o coração das influências do mal, adquiridas no
Egito. Louvado seja Deus por isso! O que Deus enxerga é o coração. E quando olhava
para o coração de Davi, Moisés e outros, e o nosso; Ele via e vê um vazio que
podia e pode ser preenchido pelo Espírito Santo.
Que valor temos à
vista de Deus? A lição de hoje traz os seguintes textos referentes a avaliação
que Deus faz dos Seus filhos: “Não se vendem cinco passarinhos por dois
ceitis? E nenhum deles está esquecido diante de Deus. E até os cabelos da vossa
cabeça estão todos contados. Não temais pois; mais valeis vós do que muitos
passarinhos.” Lucas 12:6-7
“E, naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que
lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus
sacrifícios. E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus
foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas?
Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que
foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém? Não, vos
digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.” Lucas
13:1-5
“Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa
vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso
corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o
corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem
segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes
vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus
cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que
andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não
trabalham nem fiam; e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória,
se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que
hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós,
homens de pouca fé?” Mateus 6:25-30
QUINTA-FEIRA (6 de fevereiro) UMA SOCIEDADE SEM CLASSES – A teoria de comunismo de Karl Marx (1818-1883)
é, no fundo, bem simples: O comunismo puro, no sentido marxista referia-se
a uma sociedade sem classes, sem estado e livre de opressão, onde as decisões
sobre o que produzir e quais as políticas que deviam prosseguir e ser tomadas democraticamente,
permitindo que cada membro da sociedade pudesse participar do processo de
decisão, tanto na esfera política e econômica da vida. Com certeza, a ideia é
boa; não fosse o egoísmo humano de querer dominar o outro e a exclusão de Deus.
Antes de Karl Marx, Jesus já havia pregado uma sociedade sem
classes, mas com a atuação do Espírito Santo à dirigir a vida dos Seus
discípulos, para que que nenhum homem dominasse o outro. Geralmente as classes
sociais separam as pessoas entre ricas e pobres, nacionalidades diferentes,
cultas e não cultas, etc… Há um objetivo nisso: dividir as pessoas em grupos
que não se ligam, e principalmente uns dominarem sobre os outros. Deus não
aprova isso. A lição de hoje propõe que possamos viver a experiência do
verdadeiro comunismo bíblico. Veja estes
textos: “E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se
faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em
comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos,
segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no
templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de
coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias
acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” Atos 2:43-47
“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e
ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as
coisas lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da
ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Não havia,
pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou
casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos
pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um
tinha. Então José, cognominado pelos apóstolos Barnabé(que, traduzido, é Filho
da consolação), levita, natural de Chipre, possuindo uma herdade, vendeu-a, e
trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos.” Atos 4:32-37.
Você pode argumentar assim:
Hoje é diferente, pois não estamos no início do Cristianismo e a experiência do
Pentecostes foi necessária para promover o Cristianinsmo. Concordo com você! Mas você deve concordar comigo que; quando vemos
um irmão, vizinho ou qualquer pessoa necessitando da nossa ajuda para obter algum
alimento, roupa, remédio; ou, em algumas situações, até dinheiro, que se não
atendermos estamos mostrando um egoísmo diabólico.
No que consiste a
verdadeira religião? “A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é
esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da
corrupção do mundo.” Tiago 1:27. Deus dotou-nos de recursos para distribuirmos
às pessoas que mais necessitam. Sugiro a leitura de Isaías 58 e Mateus 25 sobre
o cuidado que devemos ter para com as pessoas e no que consiste a verdadeira
religião.
SEXTA-FEIRA (7 de fevereiro) ESTUDO ADICIONAL DA LIÇÃO - A
grandiosidade do Cristianismo é que a religião entendeu-se por todo o mundo mediante
o testemunho de pessoas que eram, na sua maioria, pessoas simples e sem
escolaridade. Há nisto, sem dúvidas, uma mensagem para nós. Ainda que não haja nada
de errado na formação acadêmica, as pessoas mais simples estão mais inclinadas
a confiar em Deus, e não nelas mesmas ou em suas capacidades ou formação
pessoal ou profissional.
As pessoas que dependem de Jesus e buscam a Sua face através
da oração e estudo da Bíblia; como resultado desse relacionamento com Deus, “as
coisas que antes aborreciam, agora amam; e aquilo que outrora amavam, aborrecem
agora. O orgulhoso e presunçoso torna-se manso e humilde de coração. O
vanglorioso e arrogante torna-se circunspecto e moderado. O bêbado torna-se
sóbrio e o viciado, puro. Os vãos costumes e modas do mundo são renunciados.”
Caminho a Cristo, 58
Veja a força deste
texto: “Não é plano de Deus que a pobreza desapareça do mundo. As classes
sociais jamais deveriam ser igualadas; pois a diversidade de condições que
caracteriza nossa raça é um dos meios pelos quais Deus tem pretendido provar e
desenvolver o caráter. Muitos têm insistido com grande entusiasmo em que todos
os homens devem ter parte igual nas bênçãos temporais de Deus; não era este,
porém, o propósito do Criador. Cristo afirmou que sempre teremos conosco os
pobres. Os pobres, bem como os ricos, são comprados por seu sangue; e, entre os
Seus professos seguidores, na maioria dos casos, os primeiros O servem com
singeleza de propósito, enquanto os últimos estão constantemente colocando as
suas afeições nos tesouros terrenos, e Cristo é esquecido. Os cuidados desta
vida e a ambição das riquezas eclipsam a glória do mundo eterno. Seria a maior
desgraça que já sobreveio à humanidade se todos devessem ser colocados em
posição de igualdade em possessões terrenas”. Conselhos Sobre Saúde, 230.
Luís Carlos Fonseca
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