COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (1º trimestre 2016) REBELIÃO GLOBAL E
OS PATRIARCAS
VERSO ÁUREO: “E eis que estou contigo, e te guardarei por
onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei,
até que haja cumprido o que te tenho falado.” Gênesis 28:15
INTRODUÇÃO (sábado 9 de janeiro) – O resultado imediato da
queda dos nossos pais foi a nossa separação de Deus. No jardim do Éden, Adão e
Eva tinham perfeita comunhão com o Pai. Quando se rebelaram contra Ele, essa
comunhão foi quebrada. Adão e Eva se tornaram conscientes do seu pecado, ficaram
envergonhados e tentaram se esconder. Ver Gênesis 3:8-10.
Por causa da queda, a
morte tornou-se uma realidade e toda a criação está sujeita a ela. Todos os
homens morrem, todos os animais morrem, toda a vida vegetal morre. Ver Romanos
8:22. Por causa do pecado, a morte é uma realidade terrível, e ninguém está
imune:"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é
a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 6:23.
Pior ainda, não só
morremos, mas, se morrermos sem Cristo, experimentamos a morte eterna.
A lição desta semana mostra-nos as consequências do pecado,
quando o planeta todo sofre, os resultados atingem todos, incluindo os filhos de Deus; os
patriarcas, que foram chamados à uma missão especial, a de anunciar a vinda o
Messias. Foram homens cheios de falhas que também caíram em alguns pecados, dificultando e retardando o cumprimento dos propósitos de Deus. O orgulho e
egoísmo foram a essência da queda de Lúcifer e dos nossos pais, e o que seguiu
a isso são todos os outros crimes contra Deus.
De todas as formas, o pecado é
voltar-se a si mesmo, o que é confirmado na forma como vivemos nossas vidas. A
queda produziu no homem um estado de depravação. Paulo falou daqueles "cujas consciências estão cauterizadas”,
I Timóteo 4:2 e aqueles cujas mentes estão espiritualmente escurecidas como
resultado de rejeitar a verdade. Ver Romanos 1:21. Neste estado e longe da
graça divina, o homem é absolutamente incapaz de fazer ou escolher aquilo que é
aceitável a Deus. "Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra
Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser.” Romanos 8:7.
O verso áureo mostra Deus correndo atrás do patriarca Jacó e
prometendo-lhe bênçãos, isso aconteceu logo após ele ter furtado o direito
de primogenitura de Esaú. Esse relato mostra-nos que Deus, a despeito dos
pecados dos Seus filhos, busca o pecador. Por um lado o diabo trabalha para
levar os filhos de Deus cometer pecados, e por outro lado vemos o grande amor
de Deus em correr atrás do pecador.
O pecado da poligamia.
A poligamia era uma prática dos povos pagãos e Deus não instituiu esse costume
para o seu povo, foi o pecado dos patriarcas que levou a isso. O primeiro
exemplo de poligamia ou bigamia relatado na Bíblia foi o caso de Lameque, relatado
em Gênesis 4:19: “E tomou Lameque para si duas mulheres…”. A Bíblia menciona
Lameque como sendo mau. Por isso, ele foi um péssimo exemplo. Vários homens
importantes na Bíblia eram polígamos. Abraão, Jacó, Davi, Salomão e outros
tinham várias mulheres. A despeito dos argumentos a favor da poligamia nos
tempos bíblicos, de que as mulheres estariam protegidas da prostituição,
escravidão, fome, abandono e que contribuíam para o crescimento populacional,
não podemos aceitar que Deus se contradiz quando instituiu o casamento entre um
homem e uma mulher.
A mentira, os furtos, a prostituição e idolatria foram
outros pecados praticados pelos filhos de Deus em que os relacionamentos da
família patriarcal e com os outros povos foram quebrados.
Depois do pecado de Adão e Eva, Caim foi o continuador dos maiores
pecados, que foram continuados pelas pessoas e pelos patriarcas, e o Novo Testamento lança luz
sobre o Antigo Testamento e revela a razão pela qual Caim matou o seu irmão. Veja o texto: “Porque a mensagem que
ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros; não segundo
Caim, que era do maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou?
Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas” I João 3:11-12.
DOMINGO (10 de janeiro) CAIM E ABEL – Logo que nossos pais
foram expulsos do Jardim do Éden, por terem desobedecido Deus, viram os
horrores do pecado. A pior coisa que puderam sentir foi a luta entre os filhos
e a consequente morte de Abel. O texto para hoje está relatado em Gênesis
4:1-15.
Veja algumas partes:
“E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à luz a Caim, e disse:
Alcancei do Senhor um homem. E deu à luz mais a seu irmão Abel; e Abel foi
pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. E aconteceu ao cabo de dias
que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. E Abel também trouxe
dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para
Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E
irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.” Gênesis 4:1-5
“E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando
eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.” Gênesis
4:8.
Logo depois de ter matado o seu irmão Abel, Caim falou a
Deus: “Então disse Caim ao Senhor: É maior a minha maldade que a que possa ser
perdoada. Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei;
e serei fugitivo e vagabundo na terra, e será que todo aquele que me achar, me
matará.” Gênesis 4:13,14.
De quem Caim tinha medo? As únicas pessoas existentes, que o livro de Gênesis
havia mencionado até este ponto, eram Adão, Eva e Abel, que agora estava morto.
Quem poderia ser uma ameaça para Caim?
É importante reconhecer que Caim e Abel eram adultos maduros no momento que
Caim matou Abel. Tanto Caim quanto Abel eram agricultores que cuidavam de suas
próprias terras e rebanhos. Gênesis 4:2-4. A Bíblia não nos diz quantos anos
Caim e Abel tinham, mas muito provavelmente estavam em seus 30 ou 40 anos.
A Palavra não menciona Adão e Eva tendo filhos entre Abel e
Sete. Pois, Sete veio para compensar a morte de Abel. Ver Gênesis 4:25. Adão e
Eva tiveram muitos filhos depois de Sete. Ver Gênesis 5:4, então por que não
teriam tido outros filhos entre Abel e Sete? Gênesis capítulo 5 traça a
genealogia de Sete. Antes de sua morte, Abel foi provavelmente o filho
escolhido que eventualmente produziria o Messias. Gênesis 3:15. É neste sentido
que Sete substituiu Abel.
De quem Caim tinha
medo? Caim tinha medo de seus próprios irmãos, irmãs, sobrinhos e sobrinhas
que já tinham nascido e seriam capazes de vingar-se dele. O fato de que Caim tinha
uma esposa, ver Gênesis 4:17 é mais uma evidência de que Adão e Eva tiveram
outros filhos depois de Caim e Abel, mas antes de Sete. Percebeu?
Eis alguns textos inspirados: “Enquanto Abel justificava o plano de Deus, Caim tornou-se
enraivecido, e sua ira cresceu e ardeu contra Abel até que em sua raiva o
matou. Deus o inquiriu a respeito de seu irmão, e Caim proferiu uma culposa
falsidade: “Não sei: sou eu guardador de meu irmão?” Deus informou a Caim que
sabia a respeito de seu pecado, que estava informado de todos os seus atos,
mesmo os pensamentos de seu coração, e disse-lhe: “A voz do sangue do teu irmão
clama a Mim desde a terra. És agora, pois, maldito por sobre a terra cuja boca
se abriu para receber de tuas mãos o sangue de teu irmão. Quando lavrares o
solo não te dará ele a sua força; serás fugitivo e errante pela Terra…O
assassínio de Abel por seu irmão Caim, representa os ímpios que teriam inveja
dos justos, odiando-os porque são melhores do que eles. Teriam inveja e
perseguiriam os justos e os arrastariam à morte, porque seu reto proceder lhes
condenava a conduta pecaminosa." História da Redenção, 54
“Através dessa história o Senhor ensinaria a todos que se
deve obedecer implicitamente à Sua Palavra. Caim e Abel representam duas classes; os ímpios e os justos, aqueles que seguem seu próprio caminho e aqueles que
conscienciosamente guardam os caminhos do Senhor para fazer justiça e juízo.”
Cristo Triunfante, 35
“Desde que foi pregado o primeiro sermão evangélico, quando
no Éden se declarou que a semente da mulher havia de esmagar a cabeça da
serpente, Cristo fora exaltado como o caminho, a verdade e a vida. Ele era o
caminho ao tempo em que Adão vivia, quando Abel apresentava a Deus o sangue do
cordeiro morto, representando o sangue do Redentor. Cristo foi o caminho pelo
qual se salvaram patriarcas e profetas. Ele é o único caminho pelo qual podemos
ter acesso a Deus.” O Desejado de Todas as Nações, 663
SEGUNDA-FEIRA (11 de janeiro) O DILÚVIO – Porque Deus teve que destruir o mundo com um
dilúvio universal de águas? Este é o texto para hoje: “E aconteceu que,
como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes
nasceram filhas, viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram
formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então disse o
Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele
também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos. Havia naqueles
dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às
filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na
antiguidade, os homens de fama. E viu o Senhor que a maldade do homem se
multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu
coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o
homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração. E disse o Senhor: Destruirei o
homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao
réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito. Noé,
porém, achou graça aos olhos do Senhor. Estas são as gerações de Noé. Noé era
homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus. E gerou Noé três
filhos: Sem, Cão e Jafé. A terra, porém, estava corrompida diante da face de
Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava
corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.
Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face;
porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.”
Gênesis 6:1-13
Para Deus, certamente, foi muito difícil ter que destruir o
mundo que tinha acabado de ser criado por Ele. O motivo principal porque a
maldade cresceu, e Deus teve que intervir com o dilúvio foi os casamentos mistos
entre os filhos de Deus, descendentes de Sete, e os filhos dos homens,
descendentes de Caim. Satanás, tem uma ferramenta perigosa usada durante
séculos. Ele nunca muda, e sua articulação ainda funciona como um passe de
mágica em nossos dias. Ele a usa para causar estragos entre o povo de Deus e
para tentar impedir o trabalho do Senhor. Que
ferramenta é essa? É o casamento misto! Geralmente perguntamos aos jovens
que estão prestes a se casar com incrédulos e as respostas são sempre as mesmas:
- “Eu o amo, e o amor é o que realmente importa”. - “Ele prometeu ir a igreja comigo e as
crianças”. - “Se eu romper com o relacionamento, ele não terá ninguém para
conduzi-lo a Cristo. Além disso, tenho certeza de que ele vai se tornar um
cristão”. - “Eu orei sobre isso e senti paz em meu coração de que esta é a
vontade de Deus”.
Essa nunca foi e nem é a vontade de Deus! Deus deixou bem
claro que os Seus filhos devem se casar com pessoas da mesma fé. No texto de
hoje, Gên. 6, Satanás usou casamentos ilícitos para corromper o ser humano,
levando ao julgamento do dilúvio. Em Gênesis 24:1-4, Abraão fez o seu servo
jurar pelo Senhor que ele não iria tomar uma esposa para Isaque, de entre os
cananeus. Duas gerações mais tarde, Esaú casou-se com duas esposas incrédulas.
Essas mulheres trouxeram tristeza para Isaque e Rebeca. Ver Gên. 26:34-35;
27:46 e 28:8. Mais tarde, em Gên. 34, Diná a filha de Jacó se envolveu com um
homem cananeu. Seu povo convidou os filhos de Jacó para se aparentarem e se
casarem com eles e viverem entre eles. Ver Gên. 34:9. Em seguida Judá se casou
com uma mulher cananéia e começou a viver como um cananeu. Ver Gên. 38.
Caso Israel tivesse continuado a se casar com os
estrangeiros, teria sabotado o plano de Deus de fazer uma grande nação dos
descendentes de Abraão, e para abençoar todas as nações através deles. Assim
Deus permitiu que José fosse vendido como escravo ao Egito, resultando em toda
a família de Jacó se mudando para lá, onde serviram como escravos por 400 anos.
Este tratamento drástico solidificou as pessoas como uma nação separada e os
impediu de casarem com os gentios e mais tarde, através de Moisés, Deus
advertiu ao povo a não se casarem com os povos da terra. Ver Êxo 34:12-16; Deut.
7:1-5.
E depois, Jesus e o apóstolo Paulo, foram claros neste ponto: “Não vos ponhais em jugo
desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça
e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre
Cristo e o maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há
entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus
vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus,
e eles serão o meu povo.” II Cor. 6:14-16. Porque
insistir?
Veja este texto inspirado: “Os pecados que
atraíram a vingança sobre o mundo antediluviano, existem hoje. O temor de Deus
baniu-se do coração dos homens, e Sua lei é tratada com indiferença e desprezo.
A grande mundanidade daquela geração é igualada pela da geração que hoje vive.
Disse Cristo: “Assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam,
casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o
perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda
do Filho do homem”. Mateus 24:38, 39. Deus não condenou os antediluvianos por
comerem e beberem; dera-lhes os frutos da terra em grande abundância para
suprirem suas necessidades físicas. Seu pecado consistia em tomar esses dons
sem gratidão para com o Doador, e aviltar-se condescendendo com o apetite sem
restrições. Era-lhes lícito casarem. O matrimônio estava dentro da ordem
determinada por Deus; foi uma das primeiras instituições que Ele estabeleceu.
Deu instruções especiais concernentes a esta ordenança, revestindo-a de
santidade e beleza; estas instruções, porém, foram esquecidas, e o casamento
foi pervertido, e feito com que servisse às paixões.” Patriarcas e profetas,
62.
TERÇA-FEIRA (12 de janeiro) ABRAÃO – Dentro do grande
conflito vemos que Abraão não foi perfeito. Abraão um dia foi tão covarde que
teve medo de dizer que Sara era sua mulher e afirmando que era sua irmã, quase
conduziu Faraó ao adultério. Os resultados teriam sido terríveis se Deus naquela
noite não interviesse milagrosamente. Aquela foi uma atitude covarde de Abraão,
mas Deus usou este patriarca para a realização da intenção do sacrifício de
Isaque, e o texto base está em Gênesis
22:1-19.
O que Deus pretendia ensinar à Abraão neste incrível desafio? A
vida de Abraão foi de constante demonstração de fé e confiança em Deus. Depois
de Deus haver dado o filho da promessa à Abraão, Ele solicitou a vida de Isaque
em sacrifício. Que prova! Deus, com o Seu pedido descabido, tinha um duplo
objetivo: provar a fé de Abraão e impressionar Abraão com a realidade do
evangelho. Até certo ponto Isaque foi um símbolo de Jesus. Com isso tudo Abraão
aprendeu que somente o sacrifício de Cristo era suficiente para salvar a
humanidade dos seus pecados.
Abraão tinha obedecido Deus muitas vezes em sua caminhada
com Ele, mas também tinha cometido alguns pecados e nenhum teste poderia ter
sido mais severo do que o de Gênesis 22. Deus
ordenou: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e
vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas,
que eu te direi.” Gênesis 22:2. Esse foi um pedido impressionante porque Isaque
era o seu filho da promessa.
Como Abraão
respondeu? Com obediência imediata; na manhã seguinte, Abraão começou a sua
jornada com dois servos, um jumento, seu amado filho Isaque e com a lenha para
o holocausto. Sua obediência inquestionável ao comando de Deus, aparentemente confuso, deu à Deus a glória que Ele merece e deixou-nos um exemplo de como
devemos O glorificar. Quando obedecemos da mesma forma que Abraão, confiando
que o plano de Deus é o melhor possível para nós, elevamos Seus atributos e O
louvamos por eles. A obediência de Abraão em face de um comando tão difícil
exaltou o amor soberano de Deus, Sua bondade, o fato de que Ele é digno de
confiança, e nos deixou um exemplo a seguir. Sua fé, no Deus que ele passou a
conhecer e amar, colocou Abraão na lista de heróis da fé em Hebreus 11.
A história do Velho Testamento sobre Abraão é a base do
ensino do Novo Testamento sobre a Expiação, a oferta do sacrifício do Senhor
Jesus na cruz pelo pecado da humanidade. Jesus
disse, muitos séculos depois: “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu
dia, e viu-o, e alegrou-se.” João 8:56. Esse é caminho a seguir, se desejarmos
ser salvos. Cada dia devemos confiar em Deus. Não há a necessidade de temermos
as circunstâncias, pois se víssemos o futuro como Deus vê, tomaríamos as mesmas
decisões que Ele toma. Mas como Abraão, devemos confiar, mesmo não conhecendo
muito bem o futuro, que está nas mãos de Deus.
Leia estes textos inspirados: “Este ato de fé da parte de Abraão é registrado para nosso
benefício. Ensina-nos a grande lição de confiança nas reivindicações de Deus,
por mais rigorosas e pungentes que sejam; e isto ensina aos filhos perfeita
submissão a seus pais e a Deus. Pela obediência de Abraão é-nos ensinado que
coisa alguma é demasiado preciosa para darmos a Deus.” Testemunhos para a
Igreja vol 3, pág 368
“Isaque era um símbolo do Filho de Deus, oferecido em
sacrifício pelos pecados do mundo. Deus queria gravar em [na mente de] Abraão o
evangelho da salvação para o ser humano. A fim de fazê-lo, e tornar essa
verdade real para ele, bem como provar-lhe a fé, pediu que matasse seu querido
Isaque. Toda a dor e angústia suportadas por Abraão através daquela sombria e
tremenda viagem tiveram o propósito de gravar-lhe profundamente no entendimento
o plano da redenção para o homem caído. Foi-lhe feito compreender, pela própria
experiência, quão inexprimível era a abnegação do infinito Deus em dar o
próprio Filho para morrer a fim de redimir o ser humano da total perdição.
Nenhuma tortura mental poderia ser para Abraão igual àquela que sofrera ao
obedecer à ordem divina de sacrificar seu filho. Deus entregou Seu Filho a uma
vida de humilhação, renúncia, pobreza, fadiga, injúria, e à angustiosa morte de
cruz. Ali não houve, porém, nenhum anjo a levar a feliz mensagem: “Basta; não é
preciso que morras, Meu bem-amado Filho.” Havia legiões de anjos em dolorosa
expectativa, na esperança de que, como no caso de Isaque, no derradeiro
momento, Deus impediria essa vergonhosa morte. Aos anjos, no entanto, não foi
permitido levar uma mensagem assim ao querido Filho de Deus. Prosseguiu a
humilhação no tribunal e no caminho do Calvário. Foi escarnecido,
ridicularizado e cuspiram nEle. Suportou as zombarias, os insultos e os
ultrajes dos que O aborreciam, até pender a cabeça sobre a cruz e expirar.”
Testemunhos para a Igreja vol 3, pág 369.
QUARTA-FEIRA (13 de janeiro) JACÓ E ESAÚ – O personagem
Jacó e seu filho José, marca o fim da era patriarcal com relação à origem da nação de Israel; especialmente Jacó é o último dos patriarcas. O texto de hoje menciona as bênçãos de Deus
prometidas a Abraão e confirmadas a Jacó que, a despeito de ter cometido
algumas falhas, arrependeu-se e se colocou inteiramente nas mãos de Deus. Jacó
teve que suportar 20 anos de enganos de seu sogro, Labão, para sentir as
promessas de Deus. Quando Jacó decidiu voltar para casa, primeiro Labão o
perseguiu, ver Gê, 31: 25 e 26, depois Esaú saiu ao seu encontro com
quatrocentos homens. E Deus interveio e libertou Jacó. Ver Gen. 31:24 e 32:24 a
30. Foi quando Jacó lutou com Deus e se converteu ao Senhor é que pôde receber
as bênçãos de Deus em Sua plenitude, mas, para isso ele teve que mancar/coxear para o
resto da vida. Ver Gên. 32. O maior pecado de Jacó foi enganar Isaque e Esaú,
roubando o direito de primogenitura que pertencia, por direito a Esaú.
Eis o texto de hoje: “E sonhou: e eis uma escada posta na terra,
cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela;
e eis que o Senhor estava em cima dela, e disse: Eu sou o Senhor Deus de Abraão
teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à
tua descendência; e a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á
ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência
serão benditas todas as famílias da terra; e eis que estou contigo, e te
guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não
te deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado.” Gênesis 28:12-15
Deus chamou Jacó para que a partir dele a nação de Israel
fosse formada. Sua escolha não foi por méritos próprios, mas, foi baseada na
graça de Deus. Por causa do seu carácter defeituoso, foi necessário trilhar uma
longa jornada até se tornar um homem transformado e apto para a sua missão. Da
da mesma forma, quando tentamos dar uma ajudinha para Deus, acabamos
complicando as coisas e acabamos por percorrer um caminho mais longo. Devemos
aprender a esperar o momento do Senhor em nossas vidas e saber confiar nele.
Deus abençoou Jacó mostrando-lhe que estava com ele em todo
tempo e, apesar de seus erros, Deus não o rejeitou, embora os erros o levassem
a sofrimentos e provações. Após ter a sua vida lapidada ao lutar com o anjo,
ele reconheceu que dependia totalmente de Deus e finalmente prevaleceu e estava
encerrado o processo de transformação da sua vida. Ao ser tocada a sua coxa,
sua força foi debilitada, então se agarrou àquele que era mais forte do que ele
que poderia abençoá-lo. Nós também, muitas vezes, somente reconhecemos que
somos impotentes quando cessa todos os nossos recursos e somos fragilizados! Deus
confirmou a promessa feita a Abraão e Isaque e através da descendência de Jacó,
a nação seria formada e tomaria posse da terra prometida.
Veja este texto
inspirado: “Jacó “lutou com o Anjo, e prevaleceu”. Oséias 12:4. Pela
humilhação, arrependimento e entrega de si mesmo, este pecaminoso e falível
mortal prevaleceu com a Majestade do Céu. Firmara suas mãos trêmulas nas
promessas de Deus, e o coração do Amor infinito não podia desviar o rogo do
pecador. O erro que determinara o pecado de Jacó ao obter pela fraude a
primogenitura, achava-se agora apresentado claramente diante dele. Não havia
confiado nas promessas de Deus, mas procurara pelos seus próprios esforços
efetuar aquilo que Deus teria cumprido no tempo e modo que Lhe aprouvessem.
Como prova de que fora perdoado, seu nome foi mudado de um nome que lembrava
seu pecado para outro que comemorava sua vitória. “Não se chamará mais o teu
nome Jacó” [suplantador], disse o Anjo, “mas Israel; pois como príncipe lutaste
com Deus e com os homens, e prevaleceste”. Gênesis 32:28. Jacó tinha recebido a
bênção que seu coração havia anelado. Seu pecado como suplantador e enganador
fora perdoado. Era passada a crise de sua vida. A dúvida, a perplexidade e o
remorso lhe tinham amargurado a existência, mas agora tudo estava transformado;
e doce era a paz de reconciliação com Deus. Jacó não mais receava encontrar seu
irmão. Deus, que lhe perdoara o pecado, poderia mover o coração de Esaú também
para aceitar sua humilhação e arrependimento.” Patriarcas e profetas, 136
QUINTA-FEIRA (14 de janeiro) JOSÉ E SEUS IRMÃOS – Todos
conhecem a história de José e seus irmãos. Os irmãos de José tinham ciúmes dele
por causa da preferência de Jacó para com José. E José foi vendido como escravo
pelos irmãos para mercadores que iam para o Egito.
Por que os irmãos de José fizeram isso? A preferência que Jacó
demonstrou por José em relação aos outros filhos e mais os sonhos que ele
contava, despertou neles sentimentos de ciúme, inveja e ódio, os quais
extravasaram em maus tratos. Finalmente, o venderam como escravo para se
livrarem dele.
Qual foi a reação de
José no Egito? Procurava não lembrar a maldade de seus irmãos, mas esquecia-se de
suas tristezas, procurando aliviar as tristezas de outros.;“José cumpria as suas
atividades com todo empenho e dedicação, mesmo as mais simples, a fim de sentir
alegria no resultado de seu trabalho." Patriarcas e Profetas, 216. A comunhão que José mantinha com Deus e o perdão já concedido a seus irmãos foram as bases para que ele rejeitasse a proposta da
mulher de Potifar, mesmo que ela oferecesse meios para que José se vingasse dos
irmãos. José foi condenado e preso como um criminoso. Ele perseverou com fé e
paciência. Seus anos de serviço fiel foram pagos da maneira mais cruel. Mas; “isso não o tornou preguiçoso ou desconfiado.” Patriarcas e Profetas, 218. José sabia
que a decepção causa desânimo e o constante pensar no mal consome as energias
que deveriam ser postas ao serviço do bem. Aparentemente, parecia que Deus
havia Se esquecido de José, mas, ele continuava confiante e esperançoso no
livramento de Deus.
O plano de Deus para livramento da fome para a família de
Jacó, do Egito e do mundo de então, implicaria em medo, vergonha e constrangimento para os
irmãos de José. De repente, José se voltou para os irmãos falando em hebraico,
porque até ali lhes falava por meio de intérprete. E disse: “Eu sou José; vive ainda meu pai?” Gên. 45:3 “Agora, chegai-vos
a mim.” Diz o restante do verso 3 que eles não puderam responder porque ficaram
atemorizados.
Deus não somente teve um plano de livramento da fome, mas também
um meio para poupar os filhos de Jacó da retribuição do mal cometido contra
José. O constrangimento foi inevitável e a vergonha de contar ao pai o que
fizeram a José, e que ele vivia como o governador do Egito. O medo, a
desconfiança e remorso foram os sentimentos que perseguiram os irmãos de José por toda a vida. Ver Gên. 50:15-18. Deus é poderoso para transformar em bem o mal
que os inimigos realizam contra nós. Ver Gên. 50:20. As lições que José
aprendeu com o sofrimento, a oportunidade de aprendizado no trabalho da casa de
Potifar e na prisão, o habilitaram para ser um bom governador do Egito.
Como os planos de Deus podem se cumprir também em minha vida? Em Gênesis
45:9 encontramos: “Apressai-vos, subi a meu pai.” Hoje, também precisamos ir ao
Pai, confessar nossos erros e, como fizeram os irmãos de José, mudar nossa
vida, a daqueles a quem amamos e das pessoas do mundo. Não podemos permitir que
a nossa mente siga o livre curso das maldades que os outros nos causaram.
Devemos vigiar em oração e suplicar o auxílio de Cristo para não termos inveja,
ciúme, ressentimento e desejo de vingança.
Veja estes textos:“O caráter de José não se modificou quando ele foi elevado a
uma posição de confiança. Foi conduzido aonde sua virtude brilharia de maneira
distinta, em boas obras. A bênção de Deus repousou sobre ele na casa e no
campo. Todas as responsabilidades da casa de Potifar foram colocadas sobre ele.
E em tudo isso José manifestou firme integridade; pois amava e temia a Deus. The
Youth’s Instructor, 11 de Março de 1897. Recebereis Poder, 256
“Por meio de sonhos, Deus Se comunicou com José em sua
juventude, dando-lhe uma indicação da elevada posição que ele seria convidado a
ocupar. Os irmãos de José, para impedir o cumprimento de seus sonhos,
venderam-no como escravo, mas o seu ato de crueldade resultou na execução
daquilo mesmo que os sonhos haviam predito. Aqueles que procuram frustrar o
propósito de Deus e opor-se a Sua vontade podem parecer prosperar durante algum
tempo; mas Deus está a postos para cumprir Seus próprios desígnios, e Ele
manifestará quem é o governante dos Céus e da Terra.” Recebereis Poder, 256
O que é que posso
fazer na minha própria vida para mitigar os efeitos do mal e conceder o perdão
a quem necessita?
SEXTA-FEIRA (15 de janeiro) - A lição desta semana mostra-nos
que no grande conflito entre o bem e o mal nem mesmo os irmãos de sangue são
poupados. Caim e Abel, Jacó e Esaú experimentaram na carne o que significa
brincar com o pecado. Imagine a dor de Adão e Eva ao terem que sepultar o seu
filho Abel! Imagine o sofrimento de Rebeca de se separar do seu filho Jacó por
ter participado na fraude da primogenitura!
Devemos vigiar e orar para que não caiamos em tentações. Veja este texto: “Devemos
familiarizar-nos agora com Deus, provando as Suas promessas. Os anjos registram
toda oração fervorosa e sincera. Devemos de preferência dispensar as
satisfações egoístas a negligenciar a comunhão com Deus…O “tempo de angústia
como nunca houve” está prestes a manifestar-se sobre nós; e necessitaremos de
uma experiência que agora não possuímos, e que muitos são demasiado indolentes
para obter.” O Grande Conflito, 622
Os crentes em Jesus Cristo têm a certeza da presença
permanente de Deus para os guiar e abençoar num mundo cheio de maldade humana e
de relacionamentos quebrados. No meio de tudo isso, Deus levará a bom termo os
seus propósitos de salvação para todos os que confiam nele. Assim como Deus
poupou o jardim do Éden para não ser destruído com o dilúvio, ele poupa os Seus
filhos fiéis para a vida eterna.
Veja este texto: "O
Jardim do Éden permaneceu na terra por muito tempo depois que o homem fora
expulso de seus agradáveis caminhos". Mas, "quando a onda de
iniquidade se propagou pelo mundo, e a impiedade dos homens determinou a sua
destruição por meio de um dilúvio de água, a mão que plantara o Éden o retirou
da terra. Mas, na restauração final de todas as coisas, quando houver novo céu
e nova terra, será restabelecido , mais gloriosamente adornado do que no
princípio. Então, através de infindáveis séculos, os habitantes dos mundos que
não pecaram, contemplarão no jardim de delícias um modelo da obra perfeita da
criação de Deus, sem qualquer sinal da maldição do pecado, modelo do que teria
sido a terra inteira se tão-somente houvesse o homem cumprido o plano glorioso
do Criador." Patriarcas e Profetas, 62.
O dilúvio de Noé foi
global? Quando se examina as passagens bíblicas, fica claro que o dilúvio
foi global. Em Gênesis 7:11 afirma que “se romperam todas as fontes do grande
abismo, e as janelas dos céus se abriram”. É aparente, a partir de Gênesis
1:6-7 e 2:6 que o ambiente pré-dilúvio era muito diferente do que o que temos
hoje. Baseados nesta e em outras descrições bíblicas, assim como em registros
fósseis e achados geológicos atuais aceitamos um dilúvio real e global.
O que é que posso
fazer para ajudar outros a reconciliarem com Deus? “Muitos há que não têm
mais esperança. Dêem-lhes novamente a luz do Sol. Muitos perderam o ânimo. Digam-lhes
palavras de conforto. Orem por eles. Há os que carecem do pão da vida. Leiam
para eles a Palavra de Deus. Muitos padecem de uma enfermidade da alma que
bálsamo nenhum pode restaurar, médico algum curar. Orem por essas pessoas,
encaminhem-nas a Jesus. Contem-lhes que há um bálsamo e um Médico em Gileade. A
mensagem de esperança e misericórdia tem que ser levada aos confins da Terra.
[...] Não mais devem os pagãos estar envoltos em trevas da meia-noite. A
escuridão deve desaparecer diante dos brilhantes raios do Sol da Justiça. O
poder do inferno foi vencido.” Jesus, Meu Modelo, 253
Luís Carlos Fonseca
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