COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 5 (3º trimestre de 2016) JESUS E O
TRABALHO NA COMUNIDADE
VERSO ÁUREO: “E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando
nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as
enfermidades e moléstias entre o povo.” Mateus 4:23
INTRODUÇÃO (sábado 23 de julho) – O Cristianismo só ficou
conhecido mundialmente por sua vertente social.
Caso Jesus não Se misturasse
com o povo, levando auxílio às pessoas, estas não seriam atraídas apenas por Suas
doutrinas.
Hoje as igrejas cristãs e não cristãs que não prestam serviço
comunitário tem sérias dificuldades no nível interno e externo e deixam de
crescer.
A igreja de Deus é chamada para fazer buracos na escuridão.
O grande autor Robert Louis Stevenson, foi uma criança frágil. Pelo fato de ser
muito doente ele tinha muitas horas para pensar e filosofar. Quando ainda era criança, em uma noite sentado na janela de casa, reparou o caminho do homem que acendia as lamparinas
da rua. Viu como ele ligava o gás, abria o vidro da lamparina e com a chama na
ponta de uma vara acendia a luz de rua. Virando-se para a senhora que
cuidava dele, ele disse: “Olhe um homem está descendo a rua fazendo
buracos na escuridão!”
Jesus disse: “Se,
portanto, todo o teu corpo for luminoso, sem ter qualquer parte em trevas, será
todo resplandecente como a candeia quando te ilumina em plena luz.” Lucas
11:36.Com certeza, é assim que as pessoas com quem você trabalha recebem seus
gestos de responsabilidade, confiança e gentileza. É assim que pessoas que você
nunca viu apreciam seu gesto de cuidado. É assim que a fé age, neste mundo
cheio de espaços escuros. Esta é a luz do menino de Belém, Jesus Cristo, que
perfura as trevas de uma humanidade cega por seus próprios conceitos e preconceito e
embriagada de suas próprias definições sobre a vida e a fé. A igreja de Cristo é
chamada para diminuir o espaço do escuro, aumentando a esperança na Luz do
mundo.
Hoje os tempos são diferentes e não temos mais lâmpadas de
gás em nossas ruas, mas a necessidade de pessoas que estejam dispostas a fazer
buracos na noite ainda persiste. O mundo de violência, mentiras, enganos e
incertezas está envolto em trevas. A noite espiritual tem impedido a bênção de
muitos. Por isso Deus continua convocando os Seus filhos, Seus escolhidos, Seus
amados, Seus discípulos, para sair e fazer buraco nas trevas desse mundo. Cada
vida alcançada pelo Evangelho de Jesus será um buraco iluminado no meio das
trevas. Quanto mais buracos fizermos, menos escuridão haverá. Quando todas as
luzes do Senhor Jesus estiverem acesas, a noite estará tão cheia de buracos que
nem será mais notada.
As conferências de evangelismo são importantes, mas é o
trabalho de casa em casa, nos lares do povo que resulta em ganhar a sua
simpatia. Em cidades grandes há certas classes que não podem ser alcançadas pelas
reuniões públicas. Essas têm de ser procuradas como o pastor procura a ovelha
perdida. Tem que ser feito, em seu favor, diligente esforço pessoal.
Necessitam-se atos de simpatia, assim como palavras. Jesus fazia preceder a
pregação de Sua mensagem por atos de amor e beneficência.
Veja estes textos:
“Nosso Salvador ia de casa em casa, curando os enfermos, confortando os
tristes, consolando os aflitos, e dirigindo palavras de paz aos abatidos. Ele
tomava as criancinhas nos braços, e as abençoava e dirigia palavras de
esperança e conforto às mães cansadas. Com infatigável ternura e suavidade Se
aproximava de todas as formas de infortúnio e aflição humanos. Não em Seu
próprio proveito, mas no dos outros, Ele trabalhava. Era o servo de todos. Sua
comida e bebida era levar esperança e forças a todos com quem chegava em
contato.” Obreiros Evangélicos, 188.
“Os esforços do apóstolo não estavam restringidos à pregação
pública; muitos havia que não poderiam ser alcançados desta maneira. Ele
despendeu muito tempo no trabalho de casa em casa, prevalecendo-se assim das
relações familiares do círculo doméstico. Visitava os enfermos e tristes,
confortava os aflitos, animava os oprimidos. Em tudo o que dizia e fazia
engrandecia o nome de Jesus. Trabalhava assim "em fraqueza, e em temor, e
em grande tremor". I Cor. 2:3. Ele tremia ao pensamento de que seus
ensinos pudessem revelar mais o humano que o divino." Atos dos Apóstolos, 250.
DOMINGO (24 de julho) A DECLARAÇÃO DE MISSÃO DE JESUS – Qual foi a declaração de missão de Cristo? Foi
esta: “E, chegando a Nazaré, onde
fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e
levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu
o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim,
Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados
de coração, a pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A
pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.” Lucas
4:16-19
Eis a missão de Jesus:
“Deus me ungiu para evangelizar os
pobres”. O que Jesus queria dizer com isto? Ele referia-Se em primeiro lugar, à pobreza espiritual.
Jesus veio para dar as boas novas aos pobres de espírito, aos que sentem sua
fragilidade e pobreza espiritual e aos que reconhecem que de si mesmos nada
tem, e querem receber de Cristo a riqueza, a salvação pela graça de Cristo e
não por méritos humanos. Mas Jesus referia também aos pobres de recursos
financeiro que, geralmente aceitam a mensagem de salvação com mais facilidade que os ricos.
“Enviou-me para curar
os quebrantados de coração”. Qual coração? O coração é considerado por
todos como o centro das nossas emoções e decisões. Tudo parte do nosso coração.
Nosso amor, mágoas, tristezas e alegrias. Satanás é que quebra o coração de
muitas pessoas. Ele tomou conta do coração da raça humana, e Jesus Cristo veio a
este mundo para curar os corações quebrantados pelos pecados cometidos. Esta
missão de Cristo só pode ser feita, se nós permitirmos. Jesus disse: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha
voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo ”
Apocalipse 3:20.
“Enviou-me para
pregar a liberdade aos cativos”. O homem antes do pecado era livre. Adão
era o representante legal deste mundo. Tudo foi feito para ele e tudo lhe
pertencia. Certo dia, por sua livre e espontânea escolha, Adão se tornou
escravo. Escravo de Satanás. Satanás hoje é considerado o príncipe deste mundo
e ele escraviza os homens, porque este é o seu principal trabalho. Ele
escraviza os homens na dissipação da saúde, nos vícios, nos prazeres vis. Mas
Jesus Cristo libertou pessoas que eram escravas de Satanás desta maneira.
Quando aceitamos Cristo, ele liberta-nos das cadeias do inimigo. Assim como
através de um só homem, Adão, passamos a ser escravos, através de um só homem,
Cristo, nos tornamos livres. Amém?
“Para dar vista aos
cegos”. Que tipo de cegueira estava Jesus referindo-Se? Creio que a dois
tipos: A cegueira física. Cristo veio para curar os cegos e pessoas com várias
moléstias. Ele curou muitos cegos, dentre os quais dois: Um cego de nascença. Ver
João 9:1-12. Em Jericó Cristo curou o cego Bartimeu. Ver Marcos 10:46-52. O
cego clamava: “Jesus, filho de Davi. Tem compaixão de mim”. E Jesus o curou de
sua cegueira física. Mas também a sua cegeira espiritual. Na época de Cristo havia muitas pessoas cegas,
no sentido espiritual, que não enxergaram a missão de Cristo em salvar dos seus
pecados. Destacamos a nação judaica que rejeitou Jesus como Messias.
Cristo veio a este mundo com a missão sublime de salvar o
homem. E se estivermos envolvidos em levantar a bandeira do príncipe Emanuel, as
pessoas serão levados à Cristo através da nossa missão. A missão de Cristo foi;
evangelizar os pobres, curar os quebrantados de coração, apregoar liberdade aos
cativos, dar vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos e pregoar o ano
aceitável do Senhor. Jesus cumpriu a Sua missão e somos convidados a aceitar a
missão de Cristo em nossa vida.
“Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no
aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que
lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às
necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-Me.” A
Ciência do Bom Viver, 143
SEGUNDA-FEIRA (25 de julho) AMAR O NOSSO PRÓXIMO – Apenas
Lucas relata a parábola do bom samaritano. Esta parábola revela o tipo de amor
que devemos desenvolver no nível horizontal, em relação ao nosso próximo. A lição
de hoje mostra o perigo de desenvolvermos apenas uma religião no nível
intelectual.
Eis a parábola:
“E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre,
que farei para herdar a vida eterna? E ele lhe disse: Que está escrito na lei?
Como lês? E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu
entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. E disse-lhe: Respondeste bem;
faze isso, e viverás. Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a
Jesus: E quem é o meu próximo? E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de
Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram,
e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E, ocasionalmente descia
pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E de igual
modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo. Mas
um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de
íntima compaixão; e, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite
e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou
dele; E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e
disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando
voltar. Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu
nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele.
Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.” Lucas 10:25-37.
Essa parábola originou-se da pergunta de um intérprete da
lei, um advogado ou jurista e também religioso, que buscava experimentar Jesus:
“Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?”
Luc. 10:29. Buscando responder a essa pergunta, Jesus contou uma história: O
cenário dessa parábola é o caminho entre Jerusalém e Jericó. Um homem, viajando
por esse caminho, veio a ser interceptado por bandidos que, depois de o
roubarem, ainda o deixaram gravemente ferido. Três personagens são inseridos
por Jesus na história: Um sacerdote, um levita e um samaritano. O sacerdote e o
levita eram religiosos. Esperava-se deles que fossem praticantes da palavra de
Deus, pois a conheciam. Eles sabiam o que tinham de fazer. Já o samaritano era
considerado pelos judeus uma pessoa de segunda qualidade, indigna, pois eram
inimigos. O detalhe da história é que o sacerdote e o levita nem ligaram para o
homem que havia acabado de ser assaltado e agredido, mas o samaritano fez de
tudo para salvar esse homem.
O advogado ou intérprete da lei tinha bem definida a missão
de ajudar o próximo, mas não esperava ouvir de Jesus uma resposta tão dura e
difícil de ser praticada. Os judeus não se davam com os samaritanos. Com esta
parábola Jesus mostrou duas verdades: Os judeus não podiam ter preconceitos em
relação as raças, religiões e nacionalidades e a religião deles tinha caído em
um mero formalismo. O ferido foi atendido não pelos que se diziam religiosos;
levita e sacerdote, mas sim por um rejeitado samaritano. Percebeu?
No centro da parábola do bom samaritano há uma afirmação
sobre o comportamento altruísta e egoísta. O samaritano foi altruísta e colocou
a sua própria segurança em risco para ajudar um estranho. O levita e o sacerdote,
que eram os religiosos de plantão, estavam totalmente motivados pelo interesse
próprio e não queriam arriscar a sua própria segurança. Jesus quis ensinar que
o Seu verdadeiro seguidor não olha a religião, raça, posição social ou conforto
pessoal para ajudar o próximo. Ele arregaça as mangas e sai ao encontro dos que
dele necessitam!
Quem é o meu próximo
e como posso ajudá-lo? Jesus definiu muito bem a quem ajudar. Veja este
texto: “Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com
fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos
estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo,
ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos
digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o
fizestes.” Mateus 25:37-40.
Como ajudar? Veja
estes textos: “Cada ato de amor, toda palavra de bondade, toda oração em favor
dos sofredores e oprimidos, é relatada perante o trono eterno, e anotada no
imperecível registro do Céu.” Serviço Cristão, 222.
“Onde quer que haja um impulso de amor e simpatia, onde quer
que o coração se comova para abençoar e amparar os outros, é revelada a
operação do Santo Espírito de Deus….Permite que tenhamos contato com o sofrimento
e calamidade para nos tirar de nosso egoísmo; procura desenvolver em nós os
atributos de Seu carácter; compaixão, ternura e amor. Aceitando esta obra de
beneficência entramos em Sua escola para sermos qualificados para as cortes de
Deus. Cooperando com os seres celestes em sua obra na Terra, preparamo-nos para
a Sua companhia no Céu. “Espíritos ministradores, enviados para servir a favor
daqueles que hão-de herdar a salvação” (Hebreus 1:14), os anjos no Céu darão as
boas-vindas àquele que na Terra viveu não “para ser servido, mas para servir”.
Mateus 20:28. Nesta abençoada companhia aprenderemos, para nossa alegria
eterna, tudo que está encerrado na pergunta: “Quem é o meu próximo?” Lucas
10:29. Parábolas de Jesus, 385, 388, 389.
TERÇA-FEIRA (26 de julho) A RECEITA COMPLETA – Este é o texto para hoje: “Vós sois o
sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há-de salgar? Para nada mais
presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” Mateus 5:13.
De acordo com as palavras de Jesus no texto encontramos dois
elementos bem destacados que merecem a nossa consideração: o sal e a terra.
Percebe que ainda no mesmo capítulo, considerando os versos 3 ao 12, há uma
descrição das qualidades de caráter que os fiéis seguidores de Jesus Cristo
devem possuir neste mundo: “Mansidão, sede de justiça, misericórdia, pureza de
coração, pacificação, etc...” Somente aqueles que têm estas qualidades de
caráter, estão habilitados a ser o sal da terra. Portanto, ao proferir as
bem-aventuranças Jesus deixou bem claro aquilo que os cristãos deveriam ser, e
no verso 13 quando Jesus refere-se aos cristãos como o sal da terra, Jesus está
querendo demonstrar o propósito ou a função que o cristão deve exercer no
mundo.
O valor do sal -
Durante a época de Cristo o sal tinha algum valor, inclusive do ponto de vista comercial. O termo salário, ou “salarium” em latim, é derivado da palavra sal
que era equivalente a dinheiro. Os romanos, muitas vezes, pagavam os salários dos
seus soldados com sal, que podia ser trocado por mercadorias ou mesmo por
dinheiro. Apenas a título de curiosidade; a palavra sal deu origem também a
outras palavras do nosso dicionário, como por exemplo: o verbo salpicar, jogar
sal nos alimentos; salada, mistura de verdura com um pouco de sal. O sal no
oriente médio era, e ainda é usado até hoje como um símbolo de amizade. Os
beduínos que vivem em tendas no deserto, e também os árabes, estabelecem um
pacto de amizade com outros, ao partilharem junto um prato salgado. É comum a
seguinte expressão entre eles: “Ele comeu sal em minha mesa” ou “há sal entre
nós”. Deus mesmo estabeleceu uma aliança com o seu povo no deserto fazendo com
eles um “pacto de sal”. Números 18:19.
Qual é a função do
sal? Jesus escolheu a palavra sal para descrever a maneira como os cristãos
devem exercer a sua influência no mundo. Portanto a função do sal é conservar.
Assim também os crentes tem a incumbência de conservar o mundo ativo até a
volta de Cristo. O sal possui muitas características interessantes: a primeira
delas é que somente tem valor se estiver fora do saleiro. Veja estes textos: “O sal deve ser misturado com a substância em que
é posto; é preciso que penetre a fim de conservar. Assim é com o contato
pessoal e a convivência que os homens são alcançados pelo poder salvador do
evangelho... A influência pessoal é um poder. Cumpre-nos achegar-nos àqueles a
quem desejamos beneficiar”. Maior Discurso de Cristo, 36
“Por meio de José, foi conservada a vida de todo aquele
povo. Por meio de Daniel, Deus salvou a vida de todos os sábios de Babilônia. E
esses livramentos foram como lições práticas; ilustraram ao povo as bênçãos
espirituais a eles proporcionadas mediante a ligação com o Deus a quem José e
Daniel adoravam. Assim, por intermédio de Seu povo hoje, Deus deseja trazer
bênçãos ao mundo.” Conselhos sobre Saúde, 209
O sal também é útil para dar sabor aos alimentos. As pessoas
vivem desesperadas à procura de algo que Ihes dê sabor à vida.
Quando chegamos na igreja, percebemos alegria em muitos corações, mas
preocupação em outros corações. São pessoas buscando alguma coisa que tenha sentido para
a vida. Alguns buscam em formas erradas de culto, outros nos prazeres que o
mundo oferece, outros ainda nas drogas, no dinheiro, etc... Porém, nenhuma
dessas coisas realmente satisfaz. Somente Jesus pode oferecer verdadeiro sabor
para a vida.
O sal também serve para derreter o gelo. Nos lugares onde
cai neve o sal é utilizado algumas vezes para derreter o gelo que se acumula
pelo caminho. Quando o sal entra em contato com o gelo é como se esse gerasse
calor, com o qual o gelo se derrete. Todo cristão deveria transmitir calor
espiritual àqueles com os quais entram em contato.
O sal também tem efeitos curativos. A Igreja deveria ser um
refúgio onde as pessoas golpeadas, feridas e magoadas por toda sorte de
problemas, pudessem encontrar cura e restauração em Cristo e também aos membros
da igreja. A igreja deveria ser como aquele hospital que colocou uma placa
dizendo: “Aqui é o lugar onde a dor termina”. Há muitas pessoas, mesmo dentro
da igreja, que esperam por alguém de carne e osso, como eu e você, que lhes
estenda a mão, que esteja ao seu lado e lhes dedique amor e simpatia. A maior
carência das pessoas hoje, é de ordem afetiva e emocional. Victor Hugo estava
correto quando disse que “O homem vive mais por palavras de ânimo do que por um
pedaço de pão.”
Como "sal da terra" devemos através de nossas palavras e
ações, levar alívio e bem estar àqueles que se encontram perto de nós. O Dr.
Martyn Lloyd Jones, faz uma comparação entre este mundo e a carne que tem na
superfície e na própria substância, germes que se não houver um elemento de
conservação, apodrece rapidamente. Aquilo que o sal chega a ser para os
alimentos, destruindo o que é ruim e conservando o que é bom, o cristão deveria
ser, exercendo sua influência no mundo.
Veja este texto: “A
verdadeira religião”, diz a serva do Senhor, “é a luz do mundo e o sal da
terra”. O Sal opera quieta e imperceptivelmente. Sua influência é mais sentida
do que vista. Assim é também com o cristão. Ao exercer a sua influência no
mundo não deve chamar a atenção para si. O cristão pode não reconhecer que está
fazendo um bem especial, mas por sua influência inconsciente pode pôr em
movimento ondas de bênçãos que hão de ampliar-se e aprofundar-se, e talvez não
venha saber dos benditos resultados senão no dia da recompensa final.”
Meditação Matinal, 1968, 239.
Para se obter o sal é preciso a união de duas substâncias: o
cloro e o sódio. Quando essas duas substâncias se unem, dão origem ao cloreto
de sódio, que é o sal. Seremos o sal da terra se estivermos unidos a Cristo. E
se assim for a nossa experiência, poderemos dizer como o apóstolo Paulo: “Tudo
posso Naquele que me fortalece!”Fil. 4:13. Amém?
QUARTA-FEIRA (27 de julho) COMO SER UM AGRICULTOR – Eu
cresci trabalhando na agricultura e aprendi algumas coisas. Jesus usou muito os
recursos da natureza para exemplificar o reino dos Céus. A lição de hoje
ensina-nos alguns princípios de como podemos cultivar o coração das pessoas
para apresentar a Palavra de Deus.
Este é o texto para hoje: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses
até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as
terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que ceifa recebe galardão, e
ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa,
ambos se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia,
e outro o que ceifa. Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros
trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.” João 4:35-38.
Para o agricultor colher os seus frutos, ele ou alguém
deverá ter cultivado o solo, semeado e cuidado da terra, e também as chuvas devem ter
caído no tempo certo. No texto de hoje Jesus mostrou que uns podem ter semeado
para outros colherem a semente do evangelho no coração das pessoas. Na verdade quando uma pessoa solicita estudos bíblicos para ser batizada é porque já recebeu instruções do Espírito Santo e de pessoas que convenceram-na ao batismo.
O apóstolo Paulo ilustrou muito bem este ponto quando disse:
“Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fazia crescer; de modo que nem o que
planta nem o que rega são alguma coisa, mas unicamente Deus, que efetua o
crescimento. O que planta e o que rega têm um só propósito, e cada um será
recompensado de acordo com o seu próprio trabalho. Pois nós somos cooperadores
de Deus; vocês são lavoura de Deus e edifício de Deus.” I Coríntios 3:6-9
A maioria dos ouvintes de Cristo trabalhava na agricultura,
por isso Ele utilizou-Se de muitas ilustrações relacionadas com este tema.
Jesus contou a parábola da semente relatada em Mateus 13 e Ele mesmo deu a explicação:
Semeando na beira do
caminho: A Palavra semeada à beira do caminho, conta sobre alguém que ao
mesmo tempo que estava semeando, vieram aves e comeram a semente. Estamos
aqui claramente num nível de batalha
espiritual. A parábola do semeador mostra os níveis do coração do cristão. Nesse
nível, o nosso coração, a terra onde é plantada a semente, é rasa, não tendo
profundidade e facilmente os ouvintes desviam a atenção. Neste nível a pessoa
nem chega a ser batizada.
Semeando em meio as
pedras: No terreno cheio de pedras, aprendemos que aquele que recebe a
semente que cai entre pedregais, ouve a Palavra, se alegra, mas não tem profundidade
e chegada a provação deixa-se levar, abandonando a fé. De novo vemos aqui
alguém com o coração raso para as coisas de Deus. Esse não tem profundidade de
comunhão com Deus. E não deseja abandonar os pecados.
Semeando em terreno
cheio de espinhos: A semente jogada em terreno espinhoso, na explicação de
Jesus, é aquele que ouve a Palavra, mas os cuidados do mundo e a sedução das
riquezas sufocam a Palavra fazendo-a infrutífera. Temos aqui um crente carnal.
O mundo ainda exerce sobre ele fascínio. Seu coração, ainda não é bom. Este
coração está em um nível acima em relação ao que foi lançado em pedras, mas por
amar as coisas deste mundo, despreza Deus.
Semeando em boa terra:
A semente que cai, no que é descrito como boa terra, é o que ouve, compreende e
dá fruto; cem, sessenta ou trinta frutos. Os três tipos de coração anteriores
podem ser fases, ou não. Seria bom se todos nós pertencêssemos a boa terra, sem
fases. Seria muito bom se ouvíssemos de início, compreendêssemos e déssemos
fruto imediatamente. Mas sabemos que o relógio biológico cristão de cada um é
diferente. Existem pessoas que já compreendem tudo de início e já saem fazendo,
mas a maioria precisa ser educada até que aprenda. Graças a Deus por Sua
paciência e misericórdia!
Como seguidores de Cristo devemos estar ensinando a Palavra
às pessoas para obtermos uma colheita farta de pessoas para o reino de Deus. A
Palavra de Deus é a semente que produz fruto para o Seu reino no coração
sincero. Cada conversão é o resultado da atuação do evangelho, através do
Espírito Santo, dentro de um coração sincero e humilde. Somos apenas lavoura e agricultores de Cristo!
Veja este texto
inspirado: “Pela parábola do semeador, ilustra Cristo as coisas do reino
dos Céus e a obra do grande Lavrador para o Seu povo. Como um semeador no
campo, assim veio Ele também para espalhar a semente celestial da verdade. E
Seu ensino por parábolas era a semente, com a qual as mais preciosas verdades
de Sua graça foram disseminadas. Por sua simplicidade, a parábola do semeador
não tem sido apreciada como devia. Da semente natural que é lançada na terra,
Cristo deseja dirigir-nos o espírito para a semente do evangelho, cuja
semeadura resulta em reconduzir o homem à lealdade para com Deus. Ele, que deu
a parábola da pequena semente, é o Soberano do Céu, e as mesmas leis que regem
o semear da semente terrena, regem o semear das sementes da verdade.” Parábolas
de Jesus, 7
Como podemos ser
agentes usados pelo Espírito Santo para semear a semente do evangelho e
cultivar o coração das pessoas?
QUINTA-FEIRA (28 de julho) IMPLANTAÇÃO DE IGREJAS – Este é o texto para hoje: “Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; e, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos, nem alforges para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordões; porque digno é o operário do seu alimento.” Mateus 10:5-10.
Implantar
igrejas é o estilo de vida da igreja Cristã. Assim foi no início, após o
Pentecostes e assim é hoje. Deus está levantando Sua igreja em um tempo solene
da história. O sonho de ver nascer uma nova igreja começa mesmo, é no coração
de Deus, assim devemos sintonizar o nosso coração com o dele ao multiplicar o
reino de Deus.
Por que Jesus pediu
que os discípulos primeiramente pregassem para os judeus? Em um estudo
Adventista: "Plant a Church, Reap a Harvest", realizado por Roger L. Duddley e
Clarence B. Gruesbeck, em 219 novas igrejas estabelecidas, 129 igrejas foram
estabelecidas em uma área onde mais de 50% dos seus membros viviam.
Supostamente seria mais fácil converter um judeu ao Cristianismo do que um
gentio.
Deus sempre quis conviver com os Seus filhos. Após o pecado
Deus providenciou os sacrifícios de animais para apontar à Cristo e para Ele
continuar em amizade com Seu povo. Os altares de Abraão tornaram-se memoriais
espalhados por toda a terra, como testemunhas constantes para os Cananeus do
verdadeiro Deus a quem Abraão servia. Com Moisés, Deus criou o tabernáculo e
depois o templo e sinagogas. Onde havia pessoas interessadas no Deus Criador,
Ele abençoava e Seus filhos, que erigiam igrejas.
Os Evangelhos revelam a história de um fervor evangelístico
compulsivo que se originou no coração do Filho de Deus. W. O. Carver escreveu:
“A origem das missões deve ser encontrada primariamente no coração de Deus.” W.
O. Carver, Missions in the Plan of Ages (New York: Fleming H. Revell, 1909), 12.
O crescimento cristão em Atos começou no cenáculo com 120
seguidores de Cristo e encerrou seu relatório com milhares de
judeus e gentios que creram e foram batizados. Ver Atos 1:15; 21:20. Três mil foram batizados em um dia, e
muitos eram acrescentados diariamente. Ver Atos 2:41, 47. Em Atos 6:7, Lucas descreveu o crescimento da igreja em termos de multiplicação de congregações, não meramente
adição de novos membros.
Como o Cristianismo é
uma religião de relacionamentos, os novos cristãos devem ser unidos em relacionamento dinâmico. Os novos cristãos requerem a organização de novas congregações.
Organizar novas congregações é essencial para a expansão do evangelho e do
reino de Deus. Alguém disse que o que um pode fazer bem, dois ou mais podem
fazer melhor juntos. Em Atos, Paulo claramente igualou a conversão das pessoas
com a organização de Igrejas. Seu objetivo era o estabelecimento de igrejas em
cada grande cidade da Ásia Menor.
Ellen G. White menciona alguns motivos para se fundar
congregações: Em primeiro lugar traz renovação espiritual para os membros em
grandes igrejas e, por sua vez, renovação para as igrejas. Veja este texto: “Muitos dos membros de nossas igrejas não estão fazendo nada
comparativamente. Eles poderiam realizar um bom trabalho se, em vez de se
aglomerarem; poderiam reunir-se em lugares que não forma ainda penetrados pela
verdade. ...Muitos membros estão morrendo espiritualmente justamente por falta
deste trabalho. Estão-se tornando ineficientes e enfermiços.” Testimonies for the Church, Vol 8, 244.
Depois, a serva do Deus menciona que deve haver um esforço concentrado
para salvar cada alma possível para Cristo e as igrejas devem ser organizadas e
planos ser realizados para que o trabalho seja feito pelos membros da igrejas
recém-fundadas. Veja este texto: “Em todos os lugares deve brilhar a luz da
verdade, para que os corações que agora jazem em letargia pela ignorância
possam ser despertados e convertidos. ...Em todos os países e cidades deve o
evangelho ser proclamado...” Evangelismo, 19.
A criação de novas igreja leva à um espírito missionário
entre os membros e erradicará o egoísmo. Eis
o texto: “As sementes da verdade devem ser semeadas em centros não
cultivados. ...Cultivará um espírito missionário para trabalhar em novas
localidades. O egoísmo quanto a manterem-se grandes aglomerações não é o plano
de Deus. Penetrai em todo novo lugar possível e começai a obra de educar em
vizinhanças que nunca ouviram a verdade.” Evangelismo, 47.
Portanto, se na sua cidade ou vila tem duas ou três famílias de crentes, ore e pense em organizar uma congregação e para isso peça a ajuda da liderança da igreja mãe.
SEXTA-FEIRA (29 de julho) COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 5 (3º
trimestre de 2016) JESUS E O TRABALHO NA COMUNIDADE - O amor não substitui a
obediência à lei de Deus. Hoje é comum dizer: “Devemos amar a Deus e o próximo
como a nós mesmos”. Sim, está muito bem, essas são palavras de Jesus. Mas
devemos cuidar com dois pontos: primeiro; não apenas recitarmos esta declaração
bíblica sem estender a mão ao necessitado, e termos o cuidado de praticar os 10
mandamentos. Os dez mandamentos foram distribuídos em duas tábuas. Os quatro
primeiros, contidos na primeira tábua, dizem respeito às exigências
relacionadas com Deus, e os outros seis, às exigências relacionadas com o nosso próximo.
Jesus é o mestre por excelência porque ensinou as verdades
eternas. Ele era, é e sempre será a própria verdade. Jesus é o Mestre por
excelência porque foi o exemplo vivo dos Seus ensinamentos. Jesus amou Seus
discípulos, os lapidou, os preparou para a vida, os valorizou e fez deles uma
bênção para o mundo: Pedro, de pedra bruta tornou-se em uma pedra lapidada e
João, de filho do trovão foi transformado em um doce de homem! Assim também
Jesus o mestre Salvador pode transformar todas as pessoas que arrependidas dirigem-se à Ele.
A tarefa que Cristo delegou aos Seus seguidores foi:“ide e
fazei discípulos de todas as nações” Mateus 28:19. Até o presente, a missão
primária da igreja é proclamar a mensagem do evangelho de maneira que
as pessoas aceitem e sejam assimiladas na congregação local, unido-se ao
corpo ao cumprir a missão. Assim o crescimento numérico bem como o espiritual
da igreja sempre foi uma chave para seu sucesso.
“Igrejas devem ser organizadas e planos devem ser feitos
para que o trabalho seja realizado pelos membros das igrejas recém-organizadas.
Este trabalho missionário deve manter o alcance e anexação de novos
territórios, aumentando as porções da vinha. O círculo deve-se estender até que
envolva o mundo. De vila a vila, de cidade a cidade, de país a país, a mensagem
de advertência deve ser proclamada, não com aparência exterior, mas pelo poder
do Espírito, por homens de fé...Esforços devem ser feitos para abrir novos
campos no Norte, Sul, Leste e Oeste.” Evangelismo 19 e 20
Luís Carlos Fonseca
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