quinta-feira, 14 de julho de 2016

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 (3º trimestre 2016) JESUS DESEJAVA O BEM DAS PESSOAS

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 (3º trimestre 2016) JESUS DESEJAVA O BEM DAS PESSOAS

VERSO ÁUREO: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!” Mateus 23:37

INTRODUÇÃO (sábado 6 de agosto) – A lição desta semana vai falar sobre o evangelho da amizade. O autor da lição menciona que, em certa cidade a liderança política construiu uma pista de skate numa tentativa de tirar os juvenis e adolescentes dos crimes de rua. O curioso é que a liderança da prefeitura lançou o convite para várias igrejas cristãs se estabelecerem nas instalações onde havia a pista de skate. Somente a igreja Adventista do 7º Dia aceitou o desafio, e com isso tem procurado desenvolver um trabalho junto a estes meninos. Esta deve ser a definição de igreja: “Uma comunidade que não existe para si mesma, mas que esteja inserida junto a comunidade procurando atender as suas necessidades.” Amém?   

Já vimos em lições anteriores que método de Cristo produz verdadeiro sucesso no evangelismo, e é unicamente os métodos de Cristo que trarão verdadeiro êxito ao aproximar-nos do povo. “Jesus misturava-Se com as pessoas, fazia-lhes o bem, manifestava simpatia por elas, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-Me.” A Ciência do Bom Viver, 143.

Foi assim que a igreja cristã foi estabelecida e é assim que devemos trabalhar. Quem deve ser o nosso primeiro alvo? Nossos familiares e conhecidos, e é desta maneira que devemos trabalhar. Basta poucas pessoas estarem plenamente estabelecidas na verdade e então estarão dispostas, como os primeiros discípulos, a trabalhar em favor de outros.

Falando do exemplo de amizade que Jesus viveu, Ellen G. White diz assim: “Vão a seus vizinhos e se aproximem deles, até que o coração deles seja aquecido por seu interesse e amor altruísta. Simpatizem com eles, orem por eles, fiquem atentos às oportunidades para lhes fazer o bem, sempre que seja possível, abram a Palavra de Deus a essas mentes escurecidas. Sejam vigilantes, como quem tem que prestar contas a Deus pelos seres humanos. Aproveitem ao máximo o privilégio que Deus lhes dá de trabalhar lado a lado com Ele em Sua vinha. Não deixem de falar a seus vizinhos e lhes mostrar toda bondade que esteja ao seu alcance, a fim de que por todos os meios possam salvar alguns.” Review and Herald, 13/03/1888.

Jesus Se associava com as pessoas porque as amava e tinha sincero interesse nelas. O método de Cristo mostra a necessidade que temos de nos aproximarmos das pessoas. Uma forma de Jesus Se envolver com as pessoas era visitando-as em casa. Ver Marcos 2:1. Jesus foi  à casa de Pedro, ver Luc 4:38, e também foi à casa de Zaqueu. Ver Luc 19:5. Quando foi convidado a uma festa de casamento Ele Se misturou com as pessoas e satisfez uma necessidade geral, ao transformar água em vinho. Ele sempre fazia o bem.

“Ele misturava-Se com os homens desejando-lhes o bem.” Toda vez que você se aproxima de um amigo, familiar ou colega de trabalho que já sabe que você é cristão, ele se colocará em atitude de defesa porque sabe que você vai falar de algo espiritual: “Se você quer ser meu amigo, não me fale de religião nem de política.” Jesus Se aproximava das pessoas como alguém que lhes desejava fazer o bem. Todos nós gostamos de que nos façam o bem. Jesus disse que seríamos pescadores de homens. Ver Mac 1:17.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia foi chamada a seguir o método de Cristo. Ellen White escreveu: “A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que, através de Sua igreja, seja refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua glória. A igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo; e pela igreja será, a seu tempo manifesta [Sua glória], mesmo aos 'principados e potestades nos Céus' (Ef 3:10), a final e ampla demonstração do amor de Deus”. Atos dos Apóstolos,  9.

Quero encorajá-lo a partilhar o amor de Jesus mediante o método simples da amizade. Não há maior alegria do que ver nossos familiares e amigos tomarem a decisão de serem batizados. Faça a prova por você mesmo. Não fique apenas ouvindo a experiência dos outros! Peça a Deus para Ele enviar uma pessoa para você a conduzir a Cristo através do Batismo.

DOMINGO (7 de agosto) JONAS EM NÍNIVE – A lição de hoje mostra-nos que devemos atender o convite de Deus para a pregação do evangelho. O caminho mais curto para alcançar o coração das pessoas é através da amizade, para depois pregar-lhes o evangelho puro de Cristo. O profeta Jonas mostra-nos como não devemos agir. Devemos estar disponíveis para Deus nos usar.

A lição apresenta a tristeza de Jonas por Deus não ter destruído os habitantes de Nínive como tinha prometido. Jonas preocupou-se apenas em cumprir a ordem de Deus em pregar a mensagem de destruição e deixar com Deus os resultados. Depois do profeta fugitivo passar pela experiência da fuga, tempestade e naufrágio, Deus o havia colocado na cidade de Nínive para pregar o evangelho de Deus. Jonas fez o que muitos homens fizeram, discordando do chamado de Deus. Deus deve estar brincando comigo! Eu quero é mais que Nínive seja mesmo destruída! Assim, Jonas tentou fugir de Deus. Veja que ele desceu até a cidade portuária de Jope, para dali fugir para Társis, o destino mais distante para onde ele poderia ir.

Ele devia pregar o arrependimento e assim o fez, mas Jonas deu mais ênfase à destruição do que ao arrependimento. Imagine Jonas olhando com medo para os lados, esperando a qualquer momento ser reconhecido como judeu e atacado pelos homens maus daquela cidade. Somente seu medo excedia seu ódio por aquele povo. Após caminhar aproximadamente um terço da distância, percorrendo a grande cidade, ele tomou coragem e começou a clamar: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida." Você consegue imaginar alguns comentários que uma mensagem como essa receberia em nosso país hoje? "Rapaz, que sermão sem graça! É curto demais, não tem assunto nem estilo!

O arrependimento é um dom de Deus e não é nenhum mérito do profeta, portanto foi Deus que conduziu o povo ao arrependimento, de modo que todos se arrependeram. Jonas, vemos no capítulo 4, foi para fora da cidade esperar a destruição e olhando para a cidade viu que as pessoas tinham se convertido a Deus. Ele achou que aquela demonstração de conversão era apenas fingimento da parte dos ninivitas. Caso Jonas tivesse amado verdadeiramente aquelas pessoas ele teria ficado feliz com a conversão delas. Faltou Jonas amar as pessoas!

Compare a atitude de Jesus para com Jerusalém com a de Jonas. Este é o texto para hoje: “Dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas. E disseram-lhe de entre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os teus discípulos. E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão. E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos.” Lucas 19:38-42.

Jesus desejou o bem das pessoas de Jerusalém. A Bíblia menciona que Jesus chorou 3 vezes. Jesus chorou junto ao túmulo do seu amigo Lázaro. Jesus chorou no Getsemani. Hebreus 5:7 diz: “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tento oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade”. O texto refere-se à agonia do Getsêmani, quando Jesus não apenas suou sangue, mas também orou com forte clamor e lágrimas. Ele chorou .

Jesus chorou sobre a amada e impenitente cidade de Jerusalém. Assim Jesus demonstrou Sua simpatia com os problemas nacionais das pessoas e daquela nação escolhida por Deus. Ele sofreu com os problemas espirituais dos judeus. Nós não deixamos de ser compatriotas quando nos tornamos cristãos. Jonas olhou para a cidade de Nínive e desejou que ela fosse destruída. Jesus chorou sobre Jerusalém, porque ela destruiu-se a si mesma. Que triste!

Cristo chorou porque viu quanto a nação tinha desperdiçado suas oportunidades e sido ignorante a respeito do tempo da sua visitação. Chorou quando olhou para dentro, pois Ele viu a ignorância e cegueira espiritual no coração do povo. Eles deveriam ter conhecido a Cristo, porque Deus lhes deu Sua Palavra e enviou-lhes Seus profetas para lhe preparar o caminho. Jesus chorou quando olhou ao redor, Jesus viu atividades religiosas que estavam caducas e fora do contexto.

Jesus sente simpatia por você e, assim como Jesus chorou por você, você deve ir à Jesus quebrantado, chorando pelos seus próprios pecados. O profeta Joel diz: “Ainda assim, agora mesmo, diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto…” Joel 2:12. Jesus disse: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.” Mateus 5:4. 

Temos chorado por nossos defeitos de caráter e pelos pecados das pessoas? 

SEGUNDA-FEIRA (8 de agosto) O PRINCÍPIO “APESAR DE” – A lição de hoje mostra-nos como o cristão deve portar-se diante de pessoas que “apesar de”, aparentemente, não merecer a nossa atenção, ainda assim devemos mostrar amor por elas. Na verdade, o Cristianismo contraria toda a lógica da mente humana. Jesus tocou o leproso e o curou “apesar de” ser proibido para um judeu fazer aquilo. Ver Mateus 8:1-4

O que significa Lex Talionis? Era a antiga lei de Talião, um rei que viveu um pouco antes de Moisés. No que consistia essa lei? A expressão “olho por olho, dente por dente”  não é exclusivo das páginas da Bíblia. Encontra-se nos códigos legislativos dos povos do Médio Oriente Antigo, muito antes da entrada de Israel no cenário da história. A título de exemplo, citamos o famoso código de Hammurabi, datado em cerca de 1700 a.C., mas podíamos igualmente mencionar os códigos legislativos egípcio e hitita. Lê-se, no parágrafo 196 do código de Hammurabi: “Se alguém furou o olho de um homem , ser-lhe-á furado o seu olho”. E no parágrafo 197, se lê: “Se alguém quebrou o osso de um homem, ser-lhe-á quebrado um osso”. No parágrafo 200 encontramos. “Se alguém parte os dentes de um outro, de igual condição, deverá ter partidos os seus dentes.”

Cristo é diferente. Jesus diz “apesar de” o crente receber muitos insultos, ele deve mostrar amor às pessoas.  Não era para pagar com a mesma moeda, mas de modo oposto. Veja as palavras de Cristo: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes. Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus.” Mateus 5:38-44.

Quais são algumas situações em que somos colocados, e que reagimos positiva ou negativamente? a) Quando o aluno tira uma nota baixa, e acha que foi tratado com injustiça. b) Quando um vizinho do apartamento do lado faz muito barulho. c) Quando um carro corta a nossa frente no trânsito. Pagar o mal com o bem é um status social e espiritual que só os nobres conseguem praticar. Em Provérbios 15:1 encontramos uma maneira muito polida de resolver problemas de relacionamentos difíceis. “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.”

Jesus disse assim: “Mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam.” Lucas 6:27

“Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus.” Lucas 6:35

“E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.” Lucas 23:34

O princípio “apesar de” deve ser característica bem destacada do crente em outros níveis também. “Apesar de” ele ser de outra nacionalidade, ele é meu irmão. “Apesar de” não ser mais membro da minha igreja ele continua merecendo o meu carinho, amizade e atenção. “Apesar de” não colaborar com as atividades da igreja, ainda assim merece o meu respeito, pois cada um é livre para ajudar ou não. “Apesar de” ela ser uma pedra de tropeço para alguns no meu agregado familiar, entre os vizinhos, etc… ela continua merecendo a minha atenção. “Apesar de” ser um marginalizado na sociedade, merece a minha atenção, respeito e ajuda efetiva.

Já conseguimos atingir este nível moral e espiritual, ou ainda necessitamos receber o toque de Jesus?

TERÇA-FEIRA (9 de agosto) O AMOR NUNCA FALHAVeja estes textos: “O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá.” I Coríntios 13:8

“E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.” Lucas 10:27,28

A vida de Cristo na terra foi, do princípio ao fim, voltada para Deus e para o próximo. Alguém disse que “o amor nunca falha e se não deu certo ainda é porque não havia amor”. Na língua grega, havia três palavras que significavam amor: "eros", "filéo" e "ágape". Eles usavam a palavra de acordo com o tipo de amor a que estavam se referindo. “Eros" referia-se ao amor sexual e, como sabemos, deve existir apenas dentro do casamento. Fileo" significava o amor que existia entre pais e filhos, e entre irmãos. Este tipo de amor, que se desenvolve com o tempo, também deve existir no casamento, na família, na igreja e em todas as relações humanas. “Ágape" é o mais profundo e o mais sublime de todos. Este amor sempre caracterizou Deus. Em João 3:16 a Bíblia nos mostra o tão grande amor do nosso Deus quando diz: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho..." Existe maior amor do que este?

Um casamento fundamentado no amor ágape pode sobreviver a qualquer tipo de tempestade, desencontros e desentendimentos. Se alicerçamos nossas amizades e matrimônio no amor ágape, a Palavra de Deus se torna real quando Deus diz: "o amor nunca acaba". Certamente este tipo de amor precisa ser aprendido, e esta aprendizagem exige muito esforço e conhecimento. Todos precisamos aprender a amar e isso se consegue exercitando o companheirismo com Deus e com as pessoas. Esse amor se dá e se sacrifica em favor das outras pessoas. Esse amor busca o que é melhor para aquele que ama. O amor ágape é dedicado, ou seja, o possuidor desse amor continua amando aconteça o que acontecer.

O que dizer de pessoas e igrejas que dizem possuir o amor a Deus e de Deus, mas falham na expressão do amor? Veja os textos para hoje: “E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo.” Daniel 7:24,25

“Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós.” Romanos 2:24

Há o mal e o bom testemunho. O bom testemunho é a marca distinta que cada cristão mostra ao mundo, através de atos que apontem para Jesus Cristo como Senhor da vida, assim como Jesus demostrou enquanto aqui viveu. Veja este texto: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.” João 15:10.

O nosso testemunho aponta silenciosamente para Cristo: “Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito.” João 10:25. Cristo quer que vivamos de forma correta e comprometida com Ele e Sua palavra. É necessário que nós, enquanto igreja, tenhamos consciência do que sejamos uma igreja que testemunha o senhorio de Cristo. Veja este texto: “Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.” Romanos 14:9

Nesse contexto, devemos estar atentos para percebermos quais doutrinas estamos seguindo; se as verdadeiras ou se as falsas. A vida é uma luta constante entre o bem e o mal, entre Cristo e Satanás. Ao estudarmos este conflito e as maneiras como ele influencia a nossa vida e o nosso destino, a questão central a considerar deve ser: De que lado escolhemos estar; no de Cristo ou no de Satanás?

O amor de Deus não suplanta Suas leis e Seus mandamentos, e a eficácia das leis e dos mandamentos de Deus não deprecia o propósito e a eficácia de Seu amor. Devemos amar o próximo mas também necessitamos interpretar correctamente e obedecer as doutrinas e mandamentos da bíblia. O que dizer de cristãos que guardam o domingo e não o sábado bíblico, que se curvam perante imagens, que aceitam intercessão de santos e que acreditam que a alma é imortal? Cada um pode fazer o que quer? Claro que pode. Mas depois tem que dar contas à Deus, em juízo. Está escrito: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei.” Tiago 2:10-11.

Os mandamentos de Deus não foram abolidos e, consequentemente, o sábado também não o foi. Portanto, separar o sábado para Deus e guardar os demais mandamentos faz parte da nossa expressão de amor a Deus que criou-nos e resgatou-nos dos pecados. Conhecer implica em relacionar-se. É o companheirismo do dia-a-dia que irá enriquecer o conhecimento. Precisamos aprender a relacionar-nos com Deus e com Jesus, em um companheirismo tão íntimo que compreenderemos Sua vontade, e teremos prazer em realizá-la. Amar implica em obediência.

Jesus comparou a morte ao sono. No estado do sono ninguém se lembra de nada. Assim, aquele que morre não vai nem para o céu e nem para o inferno. Fica a aguardar a ressurreição, e de forma inconsciente. Se estivesse em algum desses lugares, dispensaria a ressurreição. Já estaria a viver a recompensa. Jesus voltará para dar a recompensa.

QUARTA-FEIRA (10 de agosto) O SEGUNDO TOQUEEste é o texto para o estudo de hoje: “E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que o tocasse. E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa. E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam. Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e o fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu a todos claramente.” Marcos 8:22-25

Somente Marcos relata essa história. Nesta história o cego só teve a vista totalmente restaurada após o segundo toque de Cristo. É curioso que o objetivo dessa cura é que Jesus nos cure de nossa cegueira espiritual. Esse milagre aconteceu imediatamente depois da multiplicação dos pães, quando os discípulos mostraram não ter tanta fé na capacidade de Jesus de alimentar a multidão. Jesus abriu os olhos dos discípulos e fez com que conseguissem ver a Sua ação, fez com que tivessem fé e vissem claramente. Poucos versículos antes Jesus havia dito: Tendes olhos e não vedes, ouvidos e não ouvis?” Mateus 8:18.

Observe que o milagre de Jesus não foi instantâneo, mas aconteceu em duas etapas. Depois dos primeiros gestos, o cego disse a Jesus que via as pessoas como árvores andando. Só depois de Jesus ter colocado outra vez as mãos sobre os seus olhos, é que o cego pôde ver bem, inclusive de longe. Isso ensina-nos que os discípulos de Cristo conhecem a Jesus aos poucos. A sua fé crescia e abria os olhos aos poucos. Seguir Jesus implica em passarmos por provas e dúvidas. É interessante também mencionar esse milagre com a cura do surdo-mudo, contado um pouco antes por Marcos no capítulo 7. Naquele caso Jesus estava em Tiro, uma cidade pagã. Lá o surdo-mudo, pagão, logo acreditou em Cristo. Em Betsaida, uma cidade onde habitavam os judeus e se supõe ser mais fácil acolher a mensagem divina, ao invés disso houve dificuldade em acreditar em Jesus.

Podemos chamar o primeiro toque de arrependimento e o segundo de entrega a Cristo. Quando não conhecemos um alimento que nos é oferecido, experimentamos um pequena porção, e ao vermos que é bom, depois comemos o suficiente. Jesus faz o mesmo com as pessoas.  O primeiro toque Jesus realiza independente da vontade do pecador. É o chamado ao arrependimento, que é um dom de Deus. Jesus o faz porque ama a todo pecador e quer o salvar.  A partir deste primeiro toque, Ele espera que o pecador sinta o desejo de O conhecer mais e de lhe entregar a vida através do batismo.

Não era da vontade de Cristo que aquele homem tivesse apenas uma cura parcial. Cristo desejava a transformação completa. A vontade de Deus é que todo crente busque uma vida cristã de constante crescimento e santificação. Todos que aceitam Jesus como salvador não passa  a  ser santo  como em um toque de mágica.  Temos  apenas uma visão parcial do evangelho e da verdade. Deus não deseja que tenhamos uma visão parcial dele, mas total.

A igreja tem a missão de salvar: “Nossa missão é a mesma que foi anunciada por Cristo, no início de Seu ministério, como sendo a Sua missão. Disse Ele: “O Espírito do Senhor é sobre Mim, pois que Me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-Me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.” Lucas 4:18-19. Temos o dever de levar avante a obra colocada pelo Mestre em nossas mãos. Ele diz: “Se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará teus ossos; e serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas nunca faltam.” Isaías 58:10-11. “Pois nunca cessará o pobre do meio da terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado e para o teu pobre na tua terra.” Deuteronômio 15:11. “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque essa é a lei e os profetas.” Mateus 7:12. Testemunhos para a Igreja Vol 8, 134.

“Este mundo é um vasto hospital, mas Cristo veio curar os enfermos, proclamar liberdade aos cativos de Satanás. Era em Si mesmo saúde e vigor. Comunicava Sua vida aos doentes, aos aflitos, aos possessos de demônios. Não repelia ninguém que viesse receber Seu poder vivificador. Sabia que os que Lhe pediam auxílio haviam trazido sobre si mesmos a doença; todavia, não Se recusava a curá-los. E quando a virtude que provinha de Cristo penetrava nessas pobres almas, sentiam a convicção do pecado, e muitos eram curados de suas enfermidades espirituais, bem como das do corpo. O evangelho possui ainda o mesmo poder, e por que não deveríamos testemunhar hoje idênticos resultados? Cristo sente as misérias de todo sofredor. Quando os espíritos maus arruínam o organismo humano, Cristo sente essa ruína. Quando a febre consome a corrente vital, Ele sente a agonia. E está disposto a curar o enfermo hoje, como quando Se achava em pessoa na Terra. Os servos de Cristo são Seus representantes, instrumentos pelos quais opera. Ele deseja, por intermédio dos mesmos, exercer Seu poder de curar.” Conselho sobre Saúde, 30

QUINTA-FEIRA (11 de agosto) A IGREJA CENTRADA NOS OUTROS – A igreja é convidada a estar centrada nos outros não para caluniar e prejudicar, mas para ajudar. A igreja somos nós. Eu devo estar incluído em todas as ações da igreja. E como igreja somos convidados à proclamar o amor de Cristo.

Conta-se que um homem muito rico tinha convidado muitas pessoas para uma festa. Ele encarregou o seu cozinheiro-chefe para comprar os melhores alimentos. Este foi ao mercado e comprou línguas; somente línguas, e nada mais. Apresentou-as como primeiro prato, segundo prato, etc., servindo somente línguas aos hóspedes. Os convivas elogiaram a composição da refeição e a ideia original do cozinheiro.

Mas, aos poucos começaram a ficar saturados de tanto comer línguas. O anfitrião se irritou e mandou chamar o cozinheiro: “Não mandei que você comprasse o que há de melhor no comércio?” Ele respondeu: Existe algo melhor do que língua? Ela é o vínculo na vida social, a chave para todas as ciências, o órgão que proclama a verdade e a razão. Graças ao poder da língua, edificam-se cidades e as pessoas se tornam letradas e cultas. É verdade, concordou o dono da casa. E mais uma vez encarregou o cozinheiro de preparar outro banquete para o dia seguinte, com a ressalva de comprar o que de pior houvesse na feira.

Novamente este comprou línguas, somente línguas. Preparou-as das mais variadas maneiras para o banquete. Já que os convidados eram os mesmos, enojaram-se rapidamente do cardápio. O anfitrião sentiu-se ridicularizado e envergonhado, e gritou com seu chefe de cozinha: Não mandei que você preparasse o que há de mais ruim? O que você está pensando? Por que serviu línguas outra vez? Ele respondeu: A língua também é o que há de pior no mundo, a mãe de todas as contendas e discórdias, a fonte de todos os processos judiciais, das diferenças de opinião e o instrumento que incita à guerra e à destruição. Ela é o órgão que propaga enganos e difamações. Pessoas são levadas ao mal, cidades são destruídas e vidas são aniquiladas pelo poder da língua.

Este é o texto para o estudo de hoje: “Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Filipenses 2:1-8.

O único propósito divino na organização de Sua Igreja, com todos os dons espirituais e departamentos, é para revelar ao mundo o plano da salvação ao homem na pessoa do Salvador Jesus Cristo. Veja estes textos: “A Igreja foi organizada para servir, e sua missão é levar o Evangelho ao mundo.” Serviço Cristão, 15.

“A Igreja é o instrumento apontado por Deus para a Salvação dos homens.” Idem.

“Alguém tem de cumprir a comissão de Cristo; alguém tem que levar avante a obra que Ele começou a fazer na Terra; e esse privilégio foi concedido à Igreja. Para este fim foi ela organizada” Serviço Cristão,  14.

“Depois de as pessoas se haverem convertido à verdade, cumpre sejam cuidadas... Não devem ser deixadas a si mesmas, presas das mais poderosas tentações de Satanás, elas precisam ser instruídas com relação a seus deveres, ser tratadas bondosamente, conduzidas e visitadas, orando-se com elas.” Evangelismo, 351.

Veja uma boa definição de igreja de Isaltino Coelho Filho: “A missão da igreja é a adoração. Não é a evangelização, mas a adoração. Ela existe em função de Deus e não do mundo. No céu não haverá perdidos para evangelizar, mas haverá igreja porque haverá Deus. Ela existe por causa de Deus e não dos perdidos, repito. Isto define bem a missão da igreja em termos verticais. Quanto ao mais, me dispenso de me alongar neste aspecto. Em termos horizontais, a missão da igreja é gente. Ela serve a si e ao mundo. Para isto, a igreja é uma comunidade que deve crescer. Ler o texto de Efésios 4.11-16. Cada um tem o que fazer, beneficiando os outros. A igreja é uma comunidade onde as pessoas interagem umas com as outras. Nosso povo deve ser ensinado a ver igreja da seguinte maneira: não é “o que a igreja pode fazer por mim?”, mas “o que posso fazer pela igreja?” Serviço aos outros é a motivação horizontal da igreja.” Coelho Filho, Isaltino Gomes. Um estudo sobre a igreja.

Além de darmos bom exemplo na nossa vida, como podemos envolver-nos na missão? Jesus era alguém de ação. Em Tiago 2:14-18 diz assim: “De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”.

Em termos práticos, o que fazer para ajudar as pessoas? No cuidado das pessoas que precisam de nós podemos ajudar; com alimentos e roupas, auxiliar com dinheiro o dpto da Adra, ajudar na realização da campanha da Adra, dar dinheiro para peditórios direcionados, auxiliar pessoas em mudanças e pintura de sua casas, visitar pessoas doentes em hospitais e lares, visitar idosos em lares de terceira idade, visitar pessoas presas, dar esmolas para pessoas que precisam, fazer a nossa parte, sem nos escondermos nas instituições já estabelecidas, ser fiéis nos dízimos e ofertas, Dar estudos bíblicos, convidar amigos para os cultos na igreja, etc.

SEXTA-FEIRA (12 de agosto) COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 (3º trimestre 2016) JESUS DESEJAVA O BEM DAS PESSOAS - A igreja de Cristo é reconhecida por revelar não apenas a fé pura, mas também as boas obras, pois sem obras a fé é morta. A atitude do cristão deve ser a de dar sem esperar nada em troca. A igreja deve cumprir o papel de revelar o amor de Cristo na comunidade ao seu redor. A pregação do Evangelho deve ser motivada pelo amor que "tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" I Cor. 13:7. Amém?

Cristo prezava a sociabilidade. Veja este relato: “E fez-lhe Levi um grande banquete em sua casa; e havia ali uma multidão de publicanos e outros que estavam com eles à mesa. E os escribas deles, e os fariseus, murmuravam contra os seus discípulos, dizendo: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos; Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento.” Lucas 5:29-32

Jesus fez o bem na festa de casamento: “E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a mãe de Jesus. E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas… E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo."  João 2:1,2 e 9

Nicodemos é outro personagem do qual Jesus conquistou a confiança e fez-lhe o bem. Ele disse: “Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que Tu fazes, se Deus não estiver com ele.” João 3:2.

Jesus Se associava com as pessoas porque as amava e tinha sincero interesse por elas. O método de Cristo mostra a necessidade que temos de nos aproximarmos das pessoas. Uma forma de Jesus Se envolver com as pessoas era visitando-as em casa. Ver Marcos 2:1. Jesus foi  até a casa de Pedro, ver Luc 4:38, e também foi à casa de Zaqueu. Ver Luc 19:5. Ele sempre fazia o bem. Precisamos fazer o mesmo.

“Ele misturava-Se com os homens desejando-lhes o bem.” Toda vez que você se aproxima de um amigo, familiar ou colega de trabalho que já sabe que você é cristão, ele se colocará em atitude de defesa porque sabe que você vai falar de algo espiritual: “Se você quer ser meu amigo, não me fale de religião nem de política.” Jesus Se aproximava das pessoas como alguém que lhes desejava fazer o bem. Todos nós gostamos de que nos façam o bem. Jesus disse que seríamos pescadores de homens: 
“E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens.” Marcos 1:17

“Este mundo é um vasto hospital, mas Cristo veio curar os enfermos, proclamar liberdade aos cativos de Satanás. Era em Si mesmo saúde e vigor. Comunicava Sua vida aos doentes, aos aflitos, aos possessos de demônios. Não repelia ninguém que viesse receber Seu poder vivificador. Sabia que os que Lhe pediam auxílio haviam trazido sobre si mesmos a doença; todavia, não Se recusava a curá-los. E quando a virtude que provinha de Cristo penetrava nessas pobres almas, sentiam a convicção do pecado, e muitos eram curados de suas enfermidades espirituais, bem como das do corpo. O evangelho possui ainda o mesmo poder, e por que não deveríamos testemunhar hoje idênticos resultados? Cristo sente as misérias de todo sofredor. Quando os espíritos maus arruínam o organismo humano, Cristo sente essa ruína. Quando a febre consome a corrente vital, Ele sente a agonia. E está disposto a curar o enfermo hoje, como quando Se achava em pessoa na Terra. Os servos de Cristo são Seus representantes, instrumentos pelos quais opera. Ele deseja, por intermédio dos mesmos, exercer Seu poder de curar.” Conselho sobre Saúde, 30

Luís Carlos Fonseca


Sem comentários:

Enviar um comentário