COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 6 (3º trimestre de 2016) JESUS
MISTURAVA-SE COM AS PESSOAS
VERSO ÁUREO: “E chegavam-se a ele todos os publicanos e
pecadores para o ouvir. E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este
recebe pecadores, e come com eles.” Lucas 15:1,2
INTRODUÇÃO (30 de julho) - Jesus fazia amizades com muitas
pessoas e em todos os lugares por onde passava. Ele era agradável e conquistava
naturalmente o coração das crianças, jovens, adultos e comunidades inteiras.
À medida que fizermos amizade com
as pessoas, muitas delas aprenderão a confiar em nós e então, podemos
conduzi-las a Cristo. Devemos estudar e aprender sobre o método de Jesus. Ele
Se aproximava das pessoas, manifestava sincero desejo pelo bem-estar e atendia
as suas necessidades.
Isso é amizade. A prática desse método tornou possível
para Ele a abertura de portas para o evangelismo.
Durante esta nova semana somos
convidados a lembrar e a praticar os
métodos de Cristo.
Ellen G. White menciona como Jesus fazia e como devemos nos
relacionar com as pessoas. Veja estes
textos: “Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no
aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que
lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às
necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-Me.” A
Ciência do Bom Viver, 143
“Vão a seus vizinhos e se aproximem deles, até que o coração
deles seja aquecido por seu interesse e amor altruísta. Simpatizem com eles,
orem por eles, fiquem atentos às oportunidades para lhes fazer o bem, sempre
que seja possível, abram a Palavra de Deus a essas mentes escurecidas. Sejam
vigilantes, como quem tem que prestar contas a Deus pelos seres humanos.
Aproveitem ao máximo o privilégio que Deus lhes dá de trabalhar lado a lado com
Ele em Sua vinha. Não deixem de falar a seus vizinhos e lhes mostrar toda
bondade que esteja ao seu alcance, a fim de que por todos os meios possam
salvar alguns.” Review and Herald, 13/03/1888.
Jesus já não está entre nós em pessoa, por isso, as pessoas
devem ver Jesus em nós. A igreja de Cristo é considerada um corpo e todos os
membros do corpo devem aprender a servir. Cada irmão deve preocupar-se em
atender o chamado de Deus e não importa o tipo de cargos ou funções. Todos devem arregaçar
as mangas, desde os diáconos até o pastor. Na casa do Senhor nenhum servo pode
se desculpar dizendo que não lhe foi dado nenhum trabalho. Diante de Deus,
todos os Seus filhos são servos. Todos nós recebemos dons que devem ser
desenvolvidos. Se pensamos que há alguém a quem o Senhor não pode usar,
realmente não conhecemos a graça de Deus. Na igreja não deve haver membro algum
que seja marginalizado, todos precisam levantar-se e trabalhar para o reino de Deus.
Assim como Jesus fazia, não devemos esperar que as pessoas
venham até nós. Nós é que necessitamos procurá-las onde elas se encontram. Quando a Palavra é
pregada na igreja, o trabalho apenas começou. Há muitas pessoas que nunca serão
alcançadas pelo evangelho se ele não lhes for levado onde as pessoas se
encontram. Veja este texto: “Há
muitos que não irão à igreja para ouvir a verdade sendo anunciada. Por meio de
esforço pessoal em simplicidade e sabedoria, esses poderiam ser persuadidos a
se dirigir à casa de Deus.” Review and Herald, junho de 1880.
Veja este outro texto:
“Vós sois o sal da Terra”. Mt 5:13. “O sal deve ser misturado com a substância
em que é posto; é preciso que penetre a fim de conservar. Assim, é com o
contato pessoal e a convivência que os homens são alcançados pelo poder
salvador do evangelho." O Maior Discurso de Cristo, 36.
Os estudos mostram que, aproximadamente 80% das pessoas que
se unem à igreja, foram atraídas por meio de relacionamentos familiares ou com
amigos. Na prática da evangelização, necessitamos de duas coisas; doutrinas
bíblicas e amizade. Jesus deu provas da eficácia da amizade em Seu ministério.
Devemos fazer o mesmo. Por isso é necessário participarmos das campanhas da
ADRA, distribuição de literaturas da igreja, clube de desbravadores, Rastreios
de saúde, feira de saúde e serviço voluntário onde auxiliamos pessoas e
instituições com recursos, tempo e habilidades. Não devemos esquecer de
participarmos de pequenos grupos de estudos da Bíblia, de classes batismais e
de estudos bíblicos, pois estes métodos auxiliam na colheita de almas para o
reino de Cristo.
DOMINGO (31 de julho) SÓ O MÉTODO DE CRISTO – Estes são os versos bíblicos para o estudo
de hoje: “Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte
do Senhor, pelo profeta, que diz; eis que a virgem conceberá, e dará à luz um
filho, E chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel, que traduzido é: Deus conosco.”
Mateus 1:22,23
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua
glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” João
1:14
Jesus habitou entre nós não para condenar o mundo, mas para
o salvar. Veja este outro verso: “Portanto,
Deus enviou o seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para que o
mundo fosse salvo por meio dele.” João 3:17. A condenação será o último ato de
Deus e nunca do homem. O homem é vítima do pecado e não tem poder para
condenar.
O método de Cristo é o de habitar no nosso meio. Resta saber
se desejamos Jesus no nosso meio. Tem muita gente que leva a vida à sua maneira, onde Cristo não é convidado para participar. Na época de Cristo as pessoas
necessitavam de muita ajuda física e material, e depois de Cristo suprir estas necessidades, então Ele ministrava as palavras de salvação. Mas primeiro Ele Se aproximava das pessoas
para ajudá-las: “Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no
aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que
lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às
necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-Me.” A
Ciência do Bom Viver, 143
Jesus misturava-Se
com as pessoas: Em certa ocasião, Jesus disse: “Vós sois o sal da Terra”
Mat. 5:13. Veja este outro texto
inspirado: “O sal deve ser misturado com a substância em que é posto; é
preciso que penetre a fim de conservar. Assim, é com o contato pessoal e a
convivência que os homens são alcançados pelo poder salvador do evangelho”. Ellen
G. White, O Maior Discurso de Cristo, 36
Misturava-Se com as
pessoas e desejava-lhes o bem. Cristo alcançou homens e mulheres tendo em
vista o bem estar físico, emocional e social que deviam experimentar. As
pessoas com suas necessidades representavam a prioridade máxima de Seu
ministério. Como Jesus fez isso?
Buscou acesso ao coração deles. Veja este texto: “de maneira que os fazia sentir quão perfeita
era Sua identificação com os interesses e a felicidade deles.” Evangelismo, 55.
Jesus visitava as pessoas em casa: E alguns dias depois
entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa.” Marcos 2:1. Veja estes exemplos: Foi à casa de Pedro, Luc 4:38, não hesitou em
ir à casa de Zaqueu, Luc 19:5. Foi à uma festa de casamento. Ver João 2:1, 2.
Jesus Misturava-se com as pessoas e as ajudava de forma geral em suas necessidades.
Assim também devemos fazer; o mesmo que Jesus fazia. Para isso, devemos estar
disponíveis para fazer uma visita a uma pessoa que necessita da nossa ajuda, quer em sua casa, no hospital ou no lar de terceira idade. Devemos ter a nossa
casa aberta para receber pessoas que queriam nos visitar e no contexto de uma
amizade amorosa e desinteressada devemos ser canais de bênçãos para levar o
evangelho de Cristo às pessoas. As pessoas são muito importantes no programa de Deus em salvar a humanidade!
Veja que textos tão
importantes: “A sociabilidade cristã é na verdade bem pouco cultivada pelo
povo de Deus… Especialmente, os que provaram o amor de Cristo devem desenvolver
aptidões sociais, pois dessa maneira podem ganhar pessoas para o Salvador.” Testemunhos Para a Igreja, v. 6, 172.
“Sendo sociáveis e aproximando-se bem do povo, pode-se
mudar-lhes a direção dos pensamentos muito mais facilmente do que pelos
discursos mais bem preparados.” Obreiros
Evangélicos, 193.
Manifestava simpatia
por eles. Ao ver multidões atormentadas e desajudadas, “compadeceu-Se
delas” Mateus 9:36. O simpático e compassivo coração de Cristo ansiava tornar
homens e mulheres curados e felizes.
Ministrava-lhes às
necessidades. Jesus encontrava as pessoas onde elas estavam e ministrava às suas
necessidades. Jesus empregava formas diferentes de abordagem, ao encontrar os
diferentes indivíduos no lugar em que eles estavam, com suas diversas
necessidades. Certa ocasião Jesus ofereceu alimento físico, Mat 14:15-20, cura divina, Mat
14:14, sociabilização, João 2:1-5, segurança emocional, João 4:4-12 e espiritualidade, João 3:1, 2.
Veja este texto: “Durante Seu
ministério, Jesus dedicou mais tempo a curar os enfermos do que a pregar. Seus
milagres testificavam da veracidade de Suas palavras, de que não veio para
destruir, mas para salvar.” A Ciência do Bom Viver, 19
Jesus ordenava: segue-Me.
Cremos que a necessidade máxima de todas pessoas é ter Deus na vida. A
reconciliação com Deus é a suprema necessidade do homem! Jesus veio para salvar
as pessoas para o reino dos Céus. Precisamos encontrar as pessoas onde elas se
encontram, pois esta é a estratégia divina: Filhos salvos salvando outros, motivados
por Seu amor, para satisfazer as necessidades físicas, emocionais, mentais e
espirituais das pessoas. Você é um embaixador
de Cristo?
SEGUNDA-FEIRA (1º de agosto) PERDIDOS E ACHADOS – A lição de
hoje aborda as parábolas contidas em Lucas 15, a saber; a ovelha perdida, a
dracma perdida e o filho perdido. Cada parábola começa com algo perdido e
termina com festa. Cada elemento perdido representa a situação humana que é de
desespero e mostra o grande amor de Deus em nos resgatar dos nossos pecados.
A primeira parábola é da ovelha perdida. Ver Lucas 15:3-7.
Lendo esse texto podemos considerar várias coisas sobre ovelhas, inclusive seu
comportamento como animal: Elas são dóceis, ingênuas e obedientes. No caso da
ovelhinha da parábola, ela sabia que estava perdida, mas não sabia o caminho de
volta. Hoje, quantos sofrem por estar nesta mesma condição! Perdidos e não
sabem como retornar ao Pai.
A segunda história é a da moeda perdida. Ver Lucas 15:8-10. A moeda ilustra a situação das
pessoas que podem estar perdidas dentro da própria igreja. Mesmo na igreja,
muitos podem estar passando pela experiência da moeda dessa parábola: não sabem
que estão perdidos nem ao menos conhecem o caminho de volta.
A terceira parábola é a do filho pródigo. Ver Lucas
15:11-32. Por sua própria vontade, esse filho decidiu tomar o caminho da
perdição. Finalmente, percebeu que estava perdido e longe do Pai, porém,
conhecia o caminho de casa. Quantos vivem essa mesma situação: estão perdidos
por livre escolha, mas continuam tendo na cabeça o mapa do caminho para os
braços do Pai.
A igreja tem a responsabilidade e buscar as ovelhas
perdidas. Precisamos aprender como os pastores de ovelhas lidam com seu rebanho
no campo. É importante que o pastor conte suas ovelhas e saiba se todas estão
no aprisco. Isso implica em conhecê-las pelo nome e distinguir suas
características pessoais. Somente quando conhecemos e sabemos quantas são,
somos capazes de sentir a falta de alguma. Todos devem estar envolvidos no
processo da busca e cura da ovelha perdida.
Precisamos também assumir os riscos de uma arrojada operação
de resgate. Envolve sair da área de conforto e entrar em outro ambiente,
enfrentar situações difíceis e adversas, mas vale a pena. Esta operação, de
resgatar ovelhas perdidas nos ajuda a desenvolver nosso potencial como
discípulos de Cristo. Esse trabalho deve ser acompanhado do estudo da Bíblia e
de oração.
Precisamos também saber esperar. O tempo de Deus é diferente
do nosso e explica porque Cristo aparentemente não tem pressa. Às vezes,
ficamos ansiosos por batizar os perdidos, mas há o tempo certo. Recentemente,
uma senhora se converteu com 95 anos. Que Deus amoroso, que espera 95 anos por
uma decisão! Alguns morrem e não são batizados por não aceitarem Jesus. É pena! Precisamos orar e ser específicos em nossas orações. A
oração intercessora tem poder. Há muitas mães que oraram por seus filhos e obtiveram
a resposta de suas orações.
Como receber os
perdidos? Não podemos ter preconceitos.
Amemos incondicionalmente os perdidos. É assim que Deus nos ama. Os predicativos do amor genuíno são descritos
em I Cor. 13:4-8. Precisamos abrir os braços para o perdido. Nosso abraço e
nosso toque representam os braços de Deus. Nas parábolas, o pastor ficou feliz quando encontrou a
ovelha. A mulher também se alegrou ao achar a moeda e houve comemoração! E o
pai chorou de alegria ao ver o filho de volta. Houve festa! Devemos nos alegrar ao ver alguém voltando para a casa do Pai e
celebrar com alegria esse grande acontecimento.
Estou em condições de
buscar os perdidos, ou sou objeto de busca do pastor Jesus?
TERÇA-FEIRA (2 de agosto) COMER COM PECADORES – Este tema
tem gerado alguma polêmica entre alguns crentes. Alguns dizem que o crente não
deve misturar-se com os pecadores em nenhum momento e lugar, outros defendem
que deve até frequentar alguns lugares com as pessoas, a fim de alcançá-las
para Jesus.
O contexto das parábolas da ovelha perdida, moeda perdida e
filho perdido em Lucas 15, está nos primeiros versos do capítulo. Conforme os
publicanos e pecadores “aproximavam-se de Jesus”, os fariseus e escribas
murmuravam que Jesus estava os recebendo e comendo com eles. As parábolas monstram
como Deus busca os perdidos e o quão feliz Deus fica quando pecadores se
arrependem.
Jesus veio para quebrar alguns preconceitos que os judeus
tinham criado em torno da religião da época. Como o Cristianismo devia
substituir o Judaísmo, Jesus mostrava o que pretendia; pregar o evangelho do
reino dos céus. Encontramos em Lucas 5: 29 e 30 o relato de que Levi ofereceu,
em sua casa, um banquete à Jesus. Ele aceitou o convite e com Ele à mesa
achavam-se publicanos e outros mais. Os fariseus e escribas questionavam
os discípulos de Cristo, perguntando-lhes: “Por que comeis e bebeis com os
publicanos e pecadores?”
Deus não pertence a um grupo seleto, no caso mencionado, o
judaísmo, ou a uma ala espiritual da igreja. E isso vale para todos: pastores, anciãos,
papas, padres, islamitas, budistas presbíteros, diáconos e outros oficiais de
igreja. Deus é Deus de todos, e é livre. Deus é Deus e o homem não pode
designar a Sua maneira de agir e proceder. Jesus comeu com os pecadores e isso
dá-me motivação, alegria, satisfação e ânimo! O meu Deus é o mesmo Deus da
prostituta, do mendigo, do alcoólatra, do desesperado, do espírita, do católico
e do ateu, mesmo que alguns deles ainda não saibam quem é Deus! Deus é Deus independentemente da compreensão e aceitação humana!
Um outro ponto a ser considerado é que Jesus pregou e viveu
a humildade. Se há humildade, não há espaço para arrogância espiritual, e se
Jesus sentou na mesa com os pecadores, não há motivo para alguém dizer que Ele
estava errado. Se Jesus comeu com os pecadores, com certeza Ele comeu os
alimentos que lhe eram lícitos. Jesus não estava em um degrau superior. Jesus comeu
com pecadores porque são os pecadores que precisavam da salvação e faziam as
suas orações silenciosas em um grito de socorro para os seus problemas. E Jesus
foi ao encontro delas para as socorrer.
Jesus era visto conversando com pessoas moralmente suspeitas
como, cobradores de impostos e prostitutas. Este assunto é desafiador, pois nós
gostamos dessas histórias porque significa que Jesus é amigo de pecadores como
nós. Também nos sentimos desafiados pelo exemplo de Jesus a nos certificarmos
que não rejeitamos ninguém de alguma forma que Jesus jamais faria. E quando os
escribas e os fariseus murmuram a respeito de suas companhias, Jesus disse-lhes
que não veio “chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento.” Lucas 5:32.
Jesus procurava os pecadores não porque fazia vista grossa
ou ignorava o pecado ou gostava de uma festinha com aqueles que se envolviam
com imoralidade. Jesus era amigo de pecadores no sentido de que “veio buscar e
salvar o que se havia perdido” e ficava muito feliz em receber aqueles que
estavam abertos ao evangelho, que se arrependiam de seus pecados ou que estavam
no caminho para colocar sua fé nele. Jesus até dormiu na casa de Zaqueu, que era um
publicano.
Veja este texto: “Jesus entrava em contato pessoal com os homens. Não Se
mostrava arredio e afastado daqueles que necessitavam Seu auxílio. Ele
penetrava os lares dos homens, confortava os tristes, curava os enfermos,
alertava os descuidados, e saía pelas vizinhanças fazendo o bem. E se seguimos
os passos de Jesus, precisamos fazer como Ele fazia. Temos que dar aos homens a
mesma bondosa ajuda que Ele dava. Não é o pregar o mais importante; é o
trabalho feito de casa em casa, raciocinando sobre a Palavra, explicando-a. São
os obreiros que seguem os métodos de Cristo, que hão de conquistar almas para
sua recompensa.” Obreiros Evangélicos, 468.
Deus deseja que Sua Palavra de misericórdia seja levada
a toda alma. Isto deve ser realizado através do serviço pessoal. Esse era o
método de Cristo. Sua obra consistia grandemente em entrevistas pessoais e tinha
fiel consideração pelo auditório de uma só pessoa. Estamos dispostos a seguir o Seu exemplo?
QUARTA-FEIRA (3 de agosto) MISTURAR-SE DE FORMA SÁBIA – Devemos
misturar-nos com as pessoas do mundo, mas de forma sábia. Jesus era visto
conversando com pessoas em lugares públicos e quando era no particular, suas
ações sempre eram notadas. Quando conversava com mulheres suspeitas, era onde
as pessoas pudessem vê-los. Quando comia com pecadores, Ele ingeria apenas os
alimentos que lhe eram lícitos e Suas palavras e postura eram de modo a
enaltecer o nome do Pai.
Os crentes podem e devem misturar-se com o mundo apenas no
sentido de procurar atraí-las para Cristo, mas nunca devem sacrificar os
princípios cristãos em detrimento da associação com pessoas que não vivem os
princípios bíblicos. Em Gênesis 13:5-13 e 19: 12-26 menciona a história de Ló e
sua família habitando na cidade de Sodoma, que era pecadora, e quase perdendo a
vida como a mulher de Ló que foi transformada em uma estátua de sal.
Veja estes exemplos
de associação indevida com os pecadores: “E Israel deteve-se em Sitim e o
povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Elas convidaram o povo
aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu, e inclinou-se aos seus deuses.
Juntando-se, pois, Israel a Baal-peor, a ira do Senhor se acendeu contra
Israel.” Números 25:1-3
“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.” I
João 2:16
Eu gosto muito do exemplo de Enoque que vivia no campo, para
ter uma comunhão íntima com Deus e visitava a cidade, de vez enquando, para
pregar o evangelho de Deus. É-nos dito do cuidado que Enoque tinha para não ser
contaminado com os pecadores: Eis dois textos inspirados: “Enoque era um santo homem. Servia a Deus com
singeleza de coração. Compreendeu a corrupção da família humana e separou-se
dos descendentes de Caim, reprovando-os por sua grande maldade. Existiam na
Terra aqueles que reconheciam a Deus, e O temiam e adoravam. Mas o justo Enoque
era tão afligido pelo crescente mal da impiedade, que não se associava com
eles diariamente, temendo ser afetado por sua infidelidade e que seus
pensamentos não considerassem a Deus com a santa reverência que era devida ao
Seu exaltado caráter.” História da Redenção, 57
“Enoque foi um ativo obreiro de Deus. Não buscou sossego e
conforto. Tampouco passava o tempo em ociosa meditação ou empenhado em obter
felicidade para si. Não participava das festividades e dos divertimentos que
constantemente atraíam a atenção dos amantes dos prazeres do mundo
ante-diluviano. Em seus dias, a mente de muitos estava absorta pelos prazeres
mundanos, prazeres que os tentavam a desviar-se. Mas Enoque levava a vida
tremendamente a sério. Não perambulava indolentemente pelas ruas ou se demorava
perto de lugares de diversão como se fosse um mundano indiferente. Nunca se
envolvia em conversação comum com aqueles que eram corruptos, como se fosse um
deles. Com os pecadores e obreiros da iniquidade, misturava-se ele apenas como
mensageiro de Deus, para adverti-los a se volverem com repulsa de seus maus
caminhos, arrependendo-se e buscando a Deus.” Ellen White, Cristo Triunfante, 48
O crente não deve separar-se das pessoas, mas deve, com
sabedoria e consagração, associar-se com as pessoas para atraí-las à Cristo: Pense nesta declaração: “Pois
bem, recusarão os cristãos professos associar-se aos não-convertidos,
procurando não ter qualquer comunicação com eles? Não; devem estar com eles, no
mundo e não do mundo, mas não participar de seus caminhos, nem ser
impressionados por eles, e não ter o coração aberto para seus costumes e
práticas. Suas relações de amizade devem ter o propósito de atrair outros para
Cristo. Mens. Escol. Vol 3, 231.
O cristão deve misturar-se com as pessoas do mundo assim
como o sal é misturado com os alimentos: Veja
este texto: “Vós sois o sal da Terra”. Mt 5:13. “O sal deve ser misturado
com a substância em que é posto; é preciso que penetre a fim de conservar.
Assim, é com o contato pessoal e a convivência que os homens são alcançados
pelo poder salvador do evangelho.” O Maior Discurso de Cristo, 36.
QUINTA-FEIRA (4 de agosto) NO MEIO DE UMA GERAÇÃO MÁ E
PERVERSA – Este é o texto para hoje:
“Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua
boa vontade. Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que
sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de
uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no
mundo.” Filipenses 2:13-15
Já mencionei que gosto muito do exemplo de Enoque, que soube
encontrar o equilíbrio entre associar-se com pecadores, mas não se contaminou com seus pecados, Ele fez assim como Jesus fazia. À semelhança de Enoque, devemos andar
com Deus, trazendo a nossa vontade em submissão à Sua vontade. Devemos estar
dispostos a ir aonde Jesus guiar, dispostos a sofrer por Seu nome. Buscando
salvar as pessoas pelas quais Cristo morreu, superando as dificuldades e
guardando-nos incontaminados do mundo. Os crentes fiéis não procuram o lugar
mais fácil, os fardos mais leves. Eles são encontrados onde é mais árduo o
trabalho e onde sua ajuda é mais necessária.
Veja este texto:
“Enoque viveu uma vida ativa e zelosa de negação do próprio eu. Andou com Deus
num mundo tão corrupto, que o Senhor posteriormente o destruiu pelo Dilúvio.
Andou com os ímpios como um entre eles, e não como um deles; como alguém cujos
propósitos, obras e esperanças se baseavam não só no tempo, mas na eternidade.
Não deu aos sábios segundo o mundo qualquer razão para que lhe questionassem a
profissão e a fé. Mediante palavras sinceras e decididas ações, mostrou que
estava separado do mundo. Após períodos de retiro, misturava-se com os ímpios
para exortá-los a aborrecer o mal e escolher o bem. Como fiel obreiro de Deus,
procurou salvá-los. Advertiu o mundo. Pregou a fé em Cristo, o Salvador dos
pecadores, a única esperança do pecador. Enoque foi um adventista. Levou a
mente do povo para o futuro, para o grande dia de Deus, quando Cristo vier pela
segunda vez para julgar a obra de todos.” Ellen White, Manuscrito 36, 1902 –
Cristo Triunfante, 48
A situação moral e espiritual dos dias atuais são piores ou
melhores do que dos dias ante-diluvianos? Veja
estes textos: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos
trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos,
soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto
natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para
com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que
amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes
afasta-te.” II Timóteo 3:1-5
“E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do
Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam,
bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será
também a vinda do Filho do homem.” Mateus 24:37-39.
Como devemos nos
portar nos dias atuais? “Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que
pessoas vos convêm ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos
para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os
elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos
novos céus e nova terra, em que habita a justiça. Por isso, amados, aguardando
estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em
paz.” II Pedro 3:11-14
“O fato de haver abundância de iniquidade, de estarmos rodeados
de céticos e infiéis, ou por professos cristãos que têm nome de que vivem e
estão mortos, não é motivo para que algum de nós seja assolado pela corrente
rumo à perdição. Por haver quase universal abandono de Deus, há maior
necessidade de permanecermos firmes e leais. ... Cumpre-nos reunir os raios do
Sol da Justiça, e refleti-los ao mundo. Em meio de uma geração desonesta e
perversa, devemos manifestar os louvores dAquele que nos chamou das trevas para
Sua maravilhosa luz. Coisa alguma senão profunda experiência individual nos
habilitará a resistir à prova dos transes e tentações que havemos de enfrentar
na luta cristã. Demasiadas vezes nos sentimos bem quando tudo corre suavemente;
mas quando as dúvidas assaltam a mente, e Satanás cochicha suas sugestões,
desaparece-nos a defesa, e pronto cedemos às artes do tentador, mal fazendo um
esforço para resistir-lhe e expulsá-lo. Não basta ter bons impulsos. A alma
deve estar fortificada pela oração e o estudo das Escrituras. Munido com estas
armas enfrentou nosso astuto inimigo no campo de batalha, e venceu-o. Podemos
todos vencer em Sua força; mas não nos justificará supor que Lhe podemos
dispensar o auxílio. Ele diz: “Sem Mim nada podereis fazer”. João 15:5. The
Signs of the Times, 26 de Outubro de 1904.Nossa Alta Vocação, 328
SEXTA-FEIRA (5 de agosto) COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 6 (3º trimestre 2016)
JESUS MISTURAVA-SE COM AS PESSOAS
Como podemos conduzir pessoas à Jesus? Em
primeiro lugar devemos seguir o exemplo de Cristo. Jesus Cristo amou incondicionalmente
as pessoas e jamais deixou de ajudá-las. Ao ver uma grande multidão, Ele
“compadeceu-Se dela e curou os seus enfermos”, Mateus 14:14, e lhe proveu
alimento, Mateus 14: 16-20. Jesus fazia amizades com as pessoas e era amistoso com todos, inclusive
com as socialmente rejeitadas. Ver Marcos 2:15. Ele mostrava interesse com todos
com quem Se encontrava e lhes oferecia ajuda espiritual. Podia ser indivíduos de classe
superior, como Nicodemos, ver João 3:1, 2, ou rejeitados, como a mulher
samaritana, ver João 4:7. Veja este
texto sobre a atitude de Cristo: “Ia de lugar a lugar, para que os que se
achavam nos caminhos e atalhos pudessem ouvir as palavras da verdade. Na praia,
nas encostas das montanhas, nas ruas da cidade, nas sinagogas, Sua voz se fazia
ouvir explicando as Escrituras.” Obreiros Evangélicos, 43.
Outra maneira de conduzir pessoas para Cristo é sendo amável
com todos. Embora todos necessitem de amigos, poucos compreendem as qualidades
básicas formadoras de amizade. Um verdadeiro amigo é alguém com quem
partilhamos afeição, respeito e interesses mútuos. Amigos verdadeiros são
aqueles que nos ajudam em tempos de dificuldades. Esse é o tipo de amigo que
Cristo é; pronto para confortar qualquer pessoa em ocasiões de sofrimento. A
amizade de Cristo nos privilegia com amor eterno, direção e revelação de Sua
vontade para nossa vida. Ele deu a vida por nós. E, não existe no mundo maior
expressão de amizade para conosco.
Sempre que você encontrar pessoas na rua, no
ônibus, no supermercado, na cidade, em qualquer lugar, seja amável: sorria para
elas, cumprimente-as e ofereça ajuda quando for necessário. Disse Jesus: “Amarás
o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu
entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a
este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mat 22:37-39.
Outro ponto a considerar é criar oportunidades para ajudar. Veja estes textos inspirados: “Não
permitam que passe oportunidade alguma sem ser aproveitada. Visitem os doentes
e sofredores, e manifestem-lhes bondoso interesse. Se possível, façam alguma
coisa para os cercar de mais conforto. Poderão assim conquistar-lhes o coração,
e dizer uma palavra em favor de Cristo. Somente a eternidade poderá revelar
todo o alcance dessa atividade. Outros ramos de utilidade se abrirão perante os
que estão dispostos a cumprir o dever que lhes fica mais perto.” Testemunhos
Para a Igreja vol 9, 36.
“Palavras bondosas, proferidas com simplicidade, pequenas
atenções dispensadas sem ostentação, hão-de afugentar as nuvens da tentação e
dúvida que se adensam por sobre a pessoa. A verdadeira e sincera expressão de
simpatia cristã transmitida com simplicidade tem poder para abrir a porta de
corações que necessitam do simples e delicado toque do Espírito de Cristo.” Testemunhos
Para a Igreja vol 9, 30.
As oportunidades para ajudar pessoas para conhecerem Jesus estão
sempre ao nosso redor. Tudo o que devemos fazer é nos manter atentos e orar, a
fim de que possamos percebê-las e aproveitá-las. Não devemos esperar, devemos
ir e fazer o trabalho. Eis este texto:
“Não devemos esperar que as pessoas venham até nós; precisamos procurá-las onde
estiverem. Quando a Palavra é pregada do púlpito, o trabalho apenas começou. Há
multidões que nunca serão alcançadas pelo evangelho se ele não lhes for levado.”
Serviço Cristão, 121.
“Há muitos que não irão à igreja para ouvir a verdade sendo
anunciada. Por meio de esforço pessoal em simplicidade e sabedoria, esses
poderiam ser persuadidos a se dirigir à casa de Deus.” Review and Herald, junho
de 1880.
A lição desta semana é um convite para sairmos da nossa zona
de tranquilidade e conforto e ajudarmos as pessoas que necessitam da nossa
ajuda. Sentir-se confortável na igreja com os amigos crentes deveria servir
como um sinal de alarme para os seguidores de Cristo. Embora o ato de adoração
com os irmãos seja necessário, constitui apenas uma parte da nossa missão. A nossa
missão é seguir os passos e métodos de Cristo: “Unicamente os métodos de Cristo
trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os
homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles,
ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então:
“Segue-Me.” A Ciência do Bom Viver, 143.
Luís Carlos Fonseca
Sem comentários:
Enviar um comentário