terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (1º trimestre de 2019) JUÍZO SOBRE BABILÓNIA


COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (1º trimestre de 2019) JUÍZO SOBRE BABILÓNIA

VERSO ÁUREO: “E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniquidades dela.” Apocalipse 18:4,5

INTRODUÇÃO (sábado 16 de março) Quem é a Babilônia descrita em Apocalipse? Babilónia é o nome encontrado por Deus para descrever as igrejas que adotaram doutrinas pagãs como as que vieram da Grécia e de Roma; por exemplo: a rainha do céu, referindo-se a Maria, e a adoção de vários santos como intercessores. Babilónia adotou o dia do sol do paganismo, o domingo no lugar do sábado bíblico, desenvolveu uma compreensão equivocada do estado do homem na morte. Adotou o doutrina pagã espírita onde a pessoa depois da morte não precisa passar pela ressurreição, pois acreditam que depois da morte vão para algum lugar como o céu, inferno, purgatório ou se reencarnam. Babilónia tem as suas filhas em várias confissões religiosas, que partilham de várias tradições e falsas doutrinas: “E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra.” Apocalipse 17:5

O referido sistema religioso falso tem os dias contados, pois Deus trará juízo sobre ele. A segunda mensagem angélica, relatada em Apoc 14:8 sobre a queda de Babilônia, é repetida em Apocalipse 18:2. É uma expressão do quanto essa organização religiosa tornou-se corrupta: “E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e odiável.” Apocalipse 18:2

A advertência final de Deus contra Babilônia resume-se em dois pontos: 1) A mensagem do segundo anjo declara que "caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição". Apoc. 14:8. 2) O alto clamor de Apocalipse 18 acrescenta: "Retirai-vos dela, povo Meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, e para não participardes dos seus flagelos. Porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus Se lembrou dos atos iníquos que ela praticou."

A Bíblia apresenta o Armagedom como o clímax final, não entre nações em disputa, mas entre os dois lados do conflito cósmico. Por mais que os fatores econômicos e políticos possam entrar em jogo, será uma luta religiosa, não uma batalha política e econômica. O Armagedom está relacionado à luta entre o dragão, Satanás e Cristo.

O Armagedom já está instalado, e se intensificará em confronto cósmico final entre as forças do bem e os poderes do mal, no qual será decidido, para sempre. Embora os ímpios se prepararão para a batalha literal Ver Apoc 16:14; ver também 20:7-9, cremos que os justos jamais assumirão uma postura de guerra literal, ver Mateus 5:38-48 e Rom 12:17-21. Nesse conflito espiritual final, Cristo e os Seus anjos pelejarão em favor dos justos, triunfando definitivamente sobre Satanás e suas hostes. Ver Apoc 20:1-21:8. Amém?

O mais importante, no contexto do juízo final é a recompensa que os salvos irão receber! Andar com Jesus e amar o próximo terá um doce galardão! Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Mateus 25:34

Acompanhe este texto adicional sobre o tema desta semana: “Declara-se que Babilônia é “mãe das prostitutas”. Como suas filhas devem ser simbolizadas as igrejas que se apegam às suas doutrinas e tradições, seguindo-lhe o exemplo em sacrificar a verdade e a aprovação de Deus, a fim de estabelecer uma aliança ilícita como mundo. A mensagem de Apocalipse 14, anunciando a queda de Babilônia, deve aplicar-se às organizações religiosas que se corromperam. Visto que esta mensagem se segue à advertência acerca do juízo, deve ser proclamada nos últimos dias; portanto, não se refere apenas à Igreja de Roma, pois que esta igreja tem estado em condição decaída há muitos séculos. Demais, no capítulo 18 do Apocalipse, o povo de Deus é convidado a sair de Babilônia. De acordo com esta passagem, muitos do povo de Deus ainda devem estar em Babilônia. E em que corporações religiosas se encontrará hoje a maior parte dos seguidores de Cristo? Sem dúvida, nas várias igrejas que professam a fé protestante." O Grande Conflito, 382, 383

DOMINGO (17 de março) A PROSTITUTA BABILÓNIA – É curioso que o termo “Babilônia” sempre constituiu-se na capital da falsa adoração. Por exemplo, torre de Babel é um testemunho do desejo de seus construtores de, subir “acima das mais altas nuvens e” ser semelhante “ao Altíssimo”, bem como uma evidência de seus esforços para serem salvos em caso da existência de outro dilúvio mundial. 

Portanto, eles se recusaram em acreditar na promessa de Deus de que Ele jamais traria outro dilúvio sobre a terra. Ver Gên 9:8-11. Sobre Babel foi construída a cidade de Babilónia, e Babilónia é o termo usado por Deus para identificar a confusão religiosa instalada no contexto final da história.

Em todos os tempos, o Senhor Deus teve que lidar com aqueles que caíram na idolatria e em outras formas de adoração falsa. Na crise final, retratada em Apocalipse 13 e 17, tema desta semana, a questão da adoração surgirá novamente. O povo de Deus também terá que escolher a quem adorará e servirá, se a Deus ou a besta. Veja Josué 24:15.

Em Apocalipse capítulo 12 apresenta uma mulher cujos símbolos, que a representam, não deixam dúvidas que é a verdadeira igreja de Deus. Mas NO VERSO 17, outra mulher é apresentada. Uma mulher “vestida de púrpura e de escarlate, e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas”. Uma mulher que tem em sua mão “um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição”. Uma mulher que fez e faz os reis da terra se prostituírem; que embebeda os habitantes da terra “com o vinho da sua prostituição”; que “está embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus”.

Uma mulher chamada de; “a grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra”. Enfim, uma mulher “montada numa besta escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmias, e que tinha sete cabeças e dez chifres”. A profecia não deixa dúvidas de que essa mulher é a igreja Católica romana!

Apocalipse 17:1 menciona: “Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e me disse: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas.” João descreve a cena em que um anjo se aproximou e o levou a uma visão da condenação da “grande prostituta”, e assim é declarada essa igreja porque foi infiel ao Senhor Jesus Cristo. Ela cometeu Adultério espiritual, tornando-se amante da idolatria.

Lemos em Apocalipse 17:2: “Com ela se prostituíram os reis da terra, e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição,” Essa tem sido a história da igreja Católica romana, desde o 4º século até os nossos dias, tendo associações com o Estado, abandonando a Palavra de Deus e aceitando as tradições pagãs.

Em Tiago 4: 4 menciona uma imagem clara do que a prostituição espiritual parece a Deus. “Infiéis! Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”  A amizade do mundo é inimiga de Deus. Em assuntos de salvação não há meio-termo. Ou você alinha-se com Deus ou com o mundo.

A parte mais perigosa sobre a prostituta é que ela pode ser muito difícil de ser identificada. Ela apresenta seu vinho em um cálice de ouro, conforme Apocalipse 17: 4, Ela usa a bíblia para mostrar suas doutrinas falsas. Todas as palavras, frases e doutrinas são pregadas com olhar piedoso com som de amor ao próximo, porque ela usa versículos da Bíblia para apoiar suas mentiras. Este é um truque comum de Satanás e seus servos: “E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.” II Coríntios 11:14

"O grande pecado imputado a Babilônia é que “a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição”. Esta taça de veneno que ela oferece ao mundo representa as falsas doutrinas que aceitou, resultantes da união ilícita com os poderosos da Terra. A amizade mundana corrompe-lhe a fé, e por seu turno a igreja exerce uma influência corruptora sobre o mundo, ensinando doutrinas que se opõem às mais claras instruções das Sagradas Escrituras. Roma privou o povo da Escritura Sagrada e exigiu que todos os homens aceitassem seus ensinos em lugar da própria Bíblia. Foi obra da Reforma restituir a Palavra de Deus aos homens; não é, porém, sobejamente verdade que nas igrejas modernas os homens são ensinados a depositar fé no credo e dogmas de sua igreja em vez de nas Escrituras". O Grande Conflito, 388.

SEGUNDA-FEIRA (18 de março) A PROSTITUTA SENTADA EM CIMA DA BESTA ESCARLATE – Existe duas possíveis interpretações sobre este texto: a) A Besta escarlate é o símbolo dos Estados Unidos da América do Norte unido com Roma papal. Aplicar o simbolismo desta besta escarlate aos Estados Unidos da América com Roma papal, envolve uma outra compreensão. No panorama escatológico do Apocalipse, é este o último poder político-militar de alcance global, ver Apocalipse 13:12, e que assumirá atitudes imperiais como os sete impérios anteriores a ele, que é “procedente” da Europa e, portanto, tem uma relação com os anteriores em termos de origem. Sendo que as cabeças da besta escarlate representam sete impérios mundiais, a saber; Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia, Roma e Roma papal, a oitava cabeça pode ser, portanto, o poder americano, conforme representado pela besta de dois chifres em Apocalipse 13:11, pois é este poder que “apoia”, no capítulo 13, ou “carrega”, no capítulo 17, a besta que sai do mar ou grande prostituta. Este é o pensamento atual dos teólogos Adventistas. Apocalipse 17:3: “Então o anjo me levou em espírito a um deserto, e vi uma mulher montada numa besta escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que tinha sete cabeças e dez chifres.”

b) Besta escarlate é o símbolo do próprio Satanás. Há uma grande semelhança entre a besta do capítulo 17 e o dragão do capítulo 12, símbolo de Satanás. Ambos possuem sete cabeças e dez chifres, comparar Apocalipse 12:3 e 17:7. Eles possuem a mesma cor;  escarlate ou vermelho. 12:3 e 17:3. Os dois poderes se opõem a Jesus. Ver Apoc 12:13 e 17:14. Mencionando este poder João diz: “a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição…”. Apocalipse 17:8

A palavra abismo aparece no Apocalipse sete vezes. Em Apocalipse 20, um anjo desce do céu com a chave do abismo em sua mão e aprisiona Satanás por mil anos. Depois deste período ele será solto, para logo em seguida ser destruído.

Assim, a besta que “era”, de acordo com esta interpretação, faz referência ao tempo histórico, quando Satanás perseguiu a igreja de Deus, conforme Apocalipse 12. A besta que “não era”, é uma referência ao período de mil anos, quando Satanás será acorrentado por um anjo e lançado no abismo” Apocalipse 20:1-2. E, “está para emergir do abismo e caminha para a destruição”, refere-se a soltura e destruição final de Satanás após o milênio. Apocalipse 20:9-10.

A mulher santa do capítulo 12, que representa a igreja de Cristo, foi vista nas alturas dos Céus. A mulher deste capítulo 17, a “grande prostituta”, foi vista no deserto, lugar da habitação dos demônios.
A besta de cor escarlate sobre a qual a mulher está montada tem todas as características do dragão vermelho do capítulo 12 e muita semelhança com a besta do capítulo 13. O dragão, diz a profecia, é Satanás no controle do Império Romano, sendo também Roma-pagã. A besta do capítulo 13, que recebeu o poder do dragão, é Roma papal, sucessora de Roma pagã. Assim podemos ter uma ideia da besta sobre a qual a igreja de Roma foi vista “montada”.

Blasfémias são palavras que ofendem a Deus. A besta sobre a qual a mulher está montada age através de mentiras sobre Deus. Por exemplo; dizer que homens podem ser intermediários entre as pessoas e Deus e afirmar que pode perdoar pecados são algumas das blasfêmias cometidas por essa igreja prostituta.

Vemos também: “Vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus. Quando a vi, admirei-me com grande espanto.” Apocalipse 17:6. Na Inquisição, os seguidores fiéis da Palavra de Deus foram perseguidos e assassinados. Cada detalhe da profecia é comprometedor contra a igreja de Roma. A revelação de Deus denuncia essa instituição como anticristã, embora aparenta ser.

O outro verso a ser estudado na lição de hoje é Apocalipse 17:7: “Então o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres.” Por que João ficou admirado? Certamente não era em face da perseguição ao povo de Deus, afinal, ele havia testemunhado a feroz perseguição do poder romano contra Jesus. Mas essa perseguição vinha da Roma pagã, inimiga declarada de Cristo. Agora ele via uma igreja nominalmente cristã perseguindo cristãos verdadeiros.

TERÇA-FEIRA (19 de março) A IDENTIFICAÇÃO DA BESTA ESCARLATE – Embora na lição de ontem já declaramos quem é a besta vermelha e, compreendendo que a profecia é uma verdade que se amplia, o capítulo 17 é uma sequência do capítulo 13 para mostrar o mesmo poder. Em profecias isso se chama paralelismo profético. Isso é comum em profecias apocalípticas. Por exemplo, em Daniel 2, vemos uma sequência de impérios; Babilônia, Medo-pérsia, Grécia, Roma pagã e Roma papal, que é representada pela estátua de ouro, prata, bronze, ferro e barro. Os mesmos impérios são retratados em Daniel 7 por quatro animais: leão, urso, leopardo e o quarto animal, terrível e espantoso. Já em Daniel 8, os três últimos poderes, Medo-pérsia, Grécia e Roma, são representados por um carneiro, um bode e um “chifre pequeno”, animais utilizados nos serviços do tabernáculo ou santuário. O mesmo acontece em relação aos capítulos 13 e 17 do Apocalipse. Ocorre uma ampliação na descrição das entidades o que justifica uma mudança nos símbolos.

Ontem já fizemos referência sobre Apocalipse 17:8: “A besta que viste era e já não é, e subirá do abismo, e irá à sua destruição. Os que habitam na terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá, agora é.”

Aparentemente, esse texto pode parecer um tanto confuso, mas existe uma explicação lógica para o verso. Nunca é sábio ser dogmático quando se estudam profecias não cumpridas. Um princípio bíblico é claro: Jesus disse: "Disse-vos agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós creiais.” João 14:29. Os acontecimentos, quando acontecerem, sem dúvida esclarecerão muitas dessas passagens difíceis. Alguns estudiosos sustentam que se pode dizer que a besta, ou poder político do papado, era de 538 a 1798; já não era de 1798 a 1929; mas que virá.

A mulher representa o poder eclesiástico; a besta, o poder político. Nesse símbolo, encontramos completa união entre Igreja e Estado, e todos cujos nomes “não estão escritos no livro da vida” ficam admirados ao testemunhar o surgimento e influência desse tremendo poder político-religioso descrito como “a besta que era, e que já não é, mas que virá”. Dentro desta compreensão, a besta que virá será a união final entre Roma papal e Estados Unidos para impor decretos e perseguições ao povo de Deus.

Apocalipse 13 diz-nos que a besta que sobe do mar pelejaria contra os santos e os venceria, v 13:7. Agora, este mesmo poder, o sistema papal e igreja de Roma, são retratados no capítulo 17, como estando embriagados com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus. Essa é uma linguagem figurada para falar dos milhares que foram perseguidos e mortos por este poder religioso.

Durante as trevas da Idade Média milhares de cristãos fiéis foram injustamente designados hereges, e foram perseguidos e mortos simplesmente por não concordarem com os erros e tradições da igreja de Roma. Quando cair a terceira praga, e os ímpios não tiverem água para beber, em seu desespero, eles beberão sangue. O Apocalipse diz: “porquanto derramaram sangue de santos e de profetas, também sangue lhes tens dado a beber; são dignos disso”. Apocalipse 16:6. Este poder virá quando se fizer a imagem da besta que será a união do poder papal com os Estados Unidos da América para perseguir o povo de Deus. De que lado estaremos?

QUARTA-FEIRA (20 de março) AS SETE CABEÇAS DA BESTAVemos o que o anjo explicou para João: “Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis” Apocalipse 17:9. Os sete montes devem ser considerados de acordo com a mentalidade dos judeus, ou seja, como reinos. Por meio de um paralelismo, Isaías usa, de forma intercalada, montes e povo ou nação. Ver Isaías 37:32; Salmo 48:2; Jeremias 51:25, Daniel 2:34-35; Zacarias 4:7. O mesmo ocorre com o termo “rei”, que os judeus usavam como equivalente de “reino”. Ver Daniel 7:17; 8:21, 23. Assim, “montes” e “reis” devem apontar para reinos ou impérios representados nas cabeças da besta.

Embora temos a tendência de interpretar que os sete montes são as sete colinas de Roma, e que o Vaticano é um a destas colinas. Roma é a cidade edificada sobre sete montes, chamada de “a cidade das sete colinas”, denominadas: Aventino, Palatino, Quirinal, Viminal, Ceoli, Janículo e Esquilino. Assim, em primeiro plano, as sete cabeças apontam para a cidade de Roma.

No entanto, devemos fazer um estudo mais profundo, comparando as profecias com a história. Como o anjo explica, de acordo com a compreensão do profeta, ou seja, no primeiro século, cinco reinos já tinham se passado, Egito, Assíria, Babilônia, Medo-pérsia e Grécia, um existia, que era Roma pagã ou imperial e o sétimo ainda viria, que é Roma papal, que só foi estabelecido em 538 d.C. e que foi até 1798. d.C

A afirmação do anjo de que o sétimo reino, Roma Papal, teria de durar “pouco”, 1260 anos, pode ser entendida da perspectiva da garantia da vitória dos fiéis de Deus alcançada na cruz e não do ponto de vista do tempo cronológico. O adjetivo grego "oligon" pouco é também usado em Apocalipse, ao se afirmar que o diabo, após a cruz, sabia que tinha “pouco tempo”. O pouco para Deus pode ser muito para nós Apocalipse 12:12. Entretanto já se passaram quase dois mil anos. O sentido de “pouco” não se refere a tempo cronológico.

Por outro lado, ao falar que o dragão será solto após o Milênio, mas por “pouco tempo”, João usa Mikron, Apocalipse 20:3, indicando um tempo cronometrado. Assim, o conhecimento destas duas palavras gregas nos permite concluir que a expressão “pouco tempo”, não é um empecilho para aplicarmos esse símbolo da besta escarlate ao próprio Satanás.

O que significa os dez chifres? “E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Apocalipse 17:12,13. Os dez chifres representam poderes políticos durante o tempo da sétima cabeça, que apoiarão a besta. Estas nações têm o propósito de se unir com a besta para forçar os habitantes da terra a “beber” o vinho de Babilônia, isto é, unir o mundo sob seu controle e eliminar todos os que se recusam a cooperar.

Apocalipse 17:11: “A besta que era e já não é, é o oitavo rei. Pertence aos sete, e vai à sua destruição.” Entendemos que poder romano é um só, quer seja Roma pagã quer seja a papal, a besta é um único poder; e suas sete cabeças a representam em toda a sua história. Desse modo, o poder revitalizado do papado é a sétima das sete cabeças da besta. E quando, por um breve tempo, a besta e o falso profeta unirem seus poderes, que será a imagem da besta que resultará no decreto dominical, constituirão o “oitavo rei”.

QUINTA-FEIRA (21 de março) O JULGAMENTO DE BABILÓNIA – Apocalipse 17 é um dos capítulos mais difíceis de interpretação e talvez não tenhamos respostas para tudo que ele revela. Ele trata do julgamento da grande meretriz. Há duas palavras no grego em Apocalipse, que se referem a juízo: crisis e krima. Quando se usa a palavra crisis, apresenta um juízo em andamento, mas quando se usa a palavra krima é a pronúncia do resultado já definido, que pode ser de absolvição ou de condenação. No contexto do julgamento de Babilónia João usa a palavra krima, que é a sentença que será pronunciada sobre Babilônia, uma vez que o juízo que antecede a Volta de Jesus já está em andamento e já terá sido concluído quando Ele deixar o Santuário Celestial. Apocalipse 15:8 e as pragas já estiverem caindo sobre a terra. Tema que já estudamos na lição 11 deste trimestre.

Apocalipse 17:12 menciona: “Os dez chifres que viste são dez reis que ainda não receberam o reino, mas receberão a autoridade, como reis, por uma hora, juntamente com a besta.”

Apocalipse 17:13 acrescenta: “Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.” Conforme o texto o intento dos reis é o de entregar o seu poder e autoridade à besta. Essa grande nova confederação de poder político e eclesiástico tem pouca duração, cerca de uma hora profética. Isaías 8:9-15 fala a respeito de uma confederação que existirá nos últimos dias, a qual equivale à declaração acerca de dez reis com apenas um propósito. Apocalipse 16:13 e 14 fala acerca de três espíritos imundos que reúnem os reis do mundo inteiro para a batalha do Armagedom. Uma hora profética equivale a 15 dias literais. Como é algo que ainda não se cumpriu aconselho a não especularmos.

Apocalipse 17:14 adverte: “Guerrearão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com Ele, chamados eleitos e fiéis.”

Apocalipse 17:15 diz: “Então o anjo me disse: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas.”

Apocalipse 17:16 enfatiza: “A besta e os dez chifres que viste são os que odiarão a prostituta, e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo.” Os que foram enganados pelos falsos mestres religiosos terão um triste despertar, e se voltarão contra os que enganaram. Eles ficarão furiosos pela maneira errônea com que foram orientados, e deixarão de apoiar a igreja de Roma. Aqui é uma possível referência a sexta praga que é o secar do rio Eufrates.

Encontramos em Apocalipse 17:17: “Pois Deus lhes pôs no coração o realizarem o intento dele, concordando dar à besta o poder de reinar, até que se cumpram as palavras de Deus.”

Alguma forma de religião apostatada sempre tem sido usada pelo inimigo para manipular o poder civil, tentando atrapalhar os planos de Deus e criando dificuldade para Seu povo. Durante os tempos modernos o povo de Deus tem tido descanso de perseguições governamentais. Mas, em breve a ferida mortal estará curada, com a união do Roma papal e Estados Unidos da América, e a besta vai recobrar seu poder e o mundo todo a seguirá. O falso profeta começará a falar como dragão e todos os outros eventos acontecerão sucessivamente. Mas os filhos de Deus não serão apanhados de surpresa, muito pelo contrário; o cumprimento das profecias bíblicas irá mais uma vez confirmar a fé em Jesus e em Seu breve retorno.

"A teoria do tormento eterno é uma das falsas doutrinas que constituem o vinho das abominações de Babilônia, do qual ela faz todas as nações beberem. Apocalipse 14:8; 17:2. Que ministros de Cristo hajam aceito esta heresia e a tenham proclamado do púlpito sagrado, é na verdade um mistério. Eles a receberam de Roma, assim como receberam o falso sábado." O Grande Conflito, 536.

"Os pecados de Babilônia serão revelados. Os terríveis resultados da imposição das observâncias da igreja pela autoridade civil, as incursões do espiritismo, os furtivos mas rápidos progressos do poder papal, tudo será desmascarado." O Grande Conflito, 606

SEXTA-FEIRA (22 de março) LEITURA ADICIONAL E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (1º trimestre de 2019) JUÍZO SOBRE BABILÓNIA - Embora o capítulo 17 de Apocalipse fale de poderes do mal ativos contra Deus e Seu povo, o controle da história deste mundo continua nas mãos de Deus. Deus trará juízo sobre os inimigos de Seu povo e livra Seus filhos fiéis de todas as perseguições. Amém?

Podemos estar cientes que, a despeito da união dos poderes das trevas, no tempo do fim, contra Deus e Seu povo, nossa vitória já está garantida. A promessa é que: “Em todas as coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”. Romanos 8:37. Amém?

É importante ressaltar dois pontos: 1) Deus tem filhos sinceros dentro de Babilónia e o Seu convite de amor é: “E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” Apocalipse 18:4. 2) Temos o dever de proclamar a advertência ao mundo que precisa ouvir sobre os juízos que acometerão Babilonia: “E depois destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e odiável.” Apocalipse 18:1,2

“Todo o mundo estará em um ou no outro lado da questão. Será travada a batalha do Armagedom. E nesse dia nenhum de nós deverá estar dormindo. Precisamos estar bem despertos, como as virgens prudentes, tendo azeite em nossas vasilhas com nossas lâmpadas. O poder do Espírito Santo deve estar sobre nós, e o Capitão do exército do Senhor estará à frente dos anjos para dirigir a batalha…. Precisamos estudar o derramamento da sétima taça. Ver Apoc 16:17-21. Os poderes do mal não capitularão no conflito sem uma luta. Mas a Providência Divina tem uma parte a desempenhar na batalha do Armagedom. Quando a Terra for iluminada com a glória do anjo de Apocalipse 18, os elementos religiosos, bons e maus, despertarão do sono, e os exércitos do Deus vivo pôr-se-ão em campo. Em breve será travada a batalha do Armagedom. Aquele em cuja vestimenta está escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores, conduz os exércitos do Céu montados em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro Ap 19:11-16. Eventos Finais, 250, 251.

“Declara-se que Babilônia é “mãe das prostitutas”. Como suas filhas devem ser simbolizadas as igrejas que se apegam às suas doutrinas e tradições, seguindo-lhe o exemplo em sacrificar a verdade e a aprovação de Deus, a fim de estabelecer uma aliança ilícita como mundo. A mensagem de Apocalipse 14, anunciando a queda de Babilônia, deve aplicar-se às organizações religiosas que se corromperam. Visto que esta mensagem se segue à advertência acerca do juízo, deve ser proclamada nos últimos dias; portanto, não se refere apenas à Igreja de Roma, pois que esta igreja tem estado em condição decaída há muitos séculos. Demais, no capítulo 18 do Apocalipse, o povo de Deus é convidado a sair de Babilônia. De acordo com esta passagem, muitos do povo de Deus ainda devem estar em Babilônia. E em que corporações religiosas se encontrará hoje a maior parte dos seguidores de Cristo? Sem dúvida, nas várias igrejas que professam a fé protestante." O Grande Conflito, 382 e 383

Luís Carlos Fonseca

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