domingo, 27 de julho de 2014

RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (3º trimestre de 2014) – A IGREJA

RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (3º trimestre de 2014) – A IGREJA

VERSO ÁUREO: “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão-de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” João 17:20-21

INTRODUÇÃO (sábado 16 de agosto) – A igreja de Deus sempre existiu na terra e vai continuar no céu, durante o milênio, e depois continuará aqui na terra renovada, por toda a eternidade. Desde Adão e Eva até os nossos dias, Deus manteve a Sua igreja para receber e transmitir a Sua Palavra à toda a humanidade. A igreja nasceu na mente de Deus, não foi uma invenção de homens, por isso é uma instituição que surgiu para ser sagrada e para representar verdadeiramente o carácter de Jesus. Deus tem um carinho muito grande por Sua igreja!

Quais são os propósitos da existência da Igreja? Atos 2:42 pode ser considerado como a frase-propósito para a igreja: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.”

1) A igreja deve ensinar a doutrina bíblica para que possamos ter os alicerces da fé cristã. Efésios 4:14 diz: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” 2) A igreja deve ser um lugar de comunhão, onde os cristãos possam dispensar atenção, amor cristão e honra uns aos outros. Ver Romanos 12:10. Instruir uns aos outros. Ver Romanos 15:14. Ser benignos e misericordiosos uns com os outros. Ver Efésios 4:32. Encorajar uns aos outros. Ver I Tessalonicenses 5:11, e principalmente, amar uns aos outros. Ver I João 3:11. Este é um propósito da igreja, comunhão 3) A igreja deve ser um lugar onde os crentes possam observar a ceia do Senhor, lembrando-se da morte de Cristo e Seu sangue derramado em nosso favor. Ver I Coríntios 11:23-26. O conceito de partir o pão também dá a ideia de refeições partilhadas. Este é outro exemplo da igreja promovendo a comunhão. 4) O outro propósito da igreja, de acordo com Atos 2:42 é a oração. A igreja também deve ser um lugar que promova a oração, ensine a oração e pratique a oração. Filipenses 4:6-7 encoraja-nos: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.”

Uma outra tarefa dada à igreja é para proclamar o evangelho de salvação através de Jesus Cristo. Ver Mateus 28:18-20 e Atos 1:8. A igreja é chamada para ser fiel em partilhar o evangelho através de palavras e ações. A igreja deve ser um farol na comunidade: mostrando às pessoas o caminho para nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A igreja deve tanto promover o evangelho quanto preparar seus membros para o proclamar. Ver I Pedro 3:15.

Em Tiago 1:27 encontramos outros propósitos da igreja: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” A igreja deve ministrar àqueles que estão em necessidades. Isto inclui não somente partilhar o evangelho, mas também providenciar recursos para as necessidades físicas; comida, roupas e abrigo, quando necessário e apropriado. A igreja deve também equipar os crentes, em Cristo, com as ferramentas de que necessitam para vencer o pecado e permanecerem livres da contaminação do mundo. Isto é feito pelos princípios dados acima: ensino bíblico e comunhão cristã.

De acordo com I Coríntios 12:12-27, a igreja é o corpo de Deus: somos Suas mãos, boca, pés e coração neste mundo. Devemos fazer as coisas que Jesus Cristo faria se Ele estivesse aqui na terra, fisicamente. A igreja deve ser cristã como Cristo e guardadora dos mandamentos de Cristo.

DOMINGO (17 de agosto) O FUNDAMENTO DA IGREJA - A Igreja Católica Romana proclama a si própria como a seguidora da doutrina dos apóstolos. Pelo contrário. Mesmo uma leitura superficial no Novo Testamento irá revelar que a Igreja Católica Romana não tem sua origem nos ensinamentos de Jesus, ou de Seus apóstolos, mas sim na sua tradição. No Novo Testamento, não há menção a respeito do papado, como autoridade cristã, adoração a Maria ou a imaculada concepção de Maria, a virgindade perpétua de Maria, a ascensão de Maria ou Maria como co-redentora e mediadora, petição por parte dos santos no céu pelas orações, sucessão apostólica, as ordenanças da igreja funcionando como sacramentos, o batismo de bebês, a confissão de pecados a um sacerdote, o purgatório, as indulgências ou a autoridade igual da tradição da igreja e da Escritura e outras coisas anti-bíblicas.

Sobre quem a igreja Cristã está fundamentada? Toda casa precisa de um alicerce sólido. Caso contrário, corre sério risco de desabar. Da mesma forma, todo cristão deve ter um fundamento firme. A Bíblia nos mostra que o nosso alicerce deve ser o Senhor Jesus e a Sua Palavra. Veja estes textos: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. I Coríntios 3:11

“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha, e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.” Mateus 7:24-25

Quem é a Rocha descrita no Velho Testamento? Ver Deut. 32:4, Salmo 28:1, Salmo 32:2 e 3, Isaías 62:2 e Isaías 17:10.

Veja estes textos sobre Jesus: “E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.” I Coríntios 10:4

“E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa. I Pedro 2:4

“Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.” Atos 4:11

Afinal, quem é a Rocha de Mateus 16:18? Há um grande debate sobre se "a rocha" sobre a qual Cristo edificaria Sua igreja é Pedro ou Cristo. Com certeza, a interpretação da rocha é que Jesus não estava se referindo a Pedro, mas à confissão de fé que Pedro fez no versículo 16: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo." Jesus nunca havia explicitamente ensinado a Pedro e aos outros discípulos a plenitude de Sua identidade, e Ele reconheceu que Deus tinha soberanamente aberto os olhos de Pedro e lhe revelado quem Jesus realmente era. A sua confissão de Jesus como o Filho de Deus jorrou do seu ser, formando uma declaração sincera da fé pessoal de Pedro em Cristo. É essa fé pessoal em Cristo que é a marca do verdadeiro cristão. Todos aqueles que têm colocado a sua fé em Cristo, assim como Pedro o fez, formam a igreja. Pedro expressa esta verdade em I Pedro 2:4: "Chegando-vos para ele, pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas, para com Deus eleita e preciosa, sois vós também quais pedras vivas, edificados como casa espiritual para serdes um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo." Após a confissão de Pedro, Jesus declara que Deus tinha revelado a verdade a Pedro. A palavra para "Pedro", “Petros”, significa "pedra pequena" ver João 1:42. Jesus então usou uma palavra relacionada com Ele, “petra”, que significa "uma pedra de fundação". Essa mesma palavra é usada em Mateus 7:24 e 25, quando Jesus descreve a rocha sobre a qual o homem sábio constrói sua casa. O próprio Pedro usa a mesma imagem em sua primeira epístola: a igreja é construída de numerosas pequenas “petros”, "pedras vivas" I Pedro 2:5, que fazem a mesma confissão de que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Estas confissões de fé são os alicerces da igreja. Jesus é a Rocha!

SEGUNDA-FEIRA (18 de agosto) A ORAÇÃO DE CRISTO POR UNIDADE - A oração dos pecadores é uma oração que uma pessoa faz a Deus quando entende que é pecadora e precisa de um Salvador. Fazer a oração dos pecadores não vai resolver nada por si só, a não ser se Deus agir. Uma oração dos pecadores só é efetiva se ela representa genuinamente o que uma pessoa sabe, entende e acredita sobre sua natureza pecaminosa e sua necessidade de salvação. Agora a oração que Cristo fez por unidade é diferente, pois Ele também era Deus quando fez a seguinte oração: “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.” João 17:20-23. Nesta oração Jesus sabia perfeitamente o que é bom para Seus filhos, a unidade!

Deus quer que Seus seguidores sejam unidos. Quando Jesus Se preparou para a Sua própria morte, uma das primeiras coisas em Sua mente foi a unidade dos Seus discípulos como vimos na Sua oração. Aqueles que querem glorificar a Deus, incentivarão esta unidade entre os crentes: Veja este texto: "Assim, pois, seguimos as cousas da paz e também as da edificação de uns para com os outros" Romanos 14:19. Como servos de Deus em comunhão com o Espírito Santo, deveremos trabalhar humildemente para manter a unidade: Veja este outro texto: "Completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma cousa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” Filipenses 2:2-4. Paulo deu a fórmula prática para esta paz quando escreveu à igreja dividida em Corinto. Segue o texto: "Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis a todos a mesma cousa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.” I Coríntios 1:10. Crer que a unidade é importante é uma coisa, praticá-la é outra coisa.

A unidade artificial é fácil. Os homens são muito capazes de esconder diferenças reais e criar alianças egoístas, como o faziam os fariseus e os herodianos quando se uniam contra seu adversário comum, Jesus. Mas a unidade real requer trabalho duro. Exige estudo diligente, humildade genuína, amor pelos irmãos e, acima de tudo, um amor intransigente por Deus e Sua palavra. Que Deus nos ajude a desenvolver a mente de Cristo para servi-Lo juntos!

A unidade que Cristo prega requer algum sacrifício e não está relacionada ao ecumenismo. O ecumenismo prega que as religiões cristãs devem estar unidas sob a mesma bandeira do amor e respeito. Antes, os ecumênicos pretendiam unir as igrejas sob um mesmo líder. O ecumenismo é a intenção das igrejas em formar um só rebanho. Por se tratar de uma quase utopia, o que se percebe são atividades ecumênicas, onde elementos de diversas igrejas se congregam para desenvolverem atividades religiosas respeitando-se as diferenças para uma convivência fraterna entre os irmãos. Jesus pregou a unidade entre os cristãos; sim, mas não nas doutrinas, pois Jesus só tem um conjunto de doutrinas e quem não pratica essas doutrinas necessita ouvir a voz do Pastor Jesus e pertencer à igreja de Cristo, cumprindo e obedecendo os Seus mandamentos. Mesmo porque, no conflito final entre o bem e o mal, as doutrinas de Cristo será o ponto de divisão e não de união. Veja este texto: “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.” Apocalipse 12:17. De que lado você está, dentro ou fora do rebanho?

TERÇA-FEIRA (19 de agosto) A PROVISÃO DE CRISTO PARA A UNIDADEOnde encontrar forças para estarmos unidos com Deus e com os outros? Estes são os textos sugeridos para hoje: “Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.” João 17:23.

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” João 15:1-5.

O cristão é sacudido e tentado pelo diabo de várias maneiras. Se não vigiarmos a nossa alma, poderemos ceder e cair em pecados, traindo Cristo que tudo fez por nós. As advertências, dadas por Deus, para vigiarmos são muitas e precisamos estar atentos e em comunhão com Jesus para permanecermos felizes nos caminhos do Senhor. Cristãos que vivem na prática de pecados, trazem sérios problemas para o corpo de Cristo, que é a Sua igreja.

Quais são as provisões que estão disponíveis para mantermos a unidade com Deus e com os irmãos? Em palavras muito simples quero citar apenas quatro coisas: a oração, a leitura da bíblia, a frequência aos cultos e reuniões da igreja e o envolvimento nas atividades missionárias da igreja. Quem cumpre estes quatro pontos tem imensas chances de estar unido com os irmãos e comprometido com a missão de salvar pecadores para o reino de Deus. Veja este texto: “Cristo apontou a vide e seus ramos: Dou-vos esta lição para que possais compreender Minha relação convosco e vossa relação comigo. Não havia a menor escusa para seus ouvintes interpretarem mal Suas palavras. A figura que Ele empregou foi como um espelho colocado perante eles, para que pudessem compreender Sua ligação com eles. Essa lição será repetida até os confins da Terra. Todos quantos recebem a Cristo pela fé, se tornarão um com Ele. Os ramos não estão unidos à vinha por nenhum processo mecânico ou ligação artificial. Estão unidos à vinha e tornaram-se parte dela. São nutridos por suas raízes. Assim, aqueles que recebem a Cristo pela fé tornam-se um com Ele em princípio e ação. Estão unidos com Ele, e a vida que têm é a vida do Filho de Deus. Obtêm sua vida dAquele que é vida.O homem regenerado tem uma união vital com Cristo. Assim como o ramo extrai seu sustento do tronco principal, e por causa disto produz muito fruto, assim o verdadeiro crente está unido com Cristo, e revela em sua vida os frutos do Espírito. Os ramos se tornam um com a vinha. A tormenta não pode levá-lo para longe. Geadas não podem destruir suas propriedades vitais. Nada é capaz de separá-lo da vide. É um ramo vivo, e produz o fruto da vinha. Assim se dá com o crente. Por boas palavras e boas ações ele revela o caráter de Cristo. Como o ramo extrai seu nutrimento da vide, assim todos que são verdadeiramente convertidos extraem vitalidade espiritual de Cristo. Ele declarou: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o Seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. Pois a Minha carne é verdadeira comida, e o Meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue permanece em Mim, e Eu, nele.” João 6:53-56.  Manuscrito 78, 17 de Junho de 1898. Olhando para o Alto, 195.

QUARTA-FEIRA (20 de agosto) UM GRANDE OBSTÁCULO À UNIDADE - A lição de hoje trata do tema da maledicência, mexerico, fofoca e crítica como um fator que impede os irmãos de viverem em união. Veja o texto de hoje: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão-de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.” Mateus 7:1-5.

Veja este outro texto: “Vocês podem ser severos e críticos com o vosso próprio caráter defeituoso, o quanto quiserem; sede, porém, bondosos, misericordiosos e corteses para com os outros. Indaguem todos os dias: Sou absolutamente íntegro, ou tenho coração falso? Supliquem ao Senhor que os salve de todo engano nesse ponto. Acham-se nisso envolvidos interesses eternos. Ao passo que tantos anseiam honras e ambicionam o ganho, busquem vocês meus amados irmãos, ansiosamente a certeza do amor de Deus, e clamem: Quem me mostrará como tornar certa minha vocação e eleição?” Test. para Igreja Vol. 5, 98.

É certo que necessitamos ajudar as pessoas que vivem em erros, pois somos responsáveis por elas também, no que concerne a sua salvação. Mas, quando chegar a este ponto, precisamos seguir os passos que Jesus deixou-nos em Mateus capítulo 18: Na primeira etapa, ir e falar somente com a pessoa; na segunda etapa, se necessário for, levar uma ou duas testemunhas e por último, caso o assunto não for resolvido nas duas etapas anteriores, levar ao conhecimento da igreja. Mas nunca falar para as outras pessoas expondo os defeitos do irmão.

A lição de hoje traz três perguntas que devemos fazer quando vamos tratar com assuntos que envolvem outras pessoas: 1) O que eu vou dizer é a verdade? 2) O que tenho a dizer é edificante? 3) É possível dizer essa coisa com amor?

O que a Bíblia diz sobre a fofoca? A palavra hebraica traduzida como “fofoca” no Antigo Testamento é definida como “alguém que revela segredos; que age como um fofoqueiro ou traficante de escândalo." Um fofoqueiro é uma pessoa que tem informações privilegiadas sobre outras pessoas e revela essa informação àqueles que não precisam saber. A fofoca é diferente de partilhar informações de duas maneiras: 1. Intenção. Os fofoqueiros, muitas vezes, têm o objetivo de se elevar ao custo de fazer com que outras pessoas se pareçam más; também exaltam-se como uma espécie de repositórios de conhecimento. 2. O tipo de informações partilhadas. Os fofoqueiros falam dos erros e defeitos dos outros, ou revelam detalhes potencialmente embaraçosos ou vergonhosos sobre a vida alheia sem o seu conhecimento ou aprovação. Mesmo se não tiverem má intenção, ainda é fofoca. A Bíblia nos diz que "o homem perverso instiga a contenda, e o intrigante separa os maiores amigos.” Provérbios 16:28. Muitas amizades já foram destruídas por causa de algum engano que começou com uma fofoca. Aqueles que se entregam a esse comportamento, nada mais fazem além de criar confusão e causar ira e amargura, sem falar da dor, entre amigos. Triste dizer que alguns adoram isso e procuram por oportunidades de destruir outras pessoas. Quando confrontados pelo seu hábito, negam essas alegações e respondem com desculpas e racionalizações. Ao invés de admitir o erro, culpam algo ou alguém mais na tentativa de minimizar a seriedade do pecado. Veja estes textos: "A boca do tolo é a sua própria destruição, e os seus lábios um laço para a sua alma. As palavras do mexeriqueiro são como doces bocados; elas descem ao íntimo do ventre.” Provérbios 18:7-8.

“O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias.” Provérbios 21:23.

QUINTA-FEIRA (21 de agosto) A RESTAURAÇÃO DA UNIDADEPor que é necessário viver em paz e harmonia com os irmãos? Este é um pré-requisito para podermos entrar na presença do Senhor Deus em oração e adoração. Veja o texto para hoje: “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.” Mateus 5:23-24

Três passos que o ofensor deve seguir. Quando ofendemos Deus e as pessoas, devemos resolver o assunto seguindo as orientações de Deus. O livro Caminho a Cristo traz um texto onde menciona a necessidade que temos de confessar os pecados em três níveis, sempre quando se fizer necessário. Veja o texto: “A confissão verdadeira tem sempre caráter específico e faz distinção de pecados. Estes podem ser de natureza que devam ser apresentados a Deus unicamente; podem ser faltas que devam ser confessadas a pessoas que por elas foram ofendidas; ou podem ser de caráter público, devendo então ser confessados com a mesma publicidade. Toda confissão, porém, deve ser definida e sem rodeios, reconhecendo justamente os pecados dos quais somos culpados.” Caminho a Cristo, 37, 38.

Três passos a seguir pelo ofendido: Quando somos ofendidos por alguém devemos seguir os passos deixados pelo Senhor Jesus. Veja o texto: Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.” Mateus 18:15-18

Esta questão tem sido uma pedra de tropeço para muitos crentes. Por não resolverem uma situação, por não escutarem a Palavra de Deus falando-lhes, eles têm abafado o Espírito. A voz de Deus se tem apagado, e eles já não lembram ou não se importam mais com estas faltas, ou já não sentem o peso delas. Quem é o culpado? Não existe apenas um culpado. Os dois lados sempre têm culpa. Outro ponto que podemos observar na exortação feita por Jesus é que a nossa iniciativa para buscar a reconciliação não deve estar baseada no fato de sermos culpados ou não da situação acontecida com o próximo. Se “ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti”, vai e busca a reconciliação disse Jesus. Aqui o Senhor não disse que devemos buscar a reconciliação somente quando somos nós que ofendemos alguém. Ele também não disse que, quando alguém tiver alguma coisa contra nós devemos ficar esperando que ele venha a resolver as coisas. O Senhor coloca sobre nós, que somos Seus discípulos, sempre a responsabilidade de iniciar o processo de reconciliação. Jesus está exemplificando aqui, de maneira prática, o que Ele já tinha ensinado antes no mesmo sermão, nas bem-aventuranças, quando disse: “ Bem-aventurados os pacificadores.” Mateus 5:9. Um pacificador é aquele que sempre se preocupa por resolver os conflitos. Aqui nos está sendo apresentada a aplicação desse princípio. Não interessa se somos os que ferimos ou se somos os feridos, o que interessa é que, como cristãos, devemos ser pacificadores e, como tais, a busca pela reconciliação está sob a nossa responsabilidade. Oh, como seria diferente a vida na igreja e na sociedade se todos agissem assim! Quantas confusões se evitariam e quantas brasas de ira seriam apagadas! Que Deus me ajude para ser eu o pacificador!

SEXTA-FEIRA (22 de agosto) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO - A questão da inimizade, rancor, ira guardada no coração e indiferença ao próximo, etc., é tão séria para Deus que o Senhor disse-nos que o nosso culto a Ele pode esperar até que o problema seja resolvido. O Senhor ensinou isto sabiamente, pois Ele conhece o coração do ser humano. Facilmente nos escondemos detrás da religiosidade para tentar esconder as nossas faltas. A religiosidade se torna um antídoto perfeito para acalmar uma consciência que nos aponta para o pecado. Podemos nos enganar a nós mesmo e achar que está tudo bem por estarmos na igreja todos os sábados onde cantamos muito, oramos em voz alta, damos os dízimos e ofertas. Mas o Senhor não Se agrada disto, sem termos nos arrependido e acertado as nossas faltas com o irmão. Um bom exemplo disto encontra-se em I Samuel 15. Este capítulo nos mostra que Deus tinha enviado o rei Saul para aniquilar tudo o que havia na terra dos amalequitas, completamente tudo! Porém, a Bíblia diz-nos que Saul poupou a vida do rei e o melhor do gado e do rebanho desse povo. Ver 15:9. Saul desobedeceu, mas voltou para adorar a Deus como se nada tivesse acontecido. Saul estava lidando com a situação como se o Senhor não se lembrasse mais do que ele fez ou como se o Senhor não levasse tão a sério a Sua palavra. 
Mas o que foi lhe respondeu o profeta Samuel ao Saul quando o viu adorando a Deus? A resposta de Samuel foi: “tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros.” Samuel 15:22. O resultado disto foi que o Senhor tirou de Saul o seu reinado e sua própria paz espiritual. Foi triste o final da vida deste homem por ter agido desta maneira!

Veja estes textos: “A união é força; a divisão, fraqueza. Quando se acham unidos os que crêem na verdade presente, exercem poderosa influência. Satanás bem compreende isso. Nunca se achou mais determinado do que agora para tornar de nenhum efeito a verdade de Deus, causando amargura e dissensão entre o povo do Senhor. O mundo é contra nós, as igrejas populares são contra nós, as leis da Terra em breve serão contra nós. Se já houve tempo em que o povo de Deus devesse unir-se, é agora esse tempo. Deus nos confiou as verdades especiais para este tempo, a fim de as tornar conhecidas ao mundo. A última mensagem de misericórdia está sendo proclamada agora. Estamos lidando com homens e mulheres que rumam ao juízo. Quão cuidadosos devemos ser em cada palavra e ato para seguir de perto o Modelo, a fim de que nosso exemplo leve homens a Cristo. Com que cuidado devemos procurar apresentar a verdade de tal modo que os outros, contemplando-lhe a beleza e simplicidade, sejam levados a recebê-la. Se nosso caráter testifica de seu poder santificador, seremos uma contínua luz aos outros — epístolas vivas, conhecidas e lidas por todos. Não podemos agora correr o risco de dar lugar a Satanás nutrindo desunião, discórdia e lutas. A preocupação expressa na última oração de nosso Salvador pelos discípulos, antes de Sua crucifixão, foi que imperassem união e amor entre eles. Tendo ante Si a agonia da cruz, Sua solicitude não foi por Si mesmo, mas por aqueles que Ele deixaria a continuar Sua obra na Terra. As provas mais severas os aguardavam; mas Jesus viu que seu perigo maior proviria de um espírito de amargura e divisão. Daí orar Ele: Testemunhos para a Igreja. Vol 5, 236.

“Devemos esforçar-nos por pensar bem de todas as pessoas, especialmente de nossos irmãos, até que sejamos forçados a pensar de outro modo. Não devemos ter pressa em acreditar em relatórios maus. Eles são muitas vezes resultado de inveja ou mal-entendidos, ou podem proceder de exageros ou de uma exposição tendenciosa de fatos. O ciúme e a suspeita, caso se lhes dê atenção, espalhar-se-ão aos quatro ventos, como as sementes de uma praga. Se um irmão se desvia, é então ocasião de mostrarem seu real interesse por ele. Vão falar com ele bondosamente, orem com ele e por ele, lembrando-se do preço infinito que Cristo” Testemunhos para a Igreja, Vol. 5, 58.

Luís Carlos Fonseca



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