segunda-feira, 3 de novembro de 2014

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (4º trimestre de 2014) CHORAR E PRANTEAR

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 10 (4º trimestre de 2014) CHORAR E PRANTEAR

VERSO ÁUREO: “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” Mateus 6:21

INTRODUÇÃO (sábado 29 de novembro) – A lição desta semana trata do assunto da riqueza e da pobreza. Como a bíblia trata o assunto da riqueza?
 Muitas vezes, no Antigo Testamento, Deus concedeu riquezas ao Seu povo. Salomão teve muitas riquezas e tornou-se o mais rico de todos os reis da terra. Ver I Reis 3:11-13 e II Crônicas 9:22. Davi disse em I Crônicas 29:12: "Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força". Abraão; ver Gênesis 17-20, Jacó; ver Gênesis 30-31; José; ver Gênesis 41, Josafá; ver II Crônicas 17:5 e muitos outros foram abençoados por Deus com riquezas. Os judeus eram um povo escolhido com promessas e recompensas terrenas. Eles receberam uma terra e todas as riquezas nela contidas. Logo, não é pecado ser rico! É pecado amar a riqueza.

No Novo Testamento, há um padrão um pouco diferente. À igreja nunca foi dada uma terra ou a promessa de riquezas. Efésios 1:3 nos diz: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo." Cristo falou em Mateus 13:22 sobre a semente da Palavra de Deus caindo entre os espinhos e "a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera." Esta é a primeira referência às riquezas terrenas no Novo Testamento. Claramente, essa não é uma imagem positiva. Em Marcos 10:23 menciona: "Jesus, olhando ao redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!" Não era impossível; pois todas as coisas são possíveis para Deus, mas sim "difícil". Em Lucas 16:13, Jesus falou sobre "mammon", a palavra aramaica para "riquezas". Veja o texto: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas, mammon." Mais uma vez, as palavras de Jesus apresentam a riqueza como uma influência negativa sobre a espiritualidade e como um obstáculo que pode nos afastar de Deus. Jesus também não disse que é pecado ser rico, e sim que é pecado amar as riquezas.

Deus fala das verdadeiras riquezas que Ele nos dá. Em Romanos 2:4 encontramos: "Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?" Estas são as riquezas que levam à vida eterna. Veja este outro texto: "para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos". Efésios 1:18. Deus realmente quer exibir as Suas riquezas em nós no céu: “e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus”. Efésios 2:6-7.

Em I Timóteo 6:17 há uma advertência aos ricos: "Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento." Em Tiago 5:1-6, texto principal da nossa lição, nos dá uma outra advertência sobre as riquezas que foram injustamente adquiridas. Segue o texto: "Atendei, agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas desventuras, que vos sobrevirão. As vossas riquezas estão corruptas, e as vossas roupagens, comidas de traça; o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes. Tesouros acumulastes nos últimos dias."

O último texto em que as riquezas são mencionadas na Bíblia é em Apocalipse 18:17, falando da grande destruição de Babilônia: "porque, em uma só hora, ficou devastada tamanha riqueza!"
Deus não condena ninguém por ter riquezas. As riquezas vêm para as pessoas de muitas fontes, mas a bíblia revela graves advertências àqueles que as buscam mais do que a Deus e confiam nelas mais do que nele. O Seu maior desejo é que firmemos o nosso coração nas coisas do alto e não nas coisas desta terra. Isto pode parecer muito difícil de ser conseguido, mas Paulo escreveu: "tudo posso naquele que me fortalece". Filipenses 4:13.

DOMINGO (30 de novembro) HÁ DE SER FEITA JUSTIÇAEste é o texto para hoje: “Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão-de vir”. Tiago 5:1.

Imagine uma pessoa rica ouvindo as palavras do texto acima de um pastor! Os ouvintes da carta de Tiago devem ter ficado pasmos diante da leitura desta carta nas suas igrejas. Entre o povo de Deus havia alguns que eram ricos e tinham servos, fazendas e animais. Já sabemos que não é pecado ser rico, e porque Tiago foi tão duro com essas palavras? Este texto é uma terrível advertência contra as riquezas adquiridas de forma desonesta e às custas do sofrimento dos outros, bem como contra a riqueza acumulada, sem qualquer função social. Lembre-se: não é uma condenação ao dinheiro em si, afinal, a bíblia não nos diz que “o dinheiro é a raiz de todos os males”, mas que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. I Tim 6:10. O texto é incisivo e pode parecer muito duro, mas a Bíblia não contém somente promessas. Ela trata da vida real e tem mensagens muito duras como esta de Tiago: “Vocês, ricos, que se sentem tão tranquilos, podem começar a chorar porque desgraças virão sobre vocês!”. Incrível não é?

A primeira desgraça era que as riquezas, em que eles tanto confiavam, pereceriam, apodreceriam e seriam comidas pelas traças e enferrujariam. Não será esse mesmo o fim das nossas riquezas materiais? Tudo passará e ficará aqui na terra quando Jesus voltar. Mas, há muitos agravantes ainda no texto. Você é capaz de citar quais os pecados cometidos por estes homens ricos contra os trabalhadores? 

Deus tinha deixado leis sociais maravilhosas para os ricos amenizarem o sofrimento dos pobres. Por exemplo; em Levítico 19:13; Isaías 1:17,23; 3:15 e 5:23, em todos estes textos, Deus está lembrando o povo de que cometer injustiça social é pecado. A Bíblia manifesta uma ardente paixão social e, hoje, a igreja não pode ser transformada em grupo alheio à vida real e concreta das pessoas, espiritualizando todos os anseios dos homens. O evangelho é uma chamada à conversão e, portanto, um desafio para efetuarmos mudanças. Mas, na verdade, as vezes, não nos importamos muito com mudanças. Desde que não nos molestem e não tirem nossos privilégios, tudo está bem. Oramos; agradecendo a Deus pela liberdade religiosa que temos e pouco nos importamos com as pessoas que vivem em miséria absoluta no nosso país, sem liberdade para viver com dignidade, e pessoas até do nosso convívio! É isso mesmo que está acontecendo com você? Se o for, é hora de praticarmos a justiça social. É bom envolver-nos em atividades particulares ou institucionais que levem recursos matérias às pessoas necessitadas e alívio ao seu sofrimento! Mãos à obra de Cristo!

SEGUNDA-FEIRA (1º de dezembro) QUANDO A RIQUEZA SE TORNA INÚTILEste é o texto para hoje: “As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias”. Tiago 5:2-3.

Quando é que o nosso dinheiro não serve para nada? Em situações normais é quando ainda não o recebemos, quando ele está bloqueado sem que o possamos usufruir ou quando morrermos. Mas, relacionado com o tema do estudo de hoje, as coisas são diferentes: aqui Deus está falando mesmo do dia do juízo em que os ricos egoístas, opressores e que não seguiram as ordens de Deus, quanto à ajuda aos pobres, serão mortos e consumidos. Depois de morto ninguém mais pode gastar o seu dinheiro. Os pagãos, e entre eles estão os egípcios, desenvolvem o pensamento religioso que envolve a questão da vida após a morte. Crente de que o morto se lançava em uma nova existência, o indivíduo poderia ter acesso às mesmas regalias que desfrutava em vida, é por isso que os túmulos, de alguns personagens egípcios,  são tão ricos e recheados de ouro. Mas, coitados! Eles estavam enganados, pois, depois de morto já não se pode usar as riquezas deste mundo, apenas as riquezas celestiais! Veja estes textos: "para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos". Efésios 1:18

"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo." Efésios 1:3.

A lição de hoje traz dois exemplos de alguns personagens que colocaram o amor ao dinheiro acima do amor à Deus, Sua igreja e pessoas. Ler a história de Nabal, ver I Samuel 25:2-11, e Ezequias, ver II Reis 20:12-19. Temos também o exemplo positivo de Pedro que, sem recursos financeiros, pregou o evangelho da cura. Ver Atos 3:1-10.

Mais cedo ou mais tarde, as riquezas deste mundo vão desaparecer para sempre. A cena descrita por Tiago é impressionante! Roupas comidas pela traça, ouro e prata enferrujados e riquezas apodrecidas; são cenas de juízo! Jesus deixa bem claro a necessidade que temos de investir no reino dos céus. É muito importante a maneira como usamos o dinheiro. Veja esta recomendação: “Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói. Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.” Lucas 12:33-34.

Para os que não atendem o convite para se desenvencilhar do egoísmo a sentença é triste: “E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; e direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.” Lucas 12:18-21.

Para além do dízimo que pertence a Deus, você tem reservado algum dinheiro para projetos missionários, sociais e humanitários?

TERÇA-FEIRA (2 de dezembro) O CLAMOR DOS POBRESEste é o texto relativo ao estudo de hoje: “Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos”. Tiago 5:4. 

Existem outras referências bíblicas que mencionam a importância dos cristãos darem a devida atenção aos pobres. Veja este outro texto: “O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, ele mesmo também clamará e não será ouvido”. Prov. 21:13

A lição de hoje trata da opressão que os ricos exercem sobre os pobres. O dinheiro hoje domina as casas de leis, as cortes e os palácios dos governos. O dinheiro é o maior “deus” deste mundo. Por ele as pessoas roubam, mentem, corrompem-se, casam-se, divorciam-se, matam e morrem. O problema não é possuir dinheiro, mas ser possuído por ele. O dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. Não é pecado ser rico. A riqueza é uma bênção. É Deus quem nos dá sabedoria para adquirirmos riquezas. O problema é colocar o coração nas riquezas. A raiz de todos os males não é o dinheiro, mas o amor ao dinheiro.

Os ricos estão se tornando cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Você sabia que 50% das riquezas do mundo estão nas mãos de apenas 100 empresas? Há empresas mais ricas que alguns países. A GM é mais rica que a Dinamarca. A Toyota é mais rica que a África do Sul. A FORD é mais rica que a Noruega. O Wal-Mart é mais rico que 161 países. Bill Gates no ano 2000 teve uma renda líquida de 400 milhões de dólares por semana. A corrupção está instalada no coração humano. Sentimos vergonha ao ver tanto escândalo financeiro, quando os recursos que deveriam ser usados para aliviar o sofrimento dos pobres, são saqueados por pessoas de má índole que roem incansavelmente os recursos dos mais pobres. Enquanto poucos ganham muito, muitos ganham tão pouco. O clamor do pobre não está esquecido por Deus, pode estar certo disso.

Os ricos não apenas estavam retendo o salário dos trabalhadores, mas estavam retendo o salário deles, com fraude. Eles estavam ricos por roubar dos pobres. Os trabalhadores foram contratados por um preço e fizeram o seu trabalho, mas não receberam. A lei de Moisés proibia ficar com o salário do trabalhador até à noite, Veja estes textos: “Não oprimirás o jornaleiro pobre e necessitado, seja ele teu irmão ou estrangeiro que está na tua terra e na tua cidade. No seu dia, lhe darás o seu salário, antes do pôr-do-sol, porquanto é pobre, e disso depende a sua vida; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado”. Deut. 24.14 e 15

“Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã”. Lev. 19:13.

O estudo da lição de hoje também é um chamado para as pessoas trabalharem e não depender dos outros para a sua sobrevivência. O crente precisa ser honesto em trabalhar; agradando o patrão com a qualidade dos seus serviços, e pagar as suas dívidas, cumprindo os seus compromissos financeiros. As vezes o empregado ganha pouco porque não consegue prestar um trabalho de boa qualidade ou é preguiçoso!

QUARTA-FEIRA (3 de dezembro) GORDOS E FELIZES (por agora) – Já é algo terrível, aos olhos de Deus, adquirir riquezas de forma pecaminosa; mas, maior pecado ainda é usar essas riquezas de forma também pecaminosa. Tiago cita três formas pecaminosas de usar as riquezas: a) Os ricos acumularam de forma avarenta as riquezas. Ver Tiago 5:3. Não há nenhum pecado em ser previdente, juntar dinheiro, fazer investimentos e em prover para si e para a família. Mas, o filho de Deus também deve pensar nos outros, caso contrário o seu foco está errado. Veja estes textos: "Eis aqui estou pronto para pela terceira vez ir ter convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso, mas sim a vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos.” II Coríntios 12:14.

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel”. I Timóteo 5:8

b) É pecaminoso acumular o que não é nosso. Os ricos sentenciados por Deus ajuntavam para eles o que deviam pagar aos trabalhadores. Anos depois os Romanos saquearam todos os seus bens e suas riquezas foram espoliadas. É muito triste alguém ajuntar tesouros para os últimos dias e não ajuntar tesouros no céu! Hoje os sindicatos procuram defender os direitos dos trabalhadores onde algumas empresas são injustas na distribuição de horas de trabalho e seus lucros com os trabalhadores. A bíblia não aconselha o cristão participar de movimentos grevistas, mas o incentiva a trabalhar para receber um salário justo. 

Confiar na provisão e não no provedor é pecado. Quem assim age, vive como se nossa pátria fosse a terra e não o céu. Ver Luc 12:15-21. Confiar na instabilidade da riqueza ou na transitoriedade da vida é tolice. Ver Tiago 4:14 e I Tim. 6:17. A vida de um homem não consiste na quantidade de bem que ele possui. Ver Lucas 12:15.

c) Os ricos da época de Tiago mantiveram os necessitados longe do benefício de suas riquezas. Ver o verso 4. Os ricos não apenas acumularam riquezas, guardando gananciosamente suas moedas ao ponto de ajuntar ferrugem, mas estavam armazendo não suas próprias riquezas, mas o salário dos ceifeiros. Eles não estavam sendo fiéis na mordomia dos bens. Eles estavam sendo fraudulentos. O roubo é pecado. Deixar de pagar salários justos e reter os salários é um grave pecado aos olhos de Deus. Eles estavam vivendo na luxúria enquanto que os pobres estavam morrendo na miséria. Ver verso 5. Jesus ilustrou essa atitude egoísta falando sobre o rico que vivia regaladamente em seus banquetes sem se importar com o pobre ou mesmo com o destino da sua alma. Ver Luc 16:19-31. Essa é a verdadeira essência da parábola do rico e Lázaro.

QUINTA-FEIRA (4 de dezembro) CULPAR A VÍTIMA – Alguns ricos fraudulentos aprontam contra os pobres e ainda jogam a culpa neles. Coitados! Não dos pobres, mas dos ricos. A regra dos homens egoístas é que aqueles que têm o ouro é que fazem as regras. Os ricos se fortalecem porque compram as sentenças, subornam os tribunais e assim oprimem ainda mais os pobres que não podem oferecer resistência. Em Tiago 2-3 e 5 mostra o uso egoísta da riqueza, o acumulo e luxúria, e cada um dos versos seguidos por uma condenação dessa prática. Ver os versos 4 e 6.

Os ricos condenam os pobres nos tribunais. Ver Tiago 2:6 e 5:6. Na Diáspora os crentes foram dispersos e perderam seus bens. E alguns foram obrigados a trabalhar como servos e alguns patrões eram cristãos, mas estavam exercendo a prática da opressão aos mais pobres, como os patrões mundanos faziam. Os ricos compravam as sentenças contra os pobres por dinheiro e assim condenavam e matavam alguns justos, um símbolo do que foi feito com Cristo. 

Quando Deus estabeleceu Israel em sua terra, deu ao povo um sistema de cortes. Ver Deut. 17:8-13. Ele advertiu os juízes para não serem gananciosos. Ver Exôdo 18:21. Os juízes não podiam ser parciais entre os ricos e os pobres. Ver Lev. 19:15. Nenhum juiz podia tolerar perjúrio. Ver Deut. 19:16-19. O suborno era condenado pelo Senhor. Ver Isaías 33:15; Miq. 3:11 e 7:3. Amós denunciou os juízes que vendiam sentenças por suborno. Ver  Amós 5:12,13. Os pobres não tinham como resistir aos ricos. Eles controlavam as próprias cortes. Eles só podiam apelar para Deus, o justo juíz. Deus vai julgar. Ele tudo vê!

Você que é patrão, tem dado um justo salário para os seus empregados? Você que é empregado, tem correspondido às expectativas de trabalho do patrão?

SEXTA-FEIRA (5 de dezembro) – LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO – Aprendemos nesta semana que as riquezas mau usadas destroem o carácter. Tiago menciona: “O vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há-de ser por testemunho contra vós mesmos e há-de devorar, como fogo, as vossas carnes…” Tiago 5:3. Este é o julgamento presente da riqueza. O veneno da riqueza infetou a pessoa, e ela está sendo devorada viva. A cobiça leva a pessoa a transgredir todos os outros mandamentos. Ló, ao se tornar rico, pôs sua vida e sua família a perder. 
Diz Deus: “… se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração”. Sal. 62:10. O bom nome é melhor do que as riquezas. Ver Prov. 22:1. A piedade com contentamento é grande fonte de lucro. Ver I Tm 6:6. O casamento feliz é melhor do que finas jóias. Ver Prov, 31:10

Aprendemos também que as riquezas mau usadas acarretam o inevitável julgamento de Deus. Ver Tiago 5:1,3 e 5. Tiago viu não apenas o presente julgamento, as riquezas sendo devoradas e o caráter sendo destruído, mas também ele falou do julgamento futuro diante de Deus. Ver Tiago 5:1 e 9. Jesus é o reto juiz, e Ele julgará retamente. Todos vão comparecer diante do tribunal de Cristo para prestar contas de suas vidas.Veja as testemunhas que Deus vai chamar nesse julgamento: 1) As suas próprias riquezas enferrujadas e suas roupas comidas de traça vão testemunhar contra eles no juízo. Tiago 5:3 revelando a avareza de seus corações. Há uma ironia aqui: os ricos armazenam suas riquezas para protegê-los, e elas serão contra eles para condená-los. 2) O salário retido com fraude dos ceifeiros vão testemunhar contra eles. Tiago 5:4 5:4 O dinheiro tem voz. Ele fala, e sua voz chega ao céu, aos ouvidos do Senhor Jesus, que julga. Deus ouviu o sangue de Abel e ouve também o dinheiro roubado dos trabalhadores. 3) Os trabalhadores irão testificar contra os ricos. V. 4. Não haverá chance dos ricos subornarem as testemunhas e o Juiz. Deus ouve o clamor do seu povo oprimido e os julga com justiça.

Vimos também que as riquezas mau usadas revelam a perda de uma preciosa oportunidade. V. 3. Pense no bem que poderia ter sido feito com essa riqueza acumulada de forma avarenta. Pobres poderiam ter sido assistidos, o reino de Deus expandido, o salário dos trabalhadores pagos de forma justa. O que esses ricos guardaram, perderam, alguns anos depois quando Roma começou a perseguir os judeus. Assim também o dinheiro mal adquirido destrói o carácter de quem é avarento e estes serão destruídos no dia do Senhor Deus.

O dinheiro não deve ser uma arma para controlar e dominar os outros, mas um instrumento para ajudar os necessitados. O que guardamos, perdemos. O que damos, multiplica-se para o reino dos Céus. Uma pessoa pode ser rica neste mundo e pobre no mundo por vir. Pode ser pobre aqui e rica no mundo vindouro.

O dinheiro fala: o que ele irá testemunhar sobre você no dia do juízo? Como você tem lidado com o dinheiro: ele é seu dono ou seu servo? Seu coração confia na provisão ou no provedor? Você é honesto no trato com o dinheiro? Você tem alguma coisa em suas mãos que não lhe pertence? Os bens que você tem foram ganhos licitamente?


Luís Carlos Fonseca

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