domingo, 19 de julho de 2015

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (3º trimestre 2015) MISSÕES INTERCULTURAIS

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (3º trimestre 2015) MISSÕES INTERCULTURAIS

VERSO ÁUREO: "Eis aqui o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se compraz; porei sobre ele o meu espírito, e anunciará aos gentios o juízo.” Mateus 12:18

INTRODUÇÃO (sábado 15 de agosto) – A lição desta semana vai falar sobre a pregação do evangelho de Cristo para todas as nações do mundo. O termo gentio significa aqueles povos que não eram da família hebraica. Ver Lev. 25:44 e I Crôn. 16:24. E se usa o mesmo termo para descrever os incrédulos, como em Jeremias 10:25. De um modo geral os gentios eram todos aqueles que não aceitavam que Deus tivesse Se revelado aos judeus, permanecendo eles então na idolatria e excluídos do contexto da salvação oferecida por Jeová, o Criador de todas as coisas.

Jesus havia ordenado que o evangelho deveria ser pregado primeiro aos judeus, para tentar converter alguns que quisessem, pois Jesus mesmo os chamou de “ovelhas perdidas da casa de Israel”. Mateus 10:6 e 15:24. Deus desejava conceder-lhes o privilégio de pregarem o evangelho em todo o mundo, mas como a maioria rejeitou a salvação oferecida por Cristo, a porta para os gentios foi aberta com a ida de Pedro à casa do centurião romano Cornélio. Ver Atos capítulo 10.

Paulo foi o apóstolo dos gentios. Encontramos alguns textos que mostram Deus ordenando Paulo ir e pregar aos gentios. Eis alguns textos: “Eu te pus para luz dos Gentios, para que sejas de salvação até os confins da terra.” Atos 13:47.

“Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos Gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. Atos 9:15

“Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe.” Atos 22:21.

Livrando-te deste povo e dos gentios, a quem agora te envio”. Atos 26:17.

E Paulo respondeu a Deus positivamente: “Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós os Gentios; se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus que para convosco me foi dada. A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo". Efésios 3:1,2 e 8.

A mensagem de Deus é clara; devemos pregar o evangelho em todo o mundo: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” Mateus 28:19,20

“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há-de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” Atos 1:8

“E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo.” Apocalipse 14:6

O que fazer diante dos desafios mundiais para a pregação do evangelho de Cristo? Mais da metade da população mundial ainda não ouviram a mensagem do Evangelho como se deve! Centenas de grupos étnicos nunca foram alcançados com as boas novas da salvação! Muitas tribos espalhadas no mundo nunca receberam um só missionário! 1.700 idiomas, aproximadamente, não possuem um único texto bíblico traduzido. É certo que o ministério através da rádio, Tv e Web tem amenizado estas estatísticas! 

São vários os desafios atuais para a pregação da Palavra, a nível mundial; primeiro está a necessidade do Espírito Santo nos usar para testemunharmos, pois; por nós mesmos não conseguimos quase nada. Depois, necessitamos estar envolvidos em alguma missão da igreja local para que verdadeiramente possamos ser usados. Alguns são chamados para serem missionários em terras estrangeiras para um período da vida, e devem estar disponíveis. Todos os crentes também são convidados a orar, para a pregação do evangelho e a ser fiéis com suas ofertas e dízimos para financiar a obra local e mundial. Devemos aceitar a realidade de que dependeremos da chuva serôdia para a conclusão da obra.

Veja este texto inspirado: “Os seguidores de Cristo devem ser mais que uma luz entre os homens. Eles são a luz do mundo. Jesus diz a todos quantos proferem Seu nome: Vós vos entregastes a Mim, e Eu vos entreguei ao mundo como Meus representantes. Como o Pai O enviara ao mundo, assim, declara Ele, “também Eu os enviei ao mundo”. João 17:18. Como Cristo é o instrumento para a revelação do Pai, assim devemos nós ser o meio para a revelação de Cristo. Conquanto nosso Salvador seja a grande fonte de iluminação, não esqueçais, ó cristãos, que Ele é revelado mediante a humanidade. As bênçãos de Deus são concedidas por meio de instrumentos humanos. O próprio Cristo veio ao mundo como o Filho do homem. A humanidade, unida à natureza divina, deve tocar a humanidade. A igreja de Cristo, cada discípulo do Mestre, individualmente, é o veículo designado pelo Céu para a revelação de Deus aos homens. Anjos de glória esperam comunicar por vosso intermédio a luz e o poder celestes a almas prestes a perecer. Deixarão os agentes humanos de cumprir a tarefa que lhes é designada? Oh! Então, é o mundo, na mesma proporção, roubado da prometida influência do Espírito Santo.” O Maior Discurso de Cristo, 40

DOMINGO (16 de agosto) A MULHER SAMARITANA - Quem eram os samaritanos? Samaria era a antiga capital do reino do Norte, fundada por Onri, rei de Israel. Ver I Reis 16.24. O nome samaritano deriva da capital de Israel que era Samaria. Quando as dez tribos foram levadas cativas para a Assíria, o rei de lá enviou pessoas pagãs e idólatras de Cuta, Ava, Hamate e Sefarvaim para habitar Samaria. Ver II Reis 17:24 e Esdras 4:2-11. Esses estrangeiros casaram-se com a população israelita que não tinha sido levada cativa por serem; idosos, deficientes físicos, mentais e viúvas, etc…eram pessoas sem expressão profissional e social. Os samaritanos adotaram uma religião que era uma mistura do judaísmo e idolatria. Ver II Reis 17:26-28. Porque os habitantes israelitas de Samaria casaram-se com estrangeiros e adotaram a sua religião idólatra, os samaritanos eram geralmente considerados raça inferior e eram universalmente desprezados pelos judeus.

O que provocava a rivalidade entre judeus e samaritanos? Eis os motivos: Os judeus, após o seu retorno da Babilônia, começaram a reconstruir o seu templo. Enquanto Neemias estava envolvido na construção dos muros de Jerusalém, os samaritanos vigorosamente tentaram atrapalhar esse empreendimento. Ver Neemias 6:1-14. Os samaritanos construíram para si mesmo um templo no monte Gerizim, que os samaritanos insistiram que foi designado por Moisés como o lugar onde a nação devia adorar. Sambalate, o líder dos samaritanos, estabeleceu seu genro, Manassés, como sumo-sacerdote. A religião idólatra dos samaritanos foi assim perpetuada. Samaria tornou-se um lugar de refúgio para todos os foragidos da Judeia. Ver Josué 20:7 e 21:21. Os samaritanos, de bom grado, receberam criminosos e refugiados judeus. Os infratores das leis judaicas e aqueles que tinham sido excomungados, encontraram segurança para si próprios em Samaria, aumentando o ódio que existia entre as duas nações. Os samaritanos aceitavam apenas os cinco livros de Moisés e rejeitaram os escritos dos profetas e todas as tradições judaicas. Essas causas deram origem a uma diferença irreconciliável entre eles, de modo que os judeus consideravam os samaritanos como os piores da raça humana. Ver João 8:48. Ele não tinham quaisquer interações entre si. Ver João 4:9. Apesar do ódio entre judeus e samaritanos, Jesus quebrou as barreiras entre eles, pregando o evangelho da paz para os samaritanos. Ver João 4:6-26. Os apóstolos, mais tarde, seguiram o exemplo de Cristo. Ver Atos 8:25.

Em João 4:27 mostra a admiração dos discípulos de Cristo por verem Jesus falando com a mulher samaritana: “E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? Ou: Por que falas com ela?” João 4:27. Jesus sempre foi maravilhoso! Ele quebrou todos os protocolos sociais para atingir o coração humano com a mensagem de salvação.

As barreiras religiosas e sociais têm sido um grande impedimento para a pregação do evangelho, e no caso da mulher samaritana não foi diferente. Havia a barreira racial entre Jesus e a samaritana. Eles não se comunicavam e se evitavam. Havia a barreira material: Jesus não tinha um balde para tirar a água e havia também a barreira espacial; o poço era fundo. Mas para Jesus as barreiras foram encurtadas. Jesus derrubou as barreiras e disse para a mulher tirar a água viva, que é salvação pela graça de Jesus. Nesta história, Jesus ensina-nos algumas lições de evangelismo: Jesus não perguntou qual era a religião da samaritana, não perguntou se a mulher era idólatra, nem se era de boa ou má conduta. Mas ofereceu-lhe o que ela mais necessitava: a água viva. Jesus é a inesgotável fonte da água da vida, onde, diariamente, todos os crentes, de todos os lugares podem beber e encher os seus cântaros, que simbolizam novos corações e novas conversões ao cristianismo!

As palavras de Jesus despertaram primeiramente o interesse material na mulher samaritana Ver 4:15. O propósito da mulher era não mais ir ao poço de Jacó tirar água. O poço de Sicar é uma figura do mundo. Quem beber desse dessa água voltará a ter sede. Existem muitos filhos de Deus que voltaram a beber em Sicar, por isso não tem uma vida consagrada a Deus. A mulher samaritana, daquele dia em diante encontrou uma melhor fonte; Cristo, a Fonte das Águas Vivas: “E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.” Apocalipse 22:1

Veja este texto: “Aquele que busca matar a sede nas fontes deste mundo, beberá apenas para tornar a ter sede. Por toda parte estão os homens descontentes. Anseiam qualquer coisa que lhes supra a necessidade espiritual. Unicamente Um lhes pode satisfazer essa necessidade. O que o mundo necessita é Cristo, “o Desejado de todas as nações”. A divina graça que só Ele pode comunicar, é uma água viva, purificadora, refrigerante e revigoradora. D.T.N, 121.

SEGUNDA-FEIRA (17 de agosto) O OFICIAL DO EXÉRCITO ROMANOEsta é a história da lição de hoje: “E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe e  dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado. E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde. E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há-de sarar. Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz. E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; e os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou.” Mateus 8:5-13.

Quem era um centurião romano? No exército romano, a maior unidade era uma legião composta por 6.000 soldados. Cada legião era dividida em dez cortes de 600 homens cada, e cada grupo tinha seis divisões de 100 soldados. Estes eram chamados de séculos, com um centurião sobre cada um. Portanto, centurião era um oficial romano que cuidava de 100 soldados.

Normalmente os líderes romanos mereciam o respeito dos judeus, mas o centurião da história era especial; pois apesar de ser um homem importante, mostrava cultivar estreita amizade com seu criado, sinal de respeito, humildade e humanidade. Ele mereceu do próprio Jesus um grande comentário: “Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.” Os judeus não estavam acostumados a ouvir comentários assim sobre os estrangeiros pagãos. Estes eram considerados inferiores mesmo se comparados ao menor dos judeus. A declaração de Jesus deixa todos igualmente surpresos pois aponta para a inclusão dos gentios no Reino de Deus. Esse homem é uma prova de que não existem barreiras religiosas para o amor de Jesus alcançar o coração das pessoas. Veja o tamanho da fé desse homem estrangeiro: "Dize somente uma palavra e o meu criado será curado.”

As distâncias geográficas e as diferenças religiosas existentes entre as pessoas não funcionam no mundo espiritual do cristianismo. Pelo menos não deviam existir!. Não há, fronteiras, passos, metros, altura ou profundidade que impeçam a atuação da Palavra de Deus. Deus age poderosamente em todos os corações que se abrem à Sua Palavra. O centurião não precisou ver Jesus, mas acreditou que Sua Palavra curaria o criado como se Ele próprio estivesse ali, tocando o corpo fraco e doente do rapaz. O moço foi curado!

O segredo do centurião estava em sua fé e humildade, na certeza de que Jesus era capaz de ordenar a cura e que nenhuma outra pessoa poderia fazer o mesmo. A Palavra de Deus é livre para agir em nossa vida hoje, e da mesma forma como libertou o rapaz da doença e confirmou o centurião na fé cristã, Jesus liberta escravos do pecado de todas as religiões, nos nossos dias. O apóstolo Paulo afirma: “ Estou sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo, a Palavra de Deus não está algemada” II Tim.2:9. Por isso você pode clamar por Jesus de qualquer lugar do mundo que Ele o vai escutar e atender como fez com o centurião romano.

É-nos dito sobre a fé do centurião: “É assim que todo pecador, se deve aproximar de Cristo. “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos salvou”. Tito 3:5. Quando Satanás vos diz que sois pecador, e não podeis esperar receber bênçãos de Deus, dizei-lhe que Cristo veio ao mundo para salvar pecadores. Nada temos que nos recomende a Deus; mas a justificação em que podemos insistir agora e sempre, é nossa condição de completo desamparo, o qual torna uma necessidade Seu poder redentor. Renunciando a toda confiança própria, podemos olhar à cruz do Calvário e dizer: “O preço do resgate eu não o tenho; à Tua cruz prostrado me sustenho.” D.T. N, 218

TERÇA-FEIRA (18 de agosto) – LIDAR COM DEMÔNIOS – A lição de hoje traz o exemplo de duas pessoas possessas com demônios, e que Jesus teve que tratar. Em Lucas 8:26-39 menciona o endemoninhado de Gadara, e em Mateus 15:21-28 conta a história da mulher sirofenícia que tinha a filha com demônios e solicitou a Jesus a libertação da filha.

Geralmente as possessões demoníacas acontecem com pessoas que excluem o Deus Criador da vida e adotam divindades pagãs. Nos casos de crentes que passam por essa experiência é porque apresentam dois pontos principais; tem os aspectos emocional e psicológico afetados por patologias acentuadas e porque mantém pecados conhecidos e voluntários.

O gadareno. Esse homem não tinha vida social e sua morada era nos sepulcros. Ele era violentamente atormentado e assustava os moradores por sua fúria e perturbação. Ele gargalhava descontroladamente e uivava como um lobo no meio da noite. Ele podia ser ouvido a longas distâncias. Maltrapilho e sujo, o homem dividia território com os porcos: “De dia e de noite, clamava pelos montes.” Marcos. 5:5. O gadareno, a exemplo do filho pródigo, “desejava comer as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada” Luc. 15:16. Ninguém podia se aproximar do homem que quebrava cadeias e grilhões, sem permitir que o amansassem. Apesar do seu estado de loucura e abandono, o gadareno tinha uma família, que chorava sua perda. Constantemente recebiam más notícias, eram interrogados por vizinhos e moradores. Esse homem, sem nome, era o retrato de Gadara. Jesus libertou aquele homem, que prontamente se dispôs em seguir Jesus. Ele disse: “Deixa-me ir ter contigo, onde fores”. Jesus não permitiu e disse-lhe: "Vai para tua casa, testemunhar entre os teus". A família do liberto estava marcada pelo destruidor de almas chamado Satanás. Precisava da renovação do Espírito Santo de Deus, que agora habitava o Gadareno. “E ele foi e começou a anunciar em Decápolis, quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilhavam”. O novo homem ultrapassou as fronteiras territoriais falando de Jesus: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” Rom 5:20. O homem que vivia nos sepulcros, agora falava de Jesus. Todos os crentes libertos dos pecados tem plena alegria em anunciar o evangelho de Cristo!

A filha da mulher sirofenícia. Neste caso, a mãe é que foi a protagonista e recebeu a bênção desejada de Deus. A Bíblia não diz o seu nome, nem se era casada, viúva ou mãe-solteira. Apenas encontramos essa mulher em grande desespero diante do quadro de sua filha estar possuída por espíritos malignos. Aquela mulher não encontrava alívio na religião da Fenícia, ou da Síria, pois os deuses pagãos não existem, e por isso nada fazem! Ela não podia ter paz vendo a filha sendo atormentada e desejava a tranquilidade, o bem-estar de sua filha mais do que tudo. Foi então que aquela mulher decidiu procurar Jesus. Jesus era  a resposta para as suas indagações e o remédio para o seu sofrimento. Certamente Jesus era o alívio para a sua dor. Ela soube que Jesus estava bem perto de sua cidade. Parecia até que Ele estava vindo ao seu encontro, e ela não poderia perder essa chance de ouro… O Bíblia diz: “…entrando numa casa, não queria que alguém o soubesse, mas não pôde esconder-se; porque uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés.” Marcos 7:24-25. Depois da mulher insistir tanto com Jesus, recebeu a cura da filha: Vale a pena confiar em seu amor! “Então respondeu Jesus, e disse-lhe: “Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas’. E desde aquela hora a sua filha ficou sã.” Mat. 15:28

Mais uma vez vemos Jesus saindo das fronteiras de Israel e passando para territórios estrangeiros, a fim de anunciar o reino de Deus. Jesus tinha dois propósitos principais com esses milagres; levar a libertação e o evangelho aos pagãos e ensinar aos discípulos que a pregação do evangelho não tem fronteiras. Você já foi alcançado e transformado pelo poder do evangelho e está disposto a pregar a todo o mundo?

Falando sobre os demônios temos esta citação: “Os espíritos maus, criados a princípio sem pecado, eram iguais, em sua natureza, poder e glória, aos seres santos que ora são os mensageiros de Deus. Mas, caídos pelo pecado, acham-se coligados para a desonra de Deus e destruição dos homens. Unidos com Satanás em sua rebelião, e com ele expulsos do Céu, têm, através de todas as eras que se sucederam, cooperado com ele em sua luta contra a autoridade divina. Somos informados, nas Escrituras, acerca de sua união e governo, suas várias ordens, inteligência e astúcia, e de seus maus intuitos contra a paz e felicidade dos homens.” Grande Conflito, 513

QUARTA-FEIRA (19 de agosto) DEZ LEPROSOS – A lepra era uma doença temida nos tempos bíblicos. Além de sofrer de deficiência física e desfiguração, uma pessoa aflita com a lepra era considerada ritualmente impura e proibida de entrar em contato com pessoas saudáveis. Ver Levítico 13:45-46.

Com certeza; conhecemos a história da cura dos dez leprosos, relatada em Lucas 17:11-19. Os dez foram curados por Jesus e a atitude de um deles, quando percebeu que tinha sido curado, retornou até onde Jesus estava para O agradecer, é encantadora!  O moço era um samaritano, enquanto os outros nove seguiram seu caminho, o samaritano fez questão de retornar para mostrar a sua gratidão. No caminho para Jerusalém, Jesus estava atravessando a região entre Samaria e Galiléia. Ao entrar numa aldeia, dez leprosos se aproximaram de Jesus. Mantendo a distância, eles chamaram, dizendo: “Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. Ao vê-los, disse-lhes: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. E, indo eles, foram purificados.” E quando iam aos sacerdotes, as feridas dos leprosos iam se secando e desaparecendo. Uns olhavam para os outros, sorriam de alegria, pegavam em seus corpos como se estivessem vivendo um sonho. Estamos curados, diziam! E prosseguiam virando às costas para Jesus. Todos, menos um, o samaritano. Considerado impuro, duas vezes. Ele se voltou para o que o curou: "E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças" Luc. 17:16.

Assim que o samaritano tornou-se consciente de sua cura, ele correu de volta para Jesus antes de apresentar-se aos sacerdotes, em voz alta, louvando a Deus. Ver Luc. 17:15. Sem esperar por um momento mais oportuno para ele. Ele, simplesmente não podia deixar Jesus ir sem O agradecer de imediato. Os 10 leprosos receberam a restauração física, mas apenas este estrangeiro alcançou a restauração da alma. A cura do samaritano por Jesus recorda o encontro do profeta Eliseu em Samaria com Naamã, um estrangeiro que também sofria de lepra. Ver II Reis 5:1-14. Inicialmente Naamã recusou à ordem de Eliseu para lavar-se no rio Jordão, mas quando ele finalmente obedeceu o profeta, “sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou purificado” II Reis 5:14.

Vemos aqui um autêntico milagre, aquilo que a religião não conseguiu fazer, afinal a lepra conseguiu. É que os leprosos, apesar de afastados de seus familiares e amigos, apesar de divididos pela sua raça, divididos pela ascendência genealógica, divididos pela própria teologia, eles eram muito unidos entre si. Eles estavam unidos pela desgraça. Aqueles que viviam separados por pertencerem a seitas e religiões diferentes e que anteriormente até se odiavam, constituíam agora uma nova família. Tinham de se ajudar entre si. Principalmente quando a doença se agravava e as mãos se desfaziam, mais dependentes ficavam dessa interajuda.

A lição de hoje faz-me lembrar de um ponto importante!: Quando o homem descobre sua doença física ou espiritual e sente a sua fraqueza ele não necessita que ninguém o venha ensinar a orar. Apesar de serem judeus e de tantas vezes terem recitado os Salmos, eles nunca tinham orado assim. “Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós”. Vale a pena meditar na resposta de Jesus. Às vezes o Senhor responde sim, outras vezes, não, e outras vezes manda esperar. Naquele caso a resposta foi rápida, a cura chegou!

Como estamos agindo diante de Deus? Como os nove leprosos ingratos, ou como o nobre samaritano? Temos reconhecido a providência Divina em nossa vida?

Veja este texto: “Quando os dez leprosos foram ter com Jesus, em busca de cura, Ele lhes ordenou que fossem, e se mostrassem ao sacerdote. No caminho, foram purificados, mas unicamente um voltou atrás para Lhe dar glória. Os outros seguiram seu caminho, esquecendo Aquele que os pusera sãos. Quantos estão ainda fazendo a mesma coisa! O Senhor opera continuamente em benefício da humanidade. Está sem cessar concedendo Suas dádivas. Ergue o enfermo do leito em que sofre, livra os homens de perigos a eles invisíveis, envia anjos celestes para os salvar de calamidades, guardá-los de “peste que ande na escuridão” e de “mortandade que assole ao meio-dia” (Salmos 91:6); mas os corações não são impressionados. Ele entregou todas as riquezas do Céu para os redimir, e todavia andam alheios ao Seu grande amor.” D.T.N, 240

QUINTA-FEIRA ( 20 de agosto) OS GREGOS E JESUSEste é o texto para hoje: “Ora, havia alguns gregos, entre os que tinham subido a adorar no dia da festa. Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus. Filipe foi dizê-lo a André, e então André e Filipe o disseram a Jesus. E Jesus lhes respondeu, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do homem há-de ser glorificado.” João 12:20-23.

A fama de Jesus tinha ultrapassado as fronteiras de Israel. E muitos pagãos, gentios ou estrangeiros tinham sido beneficiados com o ministério de Cristo, ou simplesmente tinham ouvido falar de Jesus e tinham a curiosidade de O ver. No caso destes gregos, eles foram até Jerusalém, pois era a época da Páscoa e multidões chegavam de todos os cantos. Estima-se que mais de 300 mil pessoas se reuniam para a Páscoa. Mas aquela festa espiritual tinha perdido completamente sua razão de ser. Tinha virado uma grande reunião de negócios, um grande encontro social, uma simples oportunidade de conhecer novos amigos e nada mais. Só que desta vez havia uma diferença: Jesus estaria presente; e quando Jesus está presente, tudo sai da rotina.

Naquela grande festa chegaram também uns gregos, estes vinham de uma terra distante. Os gregos tinham uma religião pagã e cheia de idolatria. Eles criaram muitos deuses para si. Endeusavam até o conhecimento humano e a cultura. Mas parece que tudo isso não os satisfazia. A multidão de deuses que tinham não preenchia o vazio do coração deles. Isto os levava de uma religião para outra, buscando respostas para as inquietudes mais íntimas da alma. Foi assim que acharam a religião judaica, mas parece que esta também não preencheu o vazio que carregavam. Mas Jesus era diferente. Ele tinha uma espécie de magnetismo que atraia as pessoas. Ele era o próprio Deus e Jesus tinha vindo a este mundo para dar sentido a religião e mostrar o Pai. Ali estavam os gregos, que tinham subido a Jerusalém buscando algo concreto, e descobriram que tudo era oco por dentro, não passava de casca. O que fazer? Aonde ir? O relato bíblico diz que eles procuraram os discípulos e lhes suplicavam: “Queremos ver Jesus”

Quando as pessoas querem encontrar Jesus, elas não vão à Bíblia; elas geralmente procuram um discípulo de Jesus. E é aí, na maneira como os cristãos compram ou vendem, trabalham e se comportam que essas pessoas encontram a Jesus. As pessoas estão procurando Jesus. Este mundo precisa de Jesus. E nós, os cristãos, somos o melhor argumento que Cristo tem para convencer as pessoas de que o Cristianismo funciona. O mundo está em um verdadeiro caos. Os seres humanos estão vendo seus filhos aprisionados em meio às drogas, álcool e à promiscuidade sexual. Os lares estão sendo divididos e as coisas do mundo estão invadindo o coração das pessoas. As pessoas estão precisando desesperadamente de Jesus. Os ateus e agnósticos estão percebendo que falta Jesus em suas vidas. Algumas pessoas estão indo à morte ou enlouquecendo porque não têm um sentido para a vida. Somente Jesus traz  sentido à existência da raça humana. Por isso as pessoas estão procurando os cristãos e dizendo: “queremos ver Jesus, mostra-nos Jesus.”

Eis um texto inspirado da Meditação Matinal Olhando para o Alto, 112: “Cristo ouviu o ansioso e faminto clamor: “Queremos ver Jesus.” João 12:21. Esses gregos representavam as nações, tribos e povos que se despertariam para a sua grande necessidade de um poder exterior e acima do poder finito. Por um momento, Cristo olhou ao futuro e ouviu vozes proclamando em todas as partes da Terra: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” João 1:29. Esta antecipação, a consumação de Suas esperanças, é expressa nas palavras: “É chegada a hora de ser glorificado o Filho do homem.” João 12:23. Mas Cristo não Se esqueceu da maneira e métodos pelos quais essa glorificação devia ocorrer. O mundo podia ser salvo somente por Sua morte. Como o grão de trigo, o Filho do homem devia ser lançado na terra, morrer e ser sepultado fora da vista de todos, porém Ele viveria outra vez!”

SEXTA-FEIRA (21 de agosto) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 8: MISSÕES INTERCULTURAIS – Jesus foi o missionário modelo, quando aqui viveu, Ele não perdia tempo! Ele estava sempre ajudando as pessoas. Para cumprir a missão, Jesus desceu às partes inferiores da terra. Ver Efésios 4:9. Ele era consciente de que devia percorrer cidades e povoados para cumprir a Sua missão. Ver Marcos 1:37-39 e  Mateus 9.35. E nós? O nosso campo missionário começa em nossa casa, passa pelos familiares, vizinhos e alcança os nossos relacionamentos sociais, incluindo a responsabilidade para o mundo todo. O modelo de Jesus deixa claro também o conteúdo da nossa missão: pregar o evangelho do reino, ensinar os princípios desse Reino e auxiliar as pessoas em suas necessidades.

Jesus viu nas pessoas aflitas e exaustas ovelhas que precisavam de aprisco e que estavam maduras para serem colhidas no reino de Deus. Ver Mateus 9:36-37. Essas pessoas estavam como ovelhas sem pastor. Os que deviam ser os pastores, Ver João 7:32, tinham visão diferente, ver João 7:45-49. Para esses falsos pastores, a plebe era maldita. Servia só para combustível do fogo do inferno. Deus nos convida a vermos as pessoas com os olhos de Jesus. Ele viu na samaritana renegada, como herege e pecadora, uma pessoa sedenta da água da vida; Jesus viu nos 10 leprosos pessoas que necessitavam da cura física e espiritual. Ele viu no centurião uma alma crente e necessitada da bênção da cura do seu servo. Ele avaliou o endemoninhado de Gadara em mais de 400 mil euros. Se um porco vale em torno de 200€ e eram 2000 porcos, é só fazer a multiplicação: 2000 x 200 = 400 mil €. Jesus viria morrer se fosse apenas por uma alma, por você! Jesus viu na mulher sirofenícia uma fé que nunca tinha visto em Israel. Jesus atendeu os gregos que buscavam um sentido na vida!

O segredo do sucesso na obra missionária está em pessoas que estão ao serviço de Deus como resposta de oração. Todo filho de Deus que está fora de foco, infrutífero, insatisfeito e  murmurador, está fora do foco da salvação. Precisamos pedir que Deus nos dê paixão pelas almas e que envie missionários para o mundo e para a nossa casa também! Quando o Espírito de Jesus habita em nós e nos impulsiona na obra missionária, agimos como Jesus agiu, vemos como Jesus viu e nos compadecemos das pessoas como Jesus Se compadeceu.

“Em Sua sabedoria, o Senhor põe os que estão à procura da verdade em contato com seus semelhantes que a conhecem. É plano do Céu que os que receberam a luz a comuniquem aos que se acham em trevas. A humanidade, tirando sua eficiência da grande Fonte da sabedoria, torna-se o instrumento, a agência operadora por meio da qual o evangelho exerce seu poder transformador sobre o espírito e o coração". Atos do Apóstolos, 75.

“Muitos dos gentios tinham sido ouvintes interessados da pregação de Pedro e dos outros apóstolos, e muitos dos judeus gregos se tinham tornado crentes em Cristo, mas a conversão de Cornélio foi a primeira de importância entre os gentios.” Atos dos Apóstolos, 75


Luís Carlos Fonseca

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