terça-feira, 8 de setembro de 2015

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (4º trimestre 2015) OS ÚLTIMOS CINCO REIS DE JUDÁ

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (4º trimestre 2015) OS ÚLTIMOS CINCO REIS DE JUDÁ

VERSO ÁUREO: “Julgou a causa do aflito e necessitado; então lhe sucedeu bem; porventura não é isto conhecer-me? Diz o Senhor.” Jeremias 22:16

INTRODUÇÃO (sábado 10 de outubro) – O contexto do verso áureo mostra Deus pedindo à Jeremias para chamar a atenção do filho do rei Josias, que sucedeu o trono e que praticou coisas más. 
Deus enalteceu as boas obras de Josias e condenou as más obras do seu sucessor no trono.  Salum foi chamado de Joacaz, ver II Reis 23:31; II Crôn. 36:1-4, foi o quarto filho de Josias, ver I Crôn 3:15. Joacáz foi rei por apenas três meses e foi levado em cativeiro para o Egito, onde morreu.

Jeremias capítulo 22 mostra os pecados de Judá; o abandono e opressão aos pobres. As viúvas no Antigo Testamento passavam por situações constrangedoras, como a de ter que aceitar que o irmão de seu esposo a tomasse por mulher e que o filho que deles nascesse fosse considerado filho do falecido, para assim suscitar-lhe descendência. Essa era a conhecida lei do levirato. Mas, para além deste e outros inconvenientes, tinha o fato das viúvas não terem nenhuma expressão social e ter que viver de favores de terceiros, e o povo de Judá, que tinha essa responsabilidade e também a de cuidar dos pobres, estrangeiros e escravos, estava desprezando esse mandamento do Senhor.

Na verdade, de forma geral, os pecados do povo de Judá eram quatro: transgressão do sábado, idolatria, prostituição relacionada à idolatria e o desprezo aos necessitados. Quando o cristão chega ao ponto de transgredir os três primeiros aspectos da religião, ele já se revela em um grande egoísta, e; pessoas egoístas não vivem preocupadas com as necessidades alheias.

O estudo da lição desta semana vai abordar as atitudes dos últimos cinco reis de Judá. Com exceção de Josias, que foi um bom rei, os demais foram perversos. O escritor russo Fyodor Dostoyevsky, por causa de suas convicções políticas, passou quatro anos em uma prisão e contou que quase todos os presos que lá estavam, por vários motivos, não sentiam nenhum remorso e achavam que estavam certos em suas atitutes e delitos praticados, que os levaram à prisão. Isso mostra que as pessoas podem estar fazendo as coisas erradas pensando que estão certas. Esse foi o caso dos quatro reis de Judá.

A sua consciência não é um guia seguro! Quando a consciência estiver pautada pela Palavra de Deus, ela fará as admoestações corretas. Em Isaias 30:21 menciona que ouvimos a voz de Deus através da nossa consciência. Em Test. p Igreja vol 5, 120 encontramos: “Consciência é a voz de Deus ouvida entre os conflitos da alma.” A consciência é regida por valores culturais, morais e religiosos, mas, para ser um guia seguro, deve estar regida por Deus. Daí, a necessidade de se ler a Bíblia todos os dias para termos uma boa consciência. O rei Josias foi obediente à voz de Deus e governou com boa e pura consciência, já; os outros quatro reis de Judá abandonaram a Palavra profética e seguiram os ditames de sua consciência pervertida. Estes foram os últimos cinco reis de Judá: Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias.

O seu cristianismo está pautado na sua vontade ou na vontade de Deus? Veja este texto: “Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.” Mateus 26:39

As misericórdias de Deus e consequências por causa de um rei desobediente: “Zedequias, no início do seu reinado, desfrutou inteiramente a confiança do rei de Babilônia, e teve como experimentado conselheiro ao profeta Jeremias. Se tivesse prosseguido numa conduta honrosa para com o rei de Babilônia, e atendido às mensagens do Senhor por intermédio de Jeremias, ele teria conservado o respeito de muitos em posição de mando, e teria tido oportunidade de comunicar-lhes o conhecimento do verdadeiro Deus. Assim os cativos já exilados em Babilônia teriam sido postos em terreno vantajoso e granjeado muita liberdade; o nome de Deus teria sido honrado em toda parte, e os que haviam permanecido na terra de Judá teriam sido poupados a terríveis calamidades que finalmente vieram sobre eles.” Prof e Reis, 224

DOMINGO (11 de outubro) SOB O GOVERNO DE JOSIAS – Josias reinou 31 anos, foi no período de 659-629 a.C. Josias, com cinco anos de idade, já percebeu que a vida lhe reservava algumas surpresas difíceis e desagradáveis. Sua mãe, Jedida, estava chorando. Ela tinha motivos para chorar; era porque o avô de Josias, o rei Manassés, havia falecido. Ver II Reis 21:18. O pai de Josias, Amom, ocupou o lugar do seu avô, como o rei de Judá. Ver Crônicas 33:20. Dois anos mais tarde, Amom foi assassinado por seus servos. O povo matou os conspiradores e fez do pequeno Josias, rei de Judá. Ver II Reis 21:24 e II Crônicas 33:25. Josias sabia que seu pai e avô tinham agido de forma perversa ao adorar deuses falsos. O jovem rei de Judá também entendeu melhor as declarações do profeta de Deus, Sofonias e Jeremias. Aos 15 anos de idade, Josias estava no sétimo ano de seu reinado e determinado a agir de acordo com as palavras dos profetas de Deus. 

Josias começou a buscar Deus, ainda quando era um menino. Ver II Crônicas 33:21, 22 e 34:3. Isso mostra que desde criança e na juventude, Josias já começou a purificar Judá da falsa religião. Ele destruiu os ídolos, os postes de idolatria e os altares de incenso usados na adoração de Baal. As imagens dos deuses falsos foram destruídas e espalhadas sobre os túmulos daqueles que ofereciam sacrifícios a elas. Os altares usados na adoração impura foram profanados e demolidos. Ver II Reis 23:8-14. Josias estava com a reforma espiritual em andamento quando Jeremias, o filho de um sacerdote levita, chegou a Jerusalém. Deus havia nomeado Jeremias, e este declarava corajosamente a mensagem de Jeová contra a falsa religião dos pagãos. Josias e Jeremias tinham aproximadamente a mesma idade. Entre a reforma de Josias está a reintrodução da festa da Páscoa : “Celebrai uma páscoa a Jeová, vosso Deus, conforme está escrito no livro do pacto.” II Reis 23:21. Josias ficou feliz de ver a excelente reação do povo, e ele mesmo ofertou 30.000 vítimas pascoais e 3.000 cabeças de gado para a celebração. Em termos de ofertas, de organização e em número de adoradores, ela superou qualquer Páscoa celebrada desde os dias do profeta Samuel.. Ver  II Reis 23:22, 23 e 2 Crônicas 35:1-19. Mas apesar da corajosa reforma promovida por Josias e das proclamações destemidas de Jeremias, o povo retornou à adoração falsa. Ver Jeremias 1:1-10.

Josias foi um bom rei, mas ele morreu prematuramente por ter cometido um erro humano. Ele soube que o Faraó Neco planejava passar por Judá para impedir os exércitos de Babilônia e ajudar o rei da Assíria em Carquemis. Por motivo desconhecido, Josias saiu para lutar contra o egípcio. Neco enviou um mensageiro até ele, dizendo: “Refreia-te para o teu próprio bem por causa de Deus, que está comigo, e não deixes que te arruíne.” II Crônicas 35:20-22. Mas Josias se disfarçou e lutou contra os egípcios em Megido e morreu na guerra. Josias foi atingido pelos flecheiros inimigos e disse aos seus servos: “Tirai-me daqui, porque fui seriamente ferido. Ele foi levado à Jerusalém e ali Josias morreu. 
“Assim morreu ele e foi enterrado no cemitério de seus antepassados.. e todo o Judá e Jerusalém pranteavam por Josias”. II Crônicas 35:20-25. Jeremias entoou um canto fúnebre por Josias, e dali em diante o rei tornou-se assunto, entre os judeus em ocasiões especiais.

Em II Crônicas 34 encontramos as reformas espirituais e religiosas promovidas por Josias, de forma detalhada. Quando Josias se dispõe a reparar o templo, um dos homens que estava trabalhando achou o livro da lei, ver II Côn. 34: 15, e Safã leu o livro para Josias, v.18. Josias teve uma atitude de quebrantamento, humilhação e  arrependimento. Ver os vs 27-28. Como Josias, devemos reconhecer os nossos erros diante do Senhor, devemos nos humilhar e confessar os nossos pecados para que Deus possa nos salvar e usar como o fez com Josias. Por causa da humilhação de Josias Deus lhe fez uma promessa: “Eis que te reunirei a teus pais, e tu serás recolhido ao teu sepulcro em paz, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar e sobre os seus habitantes. E tornaram com esta resposta ao rei.” II Crônicas 34:28.

Comentário inspirado sobre Josias: “Com a ascensão de Josias ao trono, onde devia reinar por trinta e um anos, os que haviam conservado a pureza de sua fé começaram a esperar que o declínio do reino fosse detido; pois o novo rei, embora tivesse apenas oito anos de idade, temia a Deus, e desde o início “fez o que era reto aos olhos do Senhor; e andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se apartou dele nem para a direita nem para a esquerda”. II Reis 22:2. Filho de um rei ímpio, perseguido por tentações para que seguisse nos passos do pai, e com poucos conselheiros para encorajá-lo no caminho direito, foi Josias não obstante leal ao Deus de Israel. Advertido pelos erros de passadas gerações, escolheu fazer o que era reto, em vez de descer ao baixo nível do pecado e degradação a que seu pai e seu avô haviam caído. Ele “não se desviou nem para a direita nem para a esquerda”. Como alguém que devia ocupar uma posição de confiança, resolveu obedecer à instrução que tinha sido dada para a guia dos governantes de Israel; e sua obediência tornou possível que Deus o usasse como um vaso de honra.” Prof. e Reis, 196.

As pessoas dizem de você que você "faz o que é reto perante o Senhor, como Josias?

SEGUNDA-FEIRA (12 de outubro) JOACAZ E JEOAQUIM: OUTRO DECLÍNIOJoacáz reinou no ano 615.a.C e assim nos é dito sobre ele: “E seus servos, num carro, o levaram morto, de Megido, e o trouxeram a Jerusalém, e o sepultaram na sua sepultura; e o povo da terra tomou a Jeoacaz, filho de Josias, e ungiram-no, e fizeram-no rei em lugar de seu pai. Tinha Jeoacaz vinte e três anos de idade quando começou a reinar, e três meses reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. E fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizeram seus pais. Porém Faraó Neco o mandou prender em Ribla, em terra de Hamate, para que não reinasse em Jerusalém; e à terra impôs pena de cem talentos de prata e um talento de ouro.” II Reis 23:30-33.

Joacáz tinha 23 anos de idade quando começou reinar em Judá, e reinou apenas 3 meses em Jerusalém. Seu nome, como já vimos na introdução de sábado, é referido em Jer 22:11-12 como Salum, que era o 4º filho de Josias mencionado em I Crôn 3:15. Flávio Josefo, historiador judeu, menciona que Joacáz foi chamado pelo rei do Egito à Síria e ali o prendeu e levou ao Egito onde permaneceu até sua morte. O rei do Egito, que na ida para a guerra contra os povos do Eufrates matou Josias, na volta mandou prender Jeoacaz e o depôs, substituindo-o por seu irmão Eliaquim, a quem mudou o nome para Jeoaquim.

Veja a descrição sobre o reinado de Jeoaquim: “E Jeoaquim deu aquela prata e aquele ouro a Faraó; porém tributou a terra, para dar esse dinheiro conforme o mandado de Faraó; a cada um segundo a sua avaliação exigiu a prata e o ouro do povo da terra, para o dar a Faraó Neco.” II Reis 23:35

Jeoaquim subiu ao trono de Judá com vinte e cinco anos de idade e reinou por onze anos em lugar de seu irmão Joacáz. Assim como seu irmão, ele fez tudo o que era mal perante o Senhor. Durante seu reinado, Nabucodonosor, rei da Babilônia, que havia vencido o Faraó-Neco, subiu contra Judá e por três anos teve o rei Jeoaquim por seu servo, até que este se rebelou contra Babilônia.

Veja esta descrição bíblica sobre Jeoaquim: “E o rei do Egito pôs a Eliaquim, irmão de Jeoacaz, rei sobre Judá e Jerusalém, e mudou-lhe o nome em Jeoaquim; mas a seu irmão Jeoacaz tomou Neco, e levou-o para o Egito. Tinha Jeoaquim vinte e cinco anos de idade, quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém; e fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus. Subiu, pois, contra ele Nabucodonosor, rei de Babilônia, e o amarrou com cadeias, para o levar a Babilônia. Também alguns dos vasos da casa do Senhor levou Nabucodonosor a Babilônia, e pô-los no seu templo em Babilônia. Quanto ao mais dos atos de Jeoaquim, e as abominações que fez, e o mais que se achou nele, eis que estão escritos no livro dos reis de Israel e de Judá; e Joaquim, seu filho, reinou em seu lugar.” II Crônicas 36:4-8

“E Jeoaquim dormiu com seus pais; e Joaquim, seu filho, reinou em seu lugar.” II Reis 24:6

Veja este texto inspirado complementar: “Desde a morte do bom rei Josias os que haviam reinado sobre a nação se mostraram infiéis ao seu encargo, tendo levado muitos ao extravio. Jeoacáz, deposto pela interferência do rei do Egito, fora seguido por Jeoaquim, o filho mais velho de Josias. Desde o início do reinado de Jeoaquim, Jeremias tivera pouca esperança de salvar sua amada terra da destruição e o povo do cativeiro. Mas não lhe foi permitido permanecer em silêncio enquanto total ruína ameaçava o reino. Os que haviam permanecido leais a Deus deviam ser encorajados a perseverar na prática do bem, devendo os pecadores, se possível, ser induzidos a voltarem-se da iniquidade. A crise pedia um esforço público e de longo alcance. Jeremias foi ordenado pelo Senhor a erguer-se na corte do templo e falar a todo o povo de Judá que passasse dentro e fora. Não devia ele suprimir uma só palavra das mensagens que lhe fossem dadas, a fim de que os pecadores de Sião tivessem a mais ampla oportunidade possível de ouvir, e voltar de seus maus caminhos.” Profetas e Reis, 210

Você tem se dedicado à obra social, ajudando pessoas necessitadas, ou tem sido egoísta como foram Joacáz e Jeoaquim?

TERÇA-FEIRA (13 de outubro) O CURTO REINADO DE JOAQUIM EM JUDÁ – Joaquim ou Jeconias: filho de Jeoaquim ou Eliaquim, rei de Judá, sucedeu seu pai aos dezoito anos de idade e reinou sobre Jerusalém por apenas três meses e dez dias. Assim como seu pai, foi um mal rei perante o Senhor. Durante o seu reinado, e assim como profetizou Jeremias, o rei de Babilônia, Nabucodonosor, o levou cativo, levando também para a Babilônia os utensílios do templo, os príncipes e os homens valorosos, e todos os carpinteiros e ferreiros, deixando em Jerusalém apenas os pobres. Joaquim esteve preso por trinta e seis anos e foi só depois deste tempo que Evil-Merodaque, sucedendo a Nabucodonosor, o pôs em liberdade, e o colocou num lugar privilegiado em relação aos outros cativos. E nada mais se sabe dele, a não ser que foi companheiro de Daniel e Ezequiel.

Veja esta descrição bíblica sobre Joaquim, filho de Jeoaquim: “Tinha Joaquim dezoito anos de idade quando começou a reinar, e reinou três meses em Jerusalém; e era o nome de sua mãe, Neusta, filha de Elnatã, de Jerusalém. E fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto fizera seu pai. Naquele tempo subiram os servos de Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém; e a cidade foi cercada. Também veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, contra a cidade, quando já os seus servos a estavam sitiando. Então saiu Joaquim, rei de Judá, ao rei de Babilônia, ele, sua mãe, seus servos, seus príncipes e seus oficiais; e o rei de Babilônia o tomou preso, no ano oitavo do seu reinado. E tirou dali todos os tesouros da casa do Senhor e os tesouros da casa do rei; e partiu todos os vasos de ouro, que fizera Salomão, rei de Israel, no templo do Senhor, como o Senhor tinha falado. E transportou a toda a Jerusalém como também a todos os príncipes, e a todos os homens valorosos, dez mil presos, e a todos os artífices e ferreiros; ninguém ficou senão o povo pobre da terra. Assim transportou Joaquim à Babilônia; como também a mãe do rei, as mulheres do rei, os seus oficiais e os poderosos da terra levou presos de Jerusalém à Babilônia. E todos os homens valentes, até sete mil, e artífices e ferreiros até mil, e todos os homens destros na guerra, a estes o rei de Babilônia levou presos para Babilônia. E o rei de Babilônia estabeleceu a Matanias, seu tio, rei em seu lugar; e lhe mudou o nome para Zedequias.” II Reis 24:8-17

Embora Joaquim não tenha sido o que devia ser; fiel a Deus, no entanto, Deus não o abandonou. Evil-Merodaque ; “Falou com ele benignamente e lhe deu lugar de mais honra do que a dos reis que estavam com ele na Babilônia. Mudou-lhe as vestes do cárcere, e Joaquim passou a comer pão na sua presença todos os dias da sua vida. E da parte do rei lhe foi dada subsistência vitalícia, uma pensão diária, durante os dias da sua vida”. II Reiss 25:28-30.

Depois de mais de três décadas em cativeiro e prisão, onde Joaquim perdeu toda a sua vida de realizações, ele viu que nada podia destruir a esperança alimentada em seu coração e do povo de Deus. A grande verdade é que ninguém pode dizer, depois de ter vivido um longo tempo de calamidades e sofrimentos, que nunca verá coisas boas; só os mais infelizes ignoram as bênçãos da providência divina! Mas aquele que confia no Senhor sabe que nenhum poder externo, seja humano ou espiritual, pode-lhe destruir a esperança. Daniel e Ezequiel estiveram no cativeiro com Joaquim e viram a providência de Deus acompanhando os cativos. Estes filhos de Deus puderam perceber nitidamente as palavras do profeta Jeremias: “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” Jeremias 29:11

Após a disciplina de Deus a até calamidades, em sua vida, você tem voltado para Ele ou ainda insiste na prática dos mesmos pecados?

QUARTA-FEIRA (quarta-feira 14 de outubro) NO FINAL DO BECO SEM SAÍDA – Zedequias reinou em Jerusalém a pedido de Nabucodonosor que deu-lhe o trono de Judá depois que levou preso o rei Joaquim. O seu reinado foi entre a segunda e terceira deportação; de 597 à 586 a. C. Ele foi o último rei de Judá e também fez o que era mal perante o Senhor. Sempre que o Deus mandava um mensageiro à Zedequias, ele zombava, desprezava a Palavra de Deus e prendia os profetas; o povo aumentava mais e mais as transgressões, cometendo todo tipo de abominação. Nabucodonosor fez Zedequias jurar fidelidade, e isto também foi um desagrado ao Senhor. Nove anos depois o rei se revoltou contra Nabucodonosor, que, por esse motivo, subiu contra Jerusalém. Jeremias, o profeta, aconselhou Zedequias a que se rendesse, mas ele recusou e a cidade foi tomada. Zedequias fugiu, mas foi preso na planície de Jericó, foi levado à presença de Nabucodonosor, que então estava em Ribla da Síria, e ali viu matar os seus filhos, sendo-lhe depois tirados os seus próprios olhos e levado atados com duas cadeias de bronze para a Babilônia. Depois disso, Nabucodonosor mandou queimar o Templo do Senhor e a casa do rei, assim como todas as casas de Jerusalém, seus muros foram derrubados, levou cativo para a Babilônia alguns de Judá que tinham ficado na cidade e a outros, pobres, deixou-os como lavradores de vinhas. Nomeou a Gedalias governador sobre eles, e tudo quanto Salomão tinha feito para o Templo do Senhor foi levado para a Babilônia. E assim, Judá esteve em cativeiro Babilônico por setenta anos, conforme a profecia. Ver II Reis 25:1-21

Veja estas tristes descrições sobre Zedequias: “Tinha Zedequias vinte e um anos de idade quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. E fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto fizera Jeoaquim. Porque assim sucedeu por causa da ira do Senhor contra Jerusalém, e contra Judá, até os rejeitar de diante da sua presença; e Zedequias se rebelou contra o rei de Babilônia.” II Reis 24:18-20
“Tinha Zedequias a idade de vinte e um anos anos, quando começou a reinar; e onze anos reinou em Jerusalém. E fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus; nem se humilhou perante o profeta Jeremias, que falava da parte do Senhor. Além disto, também se rebelou contra o rei Nabucodonosor, que o tinha ajuramentado por Deus. Mas endureceu a sua cerviz, e tanto se obstinou no seu coração, que não se converteu ao Senhor Deus de Israel. Também todos os chefes dos sacerdotes e o povo aumentavam de mais em mais as transgressões, segundo todas as abominações dos gentios; e contaminaram a casa do Senhor, que ele tinha santificado em Jerusalém.” II Crônicas 36:11-14.

Um dos períodos mais difíceis e dolorosos para o povo de Deus foi o exílio, quando Jerusalém e o Templo foram destruídos, o povo perdeu a terra e foi deportado. Mas também foi motivo de renovação e retomada da fidelidade a Deus. A destruição não havia poupado nenhuma cidade importante de Judá.. Ver II Reiss 24:13-17; 25,8-12. As áreas que ficaram desocupadas com a saída dos deportados foram repovoadas não só pela população camponesa que ficou de Judá, mas também pelos povos vizinhos, ver Jer. 47:48, 49, povos filisteus, moabitas e amonitas, edomitas, assírios e árabes. Assim, Os sobreviventes recomeçaram lentamente a povoar as cidades e reconstruí-las.
Assim, alicerçou seu império de forma distributiva em relação a classe de proprietários locais, cujo direito não se fundamentava na herança nem na compra, mas na ordem dada pelo imperador da Babilônia. Portanto, a morte de Godolias, ver II Reiss 25:25 e  Jer. 40-44, expressa o medo de uma repressão maior, muitas famílias judias fugiram para o Egito, refugiando-se na colônia de Elefantina.

Portanto, mesmo exilado, o povo de Deus prosperou e cresceu. O exílio da Babilônia deixou marcas não só no povo que ficou na terra de Judá, mas também nos que foram deportados. Os remanescentes tinham a realidade da destruição sob os olhos. Já os que foram deportados carregaram consigo as imagens da cidade destruída, do povo disperso e massacrado, do culto desfeito. Estavam agora fora da terra, sem Templo, sem culto e sem os seus líderes. Muitos sonhos construídos ao longo dos anos foram desfeitos. Um dos personagens que marcaram àquele tempo, foi o profeta Ezequiel. O profeta vivia entre os exilados e os ajudava a alimentar a esperança do retorno à terra prometida. Ver Ezequiel 48:1-29. Ainda que os deportados tivessem encontrado a possibilidade de construírem suas vidas, viveram a experiência do exílio como uma grande catástrofe. Mas a saudade da pátria e do culto a Deus alimentava a fé e a esperança daquele povo.

O exílio corresponde o que aconteceu com o povo judeu ao início da dispersão mundial dos judeus em 34 a.C. e o seu final em 1948, quando puderam voltar para o recém criado estado de Israel pela ONU. Quando a Babilônia foi vencida, em 539 a.C. por Ciro, rei dos persas, e os exilados foram autorizados a regressar à sua terra, uma parte deles decidiu permanecer onde estava. Por outro lado, uma colônia judaica constituir-se-ia no século V, no Egito, em Elefantina, a norte da primeira catarata do Nilo. Composta Por mercenários que tinham servido no exercito persa, possuía o seu próprio templo. Já os que regressaram ao país, por volta de 539 a.E.C., tiveram de enfrentar numerosas dificuldades e o Templo de Salomão só pôde ser construído em 516 a.C. Neemias tinha encontrado Jerusalém num estado desolador. As muralhas estavam arruinadas e os raros habitantes que restavam tinham deixado de respeitar qualquer lei. Com a ajuda de Esdras, que foi seu sucessor, restabeleceram a ordem social e religiosa, assim permitiu a Judá sobreviver ao seu desastre. A semelhança dos judeus, no passado, alguns de nós podemos estar tão confortáveis aqui que não mais almejamos a Nova Jerusalém, a nossa Pátria Celestial. 

“A fim de melhor ilustrar a natureza dos juízos iminentes, o profeta recebeu ordem de tomar consigo “os anciãos do povo, e os anciãos dos sacerdotes”, e ir “ao vale do filho de Hinom”, e ali, depois de recapitular a apostasia de Judá, devia fazer em pedaços “uma botija de oleiro”, e declarar em defesa de Jeová, cujo servo era ele: “Deste modo quebrarei Eu a este povo, e a esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro, que não pode mais refazer-se”. O profeta fez como lhe fora ordenado. Então, retornando à cidade, ele se pôs no átrio do templo, e declarou aos ouvidos do povo: “Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que trarei sobre esta cidade, e sobre todas as suas cidades, todo o mal que pronunciei contra ela, porquanto endureceram a sua cerviz, para não ouvirem as Minhas palavras”. Jeremias 19. Profetas e Reis, 220

O que faz um homem recusar ouvir a voz do profeta de Deus? Ver Jeremias 38:14-18. Você ainda insiste em seguir a sua vontade, ou já consegue ser submisso a vontade de Deus?

QUINTA-FEIRA (15 de outubro) OS ANOS DE ESCURIDÃOVeja qual foi o resultado da rejeição da vontade de Deus para o povo de Judá: “E os caldeus incendiaram a casa do rei e as casas do povo, e derrubaram os muros de Jerusalém. E o restante do povo, que ficou na cidade, e os desertores que se tinham passado para ele, e o restante do povo que ficou, Nebuzaradã, capitão da guarda, levou cativo para a babilônia.” Jeremias 39:8,9.

Deus não deixou o povo cativo sem esperança. Veja o texto: “Portanto assim diz o Senhor Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor. E eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão, e se multiplicarão. E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o Senhor. Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA. Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que nunca mais dirão: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito; mas: Vive o Senhor, que fez subir, e que trouxe a geração da casa de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha arrojado; e habitarão na sua terra.” Jeremias 23:2-8

Na verdade, Babilônia fica a leste de Israel e não ao norte. A palavra original para “Norte” terra de Babilônia é tsaphon, derivação de tsaphan, uma raiz que significa esconder, secretamente no escuro. Depois dos 70 anos de cativeiro, o Senhor fez o povo subir de uma terra de escuridão, ou seja de escravidão. Logo no início do evangelho de João, a definição de “escuridão” é bem clara: o homem vive nas trevas do pecado. Essa é uma das outras referências em Jeremias que ele fala de uma nova aliança que a princípio fala da libertação do cativeiro babilônico. O cativeiro é, na verdade, apenas uma representação, uma sombra do cativeiro do pecado, aquele do qual Jesus veio nos libertar.

Você consegue imaginar a ansiedade de uma pessoa que passa anos dentro de uma prisão aguardando o tão esperado dia da liberdade? Os dias passam, as datas especiais se vão e momentos importantes são passados dentro da prisão. Quando chega o momento da liberdade ainda haverá uma dura trajetória pela reabilitação no mundo social, pois o preconceito impera diante da liberdade daquele que um dia foi um detento. O povo de Israel depois que voltou do cativeiro, teve que merecer e usar a graça de Jeová para a sua reabilitação ao verdadeiro culto a Jeová. Assim também, Cristo em Sua obra redentora nos justificou e nos reabilitou para a uma nova vida, ou seja; nos inseriu na plena liberdade que nos eleva ao nível de filhos: Veja estes textos:

“O exilado cativo depressa será solto, e não morrerá na caverna, e o seu pão não lhe faltará”. Isaías 51:14

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” João 1:12,13

“Os negros anos de destruição e morte que assinalaram o fim do reino de Judá, teriam levado desespero ao mais resoluto coração, não fosse o encorajamento das predições proféticas dos mensageiros de Deus. Por intermédio de Jeremias em Jerusalém, de Daniel na corte de Babilônia, de Ezequiel junto às barrancas do Quebar, o Senhor em misericórdia tornou claro Seu eterno propósito, e deu certeza de Sua disposição de cumprir para com Seu povo escolhido as promessas registradas nos escritos de Moisés. Aquilo que tinha prometido fazer pelos que se Lhe mostrassem fiéis, certamente haveria de realizar-se. A "palavra de Deus... permanece para sempre". I Ped. 1:23. Profetas e Reis, 464

Comparando a sua vida com o povo de Judá, você vive na luz de Deus ou em trevas espirituais?

SEXTA-FEIRA (16 de outubro) – LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 3: OS ÚLTIMOS 5 REIS DE JUDÁ – Como vimos, o povo de Judá caiu em apostasia total, e por isso recebeu o castigo do cativeiro. Existem dois tipos principais de apostasia; a) um afastamento das doutrinas fundamentais e verdadeiras da Bíblia em direção às doutrinas heréticas que proclamam ser "a verdadeira" doutrina cristã, e b) uma renúncia completa da fé cristã, o que resulta em um abandono completo de Cristo. 

Ário viveu entre 250-336 d.C e era um bispo cristão de Alexandria, Egito. Ário representa a primeira forma de apostasia; uma negação das principais verdades cristãs como a divindade de Cristo. Ário afirmou que Jesus não era homoousios, da mesma essência como o Pai, mas sim homoiousios, de essência semelhante. Apenas uma letra grega o iota “i” separava os dois. Ário descreveu a sua posição desta forma: "O Pai existia antes do Filho. Houve um tempo em que o Filho não existia. Portanto, o Filho foi criado pelo pai. Portanto, embora o Filho tenha sido a maior de todas as criaturas, ele não era da essência de Deus." Depois que as pessoas abandonam as doutrinas, elas acabam por abandonar o Criador das doutrinas ou princípios. Elas podem até dizer que são cristãs, porque lhe é conveniente dizer que são cristãs, mas. na sua essência, negam Cristo.

A apostasia não acontece da noite para o dia. Ela começa com o abandono da bíblia e da oração. O que você diria para uma igreja em que um de seus membros não apenas deixou a comunhão, mas se voltou para ela com hostilidade? Esse é um quadro triste que acontece em todas as igrejas cristãs. O índice de pessoas que caem em apostasia é grande, e isso tem levado tristeza para o corpo de crentes em Cristo. Alguns cristãos ficam abalados pela apostasia de outros cristãos professos. “Se ele pode cair, que esperança há para mim?” Todo o Antigo Testamento traz a história da apostasia de Israel. No Novo Testamento, vemos apóstatas como Judas e Demas. Alguns, em Corinto, negaram a ressurreição e alguns na Galácia voltaram à lei como forma de salvação. Não é surpresa que os apóstolos alertavam a igreja quanto a essa possibilidade. Ver Atos 20.29,30; 1 Coríntios 11.19; 1 Timóteo 4.1; Judas; 1 João 2.19.

John Owen destacou três áreas nas quais a apostasia normalmente começa: doutrina, estilo de vida e adoração. Owen relacionou a apostasia doutrinária com a falta de experiência cristã. Ele disse que quando alguém não sente uma necessidade pessoal, nenhum senso da justiça de Deus, nenhum vislumbre da glória de Deus, nenhuma submissão à soberania de Deus e nenhum temor à Palavra de Deus, então a apostasia estará logo ali na próxima esquina. Owen ressaltou que um estilo de vida sem santidade é mais capaz de levar a apostasia do que o abandono das doutrinas cristãs. Ele enxergava tanto o legalismo quanto a falta de normas como eventuais caminhos para a apostasia. Owen também argumentou que se negligenciarmos, não obedecermos ou acrescentarmos regras além do necessário à adoração, a apostasia não tarda a chegar. Pastores e líderes de igreja devem estar atentos a essas três zonas de perigo: doutrina, estilo de vida e adoração. E devem chamar a atenção do rebanho para isso.

Nossa responsabilidade: “Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados.” Tiago 5:19-20.

Primeiro vem o perdão e depois a reabilitação da pessoa. A lição desta semana fala da apostasia de Israel. Como buscar o irmão que afastou-se da comunhão da igreja? Realmente este tema é muitíssimo importante! Em Gálatas menciona a maneira como devemos tratar as pessoas que caíram em apostasia ou em alguma falta. Veja o texto: “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.” Gálatas 6:1

“Ou somos cristãos decididos de todo coração, ou nada somos.” Test. Seletos, v. 1, 26.


Luís Carlos Fonseca

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