terça-feira, 24 de maio de 2016

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (2º trimestre de 2016) OS ÚLTIMOS DIAS DE JESUS

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (2º trimestre de 2016) OS ÚLTIMOS DIAS DE JESUS

VERSO ÁUREO: “Então Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão.” Mateus 26:31

INTRODUÇÃO (sábado 11 de junho) – A lição de hoje vai tratar dos momentos finais da vida de Cristo, desde a instituição da santa ceia até a negação de Pedro, no contexto do julgamento de Jesus.

Este é um tema importante de se estudar. Ellen White escreveu: “Bom seria passar cada dia uma hora de reflexão, recapitulando a vida de Jesus da manjedoura ao Calvário. Devemos tomá-la, ponto por ponto, deixando que a imaginação se apodere vividamente de cada cena, em particular das cenas finais de Sua vida terrestre. Contemplando assim Seus ensinos e sofrimentos, e o infinito sacrifício por Ele feito para redenção da raça humana, podemos revigorar nossa fé, vivificar nosso amor e imbuir-nos mais profundamente do espírito que sustinha nosso Salvador”. Test. Seletos, 1, 515, 516

Ao estudarmos esta lição é bom lembrarmos na liberdade de escolha que recebemos de Deus. Jesus usou a Sua liberdade de escolha para morrer em favor da humanidade perdida. Jesus também poderia ter usado a Sua liberdade de escolha para não morrer em nosso favor. Já pensou o que seria de nós se decidisse não morrer? A lição desta semana menciona, a mulher com o vaso de alabastro, que ungiu os pés de Cristo, menciona sobre Pedro e Judas Iscariotes que fizeram escolhas que somaram para selar o destino de cada um.

Deus quer que façamos escolhas que estejam de acordo com a Sua vontade. Então, como saber qual a vontade de Deus para você? Se você estiver caminhando junto do Senhor e verdadeiramente desejar a vontade dele para sua vida, Deus colocará Sua vontade em seu coração. O segredo é desejar a vontade de Deus, não a sua própria. Veja este texto: “Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração.” Salmo 37:4. Se a Bíblia não se coloca contra algo, e este algo pode verdadeiramente beneficiar você espiritualmente, então a Bíblia dá a você a permissão de tomar decisões e seguir seu coração. Neste contexto, a única decisão que Deus não quer que tomemos é a decisão de pecar ou resistir à Sua vontade. O problema todo está em eu saber o que é errado e ainda assim eu pratico.

Por que Judas traiu Jesus e enforcou-se? Embora Judas tenha sido escolhido de forma consciente para ser um dos doze, as Escrituras apontam ao fato de que ele nunca realmente acreditou que Jesus era Deus, e ele provavelmente nunca tinha sido convencido de que Jesus era o Messias. Ver João 6:64. Ao contrário dos outros discípulos que chamaram Jesus de Senhor, que é de grande importância em várias formas, Judas nunca utilizou este título para Jesus e, ao invés disso O chamou de Rabi. O mesmo vale para nós. Se não reconhecermos Jesus como Deus encarnado e, portanto, a uma única pessoa que pode oferecer salvação eterna e perdão pelos nossos pecados, então seremos sujeitos a vários outros problemas que resultam de uma visão errada da Deus.

 Em segundo lugar, Judas não só teve falta de fé em Cristo, mas teve pouco ou nenhum relacionamento pessoal com Jesus. Ele Seguia Jesus a distância. Em terceiro lugar, Judas foi consumido pela ganância, ao ponto de trair a confiança não só de Jesus, mas também dos outros discípulos, como vemos em João 12:5-6. Além disso, Judas, como a maioria das pessoas, naquela época, acreditava que o Messias iria acabar com a ocupação romana e assumir uma posição de poder para reinar sobre a nação de Israel. Dessa forma, Judas teve a capacidade completa de fazer sua escolha, pelo menos até o ponto onde “entrou nele Satanás.” João 13:27

DOMINGO (12 de junho) UMA BOA AÇÃO – A lição de hoje está baseada na história da mulher que regou os pés de Jesus com um perfume caríssimo. Eis a história: “E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com ungüento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa. E os seus discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Por que é este desperdício? Pois este ungüento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres. Jesus, porém, conhecendo isto, disse-lhes: Por que afligis esta mulher? Pois praticou uma boa ação para comigo. Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre. Ora, derramando ela este ungüento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento. Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado em todo o mundo, também será referido o que ela fez, para memória sua.” Mateus 26:6-13

A Bíblia traz a história de duas mulheres que ungiram os pés de Cristo com perfume. Uma história está registrada em Lucas 7:36 a 50. Esta foi uma mulher anônima, que entrou para história por ter ungido os pés do Mestre Jesus, enquanto lágrimas desciam de seu rosto, misturando-se ao óleo, ao que ela carinhosamente enxugava com seus cabelos. A tradição diz que essa mulher era Maria Madalena, mas não há comprovação de que realmente seja. Isso aconteceu na casa de Simão, o fariseu e a cidade, possivelmente, era Naim. Lucas menciona que a mulher era pecadora

A lição de hoje traz a história de uma outra mulher, que João diz ser Maria, irmã de Lázaro, pois na última semana da vida de Cristo, Ele dormia em Betânia, na casa de Lázaro, Marta e Maria e ia à Jerusalém durante o dia. Este episódio aconteceu na terça-feira na casa de Simão, o ex-leproso, em Betânia, mas que estavam presentes os discípulos e também Lázaro e suas irmãs. Marcos 14:3-9 e João 12:1-8 contam a mesma história. Mateus menciona apenas “uma mulher”.

Vaso de alabastro é frasco comprido, feito de material delicado e quase transparente. O alabastro era um gesso branco, finíssimo, feita de uma pedra mais suave do que o mármore. Unguentos e perfumes preciosos eram transportados em frascos dessa natureza. A maioria desses frascos vinha de Damasco, na Síria, ao passo que o mais excelente unguento, de nardo, procedia de Tarso, na Cilícia. O preço deste perfume era caríssimo e o valor era avaliado em denário. Denário era uma moeda romana, feita de prata, e valia um dia de trabalho de um lavrador. 500 denários correspondiam a 500 dias de trabalho.

Jesus pagou o preço para salvar você, esperando a sua resposta ao Seu amor. Qual tem sido sua resposta? Você tem respondido de maneira satisfatória ao amor que Ele lhe tem mostrado? Maria lembrou de agradecer Jesus em uma festa. Geralmente quando as pessoas procuram Deus? Nas tragédias humanas, quando uma forte chuva inunda cidades, um terremoto de grandes proporções destrói casas e prédios, um vulcão explode e sua lava submerge vilarejos, os seres humanos lembram-se de Deus! Elas procuram Deus quando são vítimas da injustiça ou quando a guerra explode entre os povos e centenas e milhares são perseguidos, expulsos de suas terras, pais perdem seus filhos, e filhos os seus pais, quando a tortura e a impiedade avançam sem que ninguém se importe, a voz da raça humana se ergue ao céu. As pessoas procuram Deus quando precisam de milagres! 

Em Betânia não havia catástrofes da natureza, ou perseguição pela guerra ou mesmo um pedido de milagre. Maria foi motivada pelo amor e gratidão! Estamos disponíveis para praticarmos boas ações?

“Enquanto se tramava em Jerusalém essa conspiração, Jesus e Seus amigos eram convidados à festa de Simão. À mesa achava-Se Jesus, tendo a um lado Simão, a quem curara de repugnante moléstia, e do outro Lázaro, a quem ressuscitara. Marta servia à mesa, mas Maria escutava ansiosamente toda palavra que caía dos lábios de Jesus. Em Sua misericórdia perdoara Jesus os seus pecados, chamara do sepulcro seu bem-amado irmão, e a alma de Maria estava cheia de reconhecimento. Ouvira Jesus falar de Sua morte próxima e, em seu profundo amor e tristeza, almejara honrá-Lo. Com grande sacrifício para si, comprara um vaso de alabastro de “ungüento de nardo puro, de muito preço” (João 12:3) para com ele ungir-Lhe o corpo. Mas agora muitos diziam que Ele estava para ser coroado rei. Seu pesar transformou-se em alegria, e ansiava ser a primeira a honrar a seu Senhor. Quebrando o vaso de ungüento, derramou o conteúdo sobre a cabeça e os pés de Jesus, e depois, enquanto de joelhos chorava umedecendo-os com lágrimas, enxugava-os com os longos cabelos soltos.” O Desejado de Todas as Nações, 391

SEGUNDA-FEIRA (13 de junho) A NOVA ALIANÇA – Leia os textos para o estudo de hoje: Mateus 26:17-19 e 26-29; I Cor. 5:7 e João 13:1-15. A santa ceia é uma das cerimônias mais belas do cristianismo. É neste momento que cada crente tem a alegria de reafirmar sua fé no sacrifício de Jesus, em seu favor. A santa ceia é para os cristãos o que a Páscoa era para os Judeus. Jesus a instituiu na véspera da morte do Cordeiro pascal; da Sua morte. Como os cerimonias festivos da Páscoa aconteciam já no inicio da sexta-feira, e Deus conta o início do dia no por-do-sol; a santa-ceia foi introduzida já no início da sexta, depois do por-do-sol da quinta. Percebeu?

A cerimônia do lava-pés está incluída na da santa ceia. Uma faz parte da outra, e devem ser realizadas no mesmo momento de celebração. Sobre o lava-pés Jesus mencionou: “Ora, se Eu Senhor e mestre, vos lavei os pés, vós deveis, também, lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, assim como Eu vos fiz, façais vós também.” João 13:14 e 15. A igreja Adventista oferece a todos os membros a oportunidade de participar deste rito sagrado.

A respeito da Santa Ceia é dito: “E tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei: isto é o meu corpo, que é partido por vós, fazei isto em memória de mim...” I Cor. 11:24 e 25
Vejam que o Senhor Jesus, ao instituir o serviço da comunhão, deu ordens claras em forma de mandamentos. O verbo está no imperativo, o que denota mandamento. Logo, todos os que foram salvos por Jesus e resgatados per Seu sangue; devem participar, como demonstração de fé. Este mandamento deve ser obedecido como os demais contidos na Bíblia.

Como Adventistas, acreditamos que o pão e o suco de uva, são apenas símbolos do corpo e do sangue de Jesus Cristo. Há outras religiões que acreditam que as substâncias transformam-se literalmente ou parcialmente no próprio corpo e sangue de Jesus. A isto, eles chamam de consubstanciação e transubstanciação. A Bíblia ensina que são apenas símbolos. Se os símbolos se transformassem literalmente ou parcialmente no corpo e no sangue de Cristo, então os crentes matariam Cristo cada vez que participassem. E isso não pode ser!

Deixar de participar destes ritos significa: Desobedecer ao mandamento do próprio Jesus que envolve alguns pontos; falta de fé no sacrifício de Jesus, não interpretar corretamente o texto onde menciona sobre os indignos, perder oportunidade de reconsagrar a vida, levar a vida religiosa de forma negativa e condescendente com este mundo e dar exemplo negativo para filhos, familiares e outros crentes.

E aqueles que se julgam indignos, devem participar? As pessoas que dizem que não vão participar; porque se julgam indignas, é porque ainda não entenderam o significado da santa ceia, nem o perdão de Jesus. E também interpretam, de forma equivocada, o texto de I Coríntios 11:27. Aqui estava tratando daquelas pessoas que gostavam de comer, além da porção oferecida na cerimônia, vinham de longe e tinham fome. Comiam para a condenação. A santa-ceia é para pecadores que continuam em santificação!

Este texto do Desejado é esclarecedor: “Aquele que lavou os pés de Judas, anseia lavar todo coração da mancha do pecado. Ninguém deve se excluir da comunhão por estar presente, talvez, alguém que seja indigno. Todo discípulo é chamado a participar publicamente, e dar assim testemunho de que aceita a Cristo como seu Salvador pessoal. Todos quantos ali chegam com a fé baseada nEle, serão grandemente abençoados. Todos quantos negligenciam esses períodos de divino privilégio, sofrerão prejuízo" D.T.N,  656.

Quem pode participar da santa-ceia? Todas as pessoas que foram salvas pelo sangue de Jesus, e que sentem a necessidade dos méritos salvíficos na vida. Nós praticamos a santa ceia aberta para todas as pessoas que entregaram a vida a Cristo; independentemente de serem ou não Adventistas. 

Veja este texto: "Podem entrar pessoas que não são, no íntimo, servos da verdade e da santidade, mas que desejem tomar parte no serviço. Não devem ser proibidas. Acham-se ali testemunhas que estavam presentes quando Jesus lavou os pés dos discípulos e de Judas. Olhos mais que humanos contemplam a cena. Por Seu Santo Espírito, Cristo ali está para pôr o selo à Sua ordenança. Está ali para convencer e abrandar o coração. Nem um olhar, nem um pensamento de arrependimento escapa a Sua observação. Pelo coração contrito, quebrantado, espera Ele. Tudo está preparado para a recepção daquela alma. Aquele que lavou os pés de Judas, anseia lavar todo coração da mancha do pecado" DTN, 656.

TERÇA-FEIRA (14 de junho) GETSÉMANI - Este é o texto que fala por si: “Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo. E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez adormecidos; porque os seus olhos estavam pesados. E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Então chegou junto dos seus discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai. Mateus 26:36-46

Depois da santa-ceia, Jesus e os discípulos foram ao Jardim do Getsémani e muitas coisas aconteceram ali. Jesus foi orar enquanto esperava que a Sua hora chegasse. Foi ali que Jesus, depois de ter sido traído por Judas, foi preso e levado para os julgamentos diante de vários sacerdotes, Pôncio Pilatos e Herodes. Ver Lucas 22:54-23:25. Jesus entrou em agonia no Getsêmani e o Seu suor tornou-se como gotas de sangue a pingar no chão. O único evangelista que menciona o fato é o médico Lucas. E o faz com a decisão de um clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo.

A angústia terrível de sentir-Se carregando todos os pecados dos homens deve ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pela e então escorre por todo o corpo até a terra.

O Getsemani ensina-nos algumas coisas: A indisponibilidade dos discípulos para orar contribuiu para a angústia de Jesus. Nós precisamos ter uma vida ativa de oração para que a nossa vida espiritual seja fortalecida. Outro ponto que o Getsemani ensina é a renúncia das nossas vontades, contrárias a vontade de Deus. Jesus é o Mestre por excelência em todas as coisas, inclusive na renúncia da vontade própria. Jesus não era pecador e mesmo assim precisou renunciar a própria vontade; quanto mais nós pecadores com gostos e vontades pervertidos, precisamos lutar como Jesus. Jesus experimentou o cálice amargo no Getsêmani para conceder-nos a vitória sobre o pecado. Ele nos ensinou que a vitória depende de Deus e não de nós mesmos.

A oração é o recurso que devemos praticar em todos os momentos. Jesus orou três vezes ao Pai com as mesmas palavras: “Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.” A resposta da oração que devemos desejar é a vontade de Deus em nossas vidas. Jesus orou de forma submissa. Ele não estava querendo impor ou determinar a resposta de Deus. Bem longe do “espírito” da Teologia da confissão positiva, Jesus queria a consumação da vontade de Deus em Sua vida.

“A vida do Salvador na Terra foi dedicada à oração. Passou muitas horas a sós com Deus e, com frequência, Suas preces sinceras subiam ao trono celeste, buscando a sabedoria e força de que necessitava para sustê-Lo em Sua obra e para guardá-Lo de cair nas tentações de Satanás. Depois de haver celebrado a Páscoa com Seus discípulos, Jesus foi com eles ao jardim do Getsêmani, onde costumava orar. À medida que caminhava, conversava com eles e os ensinava, mas quando se aproximaram do Jardim, tornou-Se estranhamente silencioso.” Vida de Jesus, 79

QUARTA-FEIRA (15 de junho) JUDAS VENDE A SUA ALMA – Leia parte da história de Judas em Mateus 26:47-50 e 27:1-10.

Judas Iscariotes foi um dos 12 discípulos de Jesus Cristo, nascido em Kerioth, localidade da Judeia, foi o que traiu Cristo e cuja traição deu origem a expressão beijo de Judas que passou a significar a traição. Ele é o único que não era galileu. Ele era filho de Simão: “E isto dizia ele de Judas Iscariotes, filho de Simão; porque este o havia de entregar, sendo um dos doze.” João 6:71. Era um dos doze discípulos: “Simão, o Cananita, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.” Mateus 10:4. Foi quem traiu Jesus: “Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes.” Mateus 26:14

Judas não foi aceito no círculo dos discípulos para ser um traidor, mas para ser um apóstolo, companheiro de viagens de Jesus, testemunha ocular dos Seus milagres e auricular dos Seus ensinamentos, ele gozava de todos os privilégios daqueles que tinham intimidade com o Mestre dos mestres e Salvador do mundo. Era também pregador do evangelho e cuidava das finanças da igreja que iniciava.

O caráter de Judas, porém, nunca foi trasnsformado, ele não permitiu que a presença amiga e bondosa de Jesus o transformasse. Jesus conhecia o caráter de Judas desde o princípio, dizendo que um dos doze era um demônio. Ver João 6:64-70. Jesus nunca o declarou abertamente aos outros discípulos, o que demonstra que o Senhor sempre o preservou dos julgamentos de seus companheiros, dando-lhe inúmeras chances de arrependimento. Ver João 13:28 e 29. Jesus sabia também que ele O trairia. Ver João 13:21,26 e 27. Todos os acontecimentos já haviam sido profetizados. Ver Sal. 41:9 e Zac. 11:12 e 13.

Judas amava o dinheiro, a raiz do toda espécie de males, e a sua ganância o levou a procurar os líderes judeus para trair e vender Jesus, buscando ocasião para O entregar. Ver Mat. 26:14-16. O traidor ficou à espreita, procurando ocasião para atingir quem sempre o teve como amigo. Num disfarce de piedade, criticava os adoradores, buscando apoio dos companheiros contra os gastos feitos com o Senhor. Ver João 12:1-7.

Judas sentou-se aos pés de Jesus e aprendeu de Seus ensinamentos. Ele foi ensinado acerca do evangelho e ouviu sobre o reino de Deus de acordo com Lucas 8:1. Ele ouviu o significado da parábola do semeador de acordo com Marcos 4:10. Ele foi ensinado que os últimos serão os primeiros de acordo com Marcos 9:35. Foi predito sobre a traição e morte de Jesus de acordo com Mateus 20:17, Marcos 10:32 e Lucas 18:31. E assim mesmo se perdeu!

O que temos feito com as oportunidades de salvação que Jesus nos oferece? Judas permitiu Satanás entrar em seu coração. Em João 13:2 lemos "Enquanto ceavam, tendo já o diabo posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, que o traísse". Lucas 22:3 declara: "Entrou então Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, que era um dos doze". Quando nós cedemos à tentação do pecado, nós permitimos que Satanás entre nosso coração. Cuidado!

“Enquanto Jesus estava preparando os discípulos para sua ordenação, um que não fora chamado se esforçou para ser contado entre eles. Foi Judas Iscariotes, que professava ser seguidor de Cristo. Adiantou-se então, solicitando um lugar nesse círculo mais íntimo de discípulos. Com grande veemência e aparente sinceridade, declarou: “Senhor, seguir-Te-ei para onde quer que fores.” Jesus nem o repeliu, nem o acolheu com mostras de agrado, mas proferiu apenas as tristes palavras: “As raposas têm covis, e as aves do céu ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”. Mateus 8:19, 20. Judas acreditava que Jesus fosse o Messias; e, ao unir-se aos discípulos, esperava assegurar para si alta posição no novo reino. Essa esperança quis Jesus tirar com a declaração de Sua pobreza.” O Desejado de Todas as Nações, 200

QUINTA-FEIRA (16 de junho) A NEGAÇÃO DE PEDRO – Antes de Pedro negar Jesus ele passou por vários estágios de queda distanciamento de Jesus:

Pedro era orgulhoso. Quando Jesus advertiu os discípulos sobre a atitude reprovável que assumiriam em relação à Sua pessoa, Pedro disse: “Ainda que todos te abandonem, eu nunca te abandonarei”. Mateus 26: 33. Esse foi o primeiro passo do seu lamentável descuido que o levou à uma tremenda queda espiritual. Devemos cuidar para que a nossa “ostentação orgulhosa” não nos traia, dando início ao processo danoso de nossa derrota espiritual. Nunca digamos: “Eu nunca farei isso!”. Paulo adverte: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia!” I Cor.10:12.

Pedro não era vigilante. O texto mostra como os discípulos foram descuidados ao dormirem, quando deviam estar vigilantes. Eles estavam vivendo um momento muito difícil no Jardim do Getsemani, prestes a enfrentar a ação mais contundente do inimigo. O Senhor exortou-os, fortemente, à ficarem em vigilância. O que fizeram? Dormiram! Tem crente que já não abre a Bíblia para fazer uma leitura e estudo.Tem crente que não participa de uma vigília de oração, etc… E quando chega a tentação, ele cede. O crente que quer morar com Jesus necessita de vigiar.

Pedro não orava o suficiente. A atitude de oração é uma das mais fortes armas para evitar o processo da derrota espiritual. Ver Efésios. 6:18. O Senhor não só exortou os discípulos a orar, como deixou o Seu digno exemplo, ao empregar-Se, sozinho e intensamente, na oração ao Pai, na difícil circunstância em que Se encontrava. Ele não podia falhar na execução dos dramáticos acontecimentos da Redenção! Tem crente que já não dedica nem 5 minutos para fazer uma oração particular. Tem famílias inteiras de crentes que já não se reúnem nem para fazer uma oração em conjunto. Há crentes que já não participam das reuniões de oração.

Pedro era carnal. No confronto definitivo das forças do mal com o Senhor, Pedro cometeu um tremendo descuido ao pretender resolver tudo na base do “serviço na carne”. Veja o relato de Mateus: “E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo-sacerdote, cortou-lhe uma orelha.” Mateus 26:51. Agir, tendo como base os impulsos carnais é para os fracos! Carne é passo errado; é descuido inadmissível que fortalece o processo do fracasso espiritual! Agir através do  Espírito Santo é para os fortes! Paulo ensina: “andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne”. Gálatas. 5:16

Pedro Seguiu Jesus a distancia- Seguir o Senhor de longe é contrariar, frontalmente, o Seu mais adequado ensino para evidenciarmos a condição de verdadeiros discípulos. Jesus disse: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” Lucas 9:23. Veja a descrição a respeito de Pedro: “E Pedro o seguiu de longe, até ao pátio do sumo-sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados, para ver o fim.” Mateus 26:58. Que feio! Pedro viveu com Jesus mais de três anos e não tinha se convertido inteiramente! De Jesus não podemos nunca nos afastar, pois isso representará fatal engano de comportamento cristão. Não estar comprometido com os cargos da igreja, com o trabalho missionário, com o estudo da lição da escola sabatina, com a oração particular, com o culto familiar, com a semana de oração, com a manutenção da igreja através dos dízimos e ofertas, não ajudar o próximo em suas necessidades, etc…, Pense comigo; representa ou não negar Jesus e O seguir de longe?

Pedro esquentou-se no fogo do inimigo.  Pedro não só andou longe do Senhor, mas, aproximou-se do inimigo. Estando longe do Senhor, Pedro sentiu frio. Não podemos dispensar o calor da comunhão com o Senhor. Grave erro é buscar o calor do fogo inimigo! Foi o que Pedro fez!

Finalmente Pedro negou Jesus - Afinal, Pedro chegou no fundo do poço no deplorável processo da sua queda espiritual. No convívio dos inimigos, longe do Senhor e no indesejável aquecimento do fogo estranho, cometeu o erro final do seu descuido, como cristão. Acabou por negar o Senhor, e isso foi lamentável! Ver Mateus 26:69-75

Cuidemos também para que as coisas deste mundo não tirem de nós o foco da eternidade. Jesus vai voltar, muito em breve, e Ele deseja que você esteja preparado. Veja esta advertência de Deus para nós: “E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.” Romanos 13:11.

“Pedro procurou não manifestar interesse no julgamento do Mestre, mas tinha o coração confrangido de dor ao ouvir as cruéis zombarias e ver os maus-tratos que Ele estava sofrendo. Mais ainda, estava surpreendido e irritado de que Jesus assim Se humilhasse a Si e a Seus seguidores, submetendo-Se a esse tratamento. A fim de ocultar o que na verdade sentia, procurou unir-se aos perseguidores de Jesus em seus intempestivos gracejos. Seu aspecto, no entanto, não era natural. Estava representando uma mentira, e conquanto procurasse falar despreocupadamente, não podia suster expressões de indignação ante os abusos acumulados contra o Mestre.” O Desejado de Todas as Nações, 501

SEXTA-FEIRA (17 de junho) – LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 12 (2º trimestre de 2016) OS ÚLTIMOS DIAS DE JESUS -

Angelo Repeto coloca em seu blog o resultado de vários autores em uma pesquisa interessante sobre a apostasia dos adolescentes e jovens dentro da igreja Adventista. Um dos pontos que ele coloca é que; apenas 23,21% fazem orações particulares, apenas 39,13% estudam a lição da Escola Sabatina e 60,0% tem medo da volta de Jesus. Entre outras coisas é mencionado que, a era da informatização tem contribuído para a formação das crianças e jovens, o que tem contribuído grandemente para a sua apostasia.

Deus não é um tirano que exige obediência forçada. Ele convida, e deixa a pessoa escolher: “Vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.” Isaías 55:1. Precisamos fazer escolhas sábias como a de Maria, que ungiu os pés de Jesus como sinal de gratidão por tudo o que ela recebeu de Deus. Deus nos convida a escolhermos uma vida de plena comunhão com Ele para que possamos ser beneficiados com as Suas bênçãos.

Conheci um moço que esteve na igreja, e devido a alguns problemas e suas escolhas, ele se afastou de Jesus. Depois de alguns anos, longe de Deus, ele resolveu voltar, pois sentia saudades da igreja. Foi quando ele descobriu o quão longe estava, e não conseguia voltar. O que ele fez? Ele saiu de igreja em igreja daquela Associação pedindo oração em seu favor para poder retornar. E graças a Deus ele foi rebatizado. Foi o Espírito Santo que trabalhou em seu coração. Retornar é uma tarefa muito difícil, pois o pecado prende a pessoa como a um laço. Graças a Deus que este rapaz voltou!

Adão e Eva após o pecado, fugiram da presença de Deus. Mas Deus foi à procura deles e perguntou: “Onde estão?” Deus sempre toma a iniciativa e vai à procura dos Seus filhos. Eu imagino como foi difícil para Pedro poder retornar e encarar as pessoas depois de sua negação.

Judas brincou com o pecado. Você já conhece a história de Burt Hunter, um repórter do jornal Long Beach Press Telegram, que recebeu a incumbência de escrever uma reportagem acerca de uma mulher da cidade que lidava com serpentes. Quando o repórter foi à casa dela, uma autêntica mansão, descobriu que a mulher era jovem e de uma beleza estonteante. Quando Burt expressou surpresa pelo fato de ela envolver-se numa atividade tão arriscada, a moça riu.

- Acho que gosto desse ingrediente de perigo. Mas qualquer dia desses vou ficar cansada de  mexer com serpentes e daí partirei para outra coisa.

Enquanto Burt aprontava o seu equipamento fotográfico, a jovem trouxe algumas cestas de vime contendo vários répteis venenosos e colocou-as no chão. Depois de segurar vários deles, ela disse:

- Agora fique bem quieto. Esta é a minha serpente mais nova. É muito venenosa e ainda não está bem acostumada comigo.

Enquanto Burt observava, a moça ergueu a cobra de dentro do cesto. Repentinamente parou.

- Algo está errado - disse ela. - Não sei o que é, mas vou precisar colocá-la... - E não terminou a frase. Em poucos instantes ficou rígida. A serpente a havia picado!

- Rápido! - disse a moça, ofegante. - Corra ao banheiro, no piso superior. Na caixinha de remédios vai encontrar um frasco de contraveneno. Depressa, por favor!

Quando Burt retornou com o precioso soro, a moça lhe pediu que pusesse o contraveneno em uma seringa. Em seu nervosismo, Burt apertou muito o frasco. Este quebrou-se! O precioso líquido lhe escorreu entre os dedos.

- Você tem outro frasco? - perguntou ele, ansioso.

- Era o único que eu tinha - respondeu com voz fraca a jovem desesperada. Em poucos minutos lhe sobreveio a agonia da morte, e aquela vida se foi.

Muitos que brincam com as mortíferas serpentes do pecado manifestam a mesma ousada desconsideração para com o seu bem-estar eterno revelada por aquela encantadora de serpentes de Long Beach. Quando se trata desse tipo de serpentes, a única atitude segura é: "Não manuseies isto, ... não toques aquilo outro." Col. 2:21.


Luís Carlos Fonseca

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