sexta-feira, 18 de agosto de 2017

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (III TRIMESTRE DE 2017) VIVER EM ESPÍRITO

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (III TRIMESTRE DE 2017) VIVER EM ESPÍRITO

OBJETIVOS DA LIÇÃO: Compreender que, embora na vida de todos os cristãos exista um conflito entre os desejos da carne e os do Espírito, a vida cristã não precisa ser condenada ao fracasso. Sendo que Cristo venceu o poder do pecado e da morte, o Espírito Santo pode reinar na vida cristã, trazendo um suprimento diário da graça de Deus, que nos capacita a manter sob controle os desejos da carne.

VERSO ÁUREO: “Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne” Gál 5:16.

INTRODUÇÃO (sábado 9 de setembro) - Um dos hinos cristãos mais amados é “Manancial de Toda Bênção” do hinário adventista  214, de Robert Robinson. No entanto, esse compositor nem sempre foi um homem de fé. A morte do pai o deixou irado, e ele caiu na depravação e embriaguez. Depois de ouvir o famoso pregador George Whitefield, Robinson entregou a vida ao Senhor, tornou-se um pastor metodista e escreveu esse hino que, originalmente, incluía os versos: “Oh, à graça quão grande devedor/Diariamente estou constrangido a ser!/Que Tua bondade, como uma corrente, prenda a Ti meu coração errante”.

Incomodado com as palavras sobre o desvio do coração do cristão, alguém mudou as palavras dessa estrofe: “Inclinado a adorar, Senhor, eu o sinto, inclinado a amar ao Deus a quem eu sirvo”.

Apesar das boas intenções do editor, as palavras originais descrevem com precisão a luta cristã. Como cristãos, temos duas naturezas, a carnal e a espiritual, e elas estão em conflito. Conquanto nossa natureza pecaminosa sempre esteja propensa a se afastar de Deus, se estivermos dispostos a nos render ao Seu Espírito, não temos que ser escravizados aos desejos da carne. Essa é a essência da mensagem de Paulo nos textos da lição desta semana.

Ninguém precisa deixar de alcançar em sua esfera a perfeição do caráter cristão. Pelo sacrifício de Cristo, foi tomada providência para que o crente receba todas as coisas que dizem respeito à vida e piedade. Deus nos convida a alcançarmos a norma da perfeição, e põe diante de nós o exemplo do caráter de Cristo. O Salvador mostrou, por meio de Sua humanidade consumada por uma vida de constante resistência ao mal, que, com a cooperação da Divindade, podem os seres humanos alcançar nesta vida a perfeição de caráter. Esta é a certeza que Deus nos dá de que também nós podemos alcançar a vitória completa. Perante o crente é apresentada a maravilhosa possibilidade de ser semelhante a Cristo, obediente a todos os princípios da lei. ... A santidade que a Palavra de Deus declara dever ele possuir antes que possa ser salvo, é o resultado da operação da divina graça, ao submeter-se à disciplina e restritoras influências do Espírito de verdade. A obediência do homem só pode ser aperfeiçoada pelo incenso da justiça de Cristo, o qual enche com a divina fragrância cada ato de obediência. A parte do cristão é perseverar em vencer cada falta. Constantemente deve orar para que o Salvador sare os distúrbios de sua alma enferma do pecado. Ele não tem sabedoria ou a força para vencer; isso pertence ao Senhor, e Ele os outorga a todos os que em humildade e contrição dEle buscam auxílio.” Atos dos apóstolos, 530- 532

Como ser vencedor em Jesus? Muitos têm a ideia de que na hora da conversão Deus tira de nós a natureza pecaminosa e a joga fora para sempre, colocando em substituição a nova natureza que gosta de obedecer e amar. Isto não é completamente verdade. Infelizmente não é assim que as coisas acontecem. Ao converter-nos, Deus coloca dentro de nós uma nova natureza, a natureza de Cristo. Mas o que acontece com a velha natureza pecaminosa? Ela não sai, como muitos imaginam. Ela fica ali, agonizante. Aquela parte que existe dentro de nós que gosta de pecar, fica esmagada e mortalmente ferida.

E agora? Depois da conversão passamos a ser pessoas com duas naturezas: a natureza de Cristo, nova, recém-implantada e a velha natureza pecaminosa, "esmagada e mortalmente ferida" que continua dentro de nós. O ideal seria que a velha natureza permanecesse sempre mortalmente ferida. Mas essa situação não é definitiva; é circunstancial. Na primeira oportunidade que receber alimento, ela ressuscitará; e se continuar sendo alimentada, ela recuperará completamente as forças e lutará para expulsar de nossa vida a nova natureza. Devemos alimentar a natureza espiritual a cada dia.
DOMINGO (10 de setembro) ANDAR EM ESPÍRITO -  Andar é uma metáfora tirada do Antigo Testamento que refere-se à maneira pela qual uma pessoa deveria se comportar. Paulo, que era judeu, muitas vezes fez uso dessa metáfora, em suas cartas, para descrever o tipo de conduta que deve caracterizar a vida cristã. O uso que ele fez dessa metáfora provavelmente estivesse ligado também ao primeiro nome a ser associado com a igreja primitiva. Antes que os seguidores de Jesus fossem chamados cristãos, eles eram conhecidos simplesmente como seguidores do “Caminho." Isso sugere que, em uma época muito antiga, o cristianismo não era apenas um conjunto de crenças teológicas centralizadas em Jesus, mas era também um “caminho” de vida a ser “percorrido”.

De que forma a metáfora de Paulo, sobre andar, era diferente daquela encontrada no Antigo Testamento? Compare Êxodo 16:4; Lev 18:4; Jer. 44:23 com Gál 5:16, 25 e Rom 8:4. A conduta no Antigo Testamento não era definida simplesmente como “andar”, porém mais especificamente como “andar na lei”. Halakhah é o termo legal que os judeus usavam para se referir às regras e regulamentos encontrados tanto na lei quanto nas tradições rabínicas de seus antepassados. Embora Halakhah normalmente seja traduzida como “lei judaica”, na verdade a palavra tem por base o termo hebraico para “andar” e significa literalmente “a maneira de andar”.

Os comentários de Paulo sobre “andar no Espírito” não são contrários à obediência à lei. Ele não sugeriu que os cristãos devem viver de uma forma que transgrida a lei. É importante repetir: Paulo não se opôs à lei nem à obediência à lei.

O que ele combateu foi a forma legalista pela qual a lei estava sendo mal utilizada. A obediência genuína que Deus deseja nunca poderá ser alcançada por obrigação exterior, mas apenas pela motivação interior produzida pelo Espírito,
conforme Gal. 5:18 “Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.”

Como tem sido sua experiência de “andar no Espírito”? Como você faz isso? Que práticas em sua vida dificultam esse tipo de caminhada?

Como vimos na introdução, após a conversão, temas duas naturezas em nós. Os seres humanos alimentam mais a natureza pecaminosa e esta é a causa do fracasso constante de muitos, mesmo depois de nossa entrega a Cristo. Deus realizou em nós o milagre da conversão, implantou em nosso coração a nova natureza, mas nós, tendemos a não cuidarmos dela, não a alimentamos e em consequência disso a velha natureza está sempre tomando o controle de nossa vida.

Como é que devemos alimentar a natureza espiritual? Através dos cinco sentidos. Tudo o que entra em nossa mente através dos sentidos é alimento para uma ou para outra natureza. Especialmente aquilo que vem através da visão e da audição. Este é o motivo porque precisamos ser cuidadosos na escolha dos programas que assistimos, dos filmes que vemos, das revistas e livros que lemos, das conversas das quais participamos e das músicas que ouvimos. Ler a Bíblia, o Espírito de Profecia, ouvir músicas sacras, orar e participar das reuniões da igreja permite-nos viver no Espírito Santo.

Embora a obra do Espírito seja silenciosa e imperceptível, seus efeitos podem ser vistos. Se o coração foi renovado pelo Espírito de Deus, a vida dará testemunho disso. Apesar de nada podermos fazer para mudar o coração e entrar em harmonia com Deus, mesmo que não devamos em absoluto confiar em nós mesmos, nem em nossas boas ações, a vida vai revelar se a graça de Deus habita em nós. Uma mudança será notada no caráter, hábitos e propósitos. Será claro e decisivo o contraste entre o que eram antes e o que são agora. O caráter é revelado não por boas obras nem por erros ocasionais, mas pela tendência que palavras e atos costumeiros revelam.” Caminho a Cristo, 372.

SEGUNDA-FEIRA (11 de setembro) O CONFLITO DO CRISTÃOEste é o texto principal para hoje: “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam.” Gálatas 5:17. Ver também Rom 7:14-24

Você tem experimentado a realidade difícil e dolorosa dessas palavras?

A luta que Paulo descreveu não é a luta de todo ser humano. Esta luta refere-se especificamente a luta interior que existe no cristão. Visto que os seres humanos nascem em harmonia com a natureza pecaminosa, ver Rom. 8:7, é somente quando nascemos de novo pelo Espírito Santo, que um conflito espiritual realmente começa a surgir, ver João 3:6. Isso não significa que os não cristãos nunca experimentam conflitos morais; eles certamente os experimentam. Mas, mesmo esse conflito, em última análise, é resultado da atuação do Espírito. A luta do cristão, no entanto, assume nova dimensão, porque o cristão tem duas naturezas que estão em guerra uma com a outra: a carnal e a espíritual.

Ao longo da história, os cristãos têm ansiado por alívio dessa luta. Alguns têm procurado pôr fim ao conflito retirando-se da sociedade, enquanto outros têm afirmado que a natureza pecaminosa pode ser erradicada por algum ato da graça de Deus. Ambas as tentativas estão equivocadas. Embora certamente possamos subjugar os desejos da carne pelo poder do Espírito, o conflito continuará de várias formas, até que recebamos um novo corpo na segunda vinda de Jesus. Fugir da sociedade não ajuda porque, não importa aonde formos, levaremos a luta conosco até a morte ou até a volta de Cristo.

Quando Paulo escreveu em Romanos 7 sobre o conflito interior nos cristãos, como impedindo-os de fazer o que querem, ele estava enfatizando a total extensão desse conflito. Visto que possuímos duas naturezas, estamos literalmente nos dois lados da batalha ao mesmo tempo. Nossa natureza espiritual deseja o que é espiritual e detesta o que é carnal. Nossa natureza carnal, no entanto, anseia as coisas da carne e se opõe ao que é espiritual. Sendo que a mente convertida, por si mesma, é muito fraca para resistir à carne, a única esperança que temos de subjugar a carne é tomar uma decisão diária de nos colocarmos ao lado do Espírito contra nossa natureza pecaminosa. Por isso Paulo insistiu tanto em que os cristãos decidissem andar no Espírito.

Com base em sua experiência da batalha entre essas duas naturezas, que conselho você daria para um cristão que esteja tentando resolver essa luta interminável contra si mesmo?

Enquanto estivermos neste mundo, não há meios de nos livrarmos da natureza carnal completamente, embora possamos tornar a luta mais leve, deixando de alimentar a natureza má. Podemos manter a natureza má mortalmente ferida e agonizante, mas jogá-la fora de nosso ser, não é possível. Esta obra pertence a Deus.

E, graças a Deus, o apóstolo Paulo diz: "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória I Coríntios 15:1-54. Amém?

Somos convidados a fugir da tentação: Em vista dos tempos perigosos que atravessamos, não deveríamos, como um povo que guarda os mandamentos de Deus, renunciar a todo pecado, iniqüidade e perversidade? Não deviam as mulheres que professam a verdade pôr-se em estrita guarda, a fim de não darem o menor pretexto para qualquer intimidade indevida? Poderão fechar muitas portas à tentação observando perfeito recato e conduta exemplar. Que os homens se inspirem no exemplo de José, sustentando firmemente seus princípios por mais tentados que sejam. Temos de ser homens e mulheres fortes ao lado do direito. Há ao redor de nós muitas pessoas fracas do ponto de vista moral. Essas necessitam da comunhão das que são fortes e cujo coração está estreitamente ligado ao de Cristo. Os princípios de cada um hão de ser postos à prova. Mas há pessoas que correm ao encontro da tentação como um louco que se mete a si próprio em cadeias. Convidam o inimigo a tentá-las. Debilitam-se e enfraquecem-se em força moral, e a vergonha e a confusão são a natural conseqüência.” Test. para a Igreja, vol 5, 601

TERÇA-FEIRA (12 de setembro) AS OBRAS DA CARNE - Tendo introduzido o conflito que existe entre a carne e o Espírito, em Gálatas 5:18-26,  Paulo discorreu sobre a natureza desse contraste, por meio de uma lista de vícios e virtudes éticas. A lista de vícios e virtudes era uma característica bem estabelecida tanto na literatura judaica quanto na greco-romana. Essas listas identificavam o comportamento a ser evitado e as virtudes a ser imitadas.

Examine cuidadosamente a listas de vícios e virtudes na passagem a seguir:Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.” Gál. 5:19-24. Ver também Marcos 7: 21 e 22; I Pedro 4:3; I Timoteo 3:2 e 3 e Apoc 21:8

Embora Paulo estivesse bem consciente da lista de vícios e virtudes, existem diferenças significativas na maneira pela qual ele usou as duas listas em Gálatas. Em primeiro lugar, Paulo contrastou as duas listas, mas não se referiu a elas da mesma forma. Ele rotulou a lista dos vícios como “obras da carne” e a lista das virtudes como “fruto do Espírito”. Essa é uma distinção importante. Como James D. G. Dunn escreveu: “A carne exige, mas o Espírito produz. Enquanto uma lista respira uma ansiosa auto afirmação e frenética satisfação pessoal, a outra fala mais de preocupação pelos outros, serenidade, capacidade de recuperação e confiabilidade. Uma lista é caracterizada pela manipulação humana; a outra, pela capacitação divina ou pela atuação da graça, reforçando a ideia de que a transformação interior é a fonte da conduta responsável” The Epistle to the Galatians - A Epístola aos Gálatas, p. 308.

A segunda diferença interessante entre as duas listas de Paulo é que a lista dos vícios é deliberadamente colocada no plural: “obras da carne”. “Fruto do Espírito”, no entanto, está no singular. Essa diferença pode sugerir que viver de acordo com a carne pode promover nada mais do que divisão, tumulto, discórdia e separação. Em contrapartida, viver no reino do Espírito produz o fruto do Espírito, que se manifesta em nove qualidades que promovem a unidade.

Nesse contexto, algumas pessoas afirmam que, seja qual for a crença de alguém acerca de Deus, isso realmente não importa, desde que a pessoa seja sincera. Nada poderia estar mais longe da verdade. A lista dos vícios, apresentada por Paulo, sugere o oposto: a crença pervertida sobre Deus leva a ideias distorcidas sobre o comportamento sexual, religião e ética, resultando na degradação das relações humanas. Além disso, também podem levar à perda da vida eterna
como vemos em Gálatas 5:21

Examine a lista de obras da carne. Você considera cada uma delas como violação de um ou mais dos Dez Mandamentos?

A carne representa a nossa natureza humana que está manchada pelo pecado. Todos sofremos com as tentações que vêm de nossa natureza pecaminosa, porque todos somos pecadores. Mas quem é salvo por Jesus tem uma vida nova, dedicada a Deus e não ao pecado. Todo filho de Deus é chamado para viver pelo Espírito Santo. Quem é salvo agora enfrenta uma luta interna entre seu espírito, que é guiado pelo Espírito Santo, e sua carne, que ainda é influenciada pelo pecado. Lutar contra a carne significa lutar contra as tentações  naturais da vida, rejeitando o pecado. Amém?

A Bíblia diz que quem pratica essas coisas não tem lugar no Céu. Mas, quando uma pessoa se converte, Deus muda sua natureza e purifica do pecado, ver Romanos 8:9. Agora o crente tem uma vida nova, guiada pelo Espírito Santo! Amém?

QUARTA-FEIRA (13 de setembro) O FRUTO DO ESPÍRITO – Este é o texto para hoje: “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.” Gál 5:22, 23

Os Dez Mandamentos não são uma alternativa ao amor; eles ajudam a nos guiar na maneira pela qual devemos demonstrar o amor a Deus e à humanidade. Por mais que possa transcender à letra da lei, o amor não está em conflito com a lei. A ideia de que o amor a Deus e ao próximo anula os Dez Mandamentos faz quase tanto sentido quanto dizer que o amor pela natureza anula a lei da gravidade.

Além disso, em contraste com as quinze palavras que descrevem as obras da carne, o fruto do Espírito é descrito em nove virtudes graciosas. Estudiosos acreditam que essas nove virtudes estão organizadas em três grupos de três, mas quase não há consenso sobre o significado da sua ordem. Alguns vêem no número três uma implícita referência à trindade; outros acreditam que os três trios refletem as maneiras pelas quais devemos nos relacionar com Deus, com o próximo e, finalmente, com nós mesmos. Outros veem a lista como, essencialmente uma descrição de Jesus. Embora cada um desses pontos de vista tenha algum mérito, não devemos ignorar o ponto mais significativo, que é a importância suprema que Paulo dá ao amor na vida cristã.

Não é acidental o fato de que o amor aparece como a primeira das nove virtudes na lista de Paulo. Ele já havia destacado o papel central do amor na vida cristã em Gálatas 5:6 e
1 3, e o tinha incluído em suas listas de virtudes em outros lugares como em  II Cor. 6:6 e I Tim 4:12. Enquanto todas as outras virtudes aparecem também em fontes não cristãs, o amor é distintamente cristão. Tudo isso indica que o amor deve ser visto não apenas como uma virtude entre muitas, mas como a principal virtude cristã, que é a chave para todas as outras virtudes. O amor é o mais elevado fruto do Espírito. Ver I Cor. 13:13 e Rom. 5:5 e deve definir a vida e as atitudes de todo cristão por mais difícil que seja, às vezes, demonstrar amor.

Quanta abnegação está envolvida no amor? Você pode amar sem renunciar a si mesmo? O que Jesus nos ensina sobre amor e abnegação?

Quando uma pessoa está inteiramente vazia do próprio eu, quando todo falso deus é expulso da alma, o vazio é preenchido com a comunicação do Espírito de Cristo. Essa pessoa possui a fé que purifica a alma de contaminação. Está de conformidade com o Espírito, e pensa nas coisas do Espírito. Não confia em si mesma. Cristo é tudo em todos. Recebe com mansidão a verdade que vai sendo continuamente revelada, e rende a Deus toda a glória, dizendo: “Deus no-las revelou pelo Seu Espírito”. ...O Espírito que revela, também opera na pessoa os frutos da justiça. Cristo está nela, “uma fonte de água a jorrar para a vida eterna". João 4:14...

É um ramo da Videira Verdadeira, e produz ricos cachos de fruto para a glória de Deus. Qual é o caráter do fruto produzido? O fruto do Espírito é “amor”, não ódio; “alegria”, não descontentamento e queixumes; “paz”, não irritação, ansiedade. É “longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”. Os que possuem esse Espírito são sinceros coobreiros de Deus; os seres celestiais cooperam com eles, e vão cheios do espírito da verdade que levam. Falam palavras de sólido juízo, e do tesouro do coração tiram coisas puras, sagradas, segundo o exemplo de Cristo.Obreiros Evangélicos, 286 e 287. 

QUINTA-FEIRA (14 de setembro) O CAMINHO PARA A VITÓRIA - Embora sempre aconteça um angustiante conflito entre a carne e o Espírito no coração de cada cristão, a vida cristã não precisa ser dominada pela derrota, fracasso e pecado. Jesus garantiu a nossa vitória na cruz. Ele está bem pertinho de nós nas horas de luta. Nos momentos em que você acha que todo mundo o abandonou, que você nunca conseguirá, que você é um fracasso completo, lembre-se de que Ele está aí, amando-o, perdoando-o, sustentando-o. Amém?

De acordo com, Gál. 5:16-26 qual é a chave para ter uma vida em que o Espírito domine sobre a carne?

Gálatas 5:16-26 contém cinco verbos fundamentais que descrevem o tipo de vida na qual o Espírito reina. Em primeiro lugar, o cristão precisa “andar” no Espírito, v 16 O verbo grego é peripateo, que significa literalmente “passear” ou “seguir”. Os seguidores do famoso filósofo grego Aristóteles passaram a ser conhecidos como peripatéticos porque eles seguiam Aristóteles em todos os lugares aonde ele ia. O fato de que o verbo está no presente do indicativo significa que Paulo não estava falando de uma caminhada ocasional, mas de uma contínua experiência diária. Além disso, uma vez que a ordem também é para andar no Espírito, isso implica que andar no Espírito é uma escolha que temos que fazer diariamente.

O segundo verbo é “ser guiado" v 18
 Isso sugere que também precisamos permitir que o Espírito nos guie aonde devemos ir, ver Rom. 8:14 e I Cor. 12:12. Nossa tarefa não é liderar, mas seguir.

Os próximos dois verbos aparecem em Gál. 5:25.
 O primeiro é “viver”, zao em grego. Com o verbo “viver”, Paulo se referiu à experiência do novo nascimento, que deve marcar a vida de cada cristão. O uso que Paulo fez do tempo presente aponta para a experiência do novo nascimento, que deve ser renovada diariamente. Conforme o que Paulo escreveu, desde que vivemos pelo Espírito, também precisamos “andar” pelo Espírito. A palavra traduzida como “andar” é diferente da utilizada no v. 16. Aqui a palavra é stoicheo, um termo militar que significava literalmente “colocar em ordem”, “manter-se no mesmo passo”, ou “sujeitar-se”. A ideia aqui é de que o Espírito não apenas nos dá vida, mas também deve orientar diariamente nossa vida.

O verbo que Paulo usou no verso 24 é “crucificar”. Isso é um pouco chocante. Se devemos seguir o Espírito, precisamos tomar uma firme decisão de sacrificar os desejos da carne. Naturalmente, Paulo estava falando no sentido figurado. Crucificamos a carne alimentando nossa vida espiritual e matando de fome os desejos da carne.

Que mudanças e escolhas você deve fazer para alcançar as vitórias prometidas em Cristo, e que até hoje não conseguiu obter?

Ser nascido de novo, justificado, convertido; esse é o começo. E o crescimento em Cristo? E a experiência que deve durar o restante de nossa vida, a qual é chamada de santificação? Os cristãos verdadeiramente nascidos de novo não apenas falam de Cristo, mas através de sua vida testificam, de fato, que são seguidores de Jesus Cristo. O reavivamento depende do novo nascimento, e a reforma é o resultado de uma vida de obediência pelo poder do Espírito Santo, que “o Céu espera para nos conceder”...

A vida cheia do Espírito resulta não apenas em vitória pessoal sobre o pecado, mas também em um renovado desejo e especial habilidade para partilhar a vida cristã e a esperança com outras pessoas. Revestidos do poder do Espírito Santo, os fiéis saem para proclamar a última mensagem que deve preparar um povo para o retorno do Senhor. Satanás fará tudo que estiver ao seu alcance para frear esse processo. Ele vai tentar nos convencer de que existem atalhos, outras formas de desenvolver o relacionamento com Deus que garante uma vida cristã frutífera. Ele vai apresentar imitações do poder do Espírito, que parecerão tão reais, a ponto de conseguir enganar os que não mantêm uma relação profunda e viva com Deus, fundamentada na Bíblia. Este livro serve, entre outras coisas, para ajudar os leitores a distinguir entre a verdade e o engano.” Reavivamento Verdadeiro, 75

SEXTA-FEIRA (15 de setembro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 12 (III TRIMESTRE DE 2017) VIVER EM ESPÍRITO – Com a volta de Cristo Deus arrancará de nós a velha natureza e a jogará fora, para sempre. Aí sim, não haverá mais luta, mais conflito interior, mais vontade de pecar. Tornaremos a ser homens com uma só natureza, a natureza de Cristo, perfeita e que se deleita em amar, obedecer e andar nos caminhos de Deus. Enquanto esse dia não chegar, vamos aprender a conviver com a velha natureza, matando-a de fome, desnutrindo-a, asfixiando-a e alimentando constantemente a nova natureza.

A vida do cristão não é muito fácil. Ele tem duros conflitos a enfrentar. Tentações difíceis o assaltam. ‘A carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne’ (Gl 5:17, NVI). Quanto mais perto chegarmos do fim da história da Terra, mais ilusórios e sedutores serão os ataques do inimigo. Seus ataques se tornarão mais violentos e mais frequentes. Os que resistirem à luz e à verdade se tornarão mais endurecidos, insensíveis e mais severos contra os que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos” MS 33, 1911; Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 6, p. 1.111.

“A influência do Espírito Santo é a vida de Cristo no coração. Não vemos Cristo nem falamos com Ele, mas o Espírito Santo está bem perto de nós tanto em um lugar como no outro. Ele atua em e através de todos os que recebem Cristo. Aqueles que conhecem a presença do Espírito no íntimo revelam os frutos do Espírito; amor, alegria, paz, longanimidade, mansidão, bondade e fé” MS 41, 1897; Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 6, p. 1.112.

Perguntas para reflexão da lição:

1. Pense mais na ideia de crucificar os desejos da carne. O que isso significa? Como podemos fazer isso? Com que frequência temos que fazer isso? Por que Paulo usou um verbo tão forte? O que o uso da palavra crucificar nos diz sobre quanto é difícil a batalha contra o eu?

2. O esforço humano desempenha algum papel na produção do fruto do Espírito? O que sua experiência diz sobre esse papel?

3. Paulo disse que os que praticam as obras da carne não herdarão o reino de Deus. Como você concilia essa declaração com o fato de que Paulo diz que somos salvos pela fé e não pelas obras?


Luís Carlos Fonseca

1 comentário:

  1. Mais uma vez, obrigado Luis! Seus comentários nos beneficiam muito.
    Deus o abençoe!

    Onofre

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