domingo, 24 de junho de 2012

RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 – O EVANGELHO CHEGA A TESSALÔNICA


RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 – O EVANGELHO CHEGA A TESSALÔNICA

As lições deste trimestre foram preparadas por Jon Paulien, que é reitor da faculdade de Religião na Universidade de Loma Linda, na Califórnia, Estados Unidos.

VERSO ÁUREO: “Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas segundo é, na verdade, como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes.” I Tessalonicenses 2:13

INTRODUÇÃO: A igreja de Tessalônica enfrentava, especialmente, dois problemas que são comuns a igreja cristã de hoje: Problemas comportamentais e teológicos. E aquela igreja citadina já esperava na sua época a segunda volta de Cristo, pois não aguentava mais viver em face de muitos problemas. Ao analisarmos as duas cartas, vamos ver uma incrível semelhança entre a igreja daquela época e a igreja hoje. E Paulo deixou palavras de muita animação aos tessalonicenses. Ele disse: 


“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” I Tessalonicenses 4:16-18

A verdadeira questão na lição desta semana é: O que é o evangelho? Esta questão pode ser respondida em muitos níveis, mas o que fica absolutamente claro é que o evangelho deve ser boas novas e, mais do que tudo, boas novas sobre Deus! Infelizmente, em nossas tentativas como cristãos de partilhar o evangelho, nós, às vezes, representamos a Deus de forma deturpada tanto na mensagem quanto nos métodos que temos usado. Somente quando nós verdadeiramente falarmos bem de Deus, certificando-nos de que o evangelho é, de fato, boas novas sobre Deus e Seu caráter, estaremos fazendo devidamente a obra do evangelismo. Foi isso que Paulo fez e pôde fundar a igreja em Tessalônica.

Paulo conseguiu descrever Deus como sendo justo e cheio de amor. Justo em reprovar e lidar com o pecado, e cheio de amor e misericórdia ao tratar com o pecador.

DOMINGO (1º de julho) OS PREGADORES PAGAM UM PREÇO Qual foi o preço que Paulo e Silas pagaram? “Porque vós mesmos, irmãos, bem sabeis que a nossa entrada para convosco não foi vã; mas, mesmo depois de termos antes padecido, e sido agravados em Filipos, como sabeis, tornamo-nos ousados em nosso Deus, para vos falar o evangelho de Deus com grande combate.” I Tessalonicenses 2:1e2

 Em Atos 16:9 – 40; 17:1–4, 12 conta a história de como o evangelho chegou a Tessalônica. Depois de ser severamente espancado e encarcerado em Filipos, eles foram mandados embora e, então, chegaram a Tessalônica. Como era seu costume, Paulo foi pregar na sinagoga, e está escrito que “alguns dos judeus que o ouviam foram persuadidos e se juntaram a Paulo e Silas, e também grande multidão de gregos devotos e não poucas mulheres de posição” Atos 17:4. Infelizmente, mais uma vez se levanta a oposição e ele é forçado a partir dali. Assim, o início do evangelho em Tessalônica foi de uma breve visita. 

O foco de Paulo está em apresentar a mensagem de Deus, pois o evangelho nunca deve ser sobre nós mesmos, mesmo que sejamos nós que façamos a apresentação. Como Paulo diz aos tessalonicenses de modo bem direto: “Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes.” I Tessalonicenses 2:13.

Paulo apresenta aos tessalonicenses um Messias que é o servo sofredor, cf. Jer. 23:1–6; Isa. 9:1–7; Isaías 53, não o guerreiro vingador que sacudiria o jugo da escravidão romana assim como os judeus esperavam. Aqui vemos Deus em Seu amor sempre pensando no outro primeiramente, trabalhando pela liberdade de cada ser pensante de Seu vasto universo. Essas são as boas novas de Deus das quais Paulo não se envergonha. Ver Rom. 1:16.

SEGUNDA (2 de julho) - A ESTRATÉGIA DA PREGAÇÃO DO APÓSTOLO PAULO - A verdade é que partilhar as boas novas, o que deveria ser uma experiência tão maravilhosa para todos, é uma atividade perigosa. Nós nos encontramos em uma guerra espiritual, e parte do grande conflito é sobre a natureza e o caráter de Deus. Assim, onde você poderia esperar uma recepção de boas vindas, com frequência há grande oposição, como a experiência de Paulo e Silas mostra. Paulo dá os detalhes do quanto ele sofreu pelo evangelho, não para mostrar que ele é mártir, mas para explicar as consequências bastante reais de se falar em nome de Deus. Não obstante, isso não deveria nos desanimar. Apesar de haver muita dor e sofrimento, as alegrias de partilhar as boas novas em parceria com Deus são verdadeiramente maravilhosas. O que poderia ser melhor do que dedicar nossa vida a falar bem de Deus, representando-O em tudo o que dizemos e fazemos, sabendo que somos “um espetáculo para anjos e homens?”

Qual foi a estratégia de Paulo? A estratégia de Paulo de trabalhar com aqueles com os quais conseguia se relacionar é um bom exemplo para nós. Ele ia aonde ele sabia que conseguiria ouvintes, mesmo que ele também soubesse que sua mensagem causaria controvérsia. Ele tinha o mesmo apreço mútuo dos judeus pelas Escrituras e sua esperança no Messias vindouro. Era um corolário natural explicar que Jesus tinha cumprido essa promessa, as boas novas de que o Messias tinha vindo para salvá-los. A rejeição que Paulo experimentava era parte de sua decisão de se voltar para os gentios na pregação das boas novas, esses “estrangeiros” aos olhos dos judeus. A percepção de que as boas novas eram para todas as pessoas surgiu no contexto da obra missionária de Paulo de que Deus desejava que todos viessem a Ele e recebessem cura e salvação.

O que Paulo fez foi apenas demonstrar a verdadeira obra de Cristo, como vemos:

“A obra de Cristo era liberar a verdade dos escombros do erro e da superstição, para que os homens pudessem contemplar o verdadeiro caráter de Deus e servi-Lo em espírito e em verdade. Aqueles que proclamam a verdade para hoje têm uma obra similar a fazer. A verdade deve ser levantada da obscuridade das tradições e erros humanos, para que o mundo possa contemplar a maravilhosa luz do evangelho do Filho de Deus.” Review and Herald, 29 de maio de 1888

TERÇA-FEIRA (3 de julho) – DUAS PERSPECTIVAS ACERCA DO MESSIASQue duas visões do Messias vindouro tinham as pessoas do Antigo Testamento? Alguns achavam que o messias viria para libertar o povo judeu da opressão romana. O povo de Israel ao analisar as profecias sobre Cristo, O enxergava apenas como Rei poderoso, e para que expulsaria os inimigos e restauraria o lugar privilegiado de Israel entre as outras nações. Eles não enxergavam o messias sofredor e que iria restaurar o reino espiritual de Deus. Hoje as pessoas cristãs tem dificuldades em aceitar corretamente a doutrina da volta de Cristo.

Veja estes textos:

“Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O Senhor justiça nossa.” Jeremias 23:5-6

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.” Isaías 9:6-7

“Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e salvo, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta.” Zacarias 9:9.

Os membros da igreja de Tessalônica também tinham uma compreensão teológica distorcida do reino de Cristo, e Paulo precisou esclarecê-los, e aos judeus sobre Cristo: “E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras, expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo.” Atos 17:2-4.

QUARTA-FEIRA (4 de julho) – SOFRIMENTO ANTES DA GLÓRIA – A glória de Cristo será aquando da Sua segunda volta quando todas as nações O reconhecerão como “Rei dos reis e Senhor dos senhores.” Quando Jesus veio pela primeira vez Ele cumpriu exatamente a profecia de Isaías capítulo 53, do Messias sofredor.

Em Lucas 24:26 encontramos a visão do Messias sofredor e vitorioso: “Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?” Com certeza, os tessalonicenses ouviram de Paulo sobre o Messias que padeceu para cumprir o Seu ministério, e hoje está na glória preparando moradas para aqueles que aceitaram e aceitarão a salvação.

A visão da morte de Cristo, para salvar a humanidade, estava um tanto ou quanto ofuscada na mente dos crentes tessalonicenses. O apóstolo Paulo teve alguma dificuldade em fazê-los entender este ponto. E nós, entendemos e aceitamos perfeitamente o sacrifício de Cristo para nos salvar?

Veja este texto: “Ao pregar ao tessalonicenses, Paulo apelou para as profecias do Velho Testamento relativas a Jesus…Pelo inspirado testemunho de Moisés e dos profetas, provou cabalmente que Jesus de Nazaré era o Messias…Hoje ao verem o Cristo da dispensação evangélica retratado nas páginas do Velho Testamento, e ao verem claramente com o Novo Testamento explica o Antigo, as suas faculdades adormecidas despertarão e reconhecerão Cristo como o Salvador do mundo. Muitos receberão Cristo pela fé como seu Redentor.” Atos do Apóstolos, 159,270 e 271

QUINTA-FEIRA (5 de julho) – ASSIM NASCE UMA IGREJA – Paulo não deixa dúvidas de como se forma uma nova congregação:

A pregação: “E passando por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga de judeus. E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras, expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo. E alguns deles creram, e ajuntaram-se com Paulo e Silas; e também uma grande multidão de gregos religiosos, e não poucas mulheres principais.” Atos 17:1-4

Os resultados: “De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos homens.” Atos 17:12.

Pense em como surgiu a igreja que você frequenta. Foi através de um pequeno grupo, de um estudo bíblico ou através de uma série de conferências?

Paulo, Silas e os demais pregadores estavam com o fogo do Espírito Santo consigo. Eles viviam sob o efeito do Pentecostes e não paravam de pregar. Por que hoje algumas igrejas, além de não crescem ainda decrescem?

Veja estes textos: "Aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação." I Coríntios 1:21. "Como porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviu? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam cousas boas! Mas, nem todos obedeceram ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa pregação? E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo. Mas pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo" Romanos 10:14-18.

No primeiro século, a fé e a esperança que o evangelho traz foram pregadas pelos discípulos de Cristo a toda criatura debaixo do céu, como vemos: “Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro.” Colossenses 1:23

“Era a tarefa dos discípulos disseminar o conhecimento do evangelho. Foi-lhes confiada a obra da proclamação, a todo o mundo, das boas novas que Cristo trouxe aos homens. Essa obra, eles a realizaram pelo povo de seu tempo. A toda nação debaixo do céu foi levado o evangelho, numa única geração”. A CBV, 141

SEXTA-FEIRA – (6 de julho)  -  “O amor, a honra e a perfeição revelados no evangelho são uma revelação ao homem do caráter de Deus.” Signs of the Times, 24 de fevereiro de 1909

“O ministro de Cristo que se possui do Espírito e amor de seu Mestre, trabalhará de tal maneira que o caráter de Deus e de Seu querido Filho se manifestará da maneira mais plena e clara. “Evangelismo, 330.

Luís Carlos Fonseca

Sem comentários:

Enviar um comentário