quarta-feira, 25 de julho de 2012

ESBOÇO DE SERMÃO - Perguntas difíceis


Perguntas Difíceis

Introdução

1. Na infância, algumas crianças são torturadas com perguntas difíceis. Se os pais estão na iminência de uma separação, as crianças ficam assustadas dentro de um lar que está desmoronando. Então, vem a pergunta torturante: “De quem você gosta mais, de seu pai ou de sua mãe?” A pergunta seguinte é ainda pior: “Com quem você quer ficar?” Perguntas assim alimentam a insegurança, trazem consequências terríveis e duradouras.

2. Existe uma pergunta que é feita do púlpito, em classes da Escola Sabatina, em conversas entre irmãos e até entre aqueles que estão se aproximando do conhecimento da mensagem. Ela lança dúvida sobre tudo o que o amor de Deus, o sacrifício de Jesus e o trabalho do Espírito Santo têm feito pela nossa salvação: “Se Jesus viesse agora, você estaria salvo?”


3. Podemos entender esse assunto à luz de duas parábolas que Jesus contou. Vejamos:
I. O Filho Pródigo – Lucas 15:11-32

A parábola é frequentemente usada para expor algumas atitudes e sentimentos do pecador e do Pai celestial:

1. Atitudes e sentimentos do pecador: rebelião (Lucas 15:12; busca de satisfação pessoal (Lucas 15:13); separação (Lucas 15:13); dor (Lucas 15:14-16); reconhecimento do erro (Lucas 15:17-19); arrependimento (Lucas 15:19); retorno (Lucas 15:20-21); aceitação (Lucas 15:23 e 24).

2. Nessa parábola estão revelados alguns atributos divinos, atitudes e sentimentos que raramente são observados quando a lemos rapidamente.

a) Ele é o criador – O pai gerou os dois filhos legítimos (Lucas 15:11).

b) Ele é justo – Um dos filhos pediu sua herança. Era um direito seu e foi atendido (Lucas 15:12).

c) Ele vigia – Ao retornar, o filho trazia a barba crescida, cabelos longos, vestes sujas e rasgadas e pés descalços. Era uma aparência irreconhecível a um olhar desatento ou desprovido de amor. Mas, mesmo à distância, os olhos de amor podiam reconhecer o filho, ao olhar para o “interior”, para o “original” (Lucas 15:20).

d) Ele é amoroso – Correndo, o pai abraçou o rapaz e o beijou, demonstrando não somente seu amor, mas sua participação no sofrimento do filho. Abraçar e beijar um mendigo sujo e mal cheiroso foi uma prova da participação física e literal do pai na busca de seu filho em meio à imundície do erro. O pai não se contaminou com a sujeira do filho, mas provou que o amava mesmo assim (Lucas 15:20).

e) Ele é restaurador – Não considerou a proposta do filho e mandou vesti-lo com trajes reais, nenhuma parte de sua vida devassa estaria aparente. Deu-lhe um anel, onde estavam o seu nome e o seu domínio, com o qual o filho foi identificado e restaurado à condição de herdeiro sem reservas, sem condições e sem perguntas difíceis (Lucas 15:22-24).

II. A Parábola das Bodas – Mateus 22:1-14

1. Também podemos conhecer melhor a Deus como o rei nas palavras de Mateus 22:1-14. Jesus mostra o caráter de Deus e Sua relação com a salvação.

a) O rei convidou as pessoas com quem tinha relacionamento (Mateus 22:3).

b) Elas rejeitaram o convite; não queriam estar em sua presença, ser identificados com ele, nem serem citados como aqueles que andam e se alegram com o rei (Mateus 22:5 e 6).

c) Não eram inocentes desviados. O rei fez justiça (Mateus 22:7).

d) Bons e maus encontrados pelos caminhos foram convidados, e o rei providenciou tudo para eles serem achados dignos (Mateus 22:8-10).

e) O rei, na ante-sala do banquete, sabia que eles não podiam ser identificados com a festa se não estivessem trajando a veste nupcial. Queria saber se estavam felizes com o convite e se aceitaram se adequar ao reino. Mas um estava sem a veste, e o rei, com paciente amor, chamou-o de amigo e deu oportunidade para que ele se explicasse. O silêncio foi a resposta. O rei, então, excluiu do recinto aquela pessoa que não usava o traje para a cerimônia (Mateus 22:11 e 14).

Conclusão

1. Na pessoa de Seu Filho, Deus faz um convite definitivo para que todos aceitem as boas novas da salvação nos méritos de Cristo (Apoc. 3:20 e 21).

2. A salvação está disponível aos que são achados “irrepreensíveis”? Ver I Coríntios 1:8; Efésios 1:4; Filipenses 2:15; Colossenses 1:22; I Tessalonicenses 5:23; I Timóteo 3:10 e II Pedro 3:14. Somente Jesus Cristo tem a veste nupcial e poder para nos apresentar de forma “irrepreensível” diante de Deus (ver Atos 4:12).

3. A salvação foi provida na cruz e está disponível a todos. Existem os aspectos da aceitação, do encontro com o Salvador, da mudança de vida, da morte para o pecado, mas Jesus nos habilita e capacita para sermos vencedores. Quem se mantém aos pés de Jesus escolheu a melhor parte. Tudo lhe será acrescentado e nada lhe será tirado.

4. Uma refeição consciente, após toda a experiência com Cristo, pode nos tirar a salvação, mas se você a vive é impossível rejeitá-la (Lucas 10:38 e 39); Romanos 6:4; 7:6; Colossenses 3:10; 1:22; Judas 1:24.

5. Algumas perguntas que envolvem condições futuras podem ser difíceis de responder, até nos desanimar. Portanto, devemos evitar perguntas que possam minar e prejudicar nosso compromisso com o Salvador Jesus.

6. Trabalhemos com Ele, com o objetivo de comunicar a salvação a outros. Assim nos manteremos animados, motivados e felizes. Para esses, a salvação é certa (Filipenses 4:13; Romanos 8:31 e 32).

Autor: Marcelo Souza - Revista do Ancião abr – jun 2007 – Oferecido por Depto de Comunicações da UCB.

Luís Carlos Fonseca

Sem comentários:

Enviar um comentário