domingo, 29 de dezembro de 2013

ESBOÇO DE SERMÃO: Testemunho Cristão Eficaz

Testemunho Cristão Eficaz

Introdução - 1. “Vós sois o sal da Terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens” (Mt 5:13).

2. O sal é um condimento (cloreto de sódio). A palavra salário é derivada do latim salarium argentum e significa pagamento em sal. No Império Romano, os soldados eram pagos com sal. Naquela época, o sal era uma iguaria de alto custo e podia ser trocada por alimentos, vestimentas e armas.

3. O sal é de amplo uso doméstico e de utilidades práticas.

4. É provável que, quando Cristo falou essas coisas, estivesse pensando na Colina do Sal, denominada Jebel Us-dum, uma elevação localizada ao sudoeste do Mar Morto.


5. O mundo tem muito sal e muitas salinas, e algumas até famosas como o Mar Morto com seus 22% de massa salina. Mas, a despeito de toda a reserva mundial de sal, o mundo corre o risco de apodrecer por falta de sal refinado, purificado.

I. Alguns efeitos do sal

1. O sal tem personalidade.

a) Ele é marcante, inconfundível.

2. Age, não apenas reage.

3. Preserva o alimento.

4. Dá sabor.

5. Dá equilíbrio.

6. Não se corrompe.

7. Nunca recebe; está sempre doando.

8. Provoca sede.

II. Aplicações Espirituais

1. A exemplo do sal que age nos alimentos, sem fazer parte deles, o cristão deve agir em sua comunidade de forma diferente e distinta do mundo.

a) O sal é sempre usado como fator ativo. Você já viu alguém espalhar comida em cima do sal? Dificilmente! O correto é espalhar o sal sobre a comida! Em sua igreja, não espere ser servido, tome a iniciativa.

2. Assim como o sal impede que o alimento se deteriore (nos dias de Jesus usava-se muito o sal para isso), os seguidores de Jesus devem ter um efeito vivificante sobre os que dão atenção à
obra de evangelização, protegendo-os da deterioração moral e espiritual. O sal é antisséptico. Sem ele, talvez não houvesse nenhum tipo de conservação. Assim, o cristão impede a corrupção, impede que o mundo apodreça. Para isso, não basta teorizar sobre modernidade, fazer releituras ou readequar estilos, ritmos e pensamentos. É preciso viver e amar os princípios da vida cristã.

3. Às vezes, se torna moda falar mal do sal, como coisa de hipertensos. Mas se o sal for puro e usado na medida adequada, ele é indispensável para a vida. Porém, atenção: só se consegue um bom tempero quando o sal não é percebido.

a) O sal regula o equilíbrio entre as células do corpo. Assim, o cristão deve ser um exemplo de equilíbrio e levar bom senso à humanidade que está extremamente carente de equilíbrio e de bom-senso.

b) “Ide a todo o mundo e pregai este evangelho do Reino” é antes de tudo, um mandato cultural, um mandato à diversidade étnica que desafia, sobretudo, a unidade da igreja.

4 .Mesmo em contato com a corrupção, o sal não deixa de ser sal. Assim deve ser o cristão. Dar testemunho positivo no meio dos maus, justo no meio dos injustos, prudente no meio dos insensatos, altruísta no meio dos egoístas.

a) Misture o sal com o açúcar e este se torna salgado. Mas o sal não se torna doce. O cristão, à semelhança do sal, está no mundo para doar-se, e não para receber.

5. Nosso contato com o mundo deve provocar a sede de justiça. Devemos levar as pessoas ao contato com a Água, a Fonte de vida! Levá-las ao Manancial, à Fonte de esperança!

a) “O sal é apreciado por suas propriedades preservativas; e quando Deus compara Seus filhos ao sal, quer ensinar-lhes que Seu desígnio em torná-los objeto de Sua graça, é que se tornem instrumentos na salvação de outros. O objetivo de Deus em escolher um povo acima de todos no mundo, não foi apenas o de adotá-los como filhos e filhas, mas que, por meio deles, o mundo recebesse a graça que traz a salvação” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 35).

b) O salmista apresenta Deus como o pastor que conduz a ovelha às águas tranquilas e ao refrigério espiritual (SI 23:2).

c) Sendo o sal da Terra, os cristãos devem saciar o mundo com a Água viva, que é Cristo.

d) Jesus disse: “Se alguém tem sede, venha a Mim e beba” (João 7:37).

Conclusão

1. Como cristãos, somos cidadãos de dois reinos ao mesmo tempo: Somos cidadãos do reino do Céu, mas nossa existência diária humana se dá no reino deste mundo.

2. Jesus expressou isso afirmando que estamos no mundo, mas não somos do mundo. Isso quer dizer que não devemos viver isolados do mundo, mas a mente e as perspectivas do cristão devem estar em outro lugar fora deste mundo.

3. Esse foi o erro do monastícismo. Eles diziam que, para alcançar uma vida suprema, eles deveriam se afastar deste mundo e viver apenas da contemplação.

4. A maior contestação a essa suposição é a declaração de Cristo a respeito do sal: os cristãos devem ser o sal da Terra. Portanto, temos uma tarefa a ser cumprida onde estamos e, para tanto, devemos sair do saleiro.

5. Que o Espírito de Deus nos ajude a ser, como o sal refinado da Terra, boa influência na sociedade em que vivemos.
Autor: Pr. Eber Soares  - Revista do Ancião - Jul – Set / 2013 - Recebido do Depto da ASA e ADRA da UCB.


Luís Carlos Fonseca

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