Testemunho Cristão Eficaz
Introdução - 1. “Vós sois o sal da Terra; ora, se o sal vier a ser
insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado
fora, ser pisado pelos homens” (Mt 5:13).
2. O sal é um condimento (cloreto de sódio). A palavra
salário é derivada do latim salarium argentum e significa pagamento em sal. No
Império Romano, os soldados eram pagos com sal. Naquela época, o sal era uma
iguaria de alto custo e podia ser trocada por alimentos, vestimentas e armas.
3. O sal é de amplo uso doméstico e de utilidades práticas.
4. É provável que, quando Cristo falou essas coisas,
estivesse pensando na Colina do Sal, denominada Jebel Us-dum, uma elevação
localizada ao sudoeste do Mar Morto.
5. O mundo tem muito sal e muitas salinas, e algumas até
famosas como o Mar Morto com seus 22% de massa salina. Mas, a despeito de toda
a reserva mundial de sal, o mundo corre o risco de apodrecer por falta de sal
refinado, purificado.
I. Alguns efeitos do sal
1. O sal tem personalidade.
a) Ele é marcante, inconfundível.
2. Age, não apenas reage.
3. Preserva o alimento.
4. Dá sabor.
5. Dá equilíbrio.
6. Não se corrompe.
7. Nunca recebe; está sempre doando.
8. Provoca sede.
II. Aplicações Espirituais
1. A exemplo do sal que age nos alimentos, sem fazer parte
deles, o cristão deve agir em sua comunidade de forma diferente e distinta do
mundo.
a) O sal é sempre usado como fator ativo. Você já viu alguém
espalhar comida em cima do sal? Dificilmente! O correto é espalhar o sal sobre
a comida! Em sua igreja, não espere ser servido, tome a iniciativa.
2. Assim como o sal impede que o alimento se deteriore (nos
dias de Jesus usava-se muito o sal para isso), os seguidores de Jesus devem ter
um efeito vivificante sobre os que dão atenção à
obra de evangelização, protegendo-os da deterioração moral e
espiritual. O sal é antisséptico. Sem ele, talvez não houvesse nenhum tipo de
conservação. Assim, o cristão impede a corrupção, impede que o mundo apodreça.
Para isso, não basta teorizar sobre modernidade, fazer releituras ou readequar
estilos, ritmos e pensamentos. É preciso viver e amar os princípios da vida
cristã.
3. Às vezes, se torna moda falar mal do sal, como coisa de
hipertensos. Mas se o sal for puro e usado na medida adequada, ele é
indispensável para a vida. Porém, atenção: só se consegue um bom tempero quando
o sal não é percebido.
a) O sal regula o equilíbrio entre as células do corpo.
Assim, o cristão deve ser um exemplo de equilíbrio e levar bom senso à humanidade
que está extremamente carente de equilíbrio e de bom-senso.
b) “Ide a todo o mundo e pregai este evangelho do Reino” é
antes de tudo, um mandato cultural, um mandato à diversidade étnica que
desafia, sobretudo, a unidade da igreja.
4 .Mesmo em contato com a corrupção, o sal não deixa de ser
sal. Assim deve ser o cristão. Dar testemunho positivo no meio dos maus, justo
no meio dos injustos, prudente no meio dos insensatos, altruísta no meio dos
egoístas.
a) Misture o sal com o açúcar e este se torna salgado. Mas o
sal não se torna doce. O cristão, à semelhança do sal, está no mundo para
doar-se, e não para receber.
5. Nosso contato com o mundo deve provocar a sede de
justiça. Devemos levar as pessoas ao contato com a Água, a Fonte de vida!
Levá-las ao Manancial, à Fonte de esperança!
a) “O sal é apreciado por suas propriedades preservativas; e
quando Deus compara Seus filhos ao sal, quer ensinar-lhes que Seu desígnio em
torná-los objeto de Sua graça, é que se tornem instrumentos na salvação de
outros. O objetivo de Deus em escolher um povo acima de todos no mundo, não foi
apenas o de adotá-los como filhos e filhas, mas que, por meio deles, o mundo
recebesse a graça que traz a salvação” (Ellen G. White, O Maior Discurso de
Cristo, p. 35).
b) O salmista apresenta Deus como o pastor que conduz a
ovelha às águas tranquilas e ao refrigério espiritual (SI 23:2).
c) Sendo o sal da Terra, os cristãos devem saciar o mundo
com a Água viva, que é Cristo.
d) Jesus disse: “Se alguém tem sede, venha a Mim e beba” (João
7:37).
Conclusão
1. Como cristãos, somos cidadãos de dois reinos ao mesmo
tempo: Somos cidadãos do reino do Céu, mas nossa existência diária humana se dá
no reino deste mundo.
2. Jesus expressou isso afirmando que estamos no mundo, mas
não somos do mundo. Isso quer dizer que não devemos viver isolados do mundo,
mas a mente e as perspectivas do cristão devem estar em outro lugar fora deste
mundo.
3. Esse foi o erro do monastícismo. Eles diziam que, para
alcançar uma vida suprema, eles deveriam se afastar deste mundo e viver
apenas da contemplação.
4. A maior contestação a essa suposição é a declaração de
Cristo a respeito do sal: os cristãos devem ser o sal da Terra. Portanto,
temos uma tarefa a ser cumprida onde estamos e, para tanto, devemos sair do
saleiro.
5. Que o Espírito de Deus nos ajude a ser, como o sal
refinado da Terra, boa influência na sociedade em que vivemos.
Autor: Pr. Eber Soares
- Revista do Ancião - Jul – Set / 2013 - Recebido do Depto da ASA e ADRA
da UCB.
Luís Carlos Fonseca
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