O Dia do Senhor Virá
Exposição de 1Tess 5:1-11
Vivemos em um tempo de muita curiosidade quanto aos últimos
dias. As pessoas querem saber quando sucederão as coisas registradas no
Apocalipse. Tem gente marcando datas para o fim do mundo, e todas as vezes
estão enganando a tantos incautos que vez após vezes se decepcionam com as
falsas predições de homens. Já passaram as datas do ano de 2012 para o fim deste agitado planeta, e não houve
nenhum cumprimento. Mas nem mesmo o apóstolo Paulo teve a pretensão de predizer
o exato tempo do fim do mundo, pois não era esse o campo de informação que lhe
fora dado comunicar. E como os crentes de seu tempo tinham a mesma curiosidade
do nosso tempo, Paulo lhes dá uma resposta nestes termos, apenas relembrando as
palavras de Cristo que todos conhecemos:
V. 1-2: “Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não
há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com
precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite” [Ver At 1:7; Mt
24:43]. Os cristãos estavam conscientes com relação aos tempos e
épocas. Paulo havia instruído aos cristãos sobre o Dia do Senhor. Ele havia
ensinado sobre a brevidade daquele Dia, e que logo ocorreria a manifestação da
glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Falou sobre a ressurreição
dos justos e do arrebatamento deles para os céus. Falou sobre a nossa reunião
com Ele e nosso ajuntamento com todos os justos, salvos de todos os tempos.
I – O Dia do Senhor Virá para os Ímpios - O Dia do Senhor é uma expressão tirada do Antigo Testamento
(Isa 13:6, 9; Joel 1:15). Disse o profeta Sofonias, em uma das passagens mais
impressionantes sobre a brevidade, a solenidade e a destruição que acontecerá
no Dia do Senhor:
“14 Está perto o grande Dia do Senhor; está perto e muito se
apressa. Atenção! O Dia do Senhor é amargo, e nele clama até o homem poderoso.
15 Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de
alvoroço e desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas
trevas...
17 Trarei angústia sobre os homens, e eles andarão como
cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o sangue deles se derramará como pó, e
a sua carne será atirada como esterco.
18 Nem a sua prata nem o seu ouro os poderão livrar no dia
da indignação do Senhor, mas, pelo fogo do seu zelo, a terra será consumida,
porque, certamente, fará destruição total e repentina de todos os moradores da
terra” (Sof 1:14-17).
Será um dia de trevas e densa escuridade. Será um dia de
ajuste de contas, será o terrível Dia do Julgamento. Será o grande e glorioso
Dia da volta de nosso Senhor Jesus Cristo. E a “destruição total e repentina de
todos os moradores da terra” se refere aos que não reconheceram ao grande e
Todopoderoso Deus e rejeitaram o Seu amor oferecido abundantemente.
1. COMO VIRÁ O DIA DO SENHOR? O dia do Senhor virá inesperadamente. V. 2: “O dia do Senhor
vem como ladrão de noite.” Ninguém espera a chegada de um ladrão. Quando eu
trabalhava na cidade do Gama, em Brasília, certa noite de domingo, eu estava
dirigindo o culto de evangelismo na igreja, e não sabia que minha casa estava
sendo invadida por ladrões que arrombaram a casa e levaram alguns objetos de
valor. Foi algo completamente inesperado. Eu não podia imaginar que eles
chegassem lá para me roubar.
Assim será o Dia do Senhor: Ele virá inesperadamente. De
repente. Será uma surpresa esmagadora. Assim virá o Dia do Senhor para os
ímpios, porque não estarão aguardando esse dia. Será inesperado porque não o
esperam. Mas como poderiam esperar algo em que não creem? É por isso que é tão
importante compreender a doutrina, a fim de não sermos decepcionados, quando
virem os acontecimentos finais que se aproximam. Você não precisa ser
surpreendido. Você não precisa ficar na obscuridade. Não precisa esperar que
seja arrebatado em oculto, porque isso não acontecerá. Diz o texto de Paulo que
o Dia do Senhor virá com destruição para os ímpios, e, portanto, será muito
visível; tão visível que até os rebeldes verão esse Dia.
2. QUANDO VIRÁ O DIA DO SENHOR? O dia do Senhor virá em tempos de paz. V. 3: “Quando andarem
dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm
as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.” Este
é mais um dos múltiplos sinais que estão se cumprindo diante de nossos olhos. A
destruição dos ímpios virá quando eles estiverem proclamando a sua segurança
apesar de sua vida de impiedade. Isso já aconteceu no passado. A geração do Dilúvio, os
antediluvianos se apoiaram nesta falsa segurança. Disseram eles: “Noé prega que
virá em breve um Dilúvio universal, como resultado da queda de uma grande
chuva, vinda dos céus. Mas a Ciência prova que isso é impossível, porque as
águas que se conhecem por experiência vêm de baixo da terra, como uma neblina
suave, e nunca de cima, caindo dos céus, como chuvas torrenciais. Não
precisamos nos preocupar com falsos alarmistas. Há paz e segurança entre nós.
Mas Noé veio nos perturbar com a sua pregação anunciadora dos juízos divinos.
Mas Deus não castiga a ninguém com dilúvios. Jamais aconteceu no passado e com
a segurança dos teólogos e a certeza dos cientistas, jamais acontecerá no
futuro!” Então, numa esmagadora surpresa, Deus enviou um Dilúvio que trouxe a
destruição da superfície de toda a terra
e dos seus ímpios habitantes.
A geração pós-Dilúvio revelou a mesma atitude. Logo depois
do Dilúvio, os homens se esqueceram da lição e começaram a apostatar novamente
e desafiaram a Deus construindo uma torre, a famosa Torre de Babel. Eles
tiveram a ideia infeliz de construir a torre de sua salvação. E disseram:
“Agora, estaremos em paz e segurança, porque vamos construir uma torre que
alcançará os céus e estaremos acima de qualquer dilúvio que houver. Teremos um
refúgio seguro. Podemos descansar em uma doce aventura. Não haverá mais
perigo.”
Então, enquanto eles estavam construindo a famosa Torre de
Babel que significa confusão, Deus lhes confundiu a língua, e todos passaram a
falar em diferentes idiomas, e não puderam mais se entender. Foi um momento de
angústia e espanto inesperados. A vinda do dia do juízo lhes sobreveio como uma
esmagadora surpresa.
Noutro tempo, os habitantes de Sodoma e Gomorra, os homens
corruptos e violentos viviam os seus dias de impiedade, e haviam enchido a taça
da misericórdia divina, e o seu tempo de graça havia terminado. Mas quando
chegou o seu Dia do juízo? Quando eles estavam satisfeitos consigo mesmos,
proclamando a sua paz e segurança. É o que nos diz o profeta Ezequiel: “Eis que
esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera
tranquilidade.” Ez 16:49.
Mas hoje a história se repete. A profecia se cumpre de modo
preciso. Como está se cumprindo? Observando as condições de nosso mundo
moderno, podemos ver como o mundo está de novo se preparando para a era
vitoriana, a era do triunfalismo, do otimismo. Quando o mundo tiver passado por
mais algumas experiências, então se cumprirão todas as profecias. O mundo está
se preparando para (1) O Triunfo da Tecnologia, (2) A Liderança Mundial, (3) A
Solução dos Problemas, (4) A Cura das Doenças, (5) A União das Igrejas, (6) O
Fim das Guerras e (7) O Decreto de Morte.
Então, será dada a grande e alvissareira notícia: Nunca mais
haverá guerra. Nunca mais o mundo sentirá a fome. Estamos em “Paz e Segurança.”
Temos um governo global, temos a solução para todos os nossos problemas, temos
a Ciência, a poderosa Ciência, e não precisamos nem mesmo de Deus. “Paz e
segurança!” é a realização dos nossos sonhos mais acalentados.
E se alguns não concordarem? Esses discordantes terão de ser
perseguidos de morte. Haverá um decreto de morte contra todos os que
discordarem das supremas autoridades. Então, o que acontecerá com todos os
Ímpios? Então lhes sobrevirá repentina destruição. Esta profecia está se
cumprindo e logo veremos a destruição iminente. Eles tentarão escapar, mas não
poderão. Então, Jesus Cristo virá nas nuvens dos céus, com poder e grande
glória.
II – O Dia do Senhor Virá para os justos
1. OS CRISTÃOS NÃO ESTÃO EM TREVAS. - V. 4-5: “4 Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que
esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa; 5 porquanto vós todos sois filhos
da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas.”
Os cristãos são os homens e mulheres mais esclarecidos em
todo o mundo acerca de muitas coisas que são essenciais. Não nos adianta uma
cultura de coisas que não podem ajudar; não é todo o conhecimento que importa
saber, realmente. O que importa é aquilo que nos trará um benefício real para
esta vida e para a vida por vir. O cristão sabe de onde vem, o que faz aqui e
para onde vai. É justamente isso o que os outros ignoram para sua infelicidade.
Eles ainda estão procurando responder a estas perguntas básicas para a
felicidade do homem.
Mas os cristãos não estão em trevas. Eles são “filhos da
luz”. Eles não estão nas trevas da ignorância, porque conhecem e sabem das
coisas mais importantes para a vida feliz e proveitosa, hoje e para sempre. Os
cristãos não estão nas trevas do desespero, porque esperam em Deus para
qualquer circunstância difícil que possam enfrentar. Os cristãos não estão nas
trevas do pecado e do vício porque têm a salvação e o socorro no seu Salvador
Jesus Cristo. Os cristãos não estão nas trevas da morte, porque sabem que a sua
vida está escondida em Deus que lhes prometeu a vida eterna.
2. OS CRISTÃOS RECEBEM 3 IMPERATIVOS - 6-7: “6 Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário,
vigiemos e sejamos sóbrios. 7 Ora, os que dormem dormem de noite, e os que se
embriagam é de noite que se embriagam.”
Os cristãos são admoestados, iluminados pela Palavra de Deus
e do Evangelho, a fim de que permaneçam em seu estado de preparação para o
grande Dia do Senhor. Não estamos imunes aos ataques do inimigo, e, portanto, há muitas coisas que temos de fazer
para nos manter preparados. Há 3 imperativos que o apóstolo apresenta nesse
texto.
1. Não durmamos. Dormir é um estado de sonolência, e aqui
temos um sentido figurado. Paulo se refere a dormir espiritualmente. Dormir
significa aqui cair em uma sonolência espiritual, uma indiferença para com as
coisas do Espírito Santo, uma letárgica indiferença frente às verdades,
conselhos e advertências da Palavra de Deus. Paulo diz: “Não durmamos como os demais.” Os demais podem
ser os ímpios que estavam dormindo, indiferentes às coisas de Deus. Há muitas
provas acerca da existência de Deus e do Seu amor que eles não aceitavam, como
hoje. Há muitas evidências na própria Natureza do amor e cuidado de um Criador
amorável e inteligente, que criou todas as coisas no mundo para o benefício do
homem. Mas os homens estão dormindo, indiferentes à proximidade da vinda de
Jesus Cristo e serão um dia apanhados pela destruição, como foi no passado.
Mas Paulo pode estar se referindo a alguns cristãos que
dormiam o sono da apatia espiritual. Nunca houve tanta certeza como naquele
tempo, em que, havia pouco, o Messias tinha sido morto, ressuscitado e assunto
ao Céu. Mas muitos cristãos estavam dormindo espiritualmente. Portanto, Paulo
lhes adverte: “Não durmamos como os demais.” E, como hoje, nunca houve um tempo
de tanta luz, tanto conhecimento e tantas verdades esclarecidas e provadas. Mas
há ainda na Igreja muita letargia e sonolência espirituais.
2. Vigiemos. Vigiar é uma admoestação de Cristo, agora
repetida por Paulo. Vigiar é estar alerta, de sobreaviso, cuidando e se
preparando, a fim de não cairmos no engano de Satanás, que estará feliz se
conseguir iludir e enganar a muitos cristãos. Ele usa muitos meios do mundo e
às vezes de certos elementos da igreja para nos desviar do caminho da
santidade. Precisamos estar em constante vigilância, porque o Dia do Senhor
está prestes a se manifestar, e para os cristãos será um dia de excelente
glória.
3. Sejamos Sóbrios. Ser sóbrio é ser moderado, temperante,
parco, frugal no comer e no beber. Ser sóbrio é ficar num estado natural e
saudável, sem intoxicação. O contrário de sobriedade é estar bêbado,
intoxicado, total ou parcialmente. Satanás deseja que estejamos intoxicados ou
com bebida alcoólica, ou com drogas, ou mesmo com ideias erradas da filosofia e
dos costumes mundanos, e da moda atual. Se estivermos intoxicados, teremos o
nosso cérebro afetado, e não poderemos corretamente discernir entre o mal e o
bem.
De que modo devemos ser sóbrios? De que modo podemos evitar
a intoxicação do inimigo? Como evitar os dardos intoxicantes do inimigo?
V. 8: “Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios,
revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança
da salvação.” “Revestindo-nos”: Vestir é colocar as vestes. Revestir é vestir
de novo. Uma vez fomos vestidos, em nosso batismo, com essas virtudes do
Espírito Santo. Mas isso não nos basta; precisamos ser revestidos diariamente
com as virtudes espirituais. Precisamos de um batismo diário do Espírito Santo.
DE QUE NOS DEVEMOS “REVESTIR”?
1. Devemos nos revestir da Couraça da Fé e do Amor. A
couraça era uma arma de defesa que os soldados romanos usavam na época de
Paulo, a fim de proteger o coração. A nossa couraça espiritual é de Fé e Amor.
Fé na frente e amor atrás. Fé na frente porque ela vem primeiro. Logo, segue o
amor, como um resultado da fé.
Fé e amor sempre vão juntos. Não podemos separar essas
coisas. Paulo disse que a fé opera por amor (Gl 5:6). A fé deve ser operante e
o amor deve ser abnegado. É impossível possuir um sem ter o outro. Se você tem
fé, isso resultará na prática do amor. Se você tem amor, isso significa que
você tem fé.
2. Devemos nos revestir do Capacete da Esperança da
Salvação. O capacete era uma outra arma defensiva, que era colocada na cabeça
do soldado, a fim de proteger a sua fronte. Assim, os cristãos têm a esperança
da salvação para lhe proteger contra os dardos inflamados do maligno em sua
mente.
Mas qual é a Razão de nossa Esperança? V. 9-10: “9 porque Deus não nos destinou para a ira, mas
para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, 10 que morreu por nós para que, quer vigiemos
[vivos], quer durmamos [mortos], vivamos em união com ele.” Quais são as bases
de nossa esperança? A grande notícia se resume em 4 grandes declarações da
revelação.
1. Não fomos destinados para a Ira. “Deus não nos destinou
para a ira.” Os calvinistas dizem que Deus predestinou uma parte da humanidade
para a salvação e a outra parte para a perdição. Dizem que não importa o que
você faça, não importa qual a sua atitude, se você foi destinado para a
perdição, você jamais será salvo. Por outro lado, se você foi predestinado para
a salvação, não importam quais são os seus pecados e qual é a sua rebelião,
você será fatalmente salvo, mesmo que isso seja na última hora.
Mas a Bíblia não ensina essa doutrina. Disse o apóstolo
Paulo que “Deus, nosso Salvador... deseja que todos os homens sejam salvos.”
(1Tim 2:3,4). Ora, se Deus deseja que todos sejam salvos, como poderia Ele
destinar alguns para a salvação e outros para a perdição?
2. Fomos destinados para a Salvação. A Bíblia ensina que
Deus nos predestinou para a salvação. Mas como se dá isso? Será que Ele é
arbitrário, e obriga a todos para que todos sejam salvos contra a sua própria
vontade? Não, Deus respeita o nosso livre arbítrio e as nossas escolhas, e
predestina para a salvação a todos os que estão “em Cristo” (Ef 1:3).
Estar em Cristo é o status daqueles que deixando o status de
Adão, deixando a velha vida de pecado, agora vivem confiados em Cristo, são
batizados em nome de Cristo e foram imersos na morte de Cristo, e vivem na vida
de Cristo. Como disse o apóstolo Paulo em Gl 2:19-20: “Estou crucificado com
Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver
que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si
mesmo se entregou por mim.” Isto é estar “em Cristo”. E todos os que estão em
Cristo já não têm “nenhuma condenação” (Rm 5:1), e foram predestinados para a
salvação (Ef 1:3-4).
Deus escolheu a Cristo, como o nosso Representante. Ele
disse: “Este é o Meu Filho amado, em
quem Me comprazo.” (Mt 3:17). Jesus Cristo é o Filho de Deus. E todos os que O
aceitam, se tornam também filhos de Deus. E Ele falou mais: “Eis aqui o Meu
Servo, que escolhi, o meu amado, em quem a Minha alma se compraz.” (Mt 12:18).
Portanto, aqui vemos que Jesus Cristo foi o Escolhido de Deus. Então, todos os
que O aceitam se tornam escolhidos de Deus. Esta é a Eleição divina: todos os
que estão em Cristo, serão escolhidos, adotados e predestinados para a
salvação. Ele “nos escolheu nEle antes da fundação do mundo, para sermos santos
e irrepreensíveis perante Ele; e em amor nos predestinou para Ele, para a
adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo.” (Ef 1:4-5).
3. Jesus Cristo morreu por nós. Foi porque Cristo morreu na
Cruz do Calvário que temos a esperança da Salvação. Ele morreu a morte
substituinte, Ele morreu por nós e em nosso lugar. A ira contra os nossos
pecados foi derramada sobre o Cordeiro de Deus, a fim de que nós fôssemos
poupados e salvos da ira. “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo Seu
sangue, seremos por Ele salvos da ira.” (Rm 5:9).
Estamos nos aproximando do Dia do Juízo sobre toda a
humanidade. Então, os juízos de Deus serão lançados sobre o mundo. Quando as 7
Últimas Pragas (Ap 16) forem derramadas sobre esta terra, então, os justos
estarão livres da ira, e protegidos pela mão poderosa de Deus. Os justos
confiam na salvação do Cordeiro de Deus que os livra da Sua própria ira. Esta
será uma salvação completa e eterna.
4. Para que vivamos em união com Ele. O grande propósito da
morte de Jesus Cristo na Cruz foi o de que nós fôssemos unidos a Ele, a fim de
que pudéssemos ser destinados e predestinados para a salvação eterna, e nunca
nos separássemos do Seu exorbitado amor. Quando Cristo morreu, nós que cremos
em Seu sacrifício expiatório, fomos unidos a Ele. Assim escreveu o apóstolo
Paulo: “Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente,
o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Rm 6:5). Assim, agora,
podemos viver em união com Cristo e esta união é eterna, se nós perseverarmos
em estar sempre com Ele, aconteça o que acontecer.
APELO: V. 11: “Consolai-vos, pois, uns aos outros e
edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo.” Como Paulo escreveu
este parágrafo que estamos estudando (1Ts 5:1-11)? Ele fez uma introdução,
montou o corpo do assunto, e agora, termina com um apelo. Este é um verdadeiro
sermão, pronto para ser pregado e praticado. Um sermão para os nossos dias, os
últimos dias da história deste mundo.
1. Consolai-vos. Se estamos esperando a vinda de Jesus
Cristo e participamos das bênçãos deste conhecimento, podemos confortar a
outros com esta grande e magnífica esperança. Certa vez, eu estava na fila de
um banco e observei que à minha frente estava uma senhora que de repente se
encontrou com outra pessoa que começou a tentar consolá-la sobre a morte de um
ente querido. E ela dizia: “A senhora tem que ser forte! Estas coisas
acontecem. Mas seja forte!” Você pode ver que as pessoas lá do mundo não têm
consolação. Quem é que tem consolação? Somente os cristãos possuem consolação
para dar. Nós temos uma esperança e a nossa esperança é a maior consolação.
Embora os nossos queridos estejam falecendo, um dia nós os veremos novamente.
2. Edificai-vos. Esta era uma figura favorita do apóstolo,
comparando a Igreja e a cada indivíduo crente a um edifício que deve ser
edificado. Assim como na construção de um prédio, nós podemos ser edificados.
Isto é, podemos crescer, podemos nos desenvolver. Já ouviu falar de “palavras
edificantes?” Quando alguém fala alguma coisa nobre, uma coisa útil, nós somos
edificados. Mas a recíproca também é verdadeira: quando alguém nos fala alguma
coisa indigna, e nós aceitamos isso, nós somos degradados. Por isso é tão
importante que só falemos e façamos coisas boas, coisas nobres, ainda mais
sabendo que aquele dia se apressa e nós um dia teremos de dar contas de tudo o
que se passa conosco. O Dia do Senhor virá como o ladrão para aqueles que estão
despreparados. É nesse tempo em que devemos nos edificar.
3. Reciprocamente. De que modo devemos nos consolar e nos
edificar? Reciprocamente, de modo mútuo, uns com os outros, em uma participação
de amor cristão. Aqui é que entram as três virtudes básicas da fé, do amor e da
esperança. Os crentes hão de se consolar e edificar reciprocamente nas virtudes
que são os frutos do Espírito Santo. Não podemos ficar com elas só para nós
mesmos, mas vamos participar disso com os da fé e com os que ainda não possuem
essa fé que uma vez nos foi dada pela graça de Deus.
Paulo conclui as suas palavras elogiando aos crentes de
Tessalônica: “como estais fazendo.” Eles já estavam “fazendo”, praticando
exatamente isso! O apóstolo sempre estava disposto a reconhecer nos seus
conversos, o bem que praticavam, mas não deixava de incentivá-los a
prosseguirem nas boas práticas, como também os incentivava a intensificá-las.
Assim também hoje. Reconhecemos que muitos estão praticando
as virtudes cristãs. Mas não devemos desanimar; devemos perseverar nas boas
obras, e intensificá-las, enquanto aguardamos a vinda de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. Foi Ele mesmo quem disse, ao falar dos sinais de Sua
vinda: “Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo.” (Mt 24:13).
Vamos esperar o Dia do Senhor com fé, amor e esperança,
enquanto ajudamos a tantos outros a se prepararem para aquele glorioso dia de
ventura e felicidade. Vamos praticar as virtudes cristãs, cada vez com mais
intensidade, e o mundo voltar-se-á para ver o poder que há em nós.
Autor: Pr. Roberto Biagini - Extraído de: http://www.iasdemfoco.net/sermoesPag.asp?Id=79
Luís Carlos Fonseca
Sem comentários:
Enviar um comentário