terça-feira, 31 de dezembro de 2013

SERMÃO: O Dia do Senhor Virá

O Dia do Senhor Virá
Exposição de 1Tess 5:1-11

Vivemos em um tempo de muita curiosidade quanto aos últimos dias. As pessoas querem saber quando sucederão as coisas registradas no Apocalipse. Tem gente marcando datas para o fim do mundo, e todas as vezes estão enganando a tantos incautos que vez após vezes se decepcionam com as falsas predições de homens. Já passaram as datas do ano de 2012  para o fim deste agitado planeta, e não houve nenhum cumprimento. Mas nem mesmo o apóstolo Paulo teve a pretensão de predizer o exato tempo do fim do mundo, pois não era esse o campo de informação que lhe fora dado comunicar. E como os crentes de seu tempo tinham a mesma curiosidade do nosso tempo, Paulo lhes dá uma resposta nestes termos, apenas relembrando as palavras de Cristo que todos conhecemos:


V. 1-2: “Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite” [Ver At 1:7; Mt 24:43]. Os cristãos estavam conscientes com relação aos tempos e épocas. Paulo havia instruído aos cristãos sobre o Dia do Senhor. Ele havia ensinado sobre a brevidade daquele Dia, e que logo ocorreria a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Falou sobre a ressurreição dos justos e do arrebatamento deles para os céus. Falou sobre a nossa reunião com Ele e nosso ajuntamento com todos os justos, salvos de todos os tempos.

I – O Dia do Senhor Virá para os Ímpios - O Dia do Senhor é uma expressão tirada do Antigo Testamento (Isa 13:6, 9; Joel 1:15). Disse o profeta Sofonias, em uma das passagens mais impressionantes sobre a brevidade, a solenidade e a destruição que acontecerá no Dia do Senhor:

“14 Está perto o grande Dia do Senhor; está perto e muito se apressa. Atenção! O Dia do Senhor é amargo, e nele clama até o homem poderoso.

15 Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de alvoroço e desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas trevas...

17 Trarei angústia sobre os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o sangue deles se derramará como pó, e a sua carne será atirada como esterco.

18 Nem a sua prata nem o seu ouro os poderão livrar no dia da indignação do Senhor, mas, pelo fogo do seu zelo, a terra será consumida, porque, certamente, fará destruição total e repentina de todos os moradores da terra” (Sof 1:14-17).

Será um dia de trevas e densa escuridade. Será um dia de ajuste de contas, será o terrível Dia do Julgamento. Será o grande e glorioso Dia da volta de nosso Senhor Jesus Cristo. E a “destruição total e repentina de todos os moradores da terra” se refere aos que não reconheceram ao grande e Todopoderoso Deus e rejeitaram o Seu amor oferecido abundantemente.

1. COMO VIRÁ O DIA DO SENHOR? O dia do Senhor virá inesperadamente. V. 2: “O dia do Senhor vem como ladrão de noite.” Ninguém espera a chegada de um ladrão. Quando eu trabalhava na cidade do Gama, em Brasília, certa noite de domingo, eu estava dirigindo o culto de evangelismo na igreja, e não sabia que minha casa estava sendo invadida por ladrões que arrombaram a casa e levaram alguns objetos de valor. Foi algo completamente inesperado. Eu não podia imaginar que eles chegassem lá para me roubar.
Assim será o Dia do Senhor: Ele virá inesperadamente. De repente. Será uma surpresa esmagadora. Assim virá o Dia do Senhor para os ímpios, porque não estarão aguardando esse dia. Será inesperado porque não o esperam. Mas como poderiam esperar algo em que não creem? É por isso que é tão importante compreender a doutrina, a fim de não sermos decepcionados, quando virem os acontecimentos finais que se aproximam. Você não precisa ser surpreendido. Você não precisa ficar na obscuridade. Não precisa esperar que seja arrebatado em oculto, porque isso não acontecerá. Diz o texto de Paulo que o Dia do Senhor virá com destruição para os ímpios, e, portanto, será muito visível; tão visível que até os rebeldes verão esse Dia.

2. QUANDO VIRÁ O DIA DO SENHOR? O dia do Senhor virá em tempos de paz. V. 3: “Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.” Este é mais um dos múltiplos sinais que estão se cumprindo diante de nossos olhos. A destruição dos ímpios virá quando eles estiverem proclamando a sua segurança apesar de sua vida de impiedade. Isso já aconteceu no passado. A geração do Dilúvio, os antediluvianos se apoiaram nesta falsa segurança. Disseram eles: “Noé prega que virá em breve um Dilúvio universal, como resultado da queda de uma grande chuva, vinda dos céus. Mas a Ciência prova que isso é impossível, porque as águas que se conhecem por experiência vêm de baixo da terra, como uma neblina suave, e nunca de cima, caindo dos céus, como chuvas torrenciais. Não precisamos nos preocupar com falsos alarmistas. Há paz e segurança entre nós. Mas Noé veio nos perturbar com a sua pregação anunciadora dos juízos divinos. Mas Deus não castiga a ninguém com dilúvios. Jamais aconteceu no passado e com a segurança dos teólogos e a certeza dos cientistas, jamais acontecerá no futuro!” Então, numa esmagadora surpresa, Deus enviou um Dilúvio que trouxe a destruição da superfície de toda  a terra e dos seus ímpios habitantes.

A geração pós-Dilúvio revelou a mesma atitude. Logo depois do Dilúvio, os homens se esqueceram da lição e começaram a apostatar novamente e desafiaram a Deus construindo uma torre, a famosa Torre de Babel. Eles tiveram a ideia infeliz de construir a torre de sua salvação. E disseram: “Agora, estaremos em paz e segurança, porque vamos construir uma torre que alcançará os céus e estaremos acima de qualquer dilúvio que houver. Teremos um refúgio seguro. Podemos descansar em uma doce aventura. Não haverá mais perigo.”

Então, enquanto eles estavam construindo a famosa Torre de Babel que significa confusão, Deus lhes confundiu a língua, e todos passaram a falar em diferentes idiomas, e não puderam mais se entender. Foi um momento de angústia e espanto inesperados. A vinda do dia do juízo lhes sobreveio como uma esmagadora surpresa.

Noutro tempo, os habitantes de Sodoma e Gomorra, os homens corruptos e violentos viviam os seus dias de impiedade, e haviam enchido a taça da misericórdia divina, e o seu tempo de graça havia terminado. Mas quando chegou o seu Dia do juízo? Quando eles estavam satisfeitos consigo mesmos, proclamando a sua paz e segurança. É o que nos diz o profeta Ezequiel: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade.” Ez 16:49.

Mas hoje a história se repete. A profecia se cumpre de modo preciso. Como está se cumprindo? Observando as condições de nosso mundo moderno, podemos ver como o mundo está de novo se preparando para a era vitoriana, a era do triunfalismo, do otimismo. Quando o mundo tiver passado por mais algumas experiências, então se cumprirão todas as profecias. O mundo está se preparando para (1) O Triunfo da Tecnologia, (2) A Liderança Mundial, (3) A Solução dos Problemas, (4) A Cura das Doenças, (5) A União das Igrejas, (6) O Fim das Guerras e (7) O Decreto de Morte.

Então, será dada a grande e alvissareira notícia: Nunca mais haverá guerra. Nunca mais o mundo sentirá a fome. Estamos em “Paz e Segurança.” Temos um governo global, temos a solução para todos os nossos problemas, temos a Ciência, a poderosa Ciência, e não precisamos nem mesmo de Deus. “Paz e segurança!” é a realização dos nossos sonhos mais acalentados.
E se alguns não concordarem? Esses discordantes terão de ser perseguidos de morte. Haverá um decreto de morte contra todos os que discordarem das supremas autoridades. Então, o que acontecerá com todos os Ímpios? Então lhes sobrevirá repentina destruição. Esta profecia está se cumprindo e logo veremos a destruição iminente. Eles tentarão escapar, mas não poderão. Então, Jesus Cristo virá nas nuvens dos céus, com poder e grande glória.

II – O Dia do Senhor Virá para os justos

1. OS CRISTÃOS NÃO ESTÃO EM TREVAS. - V. 4-5: “4 Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa; 5 porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas.”

Os cristãos são os homens e mulheres mais esclarecidos em todo o mundo acerca de muitas coisas que são essenciais. Não nos adianta uma cultura de coisas que não podem ajudar; não é todo o conhecimento que importa saber, realmente. O que importa é aquilo que nos trará um benefício real para esta vida e para a vida por vir. O cristão sabe de onde vem, o que faz aqui e para onde vai. É justamente isso o que os outros ignoram para sua infelicidade. Eles ainda estão procurando responder a estas perguntas básicas para a felicidade do homem. 

Mas os cristãos não estão em trevas. Eles são “filhos da luz”. Eles não estão nas trevas da ignorância, porque conhecem e sabem das coisas mais importantes para a vida feliz e proveitosa, hoje e para sempre. Os cristãos não estão nas trevas do desespero, porque esperam em Deus para qualquer circunstância difícil que possam enfrentar. Os cristãos não estão nas trevas do pecado e do vício porque têm a salvação e o socorro no seu Salvador Jesus Cristo. Os cristãos não estão nas trevas da morte, porque sabem que a sua vida está escondida em Deus que lhes prometeu a vida eterna.

2. OS CRISTÃOS RECEBEM 3 IMPERATIVOS - 6-7: “6 Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios. 7 Ora, os que dormem dormem de noite, e os que se embriagam é de noite que se embriagam.”
Os cristãos são admoestados, iluminados pela Palavra de Deus e do Evangelho, a fim de que permaneçam em seu estado de preparação para o grande Dia do Senhor. Não estamos imunes aos ataques do inimigo, e,  portanto, há muitas coisas que temos de fazer para nos manter preparados. Há 3 imperativos que o apóstolo apresenta nesse texto.

1. Não durmamos. Dormir é um estado de sonolência, e aqui temos um sentido figurado. Paulo se refere a dormir espiritualmente. Dormir significa aqui cair em uma sonolência espiritual, uma indiferença para com as coisas do Espírito Santo, uma letárgica indiferença frente às verdades, conselhos e advertências da Palavra de Deus. Paulo diz: “Não durmamos como os demais.” Os demais podem ser os ímpios que estavam dormindo, indiferentes às coisas de Deus. Há muitas provas acerca da existência de Deus e do Seu amor que eles não aceitavam, como hoje. Há muitas evidências na própria Natureza do amor e cuidado de um Criador amorável e inteligente, que criou todas as coisas no mundo para o benefício do homem. Mas os homens estão dormindo, indiferentes à proximidade da vinda de Jesus Cristo e serão um dia apanhados pela destruição, como foi no passado.

Mas Paulo pode estar se referindo a alguns cristãos que dormiam o sono da apatia espiritual. Nunca houve tanta certeza como naquele tempo, em que, havia pouco, o Messias tinha sido morto, ressuscitado e assunto ao Céu. Mas muitos cristãos estavam dormindo espiritualmente. Portanto, Paulo lhes adverte: “Não durmamos como os demais.” E, como hoje, nunca houve um tempo de tanta luz, tanto conhecimento e tantas verdades esclarecidas e provadas. Mas há ainda na Igreja muita letargia e sonolência espirituais.

2. Vigiemos. Vigiar é uma admoestação de Cristo, agora repetida por Paulo. Vigiar é estar alerta, de sobreaviso, cuidando e se preparando, a fim de não cairmos no engano de Satanás, que estará feliz se conseguir iludir e enganar a muitos cristãos. Ele usa muitos meios do mundo e às vezes de certos elementos da igreja para nos desviar do caminho da santidade. Precisamos estar em constante vigilância, porque o Dia do Senhor está prestes a se manifestar, e para os cristãos será um dia de excelente glória. 
3. Sejamos Sóbrios. Ser sóbrio é ser moderado, temperante, parco, frugal no comer e no beber. Ser sóbrio é ficar num estado natural e saudável, sem intoxicação. O contrário de sobriedade é estar bêbado, intoxicado, total ou parcialmente. Satanás deseja que estejamos intoxicados ou com bebida alcoólica, ou com drogas, ou mesmo com ideias erradas da filosofia e dos costumes mundanos, e da moda atual. Se estivermos intoxicados, teremos o nosso cérebro afetado, e não poderemos corretamente discernir entre o mal e o bem.

De que modo devemos ser sóbrios? De que modo podemos evitar a intoxicação do inimigo? Como evitar os dardos intoxicantes do inimigo?

V. 8: “Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação.” “Revestindo-nos”: Vestir é colocar as vestes. Revestir é vestir de novo. Uma vez fomos vestidos, em nosso batismo, com essas virtudes do Espírito Santo. Mas isso não nos basta; precisamos ser revestidos diariamente com as virtudes espirituais. Precisamos de um batismo diário do Espírito Santo.

DE QUE NOS DEVEMOS “REVESTIR”?
1. Devemos nos revestir da Couraça da Fé e do Amor. A couraça era uma arma de defesa que os soldados romanos usavam na época de Paulo, a fim de proteger o coração. A nossa couraça espiritual é de Fé e Amor. Fé na frente e amor atrás. Fé na frente porque ela vem primeiro. Logo, segue o amor, como um resultado da fé.

Fé e amor sempre vão juntos. Não podemos separar essas coisas. Paulo disse que a fé opera por amor (Gl 5:6). A fé deve ser operante e o amor deve ser abnegado. É impossível possuir um sem ter o outro. Se você tem fé, isso resultará na prática do amor. Se você tem amor, isso significa que você tem fé.
2. Devemos nos revestir do Capacete da Esperança da Salvação. O capacete era uma outra arma defensiva, que era colocada na cabeça do soldado, a fim de proteger a sua fronte. Assim, os cristãos têm a esperança da salvação para lhe proteger contra os dardos inflamados do maligno em sua mente.
Mas qual é a Razão de nossa Esperança? V. 9-10: “9  porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, 10  que morreu por nós para que, quer vigiemos [vivos], quer durmamos [mortos], vivamos em união com ele.” Quais são as bases de nossa esperança? A grande notícia se resume em 4 grandes declarações da revelação.

1. Não fomos destinados para a Ira. “Deus não nos destinou para a ira.” Os calvinistas dizem que Deus predestinou uma parte da humanidade para a salvação e a outra parte para a perdição. Dizem que não importa o que você faça, não importa qual a sua atitude, se você foi destinado para a perdição, você jamais será salvo. Por outro lado, se você foi predestinado para a salvação, não importam quais são os seus pecados e qual é a sua rebelião, você será fatalmente salvo, mesmo que isso seja na última hora.
Mas a Bíblia não ensina essa doutrina. Disse o apóstolo Paulo que “Deus, nosso Salvador... deseja que todos os homens sejam salvos.” (1Tim 2:3,4). Ora, se Deus deseja que todos sejam salvos, como poderia Ele destinar alguns para a salvação e outros para a perdição?

2. Fomos destinados para a Salvação. A Bíblia ensina que Deus nos predestinou para a salvação. Mas como se dá isso? Será que Ele é arbitrário, e obriga a todos para que todos sejam salvos contra a sua própria vontade? Não, Deus respeita o nosso livre arbítrio e as nossas escolhas, e predestina para a salvação a todos os que estão “em Cristo” (Ef 1:3).

Estar em Cristo é o status daqueles que deixando o status de Adão, deixando a velha vida de pecado, agora vivem confiados em Cristo, são batizados em nome de Cristo e foram imersos na morte de Cristo, e vivem na vida de Cristo. Como disse o apóstolo Paulo em Gl 2:19-20: “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo se entregou por mim.” Isto é estar “em Cristo”. E todos os que estão em Cristo já não têm “nenhuma condenação” (Rm 5:1), e foram predestinados para a salvação  (Ef 1:3-4).
Deus escolheu a Cristo, como o nosso Representante. Ele disse:  “Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo.” (Mt 3:17). Jesus Cristo é o Filho de Deus. E todos os que O aceitam, se tornam também filhos de Deus. E Ele falou mais: “Eis aqui o Meu Servo, que escolhi, o meu amado, em quem a Minha alma se compraz.” (Mt 12:18). Portanto, aqui vemos que Jesus Cristo foi o Escolhido de Deus. Então, todos os que O aceitam se tornam escolhidos de Deus. Esta é a Eleição divina: todos os que estão em Cristo, serão escolhidos, adotados e predestinados para a salvação. Ele “nos escolheu nEle antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele; e em amor nos predestinou para Ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo.” (Ef 1:4-5).

3. Jesus Cristo morreu por nós. Foi porque Cristo morreu na Cruz do Calvário que temos a esperança da Salvação. Ele morreu a morte substituinte, Ele morreu por nós e em nosso lugar. A ira contra os nossos pecados foi derramada sobre o Cordeiro de Deus, a fim de que nós fôssemos poupados e salvos da ira. “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira.” (Rm 5:9).
Estamos nos aproximando do Dia do Juízo sobre toda a humanidade. Então, os juízos de Deus serão lançados sobre o mundo. Quando as 7 Últimas Pragas (Ap 16) forem derramadas sobre esta terra, então, os justos estarão livres da ira, e protegidos pela mão poderosa de Deus. Os justos confiam na salvação do Cordeiro de Deus que os livra da Sua própria ira. Esta será uma salvação completa e eterna.

4. Para que vivamos em união com Ele. O grande propósito da morte de Jesus Cristo na Cruz foi o de que nós fôssemos unidos a Ele, a fim de que pudéssemos ser destinados e predestinados para a salvação eterna, e nunca nos separássemos do Seu exorbitado amor. Quando Cristo morreu, nós que cremos em Seu sacrifício expiatório, fomos unidos a Ele. Assim escreveu o apóstolo Paulo: “Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Rm 6:5). Assim, agora, podemos viver em união com Cristo e esta união é eterna, se nós perseverarmos em estar sempre com Ele, aconteça o que acontecer.

APELO: V. 11: “Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo.” Como Paulo escreveu este parágrafo que estamos estudando (1Ts 5:1-11)? Ele fez uma introdução, montou o corpo do assunto, e agora, termina com um apelo. Este é um verdadeiro sermão, pronto para ser pregado e praticado. Um sermão para os nossos dias, os últimos dias da história deste mundo.

1. Consolai-vos. Se estamos esperando a vinda de Jesus Cristo e participamos das bênçãos deste conhecimento, podemos confortar a outros com esta grande e magnífica esperança. Certa vez, eu estava na fila de um banco e observei que à minha frente estava uma senhora que de repente se encontrou com outra pessoa que começou a tentar consolá-la sobre a morte de um ente querido. E ela dizia: “A senhora tem que ser forte! Estas coisas acontecem. Mas seja forte!” Você pode ver que as pessoas lá do mundo não têm consolação. Quem é que tem consolação? Somente os cristãos possuem consolação para dar. Nós temos uma esperança e a nossa esperança é a maior consolação. Embora os nossos queridos estejam falecendo, um dia nós os veremos novamente.

2. Edificai-vos. Esta era uma figura favorita do apóstolo, comparando a Igreja e a cada indivíduo crente a um edifício que deve ser edificado. Assim como na construção de um prédio, nós podemos ser edificados. Isto é, podemos crescer, podemos nos desenvolver. Já ouviu falar de “palavras edificantes?” Quando alguém fala alguma coisa nobre, uma coisa útil, nós somos edificados. Mas a recíproca também é verdadeira: quando alguém nos fala alguma coisa indigna, e nós aceitamos isso, nós somos degradados. Por isso é tão importante que só falemos e façamos coisas boas, coisas nobres, ainda mais sabendo que aquele dia se apressa e nós um dia teremos de dar contas de tudo o que se passa conosco. O Dia do Senhor virá como o ladrão para aqueles que estão despreparados. É nesse tempo em que devemos nos edificar.
3. Reciprocamente. De que modo devemos nos consolar e nos edificar? Reciprocamente, de modo mútuo, uns com os outros, em uma participação de amor cristão. Aqui é que entram as três virtudes básicas da fé, do amor e da esperança. Os crentes hão de se consolar e edificar reciprocamente nas virtudes que são os frutos do Espírito Santo. Não podemos ficar com elas só para nós mesmos, mas vamos participar disso com os da fé e com os que ainda não possuem essa fé que uma vez nos foi dada pela graça de Deus.
Paulo conclui as suas palavras elogiando aos crentes de Tessalônica: “como estais fazendo.” Eles já estavam “fazendo”, praticando exatamente isso! O apóstolo sempre estava disposto a reconhecer nos seus conversos, o bem que praticavam, mas não deixava de incentivá-los a prosseguirem nas boas práticas, como também os incentivava a intensificá-las.

Assim também hoje. Reconhecemos que muitos estão praticando as virtudes cristãs. Mas não devemos desanimar; devemos perseverar nas boas obras, e intensificá-las, enquanto aguardamos a vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Foi Ele mesmo quem disse, ao falar dos sinais de Sua vinda: “Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo.” (Mt 24:13).

Vamos esperar o Dia do Senhor com fé, amor e esperança, enquanto ajudamos a tantos outros a se prepararem para aquele glorioso dia de ventura e felicidade. Vamos praticar as virtudes cristãs, cada vez com mais intensidade, e o mundo voltar-se-á para ver o poder que há em nós.
Autor: Pr. Roberto Biagini -  Extraído de: http://www.iasdemfoco.net/sermoesPag.asp?Id=79

Luís Carlos Fonseca


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